1. Spirit Fanfics >
  2. My Escape >
  3. Descobertas

História My Escape - Descobertas


Escrita por: ArumGirl

Notas do Autor


Uma ótima leitura aos melhores leitores do mundo!!!💓

Capítulo 8 - Descobertas


Fanfic / Fanfiction My Escape - Descobertas

- Quer dizer que só foi carona mesmo? - Magali pergunta, com os braços cruzados em cima da mesa da lanchonete.

Eu já tinha repetido a história umas 3 vezes e Denise continuava me analisando como se procurasse qualquer resquício de mentira.

Reviro os olhos.

- Só foi isso, queridas. Sinto  em decepcionar vocês, mas ele tem namorada e eu não estou à procura de relacionamentos. 

- Gatz, faz tipo um século que você não pega ninguém, já tá mais que na hora, não acha? - inquire Denise, enrilhando o cenho.

- Sei lá. - tomo um gole do meu suco de caixinha. - Não faço questão disso.

- Não é fazer questão, Mô, é que... É bom ter alguém pra conversar às vezes. - Magali tenta explicar.

- Eu já tenho você e a Dê.

- Anjo, me poupa né? Você precisa de um homem, mulher! Somos suas amigas mas não podemos suprir todas as suas "necessidades". - a ruiva faz aspas com os dedos na última palavra.

- Gente, eu não tenho cabeça pra isso. A última vez que eu me apaixonei de verdade por um cara foi pelo Maurício. Fazer o que se eu não consigo amar outro? - declaro, frustada.

Não adiantava quem eu tentasse gostar, eu simplesmente não conseguia. Não rolava a química que era pra rolar. Eu era um problema com amores, já tinha aceitado aquilo.

Magali suspira.

- Amiga, você ainda o ama? Digo... Ainda ama ou Maurício?

Meus olhos não enchiam mais de lágrimas quando qualquer pessoa falava nele, porém eu sentia sua falta. Acho que nunca deixaria de sentir. Havia um lugar do meu coração no qual ele estava guardado e sempre estaria. Além de primeiro amor, com ele eu tinha tido um romance muito intenso para simplesmente deixar de lado ou esquecer.

Reflito bem antes de responder à minha amiga.

- Não sei definir ainda o que sinto por ele agora, Magá, ele foi uma pessoa muito importante pra mim. - sou sincera.

- A gente sabe. - ela diz calma e compreensiva. - Mas você não acha que o que mais ele queria era que você fosse feliz?

Aquilo era verdade. Eu estar feliz, mesmo num dia que não nos víamos, era o que mais animava ele. Se eu estava animada, sorrindo, até mesmo por uma vídeo chamada, era o que fazia ele sorrir, não importa o quão cansado estava. 

Seu sorriso é a coisa mais linda do mundo, sabia Mô? - a voz dele ecoa na minha mente, me causando um vazio por dentro.

Eu tive muita sorte em ter conhecido um homem tão incrível como ele.

- Oi, gente! - cumprimenta uma voz masculina atrás de mim.

Me viro e dou de cara com Cascão, o amigo do Cebola, usando uma roupa formal. Sorri para ele.

- Oi! O que o traz por aqui? Espero que nenhum outro caso de emergência. - falo e nós rimos.

- Não, não. Sou professor de educação física e dono de uma ONG que leva os esportes às crianças carentes, o dono do hospital disse que tinha interesse numa parceria com a ONG. - esclarece, parando de frente a nossa mesa.

- Cara, que legal! - exclamo, surpresa, e então lembrei que Denise não conhecia ele.

 Abro a boca para apresentá-los, mas minha amiga maluca passa na minha frente.

- Dono de uma ONG que apoia crianças carentes? Achei tudo! - sorri simpaticamente, entretanto há um leve arco em sua sobrancelha esquerda. - Eu me chamo Denise. Você me é familiar...

Ele sorri, a observando com a mesma expressão de quem já sabia quem ela era mas não lembrava.

- Denise... - repete, pensando. De repente, suas sobrancelhas se ergueram e seu semblante colore com supresa. - Denise! Cara, quanto tempo! Não lembra de mim? Sou eu, o Cascão!

Denise pula da cadeira, abraçando Cascão euforicamente.

- Cascaboy! Você mudou tanto, meu Deus!

Eu não sabia se sorria ou ficava parada os observando. Que mundo pequeno! Percebo Magali vermelha enquanto olhava Cascão. Aí tem coisa.

- Ei - chamo, aproveitando que Cascão e Denise estavam ocupados falando dos amigos que tinham em comum e há muito não viam. - Você também já conhecia ele antes?

Ela assente, se encolhendo um pouco parecendo incomodada.

- Antes daquele dia que te deixei com ele e o Cebola, vocês já se conheciam? - pergunto, surpresa.

- É. - ela resume.

Num estalar de dedos, tudo faz sentido. O jeito que ela tinha ficado incomodada no primeiro dia que se viram, o jeito paralisado que ele ficara ao olhar pra ela, o modo como estava vermelha agora... Ela tinha me contado uma história há um tempo, com um garoto que conhecia desde pequena.

- Com licença, eu tenho que ir atender um paciente. - Magali avisa, se levantando da cadeira e saindo da lanchonete.

Quis ir atrás dela, porém acho que ela precisava de uns minutos sozinha. Denise trocou um olhar comigo e Cascão a acompanhou com o olhar até que sumisse no corredor. 

Um clima tenso se formou e eu sabia muito bem o porquê.

Cascão não era ninguém mais, ninguém menos, que o primeiro cara que a Magá amou.


                    ***


- Prontinho, princesa! - declaro, terminando de medicar uma garotinha de 4 anos chamada Rayssa, que tinha sido internada com pneumonia.

Ela era muito fofa, com grossos cachos cor de chocolate e olhos escuros que mesmo estando entreabertos por causa da febre, eram brilhantes e curiosos. Em seu braço que não estava com soro, havia um ursinho de pelúcia que, segundo sua mãe, não saía de perto dela.

- Tia - chama ela com uma voz sonolenta - eu vou ficar boa logo?

Olho para sua mãe, sentada numa poltrona ao lado da cama da filha, e sorrio.

- Vai sim, em breve você estará boa para brincar por aí.

A mãe de Rayssa sorri cansada, acarinhando os cabelos da filha. As duas se pareciam muito.

- Obrigada, enfermeira. - agradece a mais velha.

Com mais um sorriso gentil, saio da enfermaria e tiro o jaleco, já estava na hora de ir pra casa. 

Para minha sorte, ou não, Milene tinha saído para um congresso às pressas, e me avisara que quando estivesse de volta, dali a 2 dias, nós conversaríamos. Peço um táxi e ponho fones de ouvido para relaxar durante a viagem. Meus pés doíam de tanto que corri hoje, e tinha certeza que depois de um banho quente, não duraria mais do que dez minutos acordada.

Confiro o WhatsApp e vejo que minha mãe tinha me ligado duas vezes. Ela e o meu pai estavam nos EUA, numa viagem à negócios. Meu pai era dono de uma grande empresa e ela era sua secretária (sim, era assim que tudo tinha começado).

Mãe, estou com saudades de você e do papai. Não tive tempo de atender as ligações, estava super ocupada com os pacientes. Espero que voltem logo, amo vocês! - envio, não esperando que ela fosse responder no mesmo dia. Nossos horários raramente batiam.

Ao chegar em casa, topo com uma Denise desmaiada no sofá. A televisão estava ligada passando algum programa aleatório. Desligo o aparelho e faço o possível para não fazer barulho enquanto ia tomar banho.

O encontro com a minha cama foi surreal e não achei que existia coisa melhor do que uma boa noite de sono. Antes, porém, pensei no que acontecera hoje. Eu não tinha mais visto Magali no dia e ela também não tinha entrado no WhatsApp. 

Cascão e ela se reencontrando, depois de tantos anos longe um do outro. Será que aquele amor entre os dois realmente tinha acabado?




Notas Finais


E essa revelação do passado de Casgali aí, hein?👀
Até o próximo!!! ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...