História My First Love - Planos

        -Vocês tem certeza disso? – Stiles perguntou.

        -Vocês sempre estiveram ao nosso lado e essa decisão foi da Alli, mas eu concordo plenamente. – Scott disse. – Tenho certeza que serão os melhores padrinhos para meu filho.

        -Sei que ainda está cedo, mas eu preciso perguntar. Vocês querem menina ou menino? – Lydia perguntou animada.

        -Eu quero que seja um menino, assim eu vou ensinar ele a pegar as mulheres. – Scott disse safado e dei um tapa no braço dele.

        -Ele ainda nem nasceu e você já quer ensinar merda. – Revirei os olhos. – Pra mim tanto faz, eu só quero que nasça com saúde e que saiba que já é amado.

        -Eu tenho certeza disso. – Ela disse sorrindo e eu não estava diferente. – Eu vou ser a dinda mais babona para você. – Alisou minha barriga.

        -Eu vou atender meu celular. – Scott saiu e ficamos os três no quarto.

        -Eu pensei que vocês se cuidavam, foi o que Scott me disse. Quando pararam de se protegerem? – Stiles perguntou ainda confuso.

        -Esquecemos disso uma vez, quando chegamos atrasados no colégio e só entramos na segunda aula. Acabou que transamos no carro e não tínhamos proteção. – Scott entrou no quarto com um olhar nada bom.

        -Acabei gozando dentro dela, mas a Alli prometeu tomar a pílula. – Se sentou atrás de mim e beijou minha bochecha.

        -Eu acabei esquecendo, meu amor. – Roubei um selinho dele. – O que houve?

        -Minha mãe me ligou. – O olhei um pouco apreensiva. – Ela disse que seu pai mandou a gente ir lá jantar para conversar melhor.

        -Agora ele virou meu pai? – Soltei uma risada irônica. – Não vamos.

        -Eu já disse para ela que vamos. – Pensei seriamente em voar no pescoço dele. – Talvez seja melhor, ele já esfriou a cabeça e nós também.

        -Eu não quero ir, ainda mais depois do que ele me falou. – Cruzei os braços. – Vai você, eu não vou.

        -Allison, vamos sim e não quero saber de birra. Ele é seu pai. – Scott continuava. – Por favor, eu te peço, meu amor.

        -Eu já disse que não. – Ele me olhou triste.

        -Lydia, cuida dela pra mim? – Ele pediu e a ruiva assentiu. – Mais tarde eu volto.

        -Vai mesmo me deixar aqui e ir sozinho? – Me levantei e todos me olhavam. – Eu não vou deixar você ir sozinho. – Segurei sua mão.

        -Já começou os hormônios. – Lydia riu e caminhei com Scott até o carro.

        -Pensei que não fosse querer ir. – Ele sorriu enquanto ligava o carro.

        -Não me irrita. – Me virei para a janela e demos partida. – Eu não quero ir, mas você não vai sozinho.

        -Calma, amor. – Sua mão tocou minha coxa. – É só um jantar para resolvermos tudo, vai dar tudo certo.

        -Se eu me irritar, você vai se ver comigo. – O olhei e seguimos o caminho em silêncio.

        Scott parou o carro em frente a casa, descemos ainda sem falar nada e entramos. Ouvimos vozes na cozinha e seguimos para lá, mas antes, entrelacei meus dedos com os do Scott.

        -Sentem. – Meu pai disse, ou melhor, mandou. Me sentei ao lado de Scott, sem soltar nossas mãos. – Eu estive conversando com a Melissa.

        -Nós discutimos e decidimos uma coisa, agora, se vocês não concordarem, aí sim vocês terão que se virarem. – Melissa disse. – Primeiro vamos jantar e depois falaremos sobre isso.

        -Tudo bem. – Foi tudo o que Scott disse antes de Melissa colocar o jantar na mesa.

        Ela havia feito macarronada, só que eu não estava com vontade de comer e olhar a comida me deu enjoo.

        -Licença. – Saí e fui até o banheiro do meu quarto. Coloquei tudo para fora e senti mãos segurarem meu cabelo, sabia que era Scott. – Já estou melhor. – Me levantei e escovei os dentes.

        -Teve um enjoo? – Assenti sem olhar para ele. – Não precisa ter vergonha, sou só eu, você sabe que estou com você. – Me virei e ele fez um carinho gostoso no meu rosto. – Quer comer alguma coisa? Eu posso comprar e tenho certeza que eles irão entender.

        -Eu quero comer abacaxi com nutella. – Falei sorrindo.

        -Tem certeza? – Assenti. – Já que minha morena gostosa e grávida está com desejo, eu vou comprar. Precisamos descer.

        Descemos e meu pai e Melissa lavavam a louça. Eles pareciam não ter notado nossa presença e se assustaram ao nos ver.

        -Eu vou ir no mercado comprar as coisas para realizar o desejo da Alli. Já volto. – Scott saiu e decidi ficar na cozinha.

        -Já marcou o médico? – Melissa sentou ao meu lado e neguei. – Tem que marcar, é importante ter acompanhamento médico durante a gravidez, ainda mais no começo.

        -Eu e Scott vamos marcar, assim que terminarmos de resolver as coisas amanhã, eu peço ele para me levar no hospital. – Falei sem muita animação.

        -Como vocês farão com a criança? – Meu pai perguntou.

        -Eu queria tirar, assim que soube da notícia, mas Scott não concordou. Vamos ter e ele vai arrumar um trabalho. – Sorri ao lembrar dele falando da nossa família. – Ele também comentou que Rafael está morando em outra cidade e deixou a casa dele, ele vai pedir para pagar um aluguel para morarmos lá.

        -Não quero vocês longe. – Meu pai se aproximou e revirei os olhos.

        -Você não decide isso. – Falei rude. – Você nos expulsou daqui, não está podendo dar a opinião no que decidimos.

        -Cheguei. – Scott deixou a sacola na mesa e abriu a bandeja com o abacaxi já partido. – Amor, comprei também sorvete de chocolate, o seu preferido.

        -Pega uma colher, por favor? – Pedi e ele pegou para mim. Passei a nutella no pedaço do abacaxi e comi. – Está maravilhoso.

        -Eu pensei que vocês podem voltar, estava de cabeça quente e não queria ter falado aquilo. – Meu pai falou e olhei Scott, que sorria para mim. – Só que eu tenho alguns planos para que isso dê certo.

        -Você está suja. – Scott passou o dedo indicador por meu lábio e depois levou até o seu. – É filhinho, não dê desejos estranhos para a mamãe, como esse. – Rimos.

        -Sabem o tempo de gravidez? – Melissa perguntou.

        -Bom, quando aconteceu e até hoje, Alli não menstruou. Então já deve estar com um mês. – Scott falou.

        -Vocês tem dois meses. – Meu pai falou e o encaramos. – A barriga vai crescer e sempre sonhei com você me dando netos só depois do casamento. Pensei que poderiam se casar com três meses de gestação.

        -Não vou casar com Scott porque você quer ou é seu sonho. Eu nem quero que ele case comigo por pressão ou achar que é a obrigação dele por estar grávida. – Me levantei furiosa. – Deixa eu te contar uma coisinha, pai. As coisas não são do seu jeito, se for pra gente casar, tem que partir da gente e não de você.

        -Allison, vai ser melhor assim. – Ele disse. – Mas tudo bem, se não querem, pelo menos vão ficar namorando só em casa e quando sua barriga crescer, vai estudar em casa.

        -Eu não vou esconder meu namoro e nem minha gravidez. Eu não ligo para o que vão falar, aconteceu e já amamos muito essa criança.

        -Chris, deixem eles. A vida é deles, não temos que nos intrometer. Deixe eles morarem aqui, você não se mete nisso, assim como eles não se metem no nosso relacionamento. – Melissa falou. – Agora eles terão a família deles, o máximos que podemos fazer é apoiar, ajudar quando a criança nascer e dar carinho para todos.

        -Então pai, vai nos aceitar e não se meterá com o nosso relacionamento ou vou embora e fingimos que não nos conhecemos? – Perguntei.