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História My Favorite Woman - Karla Camila, você não se atreva.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 7 - Karla Camila, você não se atreva.


POV CAMILA

Okay, Lauren é uma menina doce e atenciosa, mas ainda sim uma menina. E agora além das amigas da minha filha, os pais dela também acreditam que ela é a outra mãe do meu bebê. E assim se iniciou meu dia no trabalho.

-E ai, amiga. O que deu? – Normani perguntou se sentando ao meu lado.

-Estou mesmo grávida. – infelizmente não foi só Mani que ouviu o que eu disse. Vi que duas colegas também ouviram e eu sabia que logo aquilo estaria por todo o prédio. Sou diretora comercial de uma empresa de eventos e estou em meu horário de lanche. Puxei Normani delicadamente para um canto pra poder falar com ela sobre a Lauren. – E o pior você não sabe. Uma amiga da minha filha assumiu o bebê para a Vero, as amigas e os pais.

-Ué, mas como? Ela não pode ser o pai, mãe. Ai. – a morena franziu a testa.

-Você lembra que eu disse da amiga da Vero que é diferente? – perguntei e a morena forçou a mente semicerrando os olhos.

-Lauren, a garota dos três cromossomos? – perguntou.

-Sim, a que tem um pênis. – eu estava sussurrando. – Eu estava na área da piscina, ela me ofereceu um cobertor e me ouviu. Eu contei de quem é o bebê e que ele nunca assumiria. Vero apareceu e ouviu, e ai Lauren assumiu.

-Meu Deus, que garotinha corajosa. Ela sabe que é um bebê e não um cachorro? – Mani perguntou de forma debochada.

-Sim. Ontem ela foi em minha casa, falou sobre minha alimentação, médico, arrumou um trabalho no restaurante dos pais. Ela realmente tá assumindo isso de verdade. – massageei minhas têmporas. – De toda forma não é justo com ela, Mani. Você consegue me entender. Ela tem a vida toda pela frente, a faculdade, namoradinhas, vai querer construir uma família. E de fato, outra criança pode atrapalhar.

-Mesmo assim, você tem que admitir que ela está sendo muito corajosa. – Mani disse e eu assenti.

-Ela é um doce, eu realmente preferiria que meu bebê fosse dela, e que Lauren pudesse passar seu jeito a ele. Mas não é responsabilidade dela. – minha amiga concordou. Voltamos ao nosso trabalho e confesso que eu não consegui me concentrar de verdade. Eu tinha que fazer alguns pedidos e acabei fazendo besteira, graças a Mani eles não foram enviados e ela mesma revisou pra me ajudar. Talvez achem que estou exagerando, por que não aceitar a ajuda da Lauren de uma vez e ser feliz? É um bebê, não uma lata de sopa. Bebês dão trabalho, choram, tem que ser alimentados na hora certa, fraldas o tempo todo, muitas roupinhas a serem lavadas, vacinas, dentes, escola, é uma vida.

-Camila. – olhei pra cima encontrando Victória, uma colega de trabalho. – O senhor Collins está te chamando na sala dele. – ela sorriu e logo saiu. Collins, Samuel Collins, o diretor da empresa, casado, três filhas, candidato a deputado e o menos importante, pai do meu bebê. Caminhei até sua sala, sem nenhum animo. A sala com uma grande porta de madeira parecia mais próxima agora. Bati duas vezes e ele anunciou que eu podia entrar. O homem de barba rala, olhos castanhos, estava sentado em sua grande cadeira. Ele me olhou dos pés a cabeça, parecia intrigado e nervoso. Fiquei parada no centro da sala sem saber exatamente o que fazer ou se deveria fazer algo.

-Ouvi alguns boatos. – eu achei que demoraria um pouco mais a chegar nos ouvidos dele.

-Que boatos, senhor Collins? – perguntei me fazendo de desentendida.

-A senhorita está grávida? – ele perguntou na lata. Eu não deveria mentir, logo minha barriga cresceria e não daria pra esconder de ninguém. Nem mesmo dele.

-Sim. – respondi e desviei meu olhar do dele para o chão. Ouvi-o empurrar a cadeira e levantei meus olhos o vendo ficar de pé e andar em minha direção, eu não me movimentei, um centímetro se quer. O homem parou ao meu lado e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha. Seu corpo quase encostando ao meu.

-Você está de quanto tempo? – ele perguntou e meu corpo estava se retraindo, eu estava com medo dele.

-Três semanas. – não falei que era quase quatro.

-Esse bebê é meu, senhorita Cabello? – ele perguntou com um tom baixo. Eu tinha que escolher agora, eu sabia disso, sabia das preocupações, das consequências, eu apenas não tenho mais tempo. – Se for, vou ter que lhe pedir que o tire. Eu pago o procedimento e lhe dou um mês de férias remuneradas. – o homem disse e eu levantei meu rosto o encarando. É meu filho, nada vai fazer eu o tirar de mim. Nenhum homem sujo fará isso.

-Não senhor, não é seu. – falei com a mandíbula presa, sentindo ódio do homem a minha frente. Como eu pude transar com isso, eu preciso de um banho. – Se o senhor me dá licença, tenho trabalho a fazer. E não se preocupe com o meu bebê. A outra mãe dele é uma mulher incrível. – falei e saí da sala logo fechando a porta atrás de mim. Mani passou por mim e eu neguei com a cabeça. Segurei pra não deixar uma lágrima cair. Fui em direção a minha sala e peguei meu celular, deslizei o dedo sobre a tela procurando o número dela que eu havia anotado em meu celular ontem a noite assim que ela saiu da minha casa. Apertei no botão de chamar e levei o aparelho até minha orelha.

-Alo? – ela perguntou assim que atendeu.

-Lauren? – perguntei apenas pra ter certeza.

-Senhorita Cabello? A senhorita está bem? O bebê está bem? – ela perguntou e eu ouvi algo cair e ela soltar um palavrão.

-Sim, estamos bem. Você ainda está na escola? – olhei no relógio de parede e vi que ele já marcava dezesseis horas.

-Não, estou no restaurante dos meus pais. A senhorita quer algo? – perguntou receosa.

-Sim, conversar com você. – falei decidida. Meu bebê merece alguém como Lauren em sua vida, a quem possa buscar apoio.

-Gostaria de jantar aqui? Podemos conversar em paz. E além do mais... – ela tossiu antes de falar. – Minha mãe quer conhecer a mãe do neto dela. – eu notei o tom envergonhado dela e acabei rindo.

-Tudo bem, as oito? – perguntei anotando em um bloco amarelo em cima da minha mesa.

-Eu busco a senhorita. – Lauren disse prontamente. – Até mais tarde. – ela disse.

-Até. – desliguei a chamada e terminei de anotar. Mani entrou na minha sala sem ser convidada e parou na porta.

-E então? – perguntou. Sempre curiosa, não tem jeito.

-Eu vou jantar com a Lauren hoje. – falei e ela analisou meus gestos. – Eu vou aceitar que ela assuma o bebê. – a mulher ficou animada com minha resposta.

-Eu quero conhecer a mãe do meu afilhado. – ela disse e eu ri.

-E quem disse que você vai ser madrinha? – perguntei a desafiando com o olhar.

-Karla Camila, você não se atreva. – Normani apontou o indicador pra mim e eu acabei gargalhando de sua expressão furiosa.


Notas Finais




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