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História My Dear Angel - A história


Escrita por: cutiepie123

Notas do Autor


GENTE LEIAM AQUI POR FAVOR <3
Eu percebi que vocês não iam conseguir entender os laços do Brendon com ela e a personalidade dela por completo se eu não contasse a história inteira, então esse capítulo vai ser sobre a trajetória dela desde criança e tal <3

Capítulo 8 - A história


Narrador. 

A menina esmirradinha de olhos azuis mais uma vez estava a procurar comida nas latas de lixo das ruas. Os comerciantes locais embora clamassem ser ótimas pessoas em seus jantares com as famílias e amigos, expulsavam a garota a vassouradas. Cada vez era uma resposta diferente, mas a mais comum era "Você está espantando os clientes". Angelina, mais conhecida como Lena então ia pra outros becos em busca não somente de comida, mas também de roupas de frio. O inverno era muito rigoroso na pequena cidade no sul da Inglaterra, ainda mais quando se vive nas ruas. 

Ratos passam correndo pela menina de 6 anos de idade e ela os segue, chegando à uma lata de lixo que ficava escondida no beco atrás do restaurante italiano que todas as pessoas ricas frequentavam. Os ratos eram seus únicos amigos nesse mundo solitário que ela vivia. Ela sentia como se eles cuidassem dela, porque eles sempre mostravam a ela aonde encontrar comida, e não importa aonde ela estivesse, eles sempre estariam com ela. A menina levanta o metal pesado da tampa da lata e acha então vários restos de comida, que os ratos devoravam sem pudor. Com um sorriso no rosto ela pega o macarrão que sobrara da refeição de um casal que clamou que o prato estava frio. Aquele estabelecimento não admitia requintar os pratos, então resolveu jogar tudo fora para que futuramente o lixeiro levasse a refeição da pequena menina. Era a primeira coisa que ela comia no dia, e já eram quase 22h da noite. Suas mãozinhas sujas pegavam com prazer a massa, se deliciando, apesar do sabor misturado com o lixo que haviam nos sacos. 

-O que está fazendo? -Pergunta um homem saindo pela porta dos fundos com um saco preto nas mãos. A pequena menina agilmente se afasta, evitando olhar nos olhos do alto e assustador Urie. -Estava comendo do lixo? 

Algo dentro do homem se aqueceu. Ele sempre amou crianças, e vê-la assim, naquele estado mexeu com seu emocional e abalou o seu psicológico. 

-Desculpa, eu... -A pequena se encolhe e faz menção de sair andando, mas o homem corre até ela e a para. 

-Cadê sua mãe? -Pergunta segurando em seus ombros com carinho, mas firmemente para que ela não escapasse. Ela apena dá de ombros, indicando que não sabia. 

A mãe, uma viciada em cocaína e metanfetamina fazia muito disso. Raras eram as vezes em que ela se encontrava em casa, e quando isso acontecia, estava chapada demais pra lembrar da existência de sua própria filha. A menina, entretanto, não tinha a chave de casa porque era muito nova ao ver da sua figura materna. Tal fato, chegava até a ser irônico, se bem analisado. 

-Está com fome? -Os olhos da menina se encontram com o do homem pela primeira vez e ele pode perceber o quanto eles são azuis. Ele poderia acabar se perdendo lá. Ainda que com receio a menina faz que sim com a cabeça. 

Boyd Urie então abre um sorriso amigável e olha em volta, verificando se seus superiores não estavam por perto. Ele era apenas um cozinheiro, mas não podia não fazer nada. O horário de fechar estava chegando, então uma ideia surgiu em sua mente. 

-Espere aqui até eu te chamar. Vou te arrumar comida de verdade, certo? 

Com os olhos brilhando, Lena apenas balança a cabeça, assentindo. "Comida de verdade". O que será que ele queria dizer com aquilo? Será que ela finalmente ia descobrir o gosto daquelas coisas gostosas que ela só via através das vitrines? Dois dólares era muito pra ela pagar. Às vezes as pessoas se compadeciam dela e davam restos do seu jantar. Esses eram os dias bons. Nos dias ruins, ela era enxotada das ruas por afastar clientes, ou denegrir a imagem das lojas. 

O homem então tira seu casaco e coloca sobre a pequenino corpo da menina, voltando pra dentro do restaurante, aonde os últimos clientes estavam indo embora. Com a garantia de que iria fechar tudo, o gerente deixa o cozinheiro que clama querer testar um novo prato e volta pra sua casa, aonde descobriria que sua esposa estava o traindo com Barry, o carteiro. 

A porta dos fundos é aberta, reacendendo a esperança da menina que já achava que o bom homem nunca mais ia voltar. De lá, Boyd Urie aparece, fazendo sinal para ela entrar, o que ela prontamente obedece. Lá dentro, o clima estava mais agradável, então a menina para de tremer, sentindo um cheiro de limpeza agradável, misturado com o cheiro morno de comida que ainda pairava pelo restaurante. 

-Por aqui. -O homem indica a direção da cozinha e ela obedece.

Ao chegar no imenso lugar ela abre a boca, pasma. O Sr. Urie apenas sorri e coloca a pequena sentada no balcão, notando que ela era leve demais pra uma menina da idade dela. 

-Qual seu nome? -Pergunta e ela o olha de relance, abaixando o olhar em seguida num gesto tímido. 

-Angelina. Por que está fazendo isso? -Responde com outra pergunta, surpreendendo o homem. 

-Porque eu vou cuidar de você agora. -O olhar da menina encontra os do homem e ela o analisa por alguns segundos. Definitivamente ela era inteligente demais pra idade dela. -Quantos anos você tem? 

-6. -Dá de ombros. 

O homem que mexia habilmente com o frango para e olha para a menina, franzindo o cenho. 

-Então você está na escola, certo? 

Em resposta ele recebe um sinal negativo com a cabeça. 

-Vamos te matricular semana que vem. Vou falar com a minha esposa enquanto o frango está no forno, certo? Não saia daí. 

Ele então pega um aparelho e começa a apertar botões que para a mente de 6 anos da menina pareciam aleatórios e deixa a cozinha. Por sorte, a esposa gostava tanto de crianças quanto ele. Quando o homem volta para o ambiente, feliz pela aceitação imediata da menina na casa, ele encontra o recinto vazio. 

-Angelina?-Grita, a procurando. 

-Aqui. -Escuta um murmuro quase inaudível e segue seu som, chegando a menina que lia um livro de receitas, sentada numa cadeira que ressaltava o quanto ela era pequena. -O que é açafrão? 

-Você sabe ler? Achei que nunca tinha ido pra escola. -Diz confuso e ressentindo com a possibilidade da menina estar mentindo.

-E não fui. Eu aprendo fácil. -Dá de ombros e o homem ergue as sobrancelhas, surpreso com a habilidade da menina. 

A noite se segue normal. Depois de comer, a pequenina vai pra casa do Sr. Urie, aonde conhece a adorável esposa dele, Grace. Após seu primeiro filho, Brendon, ela se descobriu incapaz de ter mais filhos, mas ela queria com todas as suas forças ter uma menina. A Sra. Urie era uma professora de ensino fundamental, e uma das suas maiores paixões eram crianças. Tudo sobre elas lhe encantava: sua pureza, seu olhar, sua inocência... Por isso, ao ver Angelina parada ali, tudo que ela mais queria era manter ela pra si. 

Eles deram banho na pequena e às pressas o Sr. Urie dirigiu até a igreja, aonde conseguiu algumas roupas que a servissem. A quantidade de sujeira que saiu do corpo da menina era assustadora, mostrando o quão negligenciada ela estava. Como filho de 14 anos do casal, Brendon, estava dormindo na casa de um amigo, ela ficou em seu quarto, aonde pernoitou. No dia seguinte, entretanto, quando a mulher de 37 anos acordou, ela havia desaparecido. 

-Querido! Querido! -Grita indo até o quarto, aonde o homem ainda dormia. Num pulo ele acorda e ela senta na cama, inconsolável. -Angelina, ela...

-Lilly! Toma cuidado! -Brendon, o primogênito deles grita, do andar de baixo. A mulher então se recompõe e desce as escadas correndo, encontrando a pequena menina de olhos azuis brincando com o filho deles e seu pastor alemão chamado Bisteca.

-Pega, Bisteca! -Diz com uma voz infantil e joga a bolinha com o máximo que sua força permite. 

O homem desce atrás da esposa, parando pra ver a cena com ela. O sorriso que eles abrem é unânime, assim como a decisão: eles iam ficar com ela. O problema, veio alguns dias depois, quando a mãe biológica da pequena bateu na porta da casa deles, tentando levar a filha embora. Aparentemente, ela usava a pensão do Governo pra comprar suas drogas (ainda que não tenha admitido) e precisava da menina para isso. Eles então concordaram em não adotar a menina, mas esta moraria com eles e a drogada continuaria recebendo o dinheiro para cavar sua própria cova. Cerca de 3 meses depois, ela teve uma overdose e faleceu. Angelina não quis ir vê-la, o que de certa forma foi um alívio para o casal. 

Ela foi matriculada no colégio público de Bristol, aonde descobriu ter uma inteligência acima da média, o que a fez pular algumas séries. Aos 15 ela estava se formando no Ensino Médio, e ingressando na faculdade de Direito, a mesma em que o filho do casal havia se formado. Este, então, declara seu amor pra ela em seu aniversário de 18 anos e eles namoram por 3 anos antes dele a pedir em casamento. A notícia não poderia ter deixado o casal mais feliz. Tanto por ela quanto por ele. 

Ela, que morava com Brendon desde que fez 20 anos, começa então a planejar o casamento. Os dois não poderiam estar mais empolgados, e a mídia inteira estava em cima deles. "O advogado mais cobiçado de toda Inglaterra se muda para os Estados Unidos com a futura noiva, deixando milhares de mulheres inconsoláveis.". A festa seria monitorada e transmitida nos meios de comunicação, ainda que a contragosto da pequena menina de olhos azuis. Os dois então chegam a um consenso: Se casariam antes num lugar simples e transmitiriam uma festa falsa depois, assim, garantiriam a felicidade dos dois. Poucos dias depois da lua de mel ela foi sequestrada, então a mídia acredita que eles nunca se casaram. 

Durante 3 meses Brendon organizava buscas incessantes pela esposa. As pessoas, entretanto, começaram a desistir, duvidando que ela ainda estivesse viva. Ele nunca desistiu, e nunca esteve com outra mulher que não fosse a esposa. Afinal de contas, se não havia corpo, ela não estava morta pra ele. A família inteira ficou desolada. Eles há conheciam a tanto tempo que era estranho não ter sua presença doce na casa. Perguntando como se fazia tudo. Abraçando a Sra. Urie e dizendo o quanto as flores que ela comprou eram bonitas. Era uma coisa delas. As flores. Sempre que Angelina ia lá elas passavam horas mexendo no jardim e conversando. 

E então ela volta. Mas ela estava danificada. Quebrada. Acordava a noite tentando estrangular o marido. Se recusava a comer. Estava completamente catatônica, sem reação alguma. Passava horas e horas olhando pela janela, sem expressão alguma. E é aí que Brendon decide interná-la em um hospital psiquiátrico, aonde ela passa seis meses. Quando volta, ele a enche de amor incodicional, mas ela já não pode mais retribuir. Tinha que melhorar antes de poder ser justa com o Brendon. Ela alega ser uma situação temporária, mas eles nunca mais tocaram no assunto. 

O advogado, em uma tentativa falha de esquecê-la, começa a sair com todo tipo de mulher. Entretanto, nenhuma dela chega aos pés da ex esposa. Ela era a mulher pra ele. E ele ia esperar por ela, nem que demorasse quinze anos. Ele ia esperar. Quando ela lhe disse que ia trabalhar novamente em campo, a ideia não lhe agradou nem um pouco. O receio de tudo se repetir invadiu sua mente, e ele desejava a cada segundo que tudo acabasse logo pra que ela pudesse voltar pra casa sã e salva. Pudesse voltar pra ele. 

-Eu quero o histórico familiar do réu, veja se consegue achar qualquer discrepância ou doença mental e me mostre porque eu te contratei, certo? -Pede a seu estagiário que apenas assente, deixando a sala. Seu celular começa a vibrar e ele nota o número desconhecido, atendendo com a esperança de ser a Lily. -Brendon Urie. 

-Sr Urie, aqui é do hospital de Miami, o Sr é responsável por uma paciente chamada Angelina Morelli?

-Eu mesmo. -Seu cenho se franze conforme a mulher explica a situação e em menos de 1 hora eles estava a caminho do aeroporto. Não perdoaria a UAC se algo acontecesse a ela. Ele tinha prometido que nada mais aconteceria, e ia cumprir essa promessa. Custe o que custar. 



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