1. Spirit Fanfics >
  2. My Candy Love >
  3. Chapter 4

História My Candy Love - Chapter 4


Escrita por: Ninaa-san

Capítulo 4 - Chapter 4


Fanfic / Fanfiction My Candy Love - Chapter 4

            ☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

Lucy Narrando

– Natsu?!

Fiquei em estado de choque. Realmente não esperava ver esse tipo de cena. Afundei-me em um profundo ódio e tristeza, sinceramente nem sei mais o que fazer. As garotas olhavam para mim rindo como se eu fosse uma idiota. Para falar a verdade também me sentia uma estupida idiota.

– Lucy?!

Quando ouviu minha voz ele ficou assustado afastando-se rapidamente daquela tal de Lisanna, ou ao menos tentava, a garota continuava com os braços em volta de seu pescoço sem querer solta-lo

– Olha, não é o que parece. – ele tentou se explicar nervoso. – Me forçaram a isso. Te juro que jamais faria esse tipo de coisa pelas suas costas, jamais te trairia.

Estalei a língua em desgosto. Abaixei a cabeça, não queria que me vissem chorando. Havia uma grande dor preenchendo meu peito. As gargalhadas soaram mais altas. Erza ao meu lado fez um movimento com as mãos se aproximando, a impedi colocando meu braço em sua frente, não permitiria que ela machucasse alguém e saísse prejudicada por isso.

– É como você viu! Natsu-sama não gosta de você. Apenas queria te levar para cama uma vez e agora já está com outra. Por que não volta para a França?

Uma das fãs gritou com desdém. Essa afirmação dela me fez rir. Eu estava parecendo uma bipolar. Foda-se o que pensaram sobre isso, nem mesmo estou me importando de me chamarem de louca. Levantei a cabeça, gargalhando alto, as lagrimas caiam sem parar.

– Então querem dizer que o Natsu só queria isso comigo? Estamos falando do mesmo Natsu? Certo, então ele deveria ter terminado comigo há muito tempo atrás. Acham mesmo que ontem foi a primeira vez que fizemos sexo? São estupidas? Não ouviram o que eu disse? Somos noivos. Há quanto tempo acham que tenho de convivência com ele? Conheço todos os seus defeitos e qualidades. Garotas estupidas e irritantes como vocês jamais chegaram a conhecer o verdadeiro Natsu. Eu nunca disse uma palavra sobre separação. Acho que vocês não tem medo de morrer.

Ao meu lado Erza estralou os dedos encarando as meninas com fúria. Elas se encolheram e correram do ginásio me xingando dos piores nomes possíveis. O clima pesou quando ficamos apenas os quatro, eu, Erza, Natsu e a tal da Lisanna. Observei com atenção sua expressão. Parecia haver medo e ao mesmo tempo tristeza. Aproximei-me dela lentamente. Antes que eu pudesse fazer algo meu pulso foi segurado com força me fazendo virar.

Natsu me olhou tristemente, parecia suplicar com os olhos que eu não fizesse nada. O fuzilei com os olhos, fazendo com que me soltasse imediatamente. Entenderia-me com ele mais tarde, agora meu assunto é outro. Se essa garota está triste, o problema não é meu, alimentou esperança por conta própria. Nessa historia toda eu também sai machucada e isso só me deixou ainda mais furiosa.

– Então... Achou que eu deixaria por isso mesmo. Acho uma grande oportunidade. Eu estava mesmo pensando em falar com você, em como deveria sair de perto do meu namorado. – despejei as palavras com frieza. – Que estupidez, eu não iria terminar com o Natsu depois de vê-lo dar um beijo forçado. Meu bem vai precisar de mais que isso.

– Desculpa essa coisa toda não foi minha culpa. Disseram-me que vocês haviam terminado então...

– E você acredita em tudo o que falam? Olha não sei qual o limite da estupidez, mas essa sua foi impressionante. E outra acha que o Natsu é tão insensível e cretino para ficar com outra garota logo após de terminar um relacionamento? Você diz ama-lo, mas o que exatamente?  Tenho certeza que se atraiu depois que ele foi gentil com você. Não se deixe enganar, ele é assim com todos. Você não é exceção. Abandone essa sua esperança vã e procure outra pessoa, dessa forma não irá sofrer mais.

Lisanna ficou surpresa. Apesar da dureza das minhas palavras o que eu estava dizendo de certa forma foi para ajuda-la. Odiaria ter que ver novamente essa garota rodeando o Natsu, mas também compreendi a dor que estava sentindo no momento. Mesmo com todas as minhas falácias rudes ainda existia poucas lagrimas que persistiam em escorrer em minha face, me fazendo parecer um tanto idiota.

– Eu sou e sempre serei a primeira e única mulher do Natsu. Agora... Dá o fora daqui.

Declarei. A albina não questionou, somente fez o que exigi. Retirou-se do ginásio. Respirei fundo acalmando os meus nervos. Travei a mandíbula ao perceber que agora o assunto seria outro. Voltei minha atenção para o idiota do Natsu. Minhas pálpebras pesaram sem duvidas meus olhos incharam e se encontravam muito vermelhos agora.

Uma mistura de sensações tomou conta de meu peito. Tristeza, raiva, decepção, ódio, um peso negativo sobre mim. Precisava de um tempo para pensar ou iria fazer uma besteira.

– Lucy... Eu sinto...

O interrompi.

– Não se desculpe só me fará sentir pior. Natsu... Preciso de um tempo. Organizar as ideias, não quero ter que fazer uma besteira. Não suportaria ver o sorriso convencido daquelas estupidas se eu realmente terminasse com você.

Ignorei-o, resisti quando vi sua expressão de dor, apenas voltei para a sala sendo acompanhada pela Erza. Em nenhum momento ela perguntou se estava tudo bem, apenas me deu apoio em silêncio. Há poucos minutos a triste era ela, parece que dessa vez o jogo virou. Sorri ironicamente para mim mesmo. Sério... Será que mereço esse tipo de coisa? Talvez fosse realmente melhor retornar para a França, mas não, assim eu estaria fazendo justamente o que elas querem. Que tipo de idiota eu seria se desistisse de uma batalha?

 

 

 

As semanas foram se passando. Eu continuava afastada do Natsu. Mal trocávamos palavras, somente olhares vagos. Nos dias em que tinha reunião do clube ele me esperava, me levava para casa e ia embora sem dizer uma única palavra. Isso é bom, está sendo paciente e me respeitando, porém sinto falta de ouvir a sua voz, ver o seu sorriso animado.

Com toda essa confusão em meus sentimentos, acabei esquecendo-se da promessa que fiz a Erza. Em três dias haverá uma exposição chegando de arte chegando, haverá um concurso para decidir qual melhor quadro. Fiquei de ajudar na organização junto a alguns poucos alunos e ao Jellal, essa é a oportunidade perfeita.

Sei que não estou em posição de ajeitar a vida amorosa de alguém, enquanto a minha se encontra em um caos total. Mas promessa é promessa, vou ajudar minha amiga da melhor maneira possível, quero vê-la sorrir ser feliz. Se há uma coisa que me deixa muito confusa, é esse problema de uma aluna não poder se relacionar com um professor. Não é imoral, nem errado, é um amor normal como qualquer outro. Realmente não entendo.

Chegando ao fim das aulas. Arrumei as coisas rapidamente e corri para a sala dos professores. A primeira coisa que avistei foi à cabeleira azulada de costa para mim arrumando os livros na mesa. Rir baixinho em divertimento. Tenho certeza que por um instante pareci uma peste diabólica, caso o contrario os professores não teriam me olhado assustados, quero dizer, somente Mira sorria, é difícil saber o que se passa na cabeça dela.

Aproximei-me devagar do azulado. Meu sorriso sapeca aumentou. Resolvi aprontar.

– Jellal Sensei.

Imitei a voz de Erza, ou quase isso, não ficou tão parecida, mas a reação dele foi ótima. Virou assombrosamente para trás e olhou para mim. Comecei a rir alto em contentamento. Melhor reação ever. Minha punição veio em seguida, ele bateu com um livro na minha cabeça.

– Hey! Isso doí.

– Essa foi à intenção.

– És um professor muito malvado. Devo te acusar de abuso de autoridade e te denunciar para o diretor.

– Lucy às vezes você me assusta.

– Hehe estarei esperando do lado de fora.

Nem esperei por cinco minutos e logo ele saia da sala com alguns papeis em mão e um caderno de desenho. Lembrei-me de imediato do retrato da Erza. Será que faria algum mal provocar um pouco? Apenas para ver reações mais engraçadas. Jellal é do tipo de pessoa que sempre tem uma reação diferente cada vez que é provocado, é legal perturbar ele com essas coisas, mesmo que seja meu professor.

– Já inscreveu seu quadro para o concurso?

– Claro! Quem pensa que sou? Fui a primeira. – ele arqueou a sobrancelha em duvida. – Tá! Fiz isso ontem, deixei para ultima hora porque não sabia o que pintar.

– Isso é raro. No clube é sempre tão criativa.

– Problemas meu caro Jellal, muitos problemas.

– Sério? Que tipo de problema atormentaria uma criança?

– Hey! Que absurdo. Farei dezoito em breve, você que é velho demais.

– Obrigado pela parte que me toca.

Ri levemente observando sua face se contorcer em uma careta de desgosto. Como eu disse, é legal provoca-lo.

– E você Sensei?

– Ih, lá vem, não me chama de sensei. Eu o que?

– Ora! Inscreveu o seu desenho da Erza no concurso.

Ele se engasgou com o próprio ar. Jellal parou no meio do corredor e olhou em volta para ver se havia algum aluno por perto, suspirou aliviado quando não achou ninguém. Encarou-me de maneira reprovadora, apenas aumentei meu sorriso brincalhão.

– Você não tem jeito. Já te disse aquele desenho era de outra pessoa.

– Aham! E eu sou a rainha Elizabeth. Tenho cara de idiota? – ele abriu a boca para responder, fiquei incrédula. – Não responda! De qualquer forma, enquanto não estava olhando vasculhei as suas coisas e vi vários desenhos da Erza. Como me explica isso?

– Isso é invasão de privacidade. Se te pegam bisbilhotando as coisas dos professores será suspensa.

– E você demitido por stalkear uma aluna.

– Sério... Você... – frustrado respirou fundo. – O que quer saber?

– Eu já sei. Simplificando, gosta da Erza, mas não fica com ela por ser um professor. – insisti.

– Eu nã... – encarei ainda mais seriamente. Iria tirar a verdade dele a todo custo. – Ah... é gosto da Erza, deixei-a livre por ser professor, não posso estragar o futuro de uma aluna por egoísmo meu. Satisfeita?

– Mas é claro... Que não. Olha a minha cara de convencida. Jellal não estou em posição para dar conselhos amorosos no momento. Primeiro briguei com o Natsu; segundo você é mais velho e tem mais experiência que eu. Pare de ser burro, o que é um ano de namoro escondido? Na verdade tem menos tempo que isso. Não pode esconder esse relacionamento até a formatura ao invés de fazer a Erza chorar?

– Não é tão simples assim.

– Sim, é simples. Você que está complicando tudo. Então agora... – o virei para a direção oposta que caminhávamos. – Vai falar com ela. Mandei uma mensagem, está me esperando no terraço. Entende? É o único que pode fazê-la sorrir.

Jellal sorriu timidamente para mim e passou a correr pelos corredores. Apenas dei um empurrão, tenho certeza de que tudo irá se resolver. Mal posso esperar por ver o sorriso da Erza amanhã.

Bem agora tenho trabalho a fazer, maldita seja a hora em que me voluntariei para ajudar na organização. Sem o professor por perto é difícil administrar o pessoal da minha equipe. Mais precisamente o Gray que faz parte do clube, um pervertido, e sua namorada stalker, que obviamente não faz parte do clube de artes e sim do de natação, ciumenta, me da até medo. Se ele não fizesse ótimas esculturas, especialmente de gelo e claro se não tivéssemos que trabalhar juntos, eu juro que nem sequer me aproximava desse casal problema. É cansativo demais.

Para minha sorte não tivemos muito que fazer e o principal, Jellal não demorou a chegar para nos dizer o que fazer. Por dentro eu estava rindo ao ver as bochechas coradas. Oh grande vontade de provocar, mas não posso fazer isso, infelizmente, por enquanto vou somente conter a minha euforia desenfreada.

Passava das seis da tarde quando enfim fui liberada para voltar para casa. A vontade de me jogar na minha cama é quase incontrolável, ainda bem que moro sozinha. Meu pai iria me perturbar a paciência por estar chegando tão tarde ultimamente. O típico de um pai coruja, com minha mãe é a mesma coisa, talvez tenham essa preocupação exagerada por ser filha única. Bem que eu adoraria um irmãozinho.

Imagino se serei assim quando me tornar mãe. Tenho o louco sonho de ter gêmeos, dois pequenos correndo a minha volta. Ah! Consigo até imaginar, um casal, a menininha de cabelos rosados e o garotinho de cabelos loiros, ambos com muita energia e animados. Estou com expectativas demais, não posso esquecer que continuo afastada do Natsu.

Pode parecer infantil da minha parte, agir dessa forma, mas fiquei verdadeiramente magoada, não me importa se o beijo foi contra a vontade dele. Esse incidente me fez perceber que havia outras garotas interessadas nele. Deixei de ser a única a notar o charme do Natsu. Fiquei frustrada ao saber que havia outras que o conhecia da mesma forma que eu ou quem sabe mais, que conhecessem um lado dele que talvez eu nunca tenha reparado. Eu queria eternizar o sentimento de ser única e exclusiva a saber tudo sobre ele, eu diria, monopoliza-lo somente para mim. Creio ter me tornado muito grudenta.

Andei cabisbaixa para o portão da escola. Realmente não sei o que estou fazendo. Como está tudo tão quieto, pensei que dessa vez iria sozinha para casa. Estava errada, fiquei surpresa quando vi o rosado encostado na mureta ao lado portão me esperando. Caminhamos lado a lado sem dizer nada um ao outro, um profundo e incomodo silêncio. Apesar de tudo ainda cuida de mim. Eu deveria simplesmente esquecer tudo e voltar a ser como éramos, mas odeio esse lado meu, sou fraca o suficiente para fugir. É difícil lidar com toda essa situação.

Como tem sido nas ultimas semanas me deixou em frente ao meu prédio e ficou do lado de fora esperando que eu entrasse para poder ir embora tranquilo. Sempre virava para trás para ver se ainda me observava. Dessa vez esperei que fosse da mesma forma, não nos despediríamos apenas começaríamos mais um dia como se nada estivesse acontecendo.

– Lucy!

Paralisei no meio do caminho. Minhas pernas tremeram por ouvi-lo chamar meu nome após tanto tempo.

– Boa noite! Eu te amo.

Mordi minhas bochechas. O sangue subiu minha face, fiquei instantemente vermelha. Que vergonha. Fiquei de costa contendo o nervosismo. Antes de entrar o respondi adequadamente com a voz trêmula.

– Eu também... te amo...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...