— Mas minha filha... E o balé? — Rose perguntou, sentando-se na cama de Samantha. — Sei que tem idade suficiente para correr atrás do que deseja, mas balé não era seu maior desejo?
— Não mais, mãe — a garota respondeu, colocando algumas roupas na mala e voltando em seu guarda-roupas para pegar mais. — eu só não sabia como lhe contar. Ariel — virou-se para a amiga. — precisa me emprestar aquela bota, por favor. — pediu ela. — sabe que sou louca por aquela bota.
— Tudo bem, Sam — a garota sorriu. — lhe dou de presente. Agora você precisa pegar sua necessérie, temos que selecionar alguma maquiagem e cremes. — disse, olhando para suas unhas impecavelmente feitas. — e também alguns esmaltes.
— Eu não sei se quero que vá embora, Samantha — Rose usou o tom duro que só usava quando estava prestes a brigar com Sam. — Você nem conhece aqueles garotos... — Sam se ajoelhou na frente da mãe.
— Sei o que pensa. Sei que não entende meus motivos — sussurrou ela. — Mas mãe, eu preciso da sua permissão, se não, não vou a lugar algum. E eu quero ir para Londres. — ela sorriu, com os olhos brilhando. — não sabe quantas oportunidades posso ter... — foi interrompida por Rose.
— Só não entendo esse motivo. Você tem muitas oportunidades aqui também. — suspirou. — Só não quero que tenha uma decepção no futuro.
— Não terei, eu lhe prometo — beijou seu rosto, levantando-se. — eu só quero estar com os garotos. É o que quero mãe. — sussurrou. Rose mantinha uma expressão séria.
— Promete que vai me ligar assim que chegar? — a mãe pediu, esquecendo-se de ser dura. — não importa o fuso-horário. E que vai comer direito também. Não aquelas porcarias calóricas nos fastfoods, tudo bem?
— Tudo bem. — a garota riu, abraçando a mãe fortemente quando essa levantou-se. — Me leva para o hotel em que os garotos estão hospedados? — pediu.
— É claro. — Ariel pigarreou.
— Hum... Sam? E o que vou dizer para Yasmin? — Sam parou de súbito quando ouviu o nome de Yasmin. Ela havia se esquecido totalmente daquilo, com a excitação da viagem. Ela não podia ir embora.
— Esquece — sussurrou ela, jogando a mala num canto no seu quarto. — eu não vou.
— Como? — Ariel perguntou, incrédula. — você vai deixar essa chance...
— Eu não posso ir! — gritou. — não quando minha escolha pode arruinar a felicidade de outra pessoa. Não posso.
— Eu não vou deixar... você não pode fazer isso, Sam. Yasmin que se dane. — disse. — acha mesmo que, se ela estivesse em seu lugar, teria a mesma consideração para com você?
—É... você está certa. — Ariel sorriu. — eu vou pra Londres!
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