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História My dear delegate - Capítulo seis


Escrita por: Patricia00 e Luaah-chan

Notas do Autor


Espero que gostem.

Capítulo 6 - Capítulo seis


-Você não está mais sozinho.

Sakura

Depois disso, não sei ao certo quanto tempo ficamos daquele jeito, mas com o tempo percebi a luminosidade vinda do sol se espalhando pela cozinha e junto a isso um desconforto pela posição.

-Err… -limpo a garganta me afastando.

-Eu tenho que ir até a minha casa.

Ele apenas levanta, me dá as costas e fala algo que eu entendi como um “ok”. Vou até a área de serviço e jogo uma agua no rosto, pego a minha bolsa e fico na sala esperando pra ver se ele aparecia. Passei uns dez minutos em pé na sala pensando que talvez devesse avisar que estava indo, mas talvez ir até lá possa ser invasivo. Depois de tudo aquilo nós temos certa intimidade. Ele nem se interessou quando eu disse que iria sair. Depois de tantas divagações decido ir sem me despedir. Assim que passo pela porta do terraço vejo a outra aberta e isso desperta minha curiosidade. Ando mais rápido e o vejo parado encostado no carro usando um óculos escuro e vestindo o mesmo jeans de antes e uma camisa azul marinho que o deixava como um bad boy de filmes americanos.

-Vamos.

Fala com aquela voz rouca que me causa arrepios, já entrando no carro.

-Você não precisa ir comigo.

-Você vai buscar as suas malas, como você espera trazê-las até aqui?

-Não sei.

Na verdade eu nem pretendia.

-Por favor eu não quero que isso leve o dia todo. Vamos.

Dou a volta no carro e entro no banco do carona.

-Coloque seu endereço no gps por favor.

Digito o meu endereço e como da última vez encosto a minha cabeça no vidro do carro, aproveitando o tempo.

Flashback

-Mamãe eu vou passar o dia no com a senhora hoje?

-Sim querida.

-E o papai também?

Ela olha com carinho pro homem ao seu lado

-Não meu anjo o papai tem que ir trabalhar também.

-Mas o papai volta?

-Claro que sim Sakura, acha que eu ia deixar as duas mulheres da minha vida sozinhas? Claro que não.

E do banco de trás a pequena olhava pela janela do carro, cada vez mais fascinada pelas casas de princesa que via.

-A senhora trabalha em uma dessas mamãe?

-Sim. Pra ser mais exata eu trabalho nessa.

Fala enquanto o papai para o carro.

-Assim que eu arrumar um emprego melhor você não vai mais precisar disso. Eu vou te dar a vida que você sempre sonhou.

-Eu tenho a vida que eu sempre sonhei.

Fala acariciando o rosto do homem e pousando um beijo casto em seus lábios.

-Vamos, Sakura.

A menina prontamente desabotoa o sinto e abre a porta.

-Ei, o papai não vai ganhar nem um beijo?

-Claro papai!

Volta e dá nele um abraço desajeitado e em seguida um beijo na bochecha.

-Eu te amo papai. Até mais tarde!

E sai correndo do carro em direção ao enorme jardim.

-Cuidem-se Mebuki.

-Cuide-se você também.

Sai do carro gritando pela menina que já mexia empolgada em algumas rosas.

-Vamos Sakura, quero te apresentar ao seu novo amiguinho.

Flashback off

-Sakura? SAKURA?

-Oi!

-Tudo bem com vc?

-Sim...

-Hm. Chegamos.

Suspiro tirando o cinto.

-Você quer entrar?

Responde com um menear de cabeça. Saio já com a chave em mãos. Quanto menos tempo isso levar melhor. Entro deixando o delegado passar.

-Pode ficar a vontade, eu não demoro.

Vou até meu quarto encontrando tudo como havia deixado só a cama que estava bagunçada, não me lembro de tê-la deixado assim. Me apreço pegando a mala em cima do guarda roupa e arrumando tudo do melhor jeito possível, pegando o mais necessário e indispensável. Vou até o quarto do meu pai, pego uma mala que pertencia a minha mãe e guardo o que ainda faltava nela. E na minha mochila ponho o meu material da faculdade coloco em meus ombros arrasto uma das malas até a sala.

-Podemos ir.

-Sua mãe?

Fala estendendo um porta retrato pra mim.

-É sim.

-Onde ela está?

-Morta. Você me ajuda?

Ele pega uma das malas e eu a outra, arrasto até a porta deixando lá enquanto ele coloca a outra no porta malas. Pego a foto da minha mãe que ele estava olhando e escrevo um bilhete pro meu pai deixando em cima do rack de madeira onde ficava a foto da minha mãe. Entro no carro onde ele já me esperava pronto pra irmos. Pouco tempo depois de darmos partida ele fala.

-Sua mãe era uma linda mulher, você lembra muito ela. Pode até recriar essa foto quando sua barriga já estiver grande assim.

-Hm.

Sasuke

Coloco as malas pra fora do carro assim que chegamos em casa.

-O que o senhor quer pro almoço?

-Sakura, você pode me chamar só de...

-Sasuke.

Desvio minha atenção em direção a voz.

-Podemos conversar?

-Com licença.

Sakura passa por ela bastante apressada arrastando as malas.

-Claro que sim, Karin.

Vamos em direção a sala e sentamos. Nesse meio tempo noto nela um semblante melancólico, mais até do que o normal.

-Olha Karin, se for sobre ontem esta tudo bem, nós nos alteramos...

-Sasuke chega, a quem estamos tentando enganar? Não está tudo bem, não está nada bem a muito tempo.

Vejo ela recostar no sofá fechando os olhos, deixando algumas lágrimas rolarem.

-Com toda convicção do mundo eu posso dizer que você foi uma das pessoas mais especiais que apareceu na minha vida, vivemos momentos incríveis, incrivelmente bons, incrivelmente ruins, incrivelmente turbulentos porém, todos inesquecíveis. E eu sei que apesar de tudo nosso, amor foi real. E que apesar de tudo de ruim que aconteceu com a gente tudo que eu vivi com você foi inesquecível. Você fez parte de alguns dos momentos mais lindos da minha vida e eu te amei mais do que é saudável amar alguém. Não sei porque você nunca me mandou embora.

-Karin...

-Sasuke, por favor me deixe terminar. O que nos mantém juntos agora não é amor, não é nada sinceramente eu agora sinto como se só estivesse aqui pra ter alguém em quem descontar minhas frustrações e isso não é bom pra nenhum de nós. Aconteceram coisas ruins com a gente e não estou falando só do que aconteceu com nosso filho, estou falando desde antes dele, muito antes. A gente já não estava dando certo e só Deus sabe o quanto eu sentia muito por isso mas essa é a realidade nunca fomos compatíveis somos diferentes demais, por isso nos atraímos e agora é hora de nos repelimos. Já passou da hora na verdade.

Diz tentando colocar um sorriso no rosto.

-Eu sei que você nunca foi bom com essas coisas, então vamos facilitar tudo.

Fala levantando

-Se importa de pegar o resto das minhas coisas no quarto e levar até o meu carro?

Karin

Vejo ele levantando e indo até nosso ex quarto. Talvez seja melhor que ele não fale nada mesmo aproveito esse curto período para me despedir do lugar onde fui tão feliz e triste. Olho pra cada canto desta casa e em cada lugar um lembrança e a cada passo mais lágrimas em meu rosto. Até chegar a porta da cozinha. Eu nunca vim muito aqui.

-Oi.

Falo com a garota que está próxima a pia.

-Olá, senhora Uchiha.

-Ah não. Não sou senhora Uchiha oficialmente a um bom tempo.

Digo tentando quebrar o clima ruim que sinto entre a gente.

-E você é a? Sei que Sasuke deve ter me dito seu nome ontem mas eu estava um pouco alvoroçada.

-Sakura senhora.

-Sem o senhora por favor, faz com que eu me sinta ainda mais velha.

-Desculpe.

-Não precisa disso.

Falo me aproximando.

-Você está grávida certo? Lembro do Sasuke falando isso ontem.

-Sim.

-Nem parece. Eu posso?

Falo estendendo as mãos até a barriga dela e quando a ouço me dar permissão eu a toco.

-Quanto meses?

-Dois.

-Por isso tão pequena. Mas acho que mesmo quando você estiver com um tempo mais avançado de gestação ela não vai ter crescido tanto.

-Assim espero.

-Sabe sakura, eu também não queria ter filhos, quando eu descobri que estava grávida fiquei desesperada eu e Sasuke tínhamos nos separado a pouco tempo e justamente por isso acho que consegue imaginar o quanto isso me deixou apavorada, imaginando todas as possíveis reações dele quando eu o contasse. E pra minha surpresa ele reagiu tão bem, sorriu pra mim de um jeito tão lindo eu sentia como se meu coração fosse explodir, mas quando ele me abraçou senti que no final ia dar tudo certo. Mas infelizmente isso não aconteceu.

Tiro a mão da sua barriga e limpo algumas lágrimas do seu rosto vendo-a ficar constrangida.

-Não se preocupe, grávidas são sensíveis assim mesmo. Ele sabe? O pai dessa criança sabe da existência dela?

-Sim.

Responde se afastando um pouco.

-Pela sua reação vejo que a dele não foi nada boa.

Tudo que ela faz é acenar negativamente a cabeça, o que me faz suspirar.

-Sasuke ontem falou sobre ter tido que puxar sua ficha e alguns dias que ele vinha trabalhando em uma investigação de clínicas ilegais.

Assim que se conheceram?

Ela não me responde apenas abaixa a cabeça. Que eu faço questão de erguer.

-Você não precisa ficar com vergonha, você ficou com medo, não to aqui pra te julgar precipitadamente. Não como eu já fiz uma vez. Não sei em que circunstancias essa criança foi gerada não sei o que aconteceu antes disso nem o que aconteceu depois. Só você conhece essa história e não parece querer contá-la. Mas eu só queria te dizer que os momentos que eu tive com o meu filho, mesmo ele só tendo estado vivo dentro de mim foram os melhores todas. As lembras como a primeira vez que ele mexeu todos os desejos estranhos e tudo mais, vai fazer qualquer outra coisa parecer pequena, você vai ter que ser forte, mas isso eu sei que você já é.

E de repente sinto ela me abraçando, retribuo o abraço um tanto quanto forte.

-Eu quero te pedir um favor.

-Se tiver ao meu alcance eu farei.

Fala limpando as lágrimas do seu rosto.

-Por favor sejam felizes.

Sorrio beijo sua testa e saio já encontrando Sasuke do lado de fora.

-Karin, você não tem que ir...

-Não Sasuke. Eu tenho sim, eu preciso viver sem estar presa em tudo que aconteceu e você hoje pra mim simboliza as correntes que me prendem a tudo àquilo e eu sei que pra você eu sou isso também. Nós vamos sempre fazer parte da vida um do outro nas nossas lembranças, sempre vamos estar juntos.

E então ele me abraça me dando um último beijo, me fazendo sentir uma última vez o calor dos braços aonde eu fui tão feliz um dia. Depois disso sim, eu senti que estava pronta pra dizer adeus e foi o que eu fiz entrei no meu carro dei partida e antes de virar a esquina da minha antiga rua olho pra trás e vejo que ele não está mais lá. Sim, ele nunca mais vai estar lá, agora eu vou poder encontrar um novo rumo, um novo sentido, na verdade nós dois vamos.

-Seja feliz Sasuke, você merece!

Tudo que fica: fica para sempre um amor, uma longa conversa e um abraço apertado... Essas memórias nunca serão esquecidas, não importa quanto tempo passe.


Notas Finais


Bom gente eu queria explicar pra vcs uma coisa. A Karin ela não é uma pessoa má, ela só é alguém que já sofreu e não sabia como e o que fazer pra descarregar toda essa dor que ela sentia, então acabava causando dor nos outros pra se "sentir melhor" ou só pra ver que ela não era a única infeliz no mundo, aquela velha história do "pq eu", "pq só cmg", sabe... "Eu to sofrendo e quero que tds sofram". Ela não é má. Era isso.

❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤

Beijos e até o próximo obrigada a todos os novos favoritos e comentários ❤.


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