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História My Ghost - Chapter Four


Escrita por: NamjinFlexSide e moonshoes

Capítulo 4 - Chapter Four


Seul, Novembro de 2009

— Seokjin? — ele sussurrou, parecendo não acreditar no que ouvia. 

— Sim. Sou eu. 

Seokjin não soube o que esperar de Namjoon naquele momento. Que tom ele usaria ao saber que era ele? Ele sentiria alguma coisa? Se lembrava de tudo sobre 2004 como se fosse ontem, assim como ele acabava fazendo? 

— Hã… — Namjoon murmurou, procurando algo para dizer. — Seokjin, como você conseguiu esse número? 

Racional, Seokjin pensou, como sempre.

— Você não pediu que Hoseok ligasse caso um dia eu procurasse por você? 

— Sim, eu pedi. Mas…

— Ele só mudou um pouco o pedido, achou melhor que eu mesmo ligasse.

— Claro, tudo bem. Você tá bem? 

Não foi uma pergunta corriqueira, do tipo “Como andam as coisas?”, mas sim do tipo “Que porra aconteceu para você me ligar depois de 5 anos?”. 

— Sim, tá tudo bem, de certa forma — respondeu, já um pouco irritadiço. — Eu sei que parece estranho entrar em contato depois de tanto tempo, e as circunstâncias são mesmo estranhas, mas eu realmente preciso conversar com você sobre algo… algo diretamente relacionado a você. 

— Tudo bem. Você quer falar pelo telefone? 

— Se possível, não — disse, sentindo um bolo se formando no estômago. Talvez fosse melhor apenas pelo telefone. Encontrá-lo poderia ser ainda mais difícil. 

— Eu estou na Coreia, mas não em Seul. Por onde você tá ligando? 

— É um celular descartável. 

— Okay, hã… 

— Posso te mandar meu endereço por mensagem — Seokjin disse, vendo a dificuldade de Namjoon em responder. 

— Isso, pode ser. Consigo chegar aí amanhã, à tarde, talvez. 

— Sem pressa. Te espero amanhã, então. 

— Jin? — Namjoon chamou, como se estivesse falando com outra pessoa até então.

— Oi. 

— É bom falar com você. Independente de qualquer coisa. 

Seokjin encostou no sofá, fechando os olhos por um momento. Aquela parte era exatamente o que ele queria evitar. 

— Até amanhã, Namjoon — disse por fim, ignorando a conotação usada pelo outro. 

— Tudo bem — Namjoon respondeu, parecendo frustrado, mas não surpreso.

Seokjin desligou a chamada antes que mais alguma coisa pudesse ser dita. E encarou o celular por alguns minutos, sentindo um turbilhão na cabeça e no coração. Se perguntava o que aconteceu entre um dia e outro, quando parecia estar vivendo a vida mais comum do mundo, e de repente, era como estar de volta ao passado com mais dúvidas do que jamais teve, além de ter que, mais uma vez, brigar consigo mesmo, porque ele, no fundo, ainda não sabia direito como se sentia em relação a Namjoon. Não sabia se existia apenas mágoa, se tudo o que guardou não passava de saudade, se queria ou não saber o que aconteceu nesses anos, muito menos o que ele realmente sentia por si. 

Porque a ideia de que ele simplesmente não o amava, nem nunca o tinha amado, poderia até ser mais fácil do que a de que ele, mesmo que o tenha, escolheu não confiar e não mantê-lo por perto. E isso acarretava mais milhões de perguntas, entre elas, a mais difícil:

Se houve amor, o que exatamente não foi suficiente?

[...]

Na manhã seguinte, Seokjin deixou a cama quente pouco antes das dez. Depois de falar com Namjoon, pegar no sono pareceu impossível, se revirou na cama por horas a fio, tentando não ser consumido pela avalanche de considerações e pensamentos, além de uma ansiedade até então desconhecida por ele. Era quase como sentir uma dor física por não saber o que exatamente aconteceria quando colocasse seus olhos em Namjoon de novo. 

Pensar nele era uma coisa constante naqueles anos, mesmo que Seokjin sempre tentasse varrer tudo para debaixo do tapete e fingir que aquilo já não era uma questão real. E com a possibilidade clara de estar frente a frente depois de uma despedida em que os olhos dos dois mal se encararam, era mais angustiante do que ele pôde imaginar um dia. 

Sem saber o que fazer consigo mesmo enquanto esperava pelo momento em que tivesse de encarar aquela realidade, Seokjin se voltou para o próprio apartamento e fez algo que não fazia há muito tempo; distrair-se com uma organização pareceu sua melhor opção, e depois de três canecas de café, nada parecia difícil demais. 

A geladeira foi limpa e tudo que tinha a aparência duvidosa foi parar no lixo, o velho aspirador de pó entrou em ação e Seokjin descobriu que havia mais um produto de limpeza embaixo do tanque. Os lençóis da cama foram para o cesto e as janelas foram abertas por alguns minutos, até quando ele aguentou o vento gelado entrando. Antes do almoço, desceu para jogar as sacolas de lixo e acabou comprando uma porção de kalgooksu. Quando se sentou em sua pequena mesa com a casa limpa e uma comida de verdade em sua frente, ele pensou que se sentiria melhor. Mas não se sentiu. Conforme as horas passavam, seu peito se apertava ainda mais e o estômago parecia lotado. 

Sem conseguir relaxar ou seguir com o dia normalmente, depois de comer decidiu se entregar ao sentimento e aceitar que nada teria sentido antes que pudesse resolver aquilo. Se sentou no sofá e olhou de novo para a mensagem que enviou para Namjoon depois da ligação. Não houve uma resposta, o que ajudava a deixá-lo ansioso. Não sabia se deveria esperar mais uma ligação, ou se ele apenas apareceria tocando o interfone. 

A espera sempre foi a pior parte. 

Com a noite mal dormida, enquanto tentava se distrair com o drama na TV, Seokjin acabou adormecendo no sofá. Despertou horas depois com o som estridente do toque do celular descartável que deixou junto a si. Era o número de Namjoon.

— Alô — disse. 

— Oi, eu tô na esquina do seu endereço… o que quer que eu faça? 

Seokjin pensou por alguns segundos, talvez sair com ele fosse melhor, tê-lo em sua casa podia ser estranho. Mas, falar o que precisava em público não parecia nada inteligente.

— Pode vir até aqui — disse, enfim —, toque o interfone 33 e eu abro a porta. 

— Tudo bem.  

Não tinha mais volta. Ele estava ali, e Seokjin teria que encarar de verdade o que quer que aquele encontro fosse acarretar. 

Assim que o interfone tocou, ele preferiu não olhar pela janela e apenas abriu a porta para ele, e mesmo que ele pudesse já abrir a porta e esperá-lo aparecer pela escada, não conseguiu e esperou que a campainha fosse tocada, o que não demorou mais de meio minuto. Respirando fundo e tentando não tremer dos pés a cabeça, Seokjin finalmente abriu a porta para reencontrar Kim Namjoon depois de tantos anos. 

O cabelo quase raspado de Namjoon foi o que chamou sua atenção primeiro, depois as roupas esportivas, diferente dos casacos caros que usava na época da faculdade. Ele parecia até mais jovem do que antes, ainda que seu semblante fosse quase tão cansado quanto o seu. Talvez também não dormisse bem há muito tempo.

— Oi — ele disse, com um meio sorriso no rosto, que mesmo fraco, evidenciava sua covinha. 

— Oi, Namjoon — Seokjin respondeu, sentindo as pernas fraquejarem. — Entra. 

Seokjin deu passagem a ele, que entrou ainda um pouco acanhado. Sentindo a estranheza de estar num lugar onde morava uma pessoa que ele não sabia se ainda conhecia, alguém que ele já conheceu tão bem outrora. 

— Foi uma surpresa enorme receber sua ligação — ele disse, parecendo não querer deixar que um silêncio se instalasse. 

— Desculpa — Seokjin o interrompeu —, mas acho que não tinha outro jeito. 

— Você parece sério, do que exatamente quer falar? 

Seokjin indicou a mesa para que se sentassem, e assim que o fizeram, ele começou a dizer:

— Bom, Namjoon… eu não sei o que aconteceu nesses últimos cinco anos, e nem o que acontecia naquela época. De qualquer forma, meu trabalho atual não é algo muito convencional, e por meio dele recebo pedidos de pessoas cujos nomes eu não sei, e tudo que preciso fazer é investigar e entregar a informação que me pedem. Acho que você me entende. 

Namjoon entendia, é claro. 

— Certo — concordou. 

— Nos últimos dias, recebi mais um desses trabalhos, que me pedia informações sobre Lee Sandeul. — Ao ouvir o nome, Namjoon não conseguiu evitar uma reação, não exatamente de surpresa, mas como se fosse esse mesmo nome que ele considerava tê-lo levado até ali. — E sobre quem estava por trás dele e das coisas que publicava nesses anos todos. Não me leve a mal, você até fez bom trabalho, mas ele não. Um e-mail foi o suficiente pra te achar, talvez se tivesse usado um user mais comum… 

— Me achou pelo rkive? 

— Sim. Era o único que não estava ativo e cujo assunto era simplesmente uma coordenada de Daegu. Se não fosse por ele, eu não teria te achado. 

— Não? — Ele pareceu surpreso.

— Não. Mas você esqueceu de um canal no YouTube com esse mesmo nome, Namjoon. Um vídeo seu tocando a trilha de Amélie… — Namjoon fechou os olhos e apoiou a cabeça nas mãos, talvez desacreditado de si mesmo. — Eu não sei quem quer suas informações e nem o quão importante isso é pra você, mas eu tinha que te falar. Eu podia ter falado pelo telefone…

— Foi melhor assim — Namjoon interrompeu. —, foi um erro bobo demais, numa época que eu achei que as coisas estavam mudando, e que me lembrar daquela música me ajudava muito. 

— Você não precisa me explicar. 

— Na verdade, eu preciso te explicar muita coisa — disse, com os olhos carregados encarando Seokjin. 

— Não. Não foi pra isso que eu te chamei — Seokjin não estava tão convicto do que dizia, mas sentia que era o que precisava dizer. 

— Jin, por favor, eu sei que desculpas não te interessam há muito tempo, e eu não tô aqui querendo isso, mas, olha onde a gente tá, depois de tanto tempo! E você nunca gostou muito de acreditar em acaso. Você pegando um caso aleatório e simplesmente chegando em mim? 

Há muito tempo Seokjin deixou sua teoria de que o acaso não existia para trás, as coisas que foram acontecendo em sua vida não pareciam se encaixar com algo como escrito nas estrelas. Mas, negar o quão bizarra era aquela situação não era tão simples assim. 

— Talvez o que ficou no passado, deva permanecer no passado, Namjoon. Eu não quero fazer parte de algo que vai te prejudicar de alguma forma, e por isso eu decidi te procurar. Nada além disso, não preciso que se sinta culpado por nada agora. 

— Eu me sinto culpado desde o primeiro dia em que eu menti pra você — Namjoon disse, com o tom de voz um pouco mais grave. — Desde a primeira vez que eu vi nos seus olhos que não tinha tanta confiança. E eu achava mesmo, com todo meu coração, que estava fazendo o melhor pra você. 

Cada palavra cortava um pouco de Seokjin, falar com tanta clareza sobre coisas que deixaram de lado naqueles anos doía mais do que ele imaginava. Havia algo a mais, e isso despertava o sentimento em Seokjin de que talvez ele não fosse o problema, mas e o preço a se pagar por voltar lá? Ele não sabia se valia a pena. 

— Não importa mais, Namjoon. 

— Importa, você sabe que importa. Eu não queria ter que te pedir isso, mas é minha última chance. Eu sei que nada volta a ser como antes, nada do que eu quero falar tem esse poder, mas você merece saber. 

Seokjin sabia que merecia. Por mais quanto tempo ele negaria o que queria? Negaria o impacto daqueles dois anos e da ausência de respostas? Não dava mais, não quando Namjoon estava ali, disposto a colocar as cartas na mesa e talvez dar a ele a paz interior que buscava há tanto tempo. 

— Tudo bem, se você quiser mesmo se abrir agora — respondeu, se entregando à própria necessidade de saber.

— Antes de mais nada — Namjoon começou a dizer — quero deixar uma coisa clara, Jin. Tudo que eu te contar e tudo que eu fiz naquela época não foi por falta de sentimento. Muito pelo contrário. — Namjoon via nos olhos de Seokjin a vontade de acreditar no que dizia. E com uma afirmação do outro, não tinha mais motivos para esconder nada. — Eu nunca quis te falar sobre a minha família, porque àquela altura tudo já estava quebrado, e falar deles sem que tudo viesse à tona era impossível. Quando eu tinha catorze anos, meu pai se tornou assessor do presidente Han, e nossa vida deu um enorme salto positivo. Meus pais viveram a melhor época no casamento, eu tinha tudo que poderia querer e nada parecia fora do lugar. 

“Foi assim por uns dois anos, até que meu pai começou a mudar. Sempre estava irritado, sem paciência, não tirava mais tempo pra gente e ficava horas e horas no escritório quando não estava cumprindo agendas. Minha mãe começou a desconfiar de traição e coisas do tipo, era a primeira coisa que se pensaria. Não tinha muito o que se fazer e nós fomos convivendo com aquilo. Até que as eleições chegaram e tudo piorou. Um dia, no meio da campanha, meu pai chegou em casa fora do horário, dizendo que havia sido demitido por Han. Era estranho, mas não algo impossível de acontecer, pensamos que talvez meu pai tivesse tão mal que trabalhar também se tornou um fardo.”

“Eu já estava completando dezoito anos e não conseguia mais segurar a vontade de descobrir o que ele tinha de errado. Foi quando comecei a vasculhar as coisas dele, o computador, os HDs externos e outras coisas que ele guardava no escritório. Foi assim que entendi que o problema era muito maior do que uma traição. Ele tinha inúmeros documentos, ligações e gravações de reuniões que provavam por a mais b que havia uma rede imensa de corrupção no partido do Han e dos aliados. E isso talvez não fosse surpresa pra ninguém, o problema era tudo que eles faziam pra que nada disso saísse de lá. Quando vi tudo, entendi porque meu pai só piorava, ele não queria fazer parte daquilo.” 

“No meio disso, eu passei no curso de direito, e sem saber muito o que fazer, contei pra ele que sabia o que ele guardava. O que só piorou tudo. Ele ficou obcecado em me proteger, em proteger minha mãe, e isso tudo me deixando no escuro. Não me contava mais nada e só com os arquivos eu não tinha noção do que estava acontecendo. Quando fui pro segundo ano, ele começou a confiar mais em mim e compartilhar o que aconteceu e o que poderia acontecer. Ele tinha mexido com gente muito grande e eles podiam acabar com a gente de várias formas. Uma delas era não dar chance pro meu pai trabalhar em lugar nenhum. A nossa sorte foi a reserva. Mas até mesmo ela teria um fim. E apesar de confiar em mim, ele não confiou na minha mãe. Por medo de que ela não fosse entender os motivos dele e o que ele pretendia com tudo.” 

“Quando ela disse que queria o divórcio, ele a deixou ir, sem muita resistência, o que só fez ela ter mais certeza de que não havia motivos pra ficar. Quando vi o que aconteceu com eles e estando envolvido em tudo que meu pai fazia, eu sabia que tudo na minha vida era frágil demais. Foi quando eu te conheci, e tentei ao máximo não me aproximar e não me apaixonar, mas apesar de tudo eu era só um garoto. Sem experiência de nada, tentando equilibrar uma vida adulta recém conquistada com segredos que nem eram meus. Mas não deu, e aos poucos você se tornou a única parte normal da minha vida. As horas na faculdade e as com você me faziam sentir vivo e comum, no bom sentido.” 

“Porque era o que eu queria. Ficar com você, assumir você. Mas por outro lado, era uma gangorra entre meu pai e as paranóias dele, e minha mãe querendo que eu me mudasse com ela pros Estados Unidos. As brigas ainda eram constantes e nem podia compartilhar com ninguém. Até que em 2004 tudo piorou. As paranóias se tornaram reais e as ameaças chegavam de todos os lados. Eu e ele fizemos de tudo pra minha mãe sair do país e pra que tivesse o mínimo de contato com a gente, enquanto isso eu ainda brigava comigo mesmo porque queria ter você, mas sabia que não era o momento, na verdade era o pior possível. E a última coisa que eu queria era te colocar em perigo. Por isso, quando você disse que não dava mais, eu deixei você ir, porque era melhor assim, era melhor pra você. Era tudo que eu podia fazer. Mesmo que sua última frase tenha ficado presa comigo por todos os anos seguintes.”

Seokjin não conseguiria dizer nada, mesmo que quisesse. A garganta parecia fechada e as lágrimas se formavam inconscientemente. Ele já havia imaginado muita coisa sobre o que Namjoon guardava para si, mas nada passava perto daquilo que ouvira dele. 

 — Depois que você foi embora, as coisas pioraram, e em novembro meu pai foi assassinado — Namjoon continuou, tirando de Seokjin um suspiro horrorizado. — E eu nem tive tempo de entender o que aconteceu, a polícia disse que foi um latrocínio, e mesmo sabendo de tudo, na hora parecia plausível. Até que encontrei o gravador escondido no assoalho. Ele tinha conseguido o depoimento da esposa de um outro ex-assessor, que podia completar tudo que meu pai sabia e que concordava em testemunhar contra o Han quando preciso. Eu nunca tive certeza, mas não tinha como não atribuir a morte dele a tudo que vinha acontecendo. Por isso eu desisti da faculdade e fui pros Estados Unidos ficar com a minha mãe, me proteger e pensar sobre o que fazer. Foi lá que comecei a escrever, por um tempo deixei tudo de lado e quis ter uma vida normal. Mas aquilo sempre me perseguia, era como ignorar tudo pelo que ele passou. Foi então que eu decidi testar os arquivos dele aos poucos. Sandeul ainda tava no começo da carreira e eu o conhecia da faculdade. Quando entrei em contato era só pra repassar as informações, mas aos poucos vi que eu mesmo precisava escrever os artigos, e me tornei algo como fonte e ghost writer dele. Acho que isso resume o porquê de estarmos aqui agora. 

Seokjin pediu uma pausa com as mãos e se levantou. 

— Namjoon… é coisa demais — disse, andando de um lado para o outro. — Como eu não percebi nada?

— Não tinha como, Jin! Não tinha.

Os olhares se cruzaram e Namjoon soube que Seokjin sentia muito por ele, sentia não ter ciência de nada, por ter ido embora na parte mais difícil. Mesmo que não fosse sua obrigação, mesmo que ele estivesse no escuro.

Namjoon se levantou, mas não sabia quão perto devia ou podia chegar. A tensão era palpável, mas não maior do que a vontade de tocá-lo. 

— Sinto muito, sinto muito mesmo — disse Seokjin. E sem aguentar mais tanta pressão, ele cede a tudo que vinha considerando, esquece a maior parte do que o impedia de admitir que quem estava ali em sua frente, vulnerável como nunca antes, era a única pessoa que ele amou na vida. 

Seokjin o abraçou como se sua vida dependesse disso. Aninhando-se na curvatura do pescoço de Namjoon, sentiu os braços dele o envolverem. Como deveriam ter feito cinco anos atrás. Como desejaram fazer durante todo tempo que passaram separados. 

Enquanto a noite caía e a temperatura baixava, eles se perderam naquele reencontro, deixando que nada falasse mais alto do que o coração.


Notas Finais


agradeço à @namjintry pela betagem do capítulo 💗


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