História My Fucking Brother - É pintão!

Capítulo 05 – É pintão!

Uma semana já tinha passado e o que eu fiz? Porra nenhuma! Tudo o que eu conseguia pensar era: “falta uma semana pro inferno começar, que desgraça!”.

Tudo bem, nem todos tem o mesmo raciocínio que eu, mas vejamos, a escola é uma prisão, a única diferença é que não tem grades nas portas. É um saco. Você passa fome, sede, sono e se reclama seu pai ainda diz que você nãofaz nada da vida. ‘Tá na hora de alguém mudar isso e com toda certeza essa pessoa não será eu. Qual é, sou preguiçosa demais pra querer mudar o mundo.

Neste exato momento, eu estava com a minha linda bunda sentada na Bete enquanto assistia um filme de terror super bom enquanto a casa estava escura e silenciosa. Conseguem ouvir meu desespero? Eu não fazia ideia de onde a bicha Styles poderia estar e nem sequer fazia questão. Aquele garoto me infernizava o dia, tarde e noite inteira. Jesus Cristo quando você fez Harry Styles, deveria ter tomado um pouco de cuidado na hora da chatice.

- Vai morrer porque é burra... – Murmurei vendo a típica cena da garota idiota descendo para o porão. – Eu nem chegava perto da porta! – Eu estava aflita e por isso agarrava bem forte os cobertores.

A chuva que caia do lado de fora estava me irritando e isso não era bom. Na verdade, eu estou sempre irritada, mas não ‘to nem ai. A idiota da garota que, por pura coincidência do destino se chamava Catherine, ainda descia os degraus de forma lenta e torturante. Alguém puxa o pé dessa cabrita, por favor? Não mentira! Só não quero que ela morra porque quero que ela fique com o Ethan, o amigo gostoso que está ajudando nas investigações as assombrações.

- Ai meu Deus alguém ilumina isso! – Aperto ainda mais o edredom e quando a garota vai descer o último degrau, caí com tudo no chão, me fazendo levar um susto e gritar assim que vi o bicho na frente dela. – Puta que pariu! Caralho! Merda! Vai se fuder! Porra!

Eu poderia dizer que meus batimentos cardíacos estavam a mais de mil por segundo – não é exagero, eu, literalmente, senti meu coração pulando pela boca – e enquanto a idiota tentava subir de volta, a porta do meu quarto é aberta com tudo, me fazendo gritar mais uma vez e o mongol me olhar como se eu fosse uma retardada.

- Não sabe bater não? – Berro e ele dá de ombros entrando no meu quarto. – Não te deixei entrar!

- E eu não te perguntei! – Bom, digamos que o assunto de nos darmos bem não tinha dado certo e decidimos voltar ao o que era antes.

- O que você quer? Está me atrapalhando!

- Estou atrapalhando seus gritos de retardada? Oh, desculpe! – Riu em deboche e entrou pra debaixo das cobertas comigo.

- É um abusado! Não vê que estava em um momento íntimo com Bete?

- Você realmente precisa de um médico!

- E você de um rola!

- Já tenho a minha.

- Consegue enfiar seu pau no seu cu?

- Vai se fuder! – Revirou os olhos e ri, voltando a me focar no filme. – Que filme idiota é esse?

- Não é idiota, pra começo de conversa, e, pra terminar a conversa que nunca deveria ter se iniciado, eu não sei o nome do filme!

- Está no início?

- ‘Tá, mas nem pense que vai ficar aqui e assistir comigo!

{…}

Meia hora já tinha passado e eu segurava no braço de Harry com toda a força enquanto focava na televisão. Harry estava com os olhos esbugalhados e ambos esperávamos algum susto, já que burra estava sozinha em casa – mais uma vez – e um barulho na cozinha a fez levantar. Cara se fosse comigo, eu entrava pra debaixo das cobertas e só saía quando estivesse morta. Fico até impressionada em como que todo filme de terror acontecem as mesmíssimas coisas.

- O que será que vai acontecer? – Harry sussurrou no meu ouvido, sem nunca tirar os olhos da televisão.

- Eu não sei! – Sussurrei de volta em seu ouvido.

- Acho que ela morre agora! – Voltou a sussurrar como da primeira vez.

- Eu também! – Sussurrei novamente em seu ouvido. – Por que estamos falando desse jeito? – Perguntei ainda em sussurros, enquanto me focava na garota, que agora descia cuidadosamente as escadas da velha casa.

- Eu não sei! – Foi a última sussurrada dele antes de gritarmos os dois e nos metermos debaixo das cobertas, aflitos com o que acabamos de ver.

Eu tinha os olhos fechados enquanto rezava para que os gritos de desespero da garota cessassem, mas minhas preces não adiantavam de nada. Juro que nunca mais na minha vida vou ver filmes de terror, nunca mais vou desobedecer meus pais, vou tratar o Harry com amor e carinho e principalmente, vou deixar minha mãe casar com o Justin. Não fazem ideia do quanto foi difícil fazer essas promessas!

Ainda bem que eu estava de dedos cruzados.

- Acho que ela morreu agora! – Harry murmurou e me atrevi a colocar a cabeça para o lado de fora. – O que você vê?

- A casa está escura! – Digo começando a tremer.

- Mas ela já morreu?

- Não Harry, a casa está escura, a nossa casa, a televisão está desligada.

- Puta merda! – Ele murmurou e eu ainda encarava o escuro. – Está com o seu celular aí?

- Não, está carregando perto da porta.

- Então o único jeito é dormirmos.

- Não vou dormir com você aqui, vai pro seu quarto!

- Vai mesmo dormir sozinha depois desse filme? – Não podia o ver, mas tinha plena certeza de que estava fazendo sua cara de bicha convencida.

- Tudo bem, mas se me encostar um dedo eu te mato!

- Como quiser Becker!

Me viro para o lado ainda tampando metade da cabeça e canto alguma música mentalmente para me acalmar. Eu nunca fui fresca com isso de filmes de terror, sempre gostei de ver, mas, a questão era que depois, morria de medo de ir ao banheiro. Eu nunca fui uma garota normal, sei disso, mas acho que às vezes eu sou anormal demais.

Harry estava quieto, o que me fez pensar que já estava dormindo, melhor assim.

Tudo bem, talvez eu devesse acordá-lo só um pouco, pra irritar mesmo. Sério, esse garoto dorme o dia, noite e tarde inteira – também faço a mesma coisa, mas eu posso – não entendo como consegue dormir cedo, sedentário mesmo.

- Harry... – Cutuco seu corpo e ele resmunga, mas permanece de olhos fechados. – Harry! – Chamo mais alto e ele finalmente abre os olhos.

- O que foi merda?

- Olha como fala comigo peste.

- Fala logo o que você quer, preciso dormir, ou você acha que ser lindo assim não cansa?

- Tu sempre foi iludido assim mesmo ou ganhou isso no útero?

- Fala logo praga…

- Não é nada de importante, só não quero que você durma! – Dou de ombros e ele bufa, fechando os olhos, mas como eu sou uma peste, abro novamente com os meus dedos. – Ouviu o que eu disse?

- Ainda não sou surdo!

- Então não dorme!

- Não manda em mim.

- Está no meu quarto, ao menos que queira ir sozinho nessa escuridão para o seu quarto, deve me obedecer!

- Já te falaram o quanto você é insuportável?

- Não, todos me acham um docinho! – Digo sorrindo e ele revira os olhos. – Para com isso, é muito gay!

- Não me lembro de ter de perguntado nada. – Ele sorri e fico apenas o encarando. Como um ser humano pode ser tão irritante como Harry Styles? – Turn down for what! – Ele canta no ritmo da música, o que me irrita porque só eu posso cantar essa música.

- Vai se foder!

- Vem comigo maninha… – Sua mão puxa minha cintura para mais perto do seu corpo e meu primeiro instinto é segurar em seus cabelos. Ele pode ser um filho do capeta atentado, mas era gostoso e foda-se a opinião alheia.

- Harry você é irritante, mas não posso negar que é um filho da puta gostoso do caralho! – Não creio que acabei de falar isso, puta merda a peste vai me infernizar até o último dia da minha vida. – Porra esquece o que eu disse, a não ser, é claro, a parte do irritante!

- Sei que sou irresistível Mirela!

- Cala a boca e me beija logo viado. – No mesmo instante, sinto os lábios carnudos de Harry se chocarem contra os meus. Foda-se ele não era meu irmão de sangue, nada nessa bagaça me impede de fazer isso.

A mão livre de Harry começou a subir a pequena blusa que cobria o meu corpo e traçava caminhos aleatórios em minhas costas. Eu arranhava levemente sua nuca enquanto empurrava o meu corpo mais contra o seu.

Já podia sentir o pintinho do Harry se animando com a situação e tive realmente curiosidade em saber se era pintinho ou pintão, mas é claro que não seria eu, a suprema, a fazer isso. Tudo bem que se depender de Harry nunca que vou ver, até porque a bicha é uma lerdeza, mas foda-se eu já to sem ar.

- Harry volta a ser passiva, eu preciso respirar! – Digo me afastando e respirando fundo diversas vezes. Ora, o gay é bom!

- Quantas vezes vou ter que te provar que sou macho?

- Só se for machucado né amor… – Digo irônica e ele me pega mais uma vez pela cintura, fazendo meu corpo se chocar contra o seu. – Pode me soltar!

- Vou te mostrar quem é o “machucado”! Sério você é irritante.

- Você também é!

- Cala a boca. – Ele volta a me beijar e sinto um aperto na minha bunda – comigo é assim mesmo, não tem essa de bumbum não, é bunda mesmo – e meu corpo inteiro se anima. Ah Styles!

Ele permanece com a mão na minha bunda e resolvo pagar na mesma moeda, colocando a mão por cima de sua cueca. Harry geme contra minha boca assim que aperto um pouco o seu membro duro e devo dizer que bem grande também. Assim que eu gosto Brasil, obrigada Deus!

Enquanto trocávamos carícias maliciosas pude ouvir a porta da frente sendo aberta, de início não me importei, mas depois de ouvir três batidas na minha porta empurro o corpo de Harry que caí no chão como uma banana, tive que segurar o riso. Chuto seu corpo pra debaixo da cama e ele me olha com raiva – como se isso me afetasse querido –.

- Oi pai! – Digo com a minha maior cara de quem foi acordada. Devia ser atriz cara, talento e beleza eu já tenho!

- Desculpa de acordar filha. – Ele sorri. – Estava dormindo há muito tempo?

- Não, não… – Bocejo falsamente e ele me encara sorrindo. – Afinal, o que veio fazer aqui papai? Já são mais de 00hrs30min.

- Eu sei querida, desculpe, apenas queria saber se estava tudo bem! Você sempre dorme tarde, pensei que ainda estivesse acordada!

- Sabe como é né pai, me deu aquele cansaço! – Finjo me espreguiçar e meu pai continua me olhando, dessa vez confuso. – Enfim pai, está tudo bem, posso voltar a dormir?

- Claro filha, desculpa mais uma vez! – Ele beija delicadamente a minha testa e apenas sorrio. Ele estava prestes a ir embora, quando volta me encarando. – Sabe onde está Harry? Não o vi quando passei pelo quarto.

- Eu sei lá onde aquela bicha passiva ‘tá? Não sou babá dele pai, deixa ele se divertir com os amigos bicha. – Digo tendo total noção de que Harry está me ouvindo.

- Ok, até amanhã querida!

Dou um último sorriso para o meu pai e fecho a porta do quarto, trancando, essa foi por pouco.

- Quem é a “bicha passiva” agora Becker? – Me assusto com a voz de Harry e o procuro pelo quarto, finalmente o encontrando em pé ao lado da porta do banheiro totalmente NU! Puta que pariu conseguem ouvir os meus gritos de felicidade.

E devo falar, é pintão!