P.o.v Alice.
Finalmente vou sair desse inferno. Odeio hospitais, odeio cheiro de hospitais. A energia é tão pesada.
Desde ontem a minha mãe tem estado séria.
Ok, descobrir que a sua filha de 15 anos está gravida, não é a coisa que uma mãe queria para o futuro de uma filha.
Estava sentada na cama de hospital mexendo do meu celular. Escuto a porta ranger.
- Senhorita Miller. - Uma enfermeira um pouco baixa, apareçe com uma bandeija. - Seu café da manhã. - Ela coloca a bandeja sobre a cama.
- Sopa? - Pergunto.
- Sim. - Ela responde e eu faço careta. Odeio sopa.
- Não quero. - Falo.
- É bom a senhorita comer. Faz bem para você e para o seu bebê. - Ela fala calmamente.
Eu quero socar a cara dessa mulher. Ela é tão calma que chega a dar raiva. Bufei.
Ela ficou me encarando com aquele sorriso calmo e assustador. Olhei para a sopa em minha frente. Então olhei de rabo de olho e a mesma está com aquele sorriso.
Tá repreendido. Mulher assustadora, eu em...
Pego a colher e olho de rabo de olho novamente. Ela ainda está me encarando. Pego uma colher de sopa e tomo a mesma. Ela ainda está me olhando com aquele sorriso estranho.
Socorro... Rafael... inútio...
Ouço a porta ser aberta e olho para a mesma.
- Sentiu a minha falta gatinha? - Ryan pergunta. Ele o Rafa, Tracy, Cas e Nolan entraram na mesma.
- Ryan, menos. - Rafael fala.
Se eu te disser que a enfermeira ainda está me olhando daquele jeito. Acho que ela travou. Um barulho vindo de sua blusa a fez sair do tranze.
- Coma tudo. - Ela fala e sai do quarto.
- Essa mulher me dá calafrios. - Falo. - Alguém trouxe algo comestivel? - Pergunto esperançosa.
- E essa sopa aí na sua frente. - Rafa pergunta.
- Eu falei algo comestivel, não isso. - Falo mexendo na sopa.
- Para com isso, isso nem deve estar ruim. - Nolan fala.
- Então prova. - Falo. Ele vem em minha direção e toma um pouco.
- Acabo de retirar o que eu disse. - Ele fala quase cuspindo. - Se você não estivesse gravida, te levaria em uma lanchonete e comprariamos um x-tudo. - Ele fala e limpa a sua boca.
- Vocês já sabem? - Pergunto.
- O Rafa nos contou. - Cas fala. - Sobre tudo.
- há. - Falo. - Quando eu vou sair daqui? - Pergunto.
- A sua mãe está vendo alguns papeis da alta. - Tracy fala.
- Estou com fome... - Falo manhosa.
- Que tal te levarmos para um restaurante quando sairmos daqui? - Rafael pergunta. Ele vem em minha direção e rouba um selinho.
~Cof cof~
Os meninos fingem estar tossindo.
- Rafael! - Falo e bato em seu ombro.
- Qual é? Todos eles já sabem. - Ele fala e dá de ombros.
- Já sabemos, mas não estamos acostumados com esse tipo de coisa. - Cas fala.
- Tirando a Tracy, se tiver até suruba ela quer entrar. - Nolan fala, Tracy e Ryan batem na cabeça do mesmo. - Ai...
Começamos a sorrir. Logo a minha mãe adentra o quarto com alguns papeis em mãos.
- Já consegui a alta. - Ela fala.
(...)
Estava sendo levada por uma cadeira de rodas até o carro no estacionamento.
- Estou me sentindo uma invalida. - Falo ao adentrar o carro do Rafa. Logo ele dá a partida.
- Você está invalida. - Ryan fala.
- E você vai virar um invalido se não calar essa sua boquinha. - Falo sorrindo fofa.
- Você é assustadora quando quer. - Cas falou.
- Não quanto a sua cara, que não é quando você quer, é sempre. - Brinco.
- Aí tio, magoou. - Cas fala fazendo bico.
- Meu deus... - Falo fofa. - Meus sinceros foda-se.
- Grossa. - Ele fala e mostra a lingua. Mostro a minha em resposta.
- Vocês dois parecem duas crianças. - Rafael fala.
- E você é o adulto. - Falo. - Espera ai... por que eu tenho que ficar em um carro cheio de garotos?
- Sua mãe não queria nenhum de nós lá. - Nolan fala fazendo bico.
- Então... pra onde vamos? - Rafael pergunta.
- Lanchonete br. - Falo animada.
- Br? - Rafa pergunta.
- Brisileiro anta. - Falo.
- O que tem lá? - Ryam pergunta.
- Comida ue. - Falo.
- Chata. - Ryan fala.
Logo chegamos em frente a lanchonete. Os meninos sairam feito loucos do carro. Um bando de malucos. Adentramos o local. O cheiro de comida brasileiro já me levava as alturas. Sentamos em uma mesa para oito pessoas.
- Só esse cheiro faz a minha fome aumentar. - Nolan fala.
- Gordo. - Falo.
- Vai dizer que você não está com água na boca? - Ele pergunta.
- Sim. Uma coisa chamada saliva. - Respondo.
- Respondona. - Ele fala.
Logo um garçom chega.
- O que vão querer?
- Duas coxinhas, duas fatias de empadão. - Paro alguns segundos pra pensar. - Aqui tem brigadeirão? - Ele assente com a cabeça. - Eu quero.
- Isso são para todos? - O garçom pergunta.
- Não. Só pra mim. - Falo.
Logo todos fazem seus pedidos e depois de um tempo todos chegam.
- Nossa Ali. Eu pensei que você estava comendo por dois, não por uma familia enteira. - Cas fala. Todos começaram a rir.
- Estou com fome ué. - Falo e mordo a minha maravilhosa coxinha.
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