História My Hero, Police Officer - Jeon Jungkook - Chapter 11 - Ciúmes.

Tristeza: Sentir-se deprimido ou infeliz em resposta a sofrimento, desânimo ou decepção; se o estado for contínuo, pode indicar depressão.

No dia seguinte acordei cedo para ir à empresa apenas organizar umas planilhas. Vesti uma saia branca plissada e uma blusa de manga roxa de tecido fino e detalhado. Ontem de madrugada abri a caixinha que Jungkook me deu, havia um lindo colar lá. Ele tinha três correntinhas, uma com corações, outro fininho com uma pérola no meio e outro um pouco mais abaixo e visível em forma de coração roxinho.

Era tão delicado que estava com medo de quebrá-lo, então o coloquei com cuidado no pescoço, ajeitando meu cabelo para não cobri-lo. Também abri a caixinha de presente do senhor Minghao, era um par de brincos em forma de borboleta, dourados e brilhantes. Nada mais justo do que usar o que ele havia me dado, certo? Ele foi tão gentil ontem.

[ . . . ]

Comprei um americano e uma fatia de bolo de laranja para Minghao, como agradecimento. Assim que entrei na sua sala ele se encontrava concentrado em alguns papéis, caminhei até ele lentamente, tomando sua atenção.

— Comprei isso para você. — coloquei a sacola do café encima da mesa, o encarando com um meio sorriso. — só pra' agradecer por ontem, não é muita coisa mas você tem que comer algo. 

— Oh... — encarou a sacola, com um sorriso enorme. — Obrigado S/n.

— Aproveite. — me reverenciei e caminhei até minha mesa, me sentando ali e começando a repassar planilhas e ajeitar alguns gráficos.

[...]

Passei pela recepcionista, assustando-me ao ver Jeon escorado na bancada, conversando sobre algo com ela. Minju é uma garota muito simpática, é alta, tem olhos escuros, cabelos longos e pretos e um corpo bem bonito, ela é bem sorridente e engraçada, todos se dão bem com ela.

— S/n? — ouvi meu nome vindo do corredor, encarei o mesmo, dando de cara com Minghao, tirando à atenção dos dois no balcão também. — estava te procurando... — deu um sorriso. — vamos no café?

— A-ah, eu estava indo pra' lá mesmo. — retribuí seu sorriso, falando baixo, o segui até a porta, vendo Jeon bloquear meu caminho.

— Uau, ele já está de perturbando?

— J-Jeon? — fingi surpresa, nervosa. 

— Você está usando... — passou a mão no colar, com um sorriso de orelha a orelha. — e por que está saindo com esse cara? — mudou sua feição, segurando meu pulso.

— Ela precisa ir agora. — Minghao segurou minha mão, me puxando para longe dele.

[...]

— Ficou lindo em você. — meu chefe disse encarando o brinco, ajeitando meu cabelo. — está tudo bem?

— É que... não sei... estamos trabalhando na mesma empresa faz um tempo e... — respirei fundo, encarando ao redor.

— Acha que estou dando encima de você?

— N-não... só queria que esclarecesse isso... — o encarei.

— Eu entendo que você gosta daquele cara. Mesmo sendo uma má escolha. — disse rindo. — isso é óbvio, então não tenho como competir. Por tanto, estou tentando nos aproximar para que você ao menos me veja como um cara legal, talvez um irmão? Seu melhor amigo?

— A-ah... — o encarei, e depois comecei a rir. — podemos ser irmãos, e melhores amigos também! Eu sempre quis ter um irmão! — falei, entrelaçando minhas próprias mãos.

— Ok, então podemos ser isso. — passou sua mão sobre meu cabelo, fazendo um carinho adorável. — então, posso conhecer sua casa?

— Ah, claro! — falei, o puxando. — vamos andando? É perto.

— Ok. — disse rindo, enquanto estava sendo puxado por mim.

[ . . . ]

— Essa é a fanta. — apontei para a gatinha, e ele a pegou no colo, com um sorriso fofo. — gostou dela?

— Sim, eu tenho um chamado George. — falou rindo. — ele é preto com olhos cor de mel. Um dia te levo para conhecê-lo, também gostei da sua casa. Sofisticada.

— Obrigada. — ri baixinho. — quer comer alguma coisa?

— Não, estou bem. — disse se sentando no sofá. — estou com sono. — riu.

— Pode dormir se quiser. — falei, ligando a tv e diminuindo o volume. — tem um quarto de visitas.

— Não, estou bem, já vou pra' casa. Preciso  descansar e trabalhar em alguns e-mails, se precisar de algo pode me ligar. — caminhou até a porta, eu abri para o mesmo, recebendo um beijo na testa.

— Até mais! — sorri, dando um beijo em sua bochecha.

                       Days later

— Então ele gosta de você? — a morena disse, se ajeitando na sua cama.

— Não tanto quanto parece, é como irmã.

— Ele tá tentando aceitar que é só como irmã, não percebe?

— Eu prefiro não pensar por esse lado. — falei, me levantando. — e onde está Jungkook?

— Trabalhando muito, também não para tanto em casa. Ultimamente ele tem estado bem irritado com as coisas, também trouxe uma garota aqui em casa... Acho que seu nome é... Minji? não... Minju?

— Min...Ju?

— Sim, deve ser isso. Ela é meio morena, cabelão preto. — disse, se ajeitando na cama. — Ela é até que legal, saímos um dia desse juntas, só que ela é um pouco alegre demais.

— Ela trabalha na empresa, junto comigo. Só que como secretária...

— Sinto que não deveria ter falado isso.

— Não, está tudo bem. — suspirei. — eu e Minghao fomos à um bar ontem. Foi engraçado, um garoto de cabelos azuis veio conversar comigo e ele ficou muito bravo.

— Isso é ciúmes.

— É, mas acho algo normal agora. — encarei a janela, vendo um carro parado em frente a casa. — é Jungkook?

— Uh, sim! — abriu a porta do quarto, correndo para a porta. — Jungkook?!

— Oi... — disse baixinho, com seu uniforme, mas seu cabelo estava todo bagunçado e ele parecia irritado.

Encarei tudo da escada, sem ter nenhuma reação. O que eu poderia fazer? Ir embora? Sair correndo? Me esconder? Fingir demência?

— Uh, você também está aqui... — a morena disse, vendo Minju atrás dele. — tudo bem?

— Estou sim, quanto tempo... — deu um sorriso, me encarando surpresa. — S/n! Se conhecem?

— Somos melhores amigas. — a morena ao seu lado disse, a encarando com desdém. — qualquer coisa estamos no quarto.

Jungkook me encarou por poucos segundos, passando direto por mim, chegou a bater em meu ombro, o que me fez bater o ombro na parede, Minju o seguiu, me dando um sorriso simpático.

Apenas entrei no quarto novamente, sendo seguida por Doyeon. Depois de um tempo em silêncio recebi uma ligação de Minghao, estava salvo como “Best Boy”. Ele que salvou assim, juro.

Pedi licença a garota, saindo do quarto, caminhei até o fundo do corredor. Atendendo a ligação do mesmo.

— Oi? Ming? — sussurrei.

— Onde está? — disse com uma voz embargada.

— Na casa de Doyeon, por que? Precisa de alguma coisa? Está tudo bem? — encarei a janela.

— Estou na frente da sua casa, por que Fanta não abriu a porta pra' mim? — disse com uma voz de choro. 

— Minghao, você está bêbado?

— Não... eu só... — começou a rir — só bebi uns copinhos no champanhe que ganhei do mister kent. — falou sobre o comprador. — sabe... queria ver você maninha...

— Você só me dá trabalho, sinceramente! — revirei os olhos. — eu vou pra' casa agora, não saía daí. — desliguei a chamada, dando de cara com Jungkook.

— Por que você tem que ir? — me encarou, com os olhinhos cansados e cheios de lágrimas.

— Jung...

— Por que você cuida tanto dele? Ele é tão especial assim? — deixou escapar algumas lágrimas, deixando meu coração acelerado, em desespero. — por que? por que, s/n?

— Eu preciso ir... — tentei passar por ele, sendo barrada. — Jungkook, entenda!

— Você vai escolher ele, como sempre faz? — me encarou, e desviou novamente, com uma feição de desespero.

— Ele está bêbado, ok? Eu preciso ajudar ele! Quando você ficou, quem te ajudou? Eu! Eu não vou deixa-lo por causa do seu ciúmes idiota!

— Ciúmes? — me encarou, perplexo. — você que deixa tão claro que estão juntos, e isso me machuca.

— Não estam... Ok Jungkook, não tenho tempo! — me soltei de seus braços, correndo para fora da casa, meus olhos ardiam conforme as lágrimas salgadas escorriam pelo meu rosto, me machucando, até por que chorar por ele me machuca, vê-lo daquele jeito me machuca, vê-lo me machuca.

Assim que cheguei na frente de casa Minghao estava lá jogado, murmurando palavras sem nexo, me fazendo rir. Limpei meu rosto antes de me aproximar, o ajudando a levantar, ele era enorme e pesado.

— Aish, por que você é assim? — bati em seu ombro, abrindo a porta de casa, o jogando no sofá.

Mandei uma mensagem para Doyeon dizendo o que aconteceu, voltando a ajeitá-lo no estofado.

— Você está aqui... — sorriu, me puxando, me fazendo cair encima do mesmo. — você chegou, hm... — me apertou em seus braços.

— Minghao! Eu vou te bater, eu juro... — o encarei, seu rosto estava vermelho, me deixando tensa com nossa aproximação. — seu... Bêbado!

— Por que você é tão mal... — fez um bico, segurando meu rosto. — você está triste?

— Não, agora me solta.

— Sua carinha está triste... — me encarou de perto. — não gosto de te ver assim..

— Cale a boca e me solte, bobo.

— Não, fique aqui comigo... — disse,  pausadamente, me apertando mais ainda. — vou te acalmar, hm?

Mesmo dessa forma ele me conhece perfeitamente. Em tão pouco tempo tivemos essa aproximação, Minghao se tornou alguém tão necessário pra mim.