História My Demons (imagine Jeon Jungkook) - Deixa de gracinha

“Deixa de gracinha.”.

Me sentia como em um reality-show, no qual sou observada por câmeras a todo o momento, porém, a câmera passa a ser Jeon Jungkook. Trocava duas ou três palavras com Park Jimin, o que já se tornava o suficiente para que o moreno viesse me pedir algo.

Sentia vontade por, inúmeras vezes, em afundar a cara do mesmo a soco, pois ele realmente desconhecia a palavra “descanso”. Já havia gastado o osso da perna inteirinho, só de levantar e sentar. 

Estava prestes a dizer um claro e ríspido “Não!”, em sua cara, todavia, não foi necessário, visto que, ele estava tão mau no canto do sofá, que mal podia levantar o dedo.

Olhei o relógio de parede, agora vendo que já estava quase sendo três horas da manhã, mas ainda sim, o caos insistia no ambiente. Olhei uma segunda vez para Jungkook, que agora estava dormindo profundamente.

Questionava-me sobre o que eu deveria fazer em tal situação. Talvez, eu deva mandar todos embora? Espera, isso é óbvio! Mas e se eles não forem? No caso disso, eu precisarei de um pau bem grandão, já que vou comer todos na paulada.

— A festa acabou, galera. — Levanto indo até a porta. — Vazem! — Faço sinal para que saíssem de pressa.

Era incrível o quão compreensíveis todos estavam sendo, já que em meu primeiro “Vazem!”, eles já saíram.

Park jimin, pude ver ser o último da fila e junto consigo um singelo sorriso maroto, o que me tirou um pequeno calafrio.

— Boa noite — ciciou baixinho, como um sussurro, logo em seguida, roubando um selinho da menor, que apenas ficou perplexa com tal atitude repentina.

—Mas…. — Penso em dizer algo, porém ,deixo de lado ao perceber Jungkook nos olhar e murmurar algo. — Boa noite, Park Jimin. — Fecho a porta, após ver o moreno abanar com uma expressão de total satisfação. — Acordou depois que fiz tudo, oh, maravilhosa! — Pego meu livro em mãos.

— Você está sendo paga para isso. — Olhou ao redor em busca da camisa, na qual jogou para longe na hora de seu show de striper. — Preciso me vestir, acha minha camisa.

— Lá sei eu onde tá! — gesticulo, sem dar a mínima.

— Por isso mesmo que pedi, para que você achasse — rebateu.

— Sabia que eu tenho uma vida? — pergunto. — Sabia que eu tenho que dormir também? — Vejo-o apenas revirar os olhos. — E você deveria tentar exatamente isso. — O olho de cima a baixo. — Dorme, pois você está horrível.

— Se eu ao menos conseguisse sair daqui, poderia fazer isso — grunhiu de raiva. — Nesse exato momento, você deveria dizer “eu ajudo você”. — explicou, ao perceber que nada a menor diria.

— Você perdeu o senso do ridículo, só pode! — Sorri, sem pupação. — Porém, apesar disso, irei lhe ajudar, mas irei levar isso junto. — Levanto o taco de baseball, que estava ao lado do sofá. — Se tentar alguma gracinha, eu lhe dou com isso nas costas. — Faço o movimento de uma bela paulada.

— Ok, suave! — Engole em seco. — Agora vem aqui, vem! — murmurou, manhoso.

— E também não quero você falando assim! Parece que tem uma rola na boca. — Ponho seu braço em volta de meu pescoço. — Se ajeita e fica em silêncio ou lhe empurro escada abaixo também.

— Muito agressiva você, não? — Tocou o corrimão da escada.

— Agressiva não! — o repreendo. — Sou prevenida, são coisas bem opostas.

Não obtive resposta alguma de Jungkook sobre meu comentário e sim, apenas um sorriso soprado de sua parte. Abri a porta de seu quarto, no qual era bem mais obscuro que imaginava que seria. Retiro seu braço da curva de meu pescoço, agora o deixando livre para entrar.

— Não quer dormir comigo? — perguntou descaradamente, logo recebendo na mesma precisão um belo “Não”. — Tem certeza? — Levou a mão direita a parede, agora observando-a atentamente.

— Óbvio que tenho certeza. — Arqueio uma sobrancelha. — Agora, entre e esqueça seus planos, pois eles não acontecerão.

— Meus planos? — pergunta, sem entender. — Eu não tenho planos, porém, talvez você tenha, não é? — brincou. — Estou apenas matando o tempo, relaxa — se rende ao perceber a mesma reerguer o taco.

— Vou te dar uma paulada na cabeça, e você vai dormir até mês que vem, quer ver?

— Tudo bem, estou indo. — Adentrou o quarto pisando firme. — Sabe e se você apenas dormisse aqui? — Ameaçou se aproximar, entretanto, exitou ao ver a menor com uma expressão nada agradável. — Não é isso que está pensando! — sobressaltou. — É apenas dormir, sabe, deitar e dormir — gesticula, fazendo o clássico sinal de conchinha.

— Não vou dormir de conchinha com você, nem pensar!

— Me expressei errado. Eu quero que você durma aqui, todavia, eu de um lado, e você do outro. — Coça a nuca ao perceber que deu na mesma coisa de que dormir de conchinha. — Durma aqui, está tarde, seus pais devem estar dormindo e acordá-los à essa hora só te traria dor de cabeça. — Sorriu ao perceber que, talvez, estivesse a funcionar. — Sua mãe lhe faria inúmeras perguntas, já pensou? E sem contar que você pode ler seu livro quietinha.

— Hum! Não estou gostando de você fazendo tanta questão que eu durma aqui. — Olhei ao redor, pensativa sobre o que, de fato, faria. — Vou dormir aqui só pelo fato de não querer ser perturbada às três horas da manhã por minha mãe, pois, pelo contrário, já estava em minha cama em meu décimo sono.

— ‘Tá, então como faremos para que caiba eu e você… Ali? — Apontou para a cama de solteiro, um tanto sem jeito.

— Hm, é simples! — exclamo simplista. — Você dorme no chão e eu na cama, fácil, não é? — Sorri ao vê-lo,quebrar todo seu teatro de que estava confuso. — Você realmente acha que me engana? Jungkook, saiba que essa sua tática besta para tentar algo não irá rolar, visto que, hoje, o que terá é uma bela noite de prazer, no entanto, no chão. — Passo pelo moreno, agora deitando com tudo em sua cama. — Faça bom proveito.

— Se eu fosse o Jimin, com certeza, você cederia um belo espaço na cama — murmurou, inconformado.

— Bem capaz! Para ele, eu cederia tudo, exatamente tudo. — Passo a língua entre os lábios, pensativa. — Aliás, você tem o contato dele?

— ‘Tá de brincadeira com minha cara, só pode. — Balança a cabeça incrédulo com o que acabava de escutar. — É tão difícil de você entender… Que eu quero você? — Deu alguns passos em direção a menor, que apenas recua um pouco entre os lençóis.

— Jungkook, você está bêbado, ou seja, o que diz é apenas devaneios do momento, então por isso, deve descansar.

Segurava o tecido fino do lençol firmemente, o que me fazia perguntar a mim mesma o porquê. Sentia meu coração acelerando aos poucos e também aquelas clássicas borboletas no estômago surgirem. 

Oh, Deus! Por que estou assim?

— Eu posso lhe fazer minha se eu quiser, mas apenas desejo que seja algo verdadeiro que você realmente queira e por isso, não insistirei. — Se afasta. — O número do meu primo, Park Jimin… É esse. — Apontou com a cabeça para um mural. — Dê para ele tudo que quiser, exceto, sua confiança.

— Eu devo lhe dizer... Obrigada?

— É, cairia bem. — Riu enquanto puxava um grande puff.