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História My Dear A.I. - BeomJun ou YeonGyu - Entender


Escrita por: LoveColinFord

Notas do Autor


Olá meus amoreeessss
Me perdoem pela minha demora para atualizar essa fic, me perdoem mesmo
Ultimamente foi bem puxado, eu me envolvi em um monte de coisas e estou cheio de compromissos que mal consigo ler comentários ou ler histórias...
MANO, EU PERDI O ANIVERSÁRIO DO HUENING KAI
VOCÊS SABEM O QUÃO TRISTE ISSO FOI PRA MIM????
MANO, EU TO SOFRENDO DEMAIS, EU CHOREI TANTO, QUANDO ENTREI NO TWITTER E VI UM MONTE DE HOMENAGENS, TWEETS FOFINHOS E ETC, EU DESABEI DEMAAAAISSSSSS

Esse capítulo era para ser postado ontem, no aniversário dele (tecnicamente o aniversário dele foi antes de ontem, por causa do fuso horário) mas não tive tempo, então me perdoem mesmo

Mas enfim, eu vim aqui trazer-lhes esse capítulo que eu tava com muita vontade de postar, sério, espero que gostem!

Capítulo 8 - Entender


Fanfic / Fanfiction My Dear A.I. - BeomJun ou YeonGyu - Entender

 

 Ainda eram cinco da madrugada, e Yeonjun ainda permanecia deitado ao lado de seu dono. Ele ficara o observando a noite toda, a todo momento, apreciando aquela beleza tão intensa. Aquela era a primeira vez que Beomgyu dormia ao seu lado. Talvez essa falta de preocupação acerca dele, deixando-o tão confortável ao ponto de adormecer em sua presença, mostrava o quão melhor a relação deles estava ficando. Não deixava de sorrir sempre que se lembrava disso...

 Beomgyu se mexia vez ou outra, mudando para alguma posição melhor. De vez em quando também tossia, o que chegava a preocupar o robô pela intensidade daquele ato, mas já se acalmava quando seu dono voltava ao seu sono sereno. Realmente... Ele era belo demais.

 Em certo momento, Beomgyu abraçou Yeonjun no meio da noite, e não mudou de posição a partir daí. Permaneceu daquele jeito, abraçado contra o corpo esguio e macio de seu robô. Ele realmente não era nada frio... Ele era mais quente do que imaginava. Mas além disso... Ele era extremamente confortável... E era como se seus corpos se encaixassem perfeitamente, mesmo com o braço do robô estando bem na frente.

Yeonjun sorriu muito com Beomgyu o abraçando daquele jeito. Ele sentia seu calor quase todo seu corpo. Aquele toque, aproximando seus corpos, sob a coberta... Era uma sensação que não conhecia... Ou melhor, eram várias sensações amalgamadas em apenas uma... Um misto de sentimentos intensos e confortáveis, sentimentos estes que Yeonjun gostaria de sentir para sempre.

 E assim, lentamente foi levando sua mão para o rosto de Beomgyu... Mas mais uma vez parou antes de encostá-lo.

 Da última vez que fizera aquilo... Não teve coragem, pois não sabia se seu dono permitiria ou não... Seria errado tocá-lo enquanto estivesse dormindo, sem seu consentimento... Mas desde então... Desde que pediu permissão que lhe foi concedida, Yeonjun sabia que agora podia... Podia tocar aquele humano tão especial... Agora podia senti-lo.

 Sim... Agora ele podia.

 E então, foi aproximando sua mão cada vez mais, por fim encostando-a no rosto delicado de Beomgyu, sentindo aquele calor tão gostoso... Tão intenso... Tão humano. Lentamente foi passando sua mão por aquela tez pálida, traçando seus dedos pela linha do queixo escultural de Beomgyu, chegando em seus lábios. Aqueles lábios tão delineados, vermelhinhos, um pouco entreabertos.

 Aquele robô Soobin e o amigo Huening Kai encostavam seus lábios... Eles se beijavam, um ato tão intenso de carinho e afeição. Ainda se lembrava da cena... E ainda prosseguia com o mesmo pensamento daquela hora: “como seria tocar os lábios de Beomgyu?”

 Realmente... Aquele humano ao seu lado era tão incrível que Yeonjun mal conseguia manter o sorriso. Era tão surpreendente... Poderia tocar aquele humano por anos e jamais se cansaria.

 Notou que Beomgyu sorriu um pouco, virando um pouco seu rosto para cima, como se estivesse adorando aquele contato. E realmente estava, mesmo que estivesse dormindo. Yeonjun soltou um leve sorriso, aquele mesmo sorriso que apenas mostra o quão maravilhado ele está por poder tocar uma criatura tão bela.

 Yeonjun então ergueu um pouco seu braço, deixando-o na nuca de Beomgyu, para que eles pudessem se encostar ainda mais, e assim foi feito. Vagarosamente o garoto recostou sua cabeça no peito farto do seu robô, apertando-o ainda mais contra seu corpo. Era mesmo incrível como seus corpos se encaixavam tão bem.

 Yeonjun então levou sua mão para os cabelos sedosos e macios de Beomgyu, sentindo aquela textura... Não era tão diferente de seu próprio cabelo, mas ainda assim era como se fosse mais especial... Apenas por pertencer ao seu dono. Ao seu querido humano.

 Beomgyu, mesmo afundado em seus sonhos, sentia como se estivesse abraçando alguém que gostava muito, alguém de algum tempo atrás. Beomgyu amava tanto essa pessoa, e naquele sonho, era como se estivesse o sentindo, alguns momentos antes dele ferir seus sentimentos...

 Mas algo estava estranho...

 Naquele sonho... Ele tinha a imagem daquela pessoa em sua cabeça... Mas não era ela. O toque era diferente... Era mais... Confortável. Era como se fosse alguém ainda mais especial, mas que Beomgyu ainda não tivesse admitido para si mesmo o quão importante era para si.

 Sinceramente... Beomgyu não queria acordar.

 

 ...

 

 Quando Beomgyu acordou naquele sábado, estava sozinho na cama. Apesar de ser a primeira vez que caía no sono com Yeonjun ao seu lado, ainda lembrava-se de sua presença. Tanto que sentiu sua falta ao tatear sua cama, percebendo sua ausência logo no começo do dia.

 Levantou-se, fez suas higienes matinais e seguiu para a cozinha, lá Yeonjun estava, organizando o café da manhã na mesa, todo alegrinho e saltitante, quem sabe Beomgyu até mesmo tenha o ouvido cantarolar, mas não deu muita atenção.

 - Bom dia Yeonjun.  -  Beomgyu proferiu, aproximando-se.

 - Oh, bom dia Beomgyu!  -  O robô caminhou até ele e lhe puxou para um abraço bem apertado. Aquilo surpreendeu muito o garoto. Nunca imaginou que aquilo aconteceria algum dia... Quer dizer, talvez já tenha passado pela sua cabeça.

 E diferente de seu eu do passado, daquela vez Beomgyu logo o abraçou de volta, envolvendo seus braços por seu corpo.

 - Vejo que está de bom humor, Yeonjun. Algum motivo em específico?

 - Sinceramente... Acho que não. Apenas estou feliz que você já está acordado.  -  Yeonjun respondeu na maior inocência, sorrindo bastante.

 E quanto a Beomgyu... Bem, depois daquilo ele sentiu seu coração palpitar um pouco mais forte.

 O que aquilo poderia significar?

 Com certeza algo muito bom.

 

 Esse final de semana foi até que bem interessante tanto para Beomgyu quanto para Yeonjun. Ambos conversavam bastante, poderia dizer que seu relacionamento ficou bem melhor desde que começaram a conversar mais. Beomgyu precisava se lembrar de agradecer a Huening Kai mais uma vez.

 Yeonjun, diferentemente do que Beomgyu imaginava, começou a interagir bem mais, bem rapidamente. Mesmo que não estivessem fazendo nada, ele falava sobre alguma coisa diferente, geralmente em relação às coisas humanas. Como por exemplo, qual era a sensação de comer qualquer tipo de comida, beber qualquer tipo de bebida, qual era a sensação de cantar e dançar com veemência. Várias coisas que Beomgyu até que gostava de responder.

 Eles conversavam bastante enquanto cozinhavam juntos. Como era final de semana, Beomgyu decidiu que ajudaria Yeonjun a preparar alguma coisa. Além disso, Beomgyu o chamava para assistir alguns filmes e séries, mesmo que percebesse que seu robô prestava mais atenção nele do que no programa televisivo.

 E pouco a pouco, eles foram se tornando cada vez mais próximos.

 E Beomgyu precisava admitir... Aquilo o deixava feliz.

 

 ...

 

 O fim de semana acabou, logo na segunda-feira, Beomgyu precisava ir ao colégio e mal teve tempo de comer, pois estava atrasado. Acabou demorando demais no banho daquela vez.

 Assim que escovou os dentes, pegou sua mochila e saiu correndo.

 - Tchau Yeonjun! Até o almoço.

 - Até mais Beomgyu, tome cuidado!

 Talvez aquela tenha sido a primeira vez que Beomgyu se despediu. Por mais de uma semana inteira, o garoto saía do apartamento sem nem se despedir. Em parte porque já que morava sozinho há algum tempo, havia perdido o costume de se despedir quando saía de casa. Contudo também fazia aquilo pois tentava ao máximo ignorar seu robô.

 Mas daquela vez não.

 Depois de tudo o que aconteceu naquele finalzinho de semana, as coisas ficaram bem melhores.

 Beomgyu notou isso enquanto descia o elevador, e mesmo que involuntariamente, sorriu para si mesmo. Parece que eles estavam mesmo se dando bem.

 

 Alguns instantes depois que Beomgyu saiu, Yeonjun voltou à cozinha e organizou tudo novamente, lavando, secando e guardando a louça em poucos minutos. Seguiu para o banheiro, pegando algumas das roupas sujas de Beomgyu e levando para a lavanderia, lavando-as também.

 Enquanto fazia suas rotinas, sentia novamente aquele sentimento de aperto, de vazio. Fazia algum tempo que não sentia isso. Durante a noite de sexta-feira, permaneceu com Beomgyu e os amigos dele, e no fim acabou fazendo companhia ao seu dono enquanto ele dormia. E durante sábado e domingo, conversaram praticamente o dia inteiro. Apenas pela noite, que preferiu não incomodar mais Beomgyu, portanto acabou não o fazendo companhia. Apenas faria se fosse solicitado.

 Mas naquele dia, logo na manhã, começou a se sentir solitário mais uma vez.

 Ele não entendia esse sentimento. Era estranho. Não tinha porquê sentir aquilo, afinal soube desde o início que Beomgyu não ficaria com ele o tempo todo. Mas ele ainda sentia.

 E Yeonjun, apesar não entender, não gostava de sentir aquilo.

 Foi então que alguns minutos depois, enquanto permanecia sentado na cama de Beomgyu, olhando para o nada, entrelaçando os dedos e pensando em muitas coisas, ouviu a campainha.

 Quem poderia ser?

 Se não estava enganado, Beomgyu havia lhe dito em alguma de suas conversas durante o fim de semana que não era para Yeonjun abrir a porta para ninguém que não seja ele, Huening Kai, Taehyun e seus robôs. E que se fosse algum estranho era para imediatamente ligar para Beomgyu.

 Ao se aproximar da porta, olhou pelo olho mágico, para ver se sabia quem estava atrás da porta.

 E ao ver quem era, logo sorriu.

 Com sua senha (já que robôs não possuem digital, eles usam as senhas de seus donos para destravar as trancas) destrancou a porta, e ao abrir totalmente, a sua frente lá estava ele. Tão alto quanto si, com um rosto esculturalmente adorável, um tanto semelhante a um coelho, com cabelos castanhos enegrecidos e olhos mais puxados que os seus, vestido com uma calça jeans um pouco justa e uma camisa azul, o Protótipo de Huening Kai, Soobin.

 - Olá Jjuni.  -  O mais alto cumprimentou animado.

 - Olá Soobin! Por favor, entre.  -  Yeonjun deu espaço para Soobin entrar, fechando a porta logo em seguida.

 Ambos os robôs seguiram para a sala, sentaram-se no sofá e lá permaneceram. Como no último encontro deles haviam combinado que iriam se encontrar enquanto seus donos estavam fora, eles agora podiam se considerar... Amigos? Talvez.

 - Estou muito feliz que tenha vindo Soobin, eu até tinha me esquecido que podíamos nos encontrar.  -  Yeonjun começou, falando com um enorme sorriso no rosto.

 - Por favor, me chame de Soobinnie.  -  O maior colocou a mão em seu próprio peito, falando de modo também muito animado.  -  Eu também estou feliz por nos encontrarmos. Lá no apartamento do meu Ningning as coisas estavam muito solitárias, então vim para cá.

 - Como sabia dessa localização?

 - Ningning me explicou como chegava aqui. Na verdade não é tão longe um apartamento do outro, qualquer dia você pode ir lá também.

 - Incrível. Pode deixar que qualquer dia eu irei.  -  Yeonjun sorriu do modo mais terno possível.

 Mesmo que ambos os Protótipos tenham trocado algumas poucas palavras, um já conseguia perceber o quão agradável era a presença do outro. Mesmo que eles não tivessem sido programados para tal situação, eles ainda estavam ali, fazendo companhia um para outro enquanto seus donos estavam longe.

 Taehyun, aquele que deu a ideia, no momento pensou como seria essa interação. Como seria dois Protótipos de última geração conversarem um com o outro sem qualquer humano por perto? O quanto eles aprenderiam e o quanto evoluiriam? Talvez aquilo possa se tornar algo bem maior. Tudo o que precisava fazer era esperar para ver no que dava.

 Yeonjun e Soobin conversaram por alguns momentos. De fato, ambos por serem robôs relativamente novos, nenhum tinha muita noção das coisas ainda. Eles ainda eram ingênuos e entendiam o mundo da maneira deles. Não que fosse algo ruim, muito pelo contrário. Entretanto, havia um entre os dois que sabia de coisas que o outro gostaria de saber também, e não tardaria para perguntar.

 - Hey Soobinnie...  -  Yeonjun começou.

 - Sim?

 - O que você... O que você sente... Quando você está com Huening Kai?  -  Aquela era uma dúvida que surgira em sua mente desde que os viu juntos no shopping. O jeito que esses interagiam, como conversavam, como agiam, como se olhavam e o que faziam... Era simplesmente... Intenso demais. Algo que Yeonjun não entendeu, mas amaria entender.

 - Oh! Quer mesmo saber?  -  Soobin já se animou. Ele amava falar de seu dono, apesar de nunca ter falado dele para absolutamente ninguém. É um tanto irônico, como ele sabia que gostava de falar dele sendo que nunca falou? Bem... Talvez fosse algo lá de dentro, além de sua programação.

 - Sim, por favor.

 - Bem... Por onde eu começo... Quando eu estou com meu Ningning eu me sinto... Eu me sinto bem. Sempre que eu ouço aquela voz melodiosa... Eu sinto como se estivesse flutuando. Ele é tão especial para mim, sempre que eu o toco, sempre que eu o beijo, sempre que nossos corpos estão em contato, eu sinto como se precisasse daquilo cada vez mais, entende?  -  Soobin falava com paixão, como se estivesse divagando em suas próprias palavras. E era assim como ele se sentia.

 - Flutuando... É assim que se sente...  -  Yeonjun olhou um pouco para o lado.

 Talvez fosse assim que ele se sentisse também...

 - Quando eu estou com ele, eu sinto que quero protegê-lo de qualquer coisa que possa machucá-lo, de qualquer coisa que possa tirar ele de mim. Ele sempre está lá por mim. Ningning faz com que meu peito se aperte, ele faz com que meu corpo sinta sensações que eu nunca imaginei que algum dia sentiria. Um arrepio que queima frio pela minha pele... Um peso em meu abdome... Um peso bom... Eu não sei explicar exatamente do que se trata... Mas sei que é uma coisa boa. Isso porque... Não importa o que esteja acontecendo, onde estejamos, o que estejamos fazendo... Sempre que ele está comigo, eu me sinto feliz.... Eu me sinto... Vivo.  -  Soobin sorriu calmamente mostrando suas covinhas, olhando para o nada, pensando no que havia falado.

 Como um robô, uma inteligência artificial, conseguiria descrever seus sentimentos? Como é possível descrever algo que você não vê, não lê, não ouve... Apenas sente? Como descrever alguma coisa sendo que não possui memórias para usar como referência?

 Simples...

 ...E só deixar sentir.

 Yeonjun o observou enquanto falava. Ele se sentia assim… Ele se sentia vivo, assim como Yeonjun se sentia enquanto observava as luzes da cidade, assim como ele se sentia quando estava perto de Beomgyu.

 Mas eis a questão.

 O que isso pode significar?

 O que é isso que eles sentem?

 O que é que os faz se sentir vivos?

 Ambos os robôs sentiam, mas apenas um sabia o que era.

 - Quando eu estou perto do meu Ningning...

 

 ...Eu sinto amor.

 

 


Notas Finais


Soobin sabe o que sente
Ele sabe o que é esse sentimento tão confuso, mas simples ao mesmo tempo.
Ele sabe o que é o amor, e sente isso, ele sabe que sente.

E quanto a Yeonjun? Bem... Esse capítulo mostrou que ele enfim descobriu sobre esse sentimento, e acreditem em mim, ele está disposto a conhecê-lo melhor.

Eu espero muito que tenham gostado, sinto muito pela demora, daqui a alguns dias minha "agenda" vai ficar um pouco menos lotada e eu vou poder escrever e postar mais rápido, então nos vemos em breve!


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