História My dear prince - yeonbin - Missão

Haviam se passado alguns meses desde o episódio da confusão entre SooBin e Yeonjun - este último já havia melhorado em relação a sua saúde - com aquele outro rapaz, que tentou se esconder no castelo para não voltar para casa, mas foi encontrado e pego por um dos guardas do local. 

 A rotina do Choi já havia voltado ao normal, com suas aulas, que havia batizado por "aulas de como ser da realeza", junto a sua irmã, e também as conversas e brincadeiras com seus empregados, que descobriu terem virado um casal pouco depois de sair da ala hospitalar, que também faziam parte de sua vida. 

O casamento se aproximava a cada segundo, faltando apenas exatamente um mês para o evento, que, além de casamento, seria a coroação dos dois. 

 Normalmente, as coroas eram passadas de geração para geração, SooBin receberia a coroa de seu pai, porém, Yeonjun não receberia a da rainha, já que o atual rei se incomodava com o fato de um homem usar uma coroa pequena e delicada, como era a da atual rainha, e também a das passadas. 

 — Amor, eu já falei que posso usar a coroa da sua mãe sem problemas nenhum! – O rosado falava, passando as mãos em seus cabelos agora retocados. — É só um acessório, nem irei usar sempre!

 — Eu sei, meu bem, mas você sabe como o meu pai é, ele não vai ceder, então é melhor você escolher logo como quer a sua. – SooBin riu ao ver o menor bufar. — Vamos, pelo menos vai ser personalizada! 

 — Mas a da rainha é tão bonita... – Murmurou, abaixando a cabeça. 

 — Você pode escolher uma bonita também, terá que ser um pouco mais robusta, como a minha, mas pode ser com a cor e as pedras que desejar. – O Choi tentou o animar. 

 — Tem razão...

 — Então, como você deseja a coroa, vossa majestade? – Brincou o mais novo, recebendo um tapa em seu braço esquerdo. — Ei! 

 — Chato! – Fez um pequeno bico, mas sorriu ao ganhar um selinho em seus lábios. — Quero de prata, e as pedras, quartzo rosa. 

 — Rosa, eu deveria estar surpreso? – Sorriu para o outro, recebendo um aceno negativo. — Porque não pede de ouro, meu bem?

 — Ouro é brega... – Com isso, saiu andando em direção a sala onde eram dadas as aulas. 

 — Está dizendo que minha coroa é brega, Choi? – O mais alto riu, seguindo ele.

  — Estou! – Abriu as enormes portas com um sorriso no rosto, vendo já sua irmã e a professora, Ashley. 

 — Ah, Yeon, sempre tão radiante logo cedo, como consegue? – A mulher mais velha o recebeu com um sorriso. 

 — Eu não tenho motivos para estar triste, Ash. – A chamou pelo apelido, enquanto SooBin se virava para sair. 

 — Isso é ótimo, meu querido! – Ela sorriu animada, mas levou a atenção ao príncipe. — Nem mais um passo, SooBin, hoje você irá participar, entre, pode deixar as portas abertas. 

 — Tudo bem... – O mais novo concordou um pouco desconfiado, se aproximando. 

 — Hoje a atividade de vocês é em dupla, e será preparar um buquê. – Os três se entre-olharam, confusos. 

 — Dupla de três? – Yeonjun questionou com um sorriso travesso. 

 — Não, alteza. – A mulher revirou os olhos. — SooBin e Yeonjun serão uma dupla e irão preparar um buquê para Jisoo e a dupla dela, você fará o mesmo, Jisoo. – Sorriu. — Mas preciso achar uma dupla para você... – Suspirou, então, como se tivesse sido mandado por algum ente divino, HueningKai apareceu na porta para limpar uns quadros que estavam presos na parede. — Kai! – Chamou o garoto, que olhou para trás e veio conforme o chamado. — Você ajudará a Jisoo numa tarefa, certo? 

 — Sim senhora, mas qual? – O mais jovem falou educadamente. 

— Fazer um buquê, você e a Jisoo farão um para Yeonjun e SooBin, e eles farão para você. – Explicou novamente. 

— Certo, senhora. – Sorriu educadamente. 

 Os quatro jovens ficaram parados encarando a mais velha, com uma feição de paisagem. 

 — Vão ficar aí me encarando? Vão logo! – Expulsou, empurrando os meninos para fora do salão. 

 — Vamos nos separar, assim não vemos o do outro. – Kai sugeriu. 

 — Certo, boa ideia. – O mais alto dali sorriu animado com a sugestão do amigo. 

 — Você! – O rosado apontou para o mais jovem. — Cuidado com minha irmã! 

 — Tá bom, ciumento, não vou fazer nada com ela, fique tranquilo! – Riu. 

 — Ignora ele, Kai, ele é assim mesmo, mas só ameaça. – Sorriu, colocando o braço em volta do pescoço do mais alto. — Vamos logo, antes que ele comece com mais ciúmes. – Rindo, a mais velha deles puxou sua dupla para o jardim. 

 — Melhor irmos também, assim não ficamos para trás... – SooBin comentava, enquanto Yeonjun seguia sua irmã com os olhos. O mais novo sorriu, achando graça o ciúme do outro com a irmã. — Não seja tão ciumento, ela não vai parar de te amar só porque fez a missão da Ashley com o Kai. 

 — Mas o que garante? 

 — Você é o irmão caçula que ela tanto protege, ela não vai parar de te amar, seu bobo. – O moreno balançou a cabeça negativamente. 

 — Vai saber...

 — Não pense tanto, vamos logo! – Sorriu abobalhado. Yeonjun era realmente muito fofo. Diferentemente do companheiro que teve por algumas semanas meses atrás. O mais novo puxou seu noivo pelo mesmo corredor que sua cunhada e amigo haviam seguido, assim seguindo até o jardim. 

 SooBin puxava o garoto pela área verde que rodeava todo o enorme palácio, com destino a uma única área: a parte frontal. 

 Lá haviam flores bonitas e diferenciadas. Com certeza Jisoo e Kai não fariam um buquê com as flores dali.

 — Vamos pegar umas middlemist vermelhas e também algumas orquídeas fantasmas... – Sugeriu o mais novo apontando para as flores. 

 — Ques flores estranhas... – O mais velho as analisou, abaixando-se para tocar com delicadeza as plantas. 

 — São bem raras, mas minha mãe fez o impossível para tê-las aqui, ela gosta de flores. 

 — Ela não ficará brava se tirarmos? – Olhou para o mais alto.

 — Não, nasce de novo. – Se abaixou também, para retirar as flores. 

 Yeonjun deu de ombros, passando a ajudar a retirar as plantas dali, se sentindo um pouco mal, afinal, aquilo matava as pobres plantas. 

 — Acho que está bom... 

 — Verdade, podemos pegar mais algumas menores para preencher mais. – O príncipe ditou, olhando as flores que tinham pego. Um som baixo de algo de metal batendo no portão, que era extremamente próximo de onde os dois estavam soou, atraindo a atenção dos dois para o local, então puderam ver uma figura completamente coberta de preto deixando uma caixa grande de papelão na frente dos portões, em seguida saindo correndo para longe. 

 SooBin se levantou desconfiado, sendo acompanhado pelo mais baixo. 

 — O que foi isso? – Perguntou o mais velho, indo até o portão, segurando nas grades reforçadas. 

 — Acho que deixaram esse pacote aqui. – Disse apontando para a caixa lacrada com uma fita adesiva.

 — Devemos ver o que é? – Um pouco amedrontado, o mais velho se voltou para o outro. 

 — Talvez... Eu sou curioso. – Riu. 

 — E se for perigoso? – O menor mordeu seu lábio inferior. 

 — Não vamos saber se não olharmos... – Respirou fundo, suspirando, então, procurou um dos guardas que cuidavam dos portões. — Ei! – O chamou, então o homem veio correndo até si imediatamente. — Abra os portões, por favor. 

 — Sim, alteza. – Fez uma referência, então pegou um molho de chaves, retirando uma para destrancar os cadeados. 

 Yeonjun, apesar de seu medo, foi o primeiro a sair. Se aproximando daquela caixa grande a passos lentos, o mais velho hesitou um pouco antes de pegar, porém, assim que o fez, viu que era algo pesado. 

 — Que peso... – Sussurrou para si próprio. 

 — Coloca no chão, vamos abrir aqui fora, por precaução. – O príncipe sugeriu, então o outro confirmou, devolvendo a caixa ao chão com cuidado. 

 Os dois se ajoelharam ali, então a fita foi tirada rapidamente, fazendo um barulho alto, com isso, dois choros fizeram-se presente. 

 Ambos se assustaram, então, um pouco desesperados com a ideia do que teria ali, abriram o pacote, olhando dentro. 

 Dois bebês pequenos, deveriam ter no máximo dois meses, choravam ali. Yeonjun ficou parado, em choque ao ver dois seres tão pequenos serem abandonados naquelas condições, numa caixa de papelão, com apenas um pedaço de tecido cobrindo os dois, que logo foram identificados pelo casal como um menino e uma menina. 

 — Um casal de gêmeos? – O mais novo perguntou o óbvio. — Quem largaria os filhos assim? 

 — Eu não sei... – O mais velho respirou fundo, nervoso ao ver os bebês, sem saber o que fazer. — O que nós faremos? Não podemos deixar eles aqui sozinhos, são tão pequenos... 

 SooBin pensou um pouco, olhando para os dois pequenos. Sua consciência o mandava pegar os dois, porém, o medo da reação de seus pais também era grande. 

 Este deu um suspiro.

 Eram dois bebês pequenos, não poderia os deixar ali, não viveria em paz consigo próprio se apenas puxasse Yeonjun para dentro e deixasse as crianças chorando ali. 

 — Vamos pegar. – O mais velho confirmou com a cabeça sem pensar duas vezes, assim pegando o garotinho nos braços, este que se calou ao ser acolhido pelo adulto. 

 — Ele parou de chorar... Pegue ela! – O rosado mandou, então, um pouco hesitante, pegou a garotinha, que, assim como seu irmão, ficou quieta no colo do outro. 

 — Vamos entrar. – Se levantou com a bebê no colo, e o outro fez o mesmo, assim, os dois entraram na propriedade. 

 O caminho nos corredores aparentou ser mais longo, visto a pressa de SooBin para chegar até o escritório de seu pai, iria mostrar as crianças ao mais velho e pedir para que elas ficassem ali. 

 Seu medo era o homem não permitir e enviar para um orfanato qualquer. 

 O jovem olhou para a pequena bebê que adormeceu em seus braços em poucos minutos, então, apertou um pouco mais o corpinho despido em seus braços, para aquecer a criança. 

 Ao olhar para trás, pôde ver Yeonjun andando um pouco mais devagar, brincando com o menininho que ainda estava acordado, e bem alerta. Sorriu com a cena, parando de andar para esperar o mais baixo. 

 — Vamos, amor, preciso mostrar ao papai, ele vai saber o que fazer, eu espero... – Respirou fundo. 

 — Acha que ele irá adotar elas? – O de cabelos cor-de-rosa perguntou, apressando o passo. 

 — Para ser sincero, imaginei em nós dois adotarmos. – Sorriu pequeno. — Se você quiser, óbvio. 

 — Eu quero! – Ditou animado com a possibilidade de ter dois filhos. 

 O mais novo confirmou com a cabeça. Agora teria que pedir permissão ao seu pai, e também para ele arrumar os papéis e documentos dos pequenos. SooBin parou em frente a porta do escritório, então bateu duas vezes na mesma, tendo uma resposta rápida de seu pai. 

 Entrou no grande cômodo com Yeonjun atrás de si, podendo ver seu pai resolvendo algumas papeladas na mesa, e sua mãe mais ao lado, lendo alguns papéis também. 

 — Pai... – Chamou baixo, olhando pra ele. 

 — O que foi, SooBin? – Disse ainda sem dar muita atenção ao filho. 

 — Bem, eu estava com o Yeonjun no jardim e alguém deixou isso aqui no portão, não pudemos evitar e pegamos... – Começou.

 — SooBin, se for um cachorro de rua... – A mais velha começou, levantando a cabeça para dar atenção ao seu filho, mas logo parou ao ver os dois bebês. — Ai, misericórdia, JunSeo olha isso aqui! 

 A rainha se levantou rapidamente, indo até os meninos, então, pegou a bebê que estava nos braços de SooBin. 

 — Bebês? – O rei arqueou uma sobrancelha. — Porque vocês pegaram isso? 

 — A caixa estava lacrada, ficamos curiosos e abrimos, e quando vimos, eles estavam lá... – Yeonjun explicou. 

 — Eles são tão pequenos, não podíamos simplesmente fingir que não vimos. 

 — Vocês agiram certo, tadinhos, ela está até tremendo de frio! Estavam sem roupa? – A rainha perguntou, um pouco nervosa. 

 — Sim, tinha apenas um tecido cobrindo eles. – O mais velho entre o casal respondeu. 

 — E o que vocês dois pretendem fazer com isso? – O rei suspirou cansado, cruzando os braços. 

 — Pensamos em adotar... – O príncipe abaixou a cabeça. 

 — Sim! É uma boa ideia! Vocês dois irão precisar de herdeiros, de qualquer forma. – A rainha animou-se. 

 — Acham que tem responsabilidade o suficiente para cuidar de não um, mas dois bebês? – O homem mais velho perguntava, olhando para as crianças. — Não acho que vocês tenham capacidade. 

 — Nós temos sim! – Yeonjun irritou-se. Não gostava de ter suas capacidades contadas. 

 — Calma, Yeon. – Colocou a mão sobre seu ombro. — Nós podemos sim cuidar deles. 

 — Certo, fiquem com eles então. – Revirou os olhos. — Mas não quero saber de bebê chorando perto de mim, nem contem comigo para ajudar! 

 — Mas contem comigo! – Jiyoon sorriu animada, o rei suspirou, revirando os olhos. Como podiam ficar tão animados com apenas dois bebês plebeus? 

 — Há alguns quartos vazios próximo ao quatro de Yeonjun, escolham dois, um para o menino, e um para a menina, decorem como bem entender, eu vou mandar providenciar os documentos dessas duas... Crianças. – Falou cansado. Além de seu filho, agora teria que aturar os filhos deste. 

 — Vou mandar agora mesmo as criadas comprarem fraldas e coisinhas de bebês! – A rainha disse sorrindo, saindo do local as pressas, mas devolvendo a criança para seu filho antes de ir. 

— E os nomes? Preciso saber os nomes para a papelada. – O rei disse pegando um pedaço qualquer de papel para anotar os nomes dos netos. 

 Os mais novos se encararam por alguns segundos. Não tinham planejado os nome ainda.

 — Que tal... – Yeonjun começou, um pouco baixo. — Hyeon... – Apontou para o menino. — E...

 — Yejin... – SooBin completou, olhando para a bebê. 

 — Já decidiram? – JunSeo os olhou impaciente. 

 — Sim. – SooBin tomou a frente. — A garota se chamará Choi Yejin, e o garoto Choi Hyeon. 

 — Anotado. – Disse pousando a caneta ao lado, após terminar de escrever os nomes dos pequenos. — Vão atrás dos decoradores, com certeza sua mãe já foi providenciar o que eles irão precisar.

 — Sim, senhor. – SooBin comprimiu os lábios, então apontou a porta com a cabeça, assim, Yeonjun passou primeiro, deixando o local, que logo foi deixado pelo Choi mais novo. 

 — Não tem um dia que SooBin não me arrume problemas! Se eu soubesse... – Calou-se antes que acabasse deixando algo escapar. Ninguém podia saber.