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História My Escape - Frio na barriga


Escrita por: ArumGirl

Notas do Autor


Voltei, heeein!👽
Somos 42 favoritos? É isso mesmo? Que emoção, gente! Que coisa linda! vcs são demais.💜

Vamos à leitura, espero que gostem. Não ficou dos melhores, mas foi de coração.!!!💓

Capítulo 14 - Frio na barriga


Fanfic / Fanfiction My Escape - Frio na barriga

- Opa! - Cascão surge do meio do aglomerado de gente que formava um círculo ao nosso redor, todos sedentos por uma briga que eu orava para não acontecer. - Ninguém aqui vai brigar! - fala, se colocando entre Cebola e o outro homem, que agora tinha uma mandíbula inchada.

- Sai da minha frente ou você apanha também. - rosna o último, fuzilando Cebola com o olhar.

- Não, cara, eu não quero confusão aqui. - Cascão diz, claramente tentando se conter.

- Não? - o homem agarra a barra da camisa do Cascão - mas eu quero!

Os gritos de incentivo à briga começam, fazendo meu coração saltar mais ainda. Eu estava a ponto de colapsar de tanto nervoso.

- Rodrigo? O que está acontecendo? - pergunta alguém atrás do grandão, com uma voz autoritária.

O homem solta a camiseta de Cascão, olhando pra trás. Sua expressão muda de intimidadora para intimidada.

- Eles que começaram, cara.

- Você sabe que eu não quero você em confusões, certo? - indaga um loiro sombrio, agora aparecendo para todos nós.

- Toni? - eu estou pasma. Como é que além de também estar ali, ele surtia um efeito tão visível num cara daquele tamanho?

Seus olhos castanho-esverdeados se viram para mim e no lugar de toda aquela frieza de antes, surge um brilho de interesse. Seus lábios repuxam para cima num sorriso de gavião.

- Gatinha! - cumprimenta, vindo me dar um abraço. - O que você faz por aqui?

- Só...vim me divertir um pouco. - falo, meio confusa.

- Caramba - me olha de cima a baixo - Você está muito linda. Mas uma coisa está me deixando curioso: por que está no meio dessa confusão?

Iria responder, mas Cebola passa na frente, se intrometendo na nossa conversa.

- Seu amigo estava ofendendo a Mônica.

Toni olha de mim pra Cebola e arqueia uma sobrancelha.

- Quem é ele, gatinha?

- Meu viz…

- Sou amigo dela. Estávamos indo tomar um refri quando o seu amigo pegou no pulso da Mônica e começar a insinuar coisas pra ela.

A testa de Toni se enche de vínculos, e seu semblante fica daquele jeito que me dava medo. Ele olha para Rodrigo, que parecia apreensivo.

- É sério isso?

- Toni, ei cara, eu posso te explicar...

- Sim, vai explicar. - o loiro fala mais alto, e empurrou o peito do maior - Vai explicar porque porras estava dando em cima da minha garota!

Os olhos de Rodrigo crescem com medo.

- Sua garota? - ele olha pra mim - Ela é a Mônica? Sua Mônica? Eu não sabia!

- Agora você vai aprender a nunca mais encostar um dedo na mina dos outros. - Toni exaspera, socando violentamente o outro no nariz. Sangue espirra na cerâmica quando Rodrigo cai no chão.

Eu não queria ficar mais ali. Me viro para o lado e peguei no pulso do meu vizinho.

- Cebola, me tira daqui. - balbucio, sentindo-me um pouco tonta. A junção do nervosismo com álcool não dava em boa coisa.

- Vem. - fala, deixando que eu passasse na sua frente protetoramente.

Cascão e o restante nos segue para fora.

- Caramba, que foi isso? - Aninha indaga com os olhos arregalados.

- Só um idiota que não sabe levar “não”. - Magali revira os olhos, se aproximando e pondo uma mão no meu ombro. - Você tá bem, Mô? Quer que eu te leve pra casa?

- Você ainda não sabe dirigir, Magá. - sorrio para ela. Só sua iniciativa de querer me ajudar já era importante.

- Mas eu sei o básico, posso te levar. - insiste.

- Magá, relaxa, eu consigo dirigir. Estou bem, só com uma dor de cabeça daquelas. - faço uma careta - Cadê a Denise?

- ”Sumiu” com o Xaveco. - Titi arqueia as sobrancelhas de uma forma divertida.

 Balanço a cabeça, sorrindo, e aperto a mão dele em despedida. 

 - Precisamos marcar mais vezes, foi muuito bom! - diz Irene, animada.

 - Concordo total, Irê. - concorda Cascão.

Abraço as outras meninas e meninos, e me dirijo para o meu carro. 

 Cebola me espera com uma mão no bolso da calça e outra no teto do automóvel.

- Você está bem? - pergunta com voz suave.

Assinto.

- Estou sim. E você?

- Sim, graças ao Cascão. - suspira. - Você conhece aquele loiro que chegou por último?

- O Toni? Ah, ele é um amigo. - resolvo deixar toda a parte da obsessão do Toni de fora.

- Huum. - ele anui - Desculpa por estragar a noite.

- Você não estragou. Pelo contrário, se não fosse por você tudo teria sido bem pior. - ponho uma mão no seu ombro. - Obrigada, Cebola.

Ele olha nos meus olhos por alguns instantes. Sinto um friozinho estranho na barriga enquanto mergulhava naquela imensidão cor de mel dos seus olhos, ainda mais claros devido à luz do poste próximo a nós.

Sorri, pegando minha mão e depositando um beijo delicado no dorso.

- Disponha, enfermeira.

Ponho uma mecha de cabelo atrás da orelha, tímida, e ele me dá espaço para que entrasse no carro.

Depois de girar a chave na ignição, baixo o vidro para acenar.

- Até mais ver, vizinho!

- Até! - seu sorriso reluz - Ah, e Mônica?

- Sim?

- Tenho que concordar com seu amigo Toni: você está muito bonita hoje.

Sorrio.

- Sabe? Você também não está nada mal. - falo, girando o volante. 

Antes de ir embora, posso ver seu sorriso ficar ainda mais largo.


                      ***


 Depois de chegar em casa e tomar uma ducha fria, eu hibernei por cerca de doze horas. Sério, bebida e eu não andávamos lado a lado, então apenas umas doses já me deixavam de ressaca.

 Uma maldita ressaca, por sinal.

 Após me levantar pra comer e tomar alguns analgésicos para a dor de cabeça, prendi o cabelo num coque mal feito e fui conferir as mensagens que tinha no celular. O aparelho superaqueceu de tanto atualizar as conversas que eu ainda não visualizara.

 Como ainda não estava 100%, respondi só a algumas pessoas, inclusive o grupo dos Jovens Adultos, formado recentemente, a minha mãe que tinha dito que chegaria hoje no fim da tarde, e percebi que tinha mensagem de um número desconhecido. Com uma expressão de curiosidade, abri a conversa e me deparei com o vizinho da frente na foto do perfil.


Bom dia, enfermeira! - dizia a mensagem - Espero que não fique chateada por eu ter pego seu número com a Magali, eu só fiquei preocupado se você ficaria bem. Espero que sim. 

Bom dia, Cebolinha! - digito de volta, com um sorriso travesso - Estou bem sim, obrigada pela preocupação.

Cebolinha? Sério? Faz tanto tempo  que alguém me  chama assim Kkkkkkkkk 

 Cada um com seus apelidos, fica mais justo. Kkkkkk

Tá bom, tá certo... Escuta, você está livre mais tarde? É que eu tava pensando se a gente poderia ir dar uma volta no parque, ouvi que vai ter uma feirinha de artesanato por lá.

Eu adorava artesanato, realmente adorava, mas hoje não tinha como ir.

Sinto muito, meus pais chegam de viagem hoje e preciso estar aqui para recebê-los. Mas fica pra próxima!

Ah, que pena. :/ Tá bom então, enfermeira. Tenha um ótimo dia!

Obrigada. Você também! - respondo por último e guardo o celular.

"Você está muito bonita hoje", sua face sorridente no dia anterior vem a minha mente, e agarro uma almofada colorida, lembrando daquele momento e de outros em que os nossos olhares se cruzaram na boate. Ele vinha mostrando ser um cara muito legal e, acima de tudo, diferente dos outros que eu conhecera até então.

Meus lábios acabam se erguendo num sorriso involuntário, despertando uma sensação de frio na barriga como aquela de ontem à noite.


Notas Finais


Mais uma vez, aos novatos: BEM-VINDOS À FAMÍLIA MY ESCAPE.❤

Até o próximo capítulo, galerê!!!❤


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