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História My heart is ready for you - Capítulo 15


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos.
CÁ ESTAMOS PRA UM CAPÍTULO QUE EU GOSTO MUITO(embora o próximo seja o top dos tops)! Espero que vocês gostem dele tanto quanto eu, e quero avisar que estamos nos aproximando do fim. Tenho planejado somente mais quatro capítulos, então espero que eu vá conseguindo atingir as expectativas de vocês até lá. Nesse capítulo eu exponho um pouquinho mais da minha visão da empresa deles... Lembrando que o link da thread de interações está nas notas finais e desejo a todos uma boa leitura~

Capítulo 15 - Capítulo 15


“T+W=♥”, Wonshik escreveu com caneta permanente no cadeado que prendeu na Namsam Tower.

 

Poderia ser chamado de cliché, mas naquele dia não se importou. Havia passado horas incríveis na companhia de um Taekwoon corado e sorridente, em um tempo que fez cada um de seus planos mirabolantes darem certo. O motorista havia se recusado a levá-los até o lugar, não o julgariam por saber que poderia perder o emprego por isso já que a ordem eram levá-los de volta à empresa, então somente o mandaram para lá e chamaram um táxi. Foram até um dos pontos turísticos mais famosos de Seoul, a torre que marcava o ponto mais alto da cidade, dando a sorte do lugar estar vazio por ser um dia mais frio e no meio da semana. Pediram cafés em um dos restaurantes que lá havia e saborearam-nos observando a vista panorâmica da cidade, conversando sobre tudo que sentiam. Foi difícil para o mais velho verbalizar os medos que tinha acerca de sua amizade com Jaehwan, mas o ouviu atentamente e apresentou seu ponto de vista sobre tudo. Também disse a ele que sofria do mesmo tipo de ciúmes anteriormente, quando queria fazê-lo ser menos introspectivo e ele só conversava com Hakyeon sobre o que sentia. Comentou sobre o quanto eram imaturos naquele relacionamento, e com razão já que ainda não sabiam lidar muito bem nem com os próprios sentimentos, mas que deveriam se esforçar para se adequar um ao jeito do outro e fazer as coisas darem certo. Disse que sentia falta das brincadeiras que faziam, do tempo que passavam juntos só compondo, mas que queria continuar com os toques que tanto amava. A chegada do vendedor ambulante de cadeados marcou o fim da conversa onde acertaram todos os sentimentos e não hesitou em comprar um na cor roxa, enquanto disfarçava falando que o guardaria para colocar com sua namorada quando fosse até lá com ela. O sorrisinho discreto no canto do lábio do mais velho demonstrou que ele compreendia seu comportamento, pois além de serem um casal homossexual ainda tinham que tomar o cuidado de não serem reconhecidos por ninguém. Assim que o moço se foi, escreveu as iniciais e colocaram juntos o cadeado na imensa grade de segurança que se tornava colorida com os inúmeros outros que estavam ali.

 

Seu amor estava trancado e duraria para sempre.

 

O rapper desviou o olhar do pequeno cadeado em sua cor favorita para o rosto de Taekwoon, parcialmente escondido na máscara que usava. Via que ele se encolhia diante do vento frio com as mãos nos bolsos do casaco e teve muita vontade de beijá-lo, mas sentiu naqueles olhos pequenos que ainda havia algo em aberto. Colocou uma das mãos dentro do bolso dele para segurar a dele disfarçadamente enquanto apoiava as costas as grades, mantendo-o perto de si. Não demorou para que o questionamento viesse.

 

— Nós estamos namorando? — sorriu com a pergunta. Nunca imaginou que aquele homem de personalidade tão forte precisasse de uma afirmação do que para si era bastante óbvio. O que mais seriam senão namorados a julgar pelo modo como agiam e os sentimentos que nutriam um pelo outro?

 

— Claro que sim — respondeu imediatamente, fazendo com que ele também sorrisse. Soltou a mão dele ao ver que algumas pessoas se aproximavam e imaginou que logo o lugar estaria mais cheio com o cair da noite, todos gostavam de observar as luzes da cidade — Eu sei que não podemos usar alianças, mas…

 

— Temos um cadeado — se surpreendeu ao ser interrompido por ele — E saber disso já é o suficiente pra mim.

 

Não resistiu a beijá-lo assim que se viu sozinho com ele no teleférico que os levava de volta à cidade. Um toque calmo e doce para selar tudo que haviam conversado naquele dia, o qual não queriam que acabasse mas não tinham escolha. Já havia escurecido há tempos e assim que ligaram os celulares para pedir um táxi, foram recebidos por inúmeras mensagens do líder e do manager. Fora as ligações perdidas. Estavam terrivelmente encrencados, mas tão em paz um com o outro e com os próprios sentimentos que não se preocuparam com aquilo até chegaram ao apartamento.

 

— Eu posso saber onde vocês dois estavam? — o manager praticamente gritou quando passaram pela porta de entrada e o encontraram sentado ao sofá da sala de estar na companhia de Sanghyuk e Hakyeon assistindo a um filme. Pelo barulho vindo do corredor concluíram que Jaehwan e Hongbin estavam jogando videogame no quarto, o que os deixou um tanto aliviados. Eles eram os que mais faziam brincadeiras acerca de seu relacionamento — Eu estava prestes a ligar para o CEO pensando que haviam sido sequestrados ou algo pior... Vocês tem noção do problema que iriam causar?

 

— Apenas fomos dar um passeio, Kommae-hyung. A sessão de fotos foi bem cansativa — Wonshik respondeu com toda a calma do mundo, chamando-o daquela forma por saber muito bem como amolecer o coração de seu manager. Por mais que fosse sério como um típico coreano para o trabalho, sabia que ele possuía muito carinho pelos membros e sempre se deixava levar pelas vontades deles. Era quase como um pai bobo e influenciável, ainda que o assustasse ao dizer que haviam coisas piores do que ser sequestrado.

 

— Custava ter avisado?! — ele questionou, então se levantando para se aproximar dos dois. Os fitou de perto com muita atenção, como se analisasse cada centímetro dos rostos que permaneceram sérios e soubesse o que haviam feito. Era como se sempre soubesse tudo que havia acontecido — A sessão foi cansativa, não? — foi tudo que disse antes de dar as costas à eles e ir para o próprio quarto. Um silêncio quase sepulcral caiu sobre a sala.

 

— Ele sabe — Hakyeon falou, constatando tudo que todos já desconfiavam. No entanto, não se ateve àquele fato. Se o responsável pelo grupo fazia vista grossa do que certamente sabia que acontecia, faria o mesmo. Em seguida, saiu puxando Taekwoon para o quarto dizendo que queria saber tudo como o belo escandaloso que era.

 

Wonshik não se sentiu enciumado, já que acabaria fazendo o mesmo com os outros mais tarde. Se perguntava como Hakyeon havia descoberto que havia algo diferente acontecendo, mas teve que começar sua própria narrativa para um Sanghyuk encarando-o com um sorriso cheio de malícia e logo estava no quarto com ele e os outros dois contando sem muitos detalhes o que havia acontecido. Não se surpreendeu quando eles disseram “tá, mas foi só isso?”, porque realmente não havia sido nada demais para quem via de fora. Porém, para si aquele dia havia sido um dos dias mais significativos que passou na companhia de seu namorado e faria questão de guardar a data para o futuro. A noite, deitado no escuro quando Sanghyuk já havia dormido e fitando o teto, não conseguia não sorrir como um bobo pensando em tudo aquilo. Pensando no cadeado que se esqueceu de tirar uma foto, no beijo inocente que trocaram no teleférico e na calma que sentia em seu peito. Sentia-se capaz de gritar aos sete ventos o quanto estava enamorado por ele, mas novamente tiveram que perder toda a atmosfera tranquila para dar lugar à loucura do trabalho. Ainda que se mantivessem sempre lado a lado e com as mãos um no outro se possível até nos programas que participavam.

 

A última parte do VIXX Concept 2016 foi lançada e com ela todo o restante de ideias vindas tanto da empresa quanto do grupo. Um próximo MV para simbolizar todo o agradecimento aos fãs pelo sucesso do conceito de três partes, novos concertos a serem feitos e a apresentação de um novo lightstick. Todos no grupo estavam muito empolgados e, mesmo que bastante cansados de todas as responsabilidades, se dedicavam ao máximo e aproveitavam cada segundo. Wonshik gostava de ver todo o esforço dos membros e perdia longos minutos a noite pensando a respeito de tudo, da realidade em que vivia.  Estava um tanto emotivo ao refletir que as desvantagens da profissão que levava eram muito menores que as vantagens. Sentia-se feliz com o trabalho, com os colegas da empresa e do grupo, e com a fama. Com tudo que havia se tornado possível em sua vida diante de sua profissão, e ainda mais ao pensar que era ela que o havia levado à seu mais querido hyung. Não conseguia conter os sentimentos por Taekwoon, mesmo que o tempo com ele tivesse se tornado escasso com a quantidade de responsabilidades que haviam a cumprir.

 

Sentiu-se contente ao ser informado que ganhariam uma folga no dia que antecedia a gravação de apresentação do novo lightstick, logo após o MV de agradecimento denominado Milky Way. Pensou em inúmeras coisas para fazer, ficando dividido entre visitar a família ou os amigos, quando soube que todos os membros sairiam com exceção de Taekwoon e Hakyeon. Recusou o convite de Jaehwan e Sanghyuk para ir com eles à uma espécie de fliperama que foi aberto no centro da cidade e ignorou Hongbin contando sobre o encontro que teria com uma idol, idealizando passar a tarde na cama de Taekwoon fazendo nada sequer beijá-lo e conversar com ele. Riu alto quando Hakyeon falou que também não ficaria para segurar vela de ninguém e acabou indo ver o próprio namorado no set de filmagens do novo drama dele, não havia como não achar aquele casal muito fofo. Ao se deitar com Taekwoon na cama concluíram que deveriam marcar um encontro a quatro para também conhecerem o outro rapaz e se certificarem que era bom o suficiente para o líder.

 

— Não sei se o Yeonnie vai gostar tanto dessa ideia — escutou o mais velho comentar, conforme aninhava o rosto na curva de seu pescoço. Suspirou baixinho ao sentir a dor de uma leve mordida ali.

 

— Nós temos que proteger ele, hamster — rebateu imediatamente ao chamá-lo pelo apelido, em seguida puxando-o para cima de si. Mais um suspiro escapou por entre seus lábios ao vê-lo sentado sobre suas coxas e com o olhar no seu. Passou longos segundos preso naquelas íris escuras antes de ser beijado com lentidão, tendo todos os sentidos despertados.

 

O cheiro de Taekwoon estava em todo o lugar. Na pele dele, nos lençóis ao redor e até mesmo em seu corpo. Aquele cheiro maravilhoso do sabonete e do perfume caros que ele usava. Levou as mãos à barra da camiseta dele em meio ao beijo, silenciosamente pedindo permissão para tirá-la. Arranhou as costas dele com suas unhas curtas, sorrindo para si mesmo ao ouvi-lo gemer entre o beijo.

 

— Vamos fazer? — escutou-o questionar ao se sentar sobre seu membro já desperto, fazendo-o ficar ainda mais excitado com a fricção ainda que as roupas o impedissem de senti-lo completamente e a expectativa do que fariam. Respondeu que sim com rapidez e o empurrou para que se deitasse, despindo-o com certa pressa. Tratou também de tirar as próprias roupas para que começassem, se lembrando que era a primeira vez que fariam amor como verdadeiros nanorados. Não demorou muito para que sua boca estivesse em lugares completamente impudicos, lambendo e chupando, e fizessem uma pequena bagunça com o lubrificante ao ser preparado para recebê-lo.

 

O rapper não conseguia conter os gemidos de prazer ao ser tomado por ele e se movimentar sobre aquele corpo de proporções perfeitas, com as mãos apoiadas sobre o peito dele. Não reclamava da força que ele usava para apertar suas coxas e muito menos com as mordidas e chupões que recebia em seu colo e pescoço vez ou outra quando não conseguiam sustentar os olhares repletos de carinho e luxúria. Pensou por breves segundos se teriam problemas com as marcas deixadas, mas depois se preocuparia com aquilo. No momento, só conseguia se concentrar na sensação de ter o membro de seu namorado entrando e saindo de si daquela forma tão prazerosa conforme o cavalgava até que ambos atingissem o ápice. Suas mãos imediatamente foram para os fios úmidos de suor do cabelo recém tingido de vermelho dele, conforme se deitava sobre ele. Os corpos ferviam no desejo, mas estavam relaxados demais para se preocupar com qualquer coisa que não fosse o pequeno diálogo que se iniciou tão logo as respirações se normalizaram. Falaram sobre os planos para o dia seguinte e outras trivialidades, como o fato de Taekwoon estar cada vez mais acostumado a pegar suas roupas sem sequer ter sua permissão. Só conseguiu sorrir ao ouvi-lo dizer que "gostava da sensação dos tecidos", uma típica desculpa mal formada.

 

Ele novamente fez aquilo no dia seguinte sem hesitar. Vendo-o trajar sua camisa branca de botões que era o suficiente para esconder as marcas e um dos bonés que mais gostava, apresentaram o novo lightstick com todo o ânimo do grupo. O objeto era lindo e muito bem planejado, o que certamente conquistaria os fãs. Wonshik não conseguia não fazer brincadeiras girando-o de forma enérgica, fingindo que era um telefone ou uma lanterna, e provocando seu namorado sempre que tinha a oportunidade. Ele acabava fazendo o mesmo e sem perceber deixavam evidente a cumplicidade que tinham um com o outro após os momentos que passavam a sós. Hakyeon sentiu como se tivessem voltado no tempo ao vê-los perdendo o controle e quase se beijando novamente quando Taekwoon se levantou e curvou a coluna para falar algo próximo ao rosto do rapper, sendo impedidos somente pela aba do boné. Manteve o sorriso no rosto e continuaram a gravação, agradecendo aos céus por saber que o vídeo seria editado antes de ser mostrado ao público. Todavia, não tinha como escapar da atitude do manager que assistia tudo por trás das câmeras e não protestou quando ele solicitou uma audiência a sós com os dois.

 

— Me digam a verdade, imediatamente — o responsável pelo grupo exigiu ao colocar os dois sentados em cadeiras pequenas em uma das pequenas salas adjacentes à sala de ensaios — As coisas entre vocês dois estão fugindo de controle de novo.

 

— Quais são as consequências? — Wonshik questionou em um tom de voz tão mais grave que o natural que chegou a surpreender Taekwoon, que mantinha a cabeça baixa como da primeira vez em que tiveram aquela conversa.

 

O manager demonstrou não gostar daquele tom e muito menos do questionamento.

 

— Vocês vão escutar um sermão de no mínimo duas horas sobre preservar a imagem que criamos — a resposta foi curta e grossa, o que deixou o casal preocupado, mas não o suficiente para que o rapper se desfizesse da expressão de razão que tomou sua face — Vão se manter longe um do outro sempre que possível em frente as câmeras, só interagindo o suficiente para as fãs não suspeitarem, vão escolher um membro do grupo para ficarem sempre próximos e vamos ajudar a manter o segredo de vocês. Entenderam?

 

Os dois apenas balançaram a cabeça em concordância.

 

Wonshik estava muito mais bravo do que deveria com toda a situação e as regras impostas. Sabia que a empresa estava certa em agir daquela forma, deixando de lado a vida pessoal deles para focar no grupo como um bem maior, mas não havia como não se sentir irritado ao vê-los praticamente proibindo-os de ficarem juntos ainda que mantivessem a fachada de uma empresa permissiva. De que adiantava falar que iriam apoiá-los e ajudá-los a manter o segredo num primeiro momento, sendo que tudo que estavam fazendo eram afastá-los? Também não compreendia como Taekwoon conseguia ficar tão calmo e somente fazer perguntas. Quase gritou com ele ao vê-lo perguntando se poderia ter Hongbin como seu par oficial para fanservice, já que quando ele e Hakyeon foram escolhidos não havia dado certo. Sabia que era o mais puro ciúme que sentia de sequer imaginar seu amado ficando tão próximo de alguém tão belo quanto aquele dongsaeng, portanto não fez nenhuma sugestão com relação a si mesmo. Acabaria em Jaehwan de qualquer forma. Teve vontade de cochilar ao ouvir o monólogo sobre as cláusulas contratuais e a homofobia coreana novamente, mas agradeceu ao manager quando ele disse que iria somente comunicar ao CEO a decisão já tomada para que não tivessem que enfrentá-los. Estava desgostoso da situação, mas via o modo como Kommae os enxergava além do emprego que tinha por mais que tivesse que reproduzir a ideologia da empresa.

 

Haviam certas coisas das quais não poderiam fugir.


Notas Finais




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