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História My dear prince - yeonbin - Casamento


Escrita por: fada-web

Notas do Autor


Desculpa ter atrasado tanto esse capítulo, eu tive uns probleminhas, e semana de provas e tals, mas aqui estou

Desculpa qualquer erro tá


Boa leitura ❤️

Capítulo 39 - Casamento





 Finalmente o grande dia havia chegado, o dia de muitas emoções, muitos planos, e claro, muito amor. 


 Finalmente, o dia do casamento. 


 A manhã já havia começado agitada, desde que acordaram, SooBin e Yeonjun já foram separados pela rainha e os padrinhos do casamento, a mais velha alegava que eles só deveriam ser ver naquele dia no altar. 


 Mesmo achando isso ridículo, os jovens decidiram seguir a tradição louca da rainha. 


 Duas salas do castelo foram destinadas apenas a arrumação dos noivos, uma para SooBin, acompanhado de Kai e Taehyun, e outra para Yeonjun, que seria acompanhado por Beomgyu e Jisoo, mas, pela falta da garota, a rainha assumiu a posição da mesma, o que de certa forma deixava o mais alto desconfortável, visto que boa parte do tempo teria que ficar com roupão em frente a sua sogra. 


 Quanto a SooBin, bom, este já estava acostumado a usar apenas aquela peça em frente a outras pessoas, não era a primeira vez que precisava passar por um daqueles processos em uma data importante. 



 — Querido, o que acha de retocar esse rosa? – O cabeleireiro falava, passando as mãos sobre os fios levemente desbotados do garoto.


 — Eu pintei a pouco tempo... – Respondeu baixo. 


 — Nada disso! – Beomgyu tomou a frente. — Hoje é o seu casamento, você precisa estar perfeito! Pode retocar o cabelo dele! 


 — Sim, mas façam uma hidratação antes, esse cabelo tem que ficar perfeito, já que teremos um rei de cabelos cor-de-rosa, que seja bem cuidado! – A rainha ordenou, logo começou a ser feito o que havia mandado. 



 O casamento seria no início daquela tarde, tinham pouco tempo para arrumar ambos os noivos. 




 — SooBin, que tal um cabelo colorido? – Kai mostrou um sorriso de lado, passando as mãos nas madeixas do príncipe. 


 — Iria ficar uma coisa linda, fora que iria combinar super! – Taehyun concordou. 


 — Vocês serão os reis. – Kai disse, dando ênfase ao final da frase. — Precisam chegar já causando!


 — Não acham que dois reis, já não causa de mais? E além do mais, Yeonjun já tem cabelo colorido... – SooBin parecia incerto em questão a pintar novamente o cabelo. 


 — Você ficou lindo de azul, pode tentar outra cor... – Kai fingiu que não ouviu o que o Choi tinha a dizer. — Pinte esse cabelo e suba ao trono mostrando que você não será um líder comum. 


 — Vocês serão um dos reis mais jovens da história, precisam fazer o nome de vocês, e nada melhor que começar a mostrar que vieram para mudar os pensamentos antiquados do que mudando a aparência. – Incentivou o Kang, o que fez o príncipe suspirar, derrotado. 


 — Eu quero roxo.









 — Não é exagero? – Yeonjun respirou fundo, olhando para as mulheres que faziam suas unhas da mão. 


 — Claro que não! Serão tiradas fotos de suas mãos, elas precisam estar perfeitas! – A rainha sorria.


 — Não vão pintar, né? Não que eu me importe, mas acho que iriam olhar torto... – O Choi respirou fundo, olhando para suas mãos. 


 — Claro que não! – A rainha alterou-se. — Você é um homem, homem não pinta a unha! 


 Beomgyu e Yeonjun se entre-olharam, para depois se virarem para a mais velha, em silêncio. Não iriam questionar os pensamentos antiquados dela.  


 — Então tudo bem... – O garoto suspirou, olhando seu reflexo no espelho. 


 Olhando a si próprio, naquele momento, Yeonjun se sentiu estranho. Sua ficha estava caindo, aquele era o dia do seu casamento, e também o dia de sua coroação, e aquilo era assustador. 


 Comandar um reino com seus plenos 21 anos não seria algo fácil, claro que ainda teria SooBin para o ajudar, mas isso não anulava o fato que o rosado estava nervoso e ansioso. 


 Era o primeiro casamento real homossexual, tinha medo da reação da população ao ver dois homens trocando alianças ao vivo e sendo coroados. 


 Outra coisa que o assustava era o que SooBin havia planejado para desmascarar seu pai, até agora, era um plano desconhecido por parte do mais velho, o que o deixava com medo. 






 Por outro lado, SooBin estava feliz e ansioso pelo mesmo motivo. 


 Aquele era o dia, o dia em que todos descobriram quem é o rei, o Choi sentia-se orgulhoso pelo plano criado por si.


 Por mais que, no fundo desejasse, não iria fazer nada muito agressivo, apenas uma exposição de quem era o mais velho. 


 — Vou pintar o cabelo também. – Taehyun disse aleatoriamente enquanto estava sentado sobre uma cadeira de cabeleireiro, olhando as opções de cores. Ele era um dos padrinhos, isso o dava o direito de também ser arrumado por profissionais do castelo. 


 — Seria engraçado se todos chegássemos com cabelos diferentes... – Kai pensou um pouco, SooBin apenas negou com a cabeça enquanto ria. 


 — Vocês querem que seja casamento, não é? – Perguntou de lado, os garotos confirmaram com a cabeça. — Então, sendo assim, será o casamento! Vamos, já não será um casamento tradicional mesmo, que diferença fará? 


 — Realmente... – O Kang concordou, ainda com os olhos grudados nas cores. 


 — E se... – Kai começou, passando as mãos pelos fios negros. 


 — Sim. – SooBin concordou, sem nem permitir o mais novo de continuar.


 — Faz. – Taehyun respondeu logo em seguida.



 Mais cabeleireiros foram chamados pelo príncipe, logo estes começaram a fazer o que era pedido pelos meninos.


 Alguns minutos - que mais pareceram horas - se passaram, o primeiro a ficar pronto foi Taehyun, que já tinha seus cabelos descoloridos, então o trabalho era apenas passar a tinta. 


 — Olha, eu nunca imaginei que você ficaria tão bem de rosa... – Kai comentou, com seus cabelos banhados em descolorante. 

 

 Taehyun havia decidido pintar os fios loiros de rosa também, porém, era um tom mais escuro do que era utilizado pelo príncipe. 


 — Eu não aguento mais... – SooBin respirou fundo, já impaciente com aquela tinta de coloração arroxeada nos fios. 


 — Já estamos acabando seu cabelo, alteza. – O cabeleireiro sorriu. — Você já está pronto, Kang, só falta a maquiagem e vestir sua roupa. 


 — Ótimo, finalmente. – Suspirou cansado. — A maquiagem demora?


 — Não tanto, pode sentar ali novamente, irei chamar a maquiadora! – O homem olhou o relógio. — Só temos uma hora! – Avisou a equipe.


 — Uma hora?! – SooBin assustou-se, parecia que havia entrado naquela sala a no máximo vinte minutos. 


 — Céus... – Kai resmungou, olhando para seu cabelo, totalmente alheio àquela conversa. 


 — Nós já pedimos o almoço de vocês três, não se preocupem, vai dar tudo certo! – Aquele moço sorriu. 






 Vai dar tudo certo, foi o que disseram, e realmente deu.




 Faltando apenas quinze minutos, os noivos e padrinhos já estavam prontos. Todos se encontraram, exceto Yeonjun, que havia ficado no salão com a rainha e os gêmeos, que também foram arrumados devidamente para a ocasião. 


 — Precisamos ir para a sala do trono, já vai começar! – Kai dizia olhando seu relógio de pulso. 


 — Vá na frente com o SooBin, eu e Beomgyu precisamos fazer um negócio... – Taehyun sorriu, então segurou a mão de seu namorado, que estava um pouco atrás de si. 


 — Vão rápido. – SooBin pediu, segurando a mão de seu amigo e então o puxando na direção do local de celebração da cerimônia. 


 

 Beomgyu e Taehyun se encararam por alguns segundos, até o mais novo sorrir e passar delicadamente as mãos pelos cabelos um pouco longos de Beomgyu, que agora possuía algumas mechas brancas. 


 — Ficou lindo. – Se referiu as madeixas do outro. 


 — Não mais que o seu. – Disse e então beijou levemente a testa do namorado. — Onde guardou? 


 — Na cestinha que fica em baixo do carrinho dos gêmeos. – O Kang sorriu. 


 — Ótimo, eles estão com o Yeonjun, vamos rápido. – Beomgyu segurou rapidamente a mão do mais novo, o puxando para a sala onde Yeonjun estava aguardando alguém o chamar para ir até a sala. 


 Este fazia o papel da noiva, consequentemente, chegava mais atrasado. 


 As portas do local foram abertas então o casal adentrou, indo rapidamente até o outro príncipe, que balançava a filha que chorava no colo. 


 Taehyun ficou com os olhos paralisados no amigo por alguns segundos, não poderia negar que este estava extremamente bonito trajando aquele terno branco, com seus acabamentos em prateado, a gravata cor vinho bem alinhada e em seus pés um sapato social branco, totalmente diferente de SooBin, que tinha o terno inteiro de cor vinho, apenas a camisa e sapatos sociais, também a gravata, pretos. É, Yeonjun estava divino, mas não mais que Beomgyu. 


 — Yeonjun! – O Choi chamou, recebendo então o olhar desconfiado do mais velho. Eles dois já não deveriam estar lá?


 — Estão fazendo o que aqui? – O rosado perguntou, colocando a bebê que havia se acalmado com a presença do dois ali.  


 — Viemos lhe dar um presente que pedimos para prepararem... – O Kang sorriu, dirigindo o olhar para o carrinho, onde os gêmeos estavam. 


 — Presente? – Yeonjun sorriu. Adorava presentes. 


 — Sim. – O Choi confirmou com sua cabeça, então se abaixou e pegou a sacola onde estava o que havia sido feito para o garoto usar naquele dia. 


 Yeonjun franziu o cenho. Não havia reparado aquela sacola na cestinha do carrinho de seus filhos. 


 Beomgyu abriu o pacote, assim retirando de dentro uma bela coroa de flores vermelhas, para combinar com sua roupa. O garoto abriu um sorriso de orelha a orelha com aquilo, admirando o acessório.


 — Achamos que faltava algo na sua roupa, por isso pedimos que fizessem isso pra você usar no casamento, eu espero que goste. – Taehyun explicou. 


 — É linda! Eu amei, muito obrigado meninos! – O mais velho sorria, pegando a coroa delicadamente e pousando sobre seus cabelos. — Ficou bom?


 — Espera... – O outro Choi se inclinou para frente, ajeitando a peça na cabeça de seu amigo. — Ficou lindo! Não acha, Tae?


 — Sim, ele ficou ótimo! 


 — Príncipe Yeonjun vamos... Ah meu Deus! Meninos, o que estão fazendo aqui ainda? – Ashley entrou no local, usando um longo vestido rosa claro. — Vão rápido, entrem no salão e se posicionem ao lado de Kai, eu vou atrasar um pouco mais o outro noivo, corram! – Apressou os dois, que saíram correndo sem questionar. 


 — Não precisa de tanta pressa assim, Ash... – O garoto respirou fundo. 


 — O rei não gosta de atrasos, e ele já está furioso! – Encolheu os ombros. — Vamos andando, eu irei entrar pela outra entrada com os gêmeos e você vai entrar pela principal quando as portas forem abertas, lembre das aulas, boa postura, queixo erguido e lentamente, mas não tão lentamente! 


 — Mas eu irei entrar sozinho? – Abaixou os ombros. Era para sua irmã o acompanhar até o altar. 


 — A rainha irá ao seu lado, e dará sua mão ao filho dela. – Sorriu pequeno, começando a empurrar o carrinho para fora do ambiente, esperando ser seguida. — O certo seria alguém de sua família, mas infelizmente não há ninguém disponível... Sequer sabemos onde seus outros parentes estão, ou se há outros... 


 — Eu sei que tenho outros tios, mas eles moram do outro lado do reino. – Riu soprado. — Acho que estarão vendo pela televisão. 


 — O reino inteiro está ansioso por esse evento, creio que estarão assistindo sim. – A mais velha sorriu, então os dois pararam em frente a porta principal da sala do trono, onde a rainha os aguardava. — Muitos aqui são contra esse casamento, não deixe olhares e comentários abalar você, siga até o final, lembre que SooBin estará ao seu lado. – Disse rapidamente ao ver a outra se aproximar. — Boa sorte, rapaz! – Então se retirou, empurrando o carrinho até a outra entrada. 


 — Yeonjun, querido, vamos? – Jiyoon sorriu, segurando delicadamente no braço do rapaz. 


 — Claro. – Sorriu, tentando não demonstrar seu nervosismo. 




 Ambos pararam de frente para as enormes portas brancas, ouvindo os trompetes soarem, tocando uma música usada em casamentos. Logo, aquelas portas se abriram, revelando o salão grande, inteiramente arrumado com tudo o que foi escolhido pelo casal. Em frente aos três tronos havia sido montado um altar, onde um padre e SooBin o aguardavam. 


 O Choi de cabelos roxos sentiu seu coração falhar apenas de ver como o mais velho estava. Yeonjun parecia um anjo naquela roupa branca, com aquela bela coroa de flores sobre seus cabelos.

  Já SooBin, parecia um príncipe, não que já não fosse um. 


 A rainha o puxou levemente ao notar que o garoto havia travado ao ver seu filho, então Yeonjun se tocou que deveria andar. 


 As câmeras e olhares direcionados para si o deixavam levemente intimidado, porém mantinha um sorriso tímido no rosto, tentando não se abalar com alguns comentários que podia ouvir. Durante o trajeto, os olhos de Yeonjun pararam sobre um figura trajando um vestido vermelho. Aquela mulher cujos cabelos cobriam o rosto era familiar para si, mas quando desviou o olhar e olhou novamente, ela não estava mais lá. 


 Estranho. - Foi o que o jovem pensou. 


 Poucos segundos depois, já estava de frente para o altar, onde a rainha entregou sua mão para o príncipe, logo seguiu para seu trono, sentando ao lado do rei. E então, vários flashes se fizeram presente ali, assustando o garoto. 


 — São só fotos, Yeon, não precisa parecer um gatinho assustado. – SooBin riu levemente, ajeitando alguns fios de cabelo do outro, e Yeonjun jurou ver o padre revirar os olhos.


 — Bem, acho que já podemos começar... – O senhor com um livro sagrado em mãos começou, chamando a atenção de todos, e em poucos segundos o salão já estava um completo silêncio, exceto pelo barulho das câmeras fotografando os noivos a cada segundo. — Estamos hoje aqui reunidos para celebrar a união de vossa alteza real, príncipe Choi SooBin, com o "plebeu" Choi Yeonjun. – Deu ênfase na palavra que definia realmente a classe social de Yeonjun, porém leu o nome real deste. SooBin respirou fundo, a cerimônia mal havia começado e já estava irritando-se. O padre continuou dizendo algumas passagens sobre união e casamento, sempre repetindo sobre o homem e a mulher. — Repitam comigo, e façam seus votos: Prometo ama-lo e respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nos piores e melhores momentos. 


 — Prometo ama-lo e respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nos piores e melhores momentos. – Repetiram ao mesmo tempo. SooBin olhou para sua família atrás do padre, sua mãe secava algumas lágrimas de emoção, enquanto o rei se mostrava indiferente. 


 — Podem fazer seus votos. – O padre anunciou, então os dois viraram um de frente para o outro, dando suas mãos, para então começarem um a falar palavras de amor e apoio um ao outro. 


 — Acham que foi improviso ou eles planejaram? – Kai sussurrou para os dois padrinhos. 


 — Certeza que foi improviso, SooBin já tá errando todas as palavras... – Beomgyu dizia com os olhos grudados no casal. – Senhor, não é o meu irmão não... 


 — Seus tontos fechem o bico, a câmera da TV está voltada para nós! – Taehyun sussurou. 


 — Mas não deveriam estar filmando eles? – Kai franziu o cenho. 


 — Estão filmando o casamento todo! – O Kang respirou fundo. 


 — Sendo assim... – A voz tediosa do padre soou novamente. — Príncipe Choi SooBin, aceita Choi Yeonjun como seu legítimo esposo? 


 Um silêncio se fez presente, e todos ali ficaram ansiosos pela resposta. 


 — Aceito. – O maior sorriu, olhando para o outro a sua frente. 


  — E você, Choi Yeonjun, aceita o príncipe SooBin como seu legítimo esposo? – O senhor se virou para o de cabelos rosas. 


 — Aceito! – Falou sem hesitar, deixando transparecer sua alegria. 


 Após isso, houve a troca de alianças e mais umas palavras vindas do padre.


 — O que Deus uniu, homem nenhum separa! Assim, os declaro marido e... – Hesitou por alguns segundos, vendo o príncipe mais alto arquear a sobrancelha. — Homem... Pode beijar o noivo. – Respirou fundo, fechando o livro que tinha em mãos, para assim se retirar. 


 Os dois se encararam por alguns segundos, envergonhados com aquilo. 

 SooBin sorriu, tentando passar confiança para o mais velho, então tocou seu rosto delicadamente, para assim erguer um pouco o queixo de Yeonjun e enfim selar seus lábios. O mais baixo abraçou a cintura de seu noivo, correspondendo ao beijo, que não passou de um selinho demorado, que foi aplaudido pelos presentes. 


 O rei se levantou, chamando o mordomo que carregava a caixa de vidro com a coroa de Yeonjun, assim seguindo até o centro, onde o casal ainda estava. 

 O mais velho coçou a garganta, o que fez os dois se lembrarem que eram assistidos. SooBin separou o beijo, olhando para seu pai, enquanto Yeonjun olhava para baixo, com as bochechas rubras. 


 — Hoje também temos outro evento especial, além do casamento do meu amado filho. – Deu um sorriso falso. — Hoje, decidi coroar Choi SooBin e Choi Yeonjun como reis desse lindo reino. – Anunciou, se virando para os dois. — Estão prontos? – Ambos assentiram com a cabeça. 


 Aquele era um processo simples e rápido, o atual rei apenas precisava dizer algumas palavras, que foram repetidas pelos mais jovens em formato de juramento, e em poucos segundos a parte mais esperada chegou. 

 JunSeo retirou a coroa de sua cabeça, assim colocando sobre os cabelos roxos de SooBin, chamou o mordomo, pegando a de Yeonjun e pousando sobre a cabeça do mesmo.


 — Com essas coroas, eu os nomeio Choi SooBin e Yeonjun, reis da província de Incheon! – Uma salva de palmas soou perante os dois novos reis. — Gostariam de dar sua primeira ordem?


 — Claro. – O novo rei sorriu. — Eu gostaria de nomear algumas pessoas... – Seu pai arqueou uma sobrancelha, mas permaneceu em silêncio para o garoto continuar. — Primeiramente, eu gostaria de nomear Kai Kamal Huening, meu criado pessoal, meu guarda pessoal. Venha até aqui, Kai.


 O mais jovem se levantou com um sorriso enorme, ainda tímido, seguindo até parar ao lado de seu amigo. 


 — Agora, nomeio Kang Taehyun como conselheiro real. – Olhou para o garoto com cabelos rosa escuro, que também se levantou e foi até ele, parando ao lado de Kai. — E por fim... – Olhou em volta, então fez um sinal com a cabeça para que Minji, que observava no canto com um tecido vinho embrulhando algo em mãos. — Eu nomeio Choi Beomgyu, meu irmão por parte de pai, como príncipe do nosso reino. – Dirigiu seu olhar para o Choi, que se levantou um pouco relutante, caminhando até os garotos, para então parar entre Yeonjun e SooBin. Minji foi por trás dos garotos e tocou as costas de SooBin, que se virou para pegar o que esta tinha em mãos. Desenrolou a bela coroa prata, que foi feita especialmente para o Choi. — Agora, você não é mais o empregado do meu marido, e sim, o príncipe de Incheon, maninho. – O arroxeado sorriu, colocando o acessório na cabeça do outro, para então olhar seu pai, que tinha os olhos arregalados. — O que foi? Está passado porque sei de toda a verdade? Que você abusou de uma empregada de apenas treze anos, a engravidou e escondeu o menino por anos? 


 — SooBin! – Jiyoon gritou, enfurecida pela acusação. — Quem abusou da criada foi seu tio, o JunSoo, ele já está preso! Meu filho, o que está fazendo?!


 — Meu tio? Não é o que os exames de DNA dizem... – Falou em um tom de deboche, então o exame foi entregue pelo pai do Kang nas mãos do rei. — Aqui, veja você mesma, e nem adianta rasgar, há várias cópias... 


 Jiyoon tomou o papel, vendo os resultados. Beomgyu era filho de JunSeo. Esta olhou incrédula para seu marido, que permanecia calado, vendo o mundo desabar para si. 


 — Então foi você mesmo? E prendeu seu irmão injustamente?! – Gritou, atirando o exame no chão. — Como você teve coragem?! Primeiro, abusar de uma garotinha, deixar ela grávida, e ainda não dar as condições dignas para criar a criança? Nosso filho tinha meses quando isso aconteceu, você escondeu isso por quase vinte anos?! Prendam ele!


 — Eu... Esses exames são falsos! – O mais velho tentou se defender. 


 Naquele ponto, todas as câmeras e olhares estavam grudados sobre eles. 


 — Eu garanto que não são. – O pai de Taehyun, responsável pelos exames, afirmou. 


 — De qualquer forma, você irá preso... – SooBin dizia, ainda usando o tom de deboche, enquanto olhava suas unhas. — Tio, traga a TV! 


 Naquele momento, o pai de Kai entrou em ação, empurrando até o centro uma mesinha com rodinhas, onde havia uma televisão, que foi ligada pelo mesmo homem, assim aparecendo a cena do rei levando a coroa até o quarto de Jisoo.


 — Aqui vemos meu querido pai levando a caixa com a coroa do meu marido até o quarto da irmã deste, para incriminar a garota, que nesse momento está presa injustamente. – O rei cruzou os braços. — Você tem algo a dizer em sua defesa?


 Silêncio. O salão inteiro ficou um silêncio, enquanto Kai e Beomgyu tentavam controlar as risadas das feições que o homem fazia. 


 — Seus doentes, não é momento pra rir! – Taehyun sussurrava, batendo levemente nos ombros de seu namorado e amigo. — Beomgyu, você é o príncipe, mantenha a pose!


 — Pode deixar eles rirem, Kang, acho que nosso amado papai merece umas boas risadas, não concorda, Beomgyu? – SooBin se voltou para o irmão. 


 — Com toda certeza, SooBin. – Disse sorrindo. 


 — Sendo assim... Guardas! – Chamou. — Prendam esse homem, agora! 


 Vários homens se moveram, correndo para atender a ordem do rei. Yeonjun se virou para seu marido. 


 — Belo plano... 


 — Eu sei, amor, eu sei. – Piscou o olho para ele. — Nós iremos os acompanhar até as masmorras, precisamos libertar a pobre Jisoo, e quero que ele seja deixado na mesma cela que ela!



 A ordem do novo rei foi confirmada, então os guardas começaram a puxar o homem até o local dito, sendo seguidos pelos cinco meninos, as mães de SooBin, Beomgyu e Taehyun, também os encarregados pelas câmeras. 

 Foi um caminho longo, seria silencioso se não fosse pelo antigo rei aos berros jurando vingança aos jovens. 

 Assim que chegaram ali, foram guiados até a cela onde a irmã de Yeonjun estava, naquele momento em que pararam de frente ao cubículo, o pai de Beomgyu travou. Não podia ser. 


  Como era possível? Jogaram a menina na mesma cela que ele?



 — Jisoo! – Yeonjun correu até as grades, segurando nas mesmas, enquanto sua irmã fazia o mesmo. 


 — Yeon! – A mulher sorriu ao ver o mais novo. — Ai meu Deus! Você está tão lindo, essa coroa parece que foi feita pra você!


 — E ela foi. – O Choi riu. 


 — Libertem a garota. – O mais alto ordenou, então, sem hesitar, um dos guardas abriu a tranca para que a mulher pudesse sair, e assim ela o fez. 


 — SooBin, Yeonjun, vocês precisam saber de algo! – Disse indo até os rapazes. — Um homem estava preso comigo, ele se chama Choi JunSeo, ele é o seu pai SooBin! 


 — Meu pai?! – O garoto pareceu assustado, então olhou para dentro da cela, onde havia um homem barbudo, que se aproximou. 


 — Não! – O antigo rei gritou. — Eu sou seu pai SooBin, eu!


 — Já não está na hora de parar de enganar os outros, JunSoo? – O senhor preso se pronunciou. — Já não basta você ter se aproveitado que a garota confundiu nós dois para me prender aqui, roubar meu filho, minha esposa, e meu trono? – Silêncio. SooBin encarava aquele homem, e um sentimento estranho crescia em seu peito. Era como se o conhecesse... — E você... – O velho se virou para Jiyoon. — Eu sei que somos gêmeos, e que somos idênticos em aparecia, mas eu imaginei que seria mais esperta e notaria a diferença entre nós, Rosie. – Utilizou de um apelido. — Lembra quando te dei esse apelido, porque você gostava de rosas? Ninguém mais sabia dele, não lembra? Tenho certeza que meu irmão nunca lhe chamou assim, porque ele não é seu verdadeiro marido. 


 Jiyoon estava petrificada. Então era ele, esteve ao lado de um criminoso por tanto tempo, e nem reparou. Nunca reparou direito na mudança de comportamento repentina dele, nunca havia reparado em seu modo de falar e agir, nem no apelido que costumava a chamar. 


 — Eu... – A mulher tentou falar mas nada saiu. 


 — Não precisa se justificar. – O senhor sorriu, segurando nas grades, então correu os olhos pelo local, os parando em no Choi de cabelos escuros e mechas, que portava sua coroa na cabeça. — Você deve ser Choi Beomgyu, certo? Jisoo me falou sobre você, foi fruto daquele abuso horrível que meu irmão cometeu com aquela jovem, não é? – O garoto assentiu. — Eu sinto muito por você ter vindo ao mundo de uma forma tão ruim, tenho certeza que você é um ótimo rapaz, sua mãe está bem? 


 — Sim, ela... – Falou meio sem jeito, apontando para a mulher que estava ao lado da amiga. 


 — Olá, senhorita, sinto muito pelo meu irmão, ele não tem noção, é um invejoso, ganancioso... – Respirou fundo. — SooBin, meu filho, a senhorita Jisoo havia me dito sobre Beomgyu ser seu irmão, mas eu sinto muito, ele é seu primo. 


 SooBin engoliu em seco. Não sabia o que pensar, sentia que aquele homem falava a verdade, mas também se sentia mal por ter sido enganado sua vida inteira. Não era fácil descobrir que seu pai na verdade era seu tio, e seu verdadeiro pai estava preso injustamente. 


 — Ele está falando a verdade, SooBin! – Jisoo segurou o braço do marido do irmão. — Eu sei que está. 


 — Eu sei... – SooBin respirou fundo, comprimindo os lábios. — Liberte esse homem, e prendam ele. – Apontou para o pai de Beomgyu, JunSoo, seu nome. — Por via das dúvidas, faremos um teste de DNA... 



 Os guardas obedeceram o comando do rei, então JunSoo foi jogado na cela, enquanto JunSeo foi libertado. 


 — Vamos fazer um teste, e você verá que estou sendo sincero. – O senhor caminhou até o filho, colocando as mãos em seu rosto, e por algum motivo, SooBin se sentiu confortável com aquilo. — Eu sinto muito meu filho, por não ter te visto crescer, eu queria ter sido presente em sua vida, acompanhado sua infância, adolescência... Mas esse privilégio foi arrancado de mim, e só pude o ver agora, já adulto, casado, pai, e rei. 


 — JunSeo, eu sinto muito... Meu Deus, como fui burra... – Jiyoon tinha suas mãos sobre os cabelos, os puxando levemente, se culpando por aquilo tudo. 


 — Já passou, Rosie. – Sorriu, então se virou para a mulher que estava ao lado de Beomgyu. — E a senhorita, também não foi a culpada por ter nos confundido, você era apenas uma criança... A culpa mesmo, é do meu irmão, e unicamente dele. – Se virou para trás, vendo o gêmeo atrás das grandes. — Como você havia sido dito por irmão do meu filho, eu imagino que ele tenha lhe nomeado príncipe, a julgar pela coroa, estou certo? – Beomgyu assentiu, de cabeça abaixada. — Eu não acho mais que certo. Mesmo você sendo o primo dele, você tem direito a coroa, meu jovem. 


 Todos permaneceram calados, surpresos com a forma que o homem se comportava, parecendo tão conformado com tudo a sua volta. 


 — Bem... Sei que hoje foi o seu casamento, SooBin, então onde está o seu marido? Ainda não o conheci... – O senhor mudou de assunto ao notar o clima estranho que estava formando.


  — Ele estava aqui agora mesmo... – Olhou em volta, não vendo Yeonjun ali. Beomgyu procurou o amigo com os olhos, notando que seu namorado, Kai e Jisoo também não estavam ali. 


 — Taehyun sumiu também... – O Choi mais novo cruzou os braços. 


 — Taehyun? – O senhor perguntou.


 — Namorado dele. – SooBin. 


 Beomgyu continuou os procurando com os olhos, enquanto SooBin falava com o possível pai, até finalmente ter encontrando. 


 — Ali. – O moreno apontou para um banco no final do corredor, onde o rei, o conselheiro, o guarda e a garota estavam, desfrutando de um saco de balas. 


 SooBin respirou fundo, sorrindo fraco ao olhar os quatro ali. 


 — Ei vocês, de onde tiraram isso? – O mais alto cruzou os braços. 


 — A tia Bomi deu a gente! – Kai respondeu com um sorriso. 


 — Senhor, olha a situação e vocês comendo doces enquanto assistem... Até você, Taehyun! – Beomgyu negou com a cabeça, logo fazendo um bico em seus lábios. — Ainda nem me ofereceram! 


 — Meu Deus, são crianças mesmo... – Minji riu, então os quatro que estavam alheios a conversa fecharam o saco de balas e voltaram até eles. Yeonjun parou ao lado de seu marido, segurando em seu braço. 


 JunSeo sorriu olhando para o garoto de cabelos rosados com a coroa sobre os fios, então estendeu a mão para ele. 


 — É um prazer conhecer você, sua irmã me falou muito bem sobre você. – O mais velho sorriu amigavelmente, então teve sua mão apertada pelo outro rei. 


 — O prazer é inteiramente meu! – Disse gentilmente. 


 — Bom... Acho que nós já podemos ir embora... – SooBin sorriu timidamente olhando para eles. 


 — Verdade, melhor irmos, esse lugar me dá arrepios. – O outro rei concordou, e então, todos se viraram, começando a andar na direção da saída. 


 O caminho era silencioso, SooBin pensava sobre aquele homem que lhe dizia ser seu pai, e pelas reações de sua mãe, o senhor estava correto. O rei tinha uma sensação, uma sensação de estar esquecendo algo... 


 — Espera! – O arroxeado parou, segurando seu marido pelas roupas, para que este parasse. 


 — O que foi? – Beomgyu olhou para seu primo. 


 — Eu tinha outra pessoa pra nomear e acabei esquecendo... – O rei respirou fundo. 


 — Quem? – Kai olhou em volta, abraçado ao braço de Jisoo.


 — Ei! Que grude é esse com a minha irmã? Sai! – O garoto com cabelos cor-de-rosa fez um bico com seus lábios, avançando para tentar tirar sua irmã das mãos do amigo. 


— Yeon, depois você tem suas crises de ciúmes. – SooBin cruzou os braços. — Bem, é justamente a Jisoo... 


 — Eu?! – A moça o olhou, confusa. 


 — Sim. – O garoto de cabelos roxos sorriu, então pegou a coroa, que estava dentro da bolsa que Bomi carregava, então desembrulhou do tecido, revelando a bela peça dourada.  — Você, como irmã do meu marido, e rei, deve ter o direito de ser uma princesa, e então eu te nomeio uma. – Sorriu, colocando a coroa em sua cabeça. 


 — Ai meu Deus! Eu não sei nem como... – Foi cortada por uma voz masculina. 


 — Dourada, SooBin? – Yeonjun cruzou os braços. — Amor, eu já falei um milhão de vezes que dourado é brega!


 — Eu gostei. – A menina cortou. — Fica na sua, no dia que for sua coroa, você opina. 


 Yeonjun ficou calado, incrédulo. 


 — Já me arrependi de ter lhe tirado dali. – Cruzou os braços. 


 — Vamos subir, depois desse coice que o Yeonjun levou, precisamos subir. – Kai dizia rindo, então tomou a mão da garota, a puxando para saída. 


 — Ele vai roubar minha irmã... – Sussurrou. 


 — Pare de ser ciumento! Vamos! – SooBin sorriu, assim puxando seu marido para fora também. 







 Foi um caminho divertido, todos riam e comemoravam, tanto o casamento e a coroação, quanto a vitória deles contra o antigo rei, falso pai de SooBin. 

 Já nos corredores do castelo, todos ali seguiram para a ala hospitalar, onde fizeram o teste de DNA entre aquele homem e SooBin. O resultado demoraria um pouco para sair, então, eles decidiram tirar o resto do dia de folga.


 — Beomgyu, vá até a sala do trono e avise a todos que não haverá festa, não com a presença deles... Mas apenas diga que podem ir embora, também chame a Ashley, peça pra ela levar os gêmeos até a piscina. – SooBin pediu, então o príncipe apenas confirmou. — Vá pra lá depois, Minji já vai pegar sua roupa de banho, vamos fazer uma festa na piscina hoje!
















 O dia terminou assim, todos aqueles na piscina, exceto JunSeo e Jiyoon, que preferiram ficar no quarto para decidir o que seria deles dali para frente. 

 Minji, Bomi e Ashley haviam preparado lanches para todos, o casal de reis brincou por um longo tempo com seus filhos, que adormeceram assim que o céu escureceu, Taehyun e Beomgyu passaram grande parte do tempo nos cantos da piscina, quase sempre aos beijos, Kai e Jisoo brincavam na água o tempo inteiro, como duas crianças, vez ou outra trocando alguns selinhos escondidos. 



 Aquele dia havia sido cheio de emoções, até mais do que foi planejado, com certeza seria um dia que jamais seria apagado da mente de nenhum deles.


 — Eu imaginei que iria dar tudo errado hoje... – Yeonjun respirou fundo, olhando o céu escuro, sentado na borda da piscina junto aos amigos. 


 — Ainda bem que deu tudo certo... – SooBin sorriu, abraçando os ombros do marido. 


 — Realmente, ainda bem que deu tudo certo. – O príncipe concordou. — Agora falta começarmos a planejar nosso casamento, não é, Taehyun?


 O garoto de cabelos rosa escuro olhou para seu namorado, então sorriu. 


 — Nosso casamento ficará para o próximo capítulo, Beom. 



 As risadas se fizeram presentes, mas logo foram se acabando, deixando apenas sorrisos suaves nos lábios daqueles seis jovens. 


 — Como vocês acham que será daqui pra frente? – Jisoo ajeitou seu biquíni, olhando para os garotos. 


 — Eu não sei, mas tudo dará certo se estivermos todos juntos. – Yeonjun respondeu sua irmã. 


 — Então... Juntos para sempre? – Kai sorriu, colocando sua mão para frente, para que os outros colocassem as suas sobre. 


 — Juntos para sempre! – Os cinco gritaram, empurrando uns aos outros na piscina, e ali começava mais uma sessão de brincadeiras entre os seis.




 

 





 — Meus filhos, eu não poderia estar mais orgulhosa que vocês. – Aquela voz angelical soava baixinho, ajeitando o longo vestido vermelho. — Minha filha se tornou uma bela mulher, que será uma ótima princesa, meu filho, você cresceu tanto, virou um verdadeiro homem, será um ótimo rei, um ótimo marido, e também um ótimo pai. Mamãe está orgulhosa de você. – E então, desapareceu como fumaça no ar. 







Notas Finais


Vocês lembram da fantasma de vermelho que o Kai viu a uns capítulos atrás (capítulo 22)? Então...

Espero que tenham gostado do capítulo, me desculpa novamente qualquer erro ortográfico, não tive tempo de corrigir ele...

Esse foi o penúltimo capítulo, só temos mais um 😭 espero que estejam ansiosos, vou me esforçar para não demorar tanto!

Até o próximo capítulo ❤️


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