Park Jimin p.o.v.'s
— Eu sei querida, eu queria vê-la mas não posso. — Eu falo para uma garota que conheci sexta feira passada na balada.
Nesta noite eu aproveitei para dar uma volta pelo jardim. Todos estavam dentro de casa, e provavelmente meu irmão estava em sua varanda após ver aquele noticiário idiota da chuva de estrelas.
— Oppa, vamos nos ver amanhã? — Perguntou ela no outro lado da linha. Eu me encosto em uma árvore e penso um pouco. Acho que não poderia ir, tenho outro encontro marcado com uma garota que conheci ontem na festa de um dos meus amigos.
— Desculpe, não vai ser possível.
— Eu entendi, quando vamos poder nos ver?
— Deixa eu ver. — Coloco o dedo no queixo pensativo. Essa garota era muito grudenta, pensa mesmo que eu realmente quero algo sério. — Eu vou ver a minha agenda, agora vou desligar.
— Oppa... — Interrompo ela encerrando a ligação.
— Que garota chata. — Coloquei o celular dentro do bolso, e no mesmo local eu retiro dali um chiclete.
Começo a andar com as mãos no bolso enquanto mastigava a goma de mascar. Olhei para o céu, e notei que a chuva de estrelas havia começado.
— É, Jungkook bem que falou que é bonito. — Fui olhando para cima assistindo a chuva passar até notar que estava por baixo da varanda do meu irmão. — Aquela ali não é a...
Foi então que fiquei estático com a aproximação deles. Deixo o chiclete cair ao ver Jungkook selando seus lábios aos da garota.
— Oh my God. — Decido correr até dentro de casa avisar para a minha mãe. Era tarde e já devia estar dormindo, mas eu estava precisando muito contar o que vira.
Paro de correr pelos corredores assim que me aproximo de sua porta. Coloquei as mãos no joelho na tentativa de recuperar o fôlego por ter vindo correndo, e em seguida bato em sua porta.
— Mamãe, a senhora não tem ideia do que vi. — No mesmo instante adentro no seu nome quarto a vendo de costas para a parede.
— Você tem ideia do que fez Jiwon? — Ela estava com o celular no ouvido. Parecia que estava brigando com o papai. — Dê as suas caras nesta casa para ver o que eu faço!
Cogitei em esperar a discussão terminar. Não demorou muito para que ela encerrasse a ligação e jogasse o celular na cama furiosa. Mamãe parece ter notado a minha presença, e passou a mão na testa tentando conter a raiva.
— Era o pai? — Eu me sento em sua cama após ela. — Por que estavam brigando?
— Você não é mais uma criança Jimin... — Ela falou olhando para as suas mãos juntas, mas fez questão de me fitar em seguida. — Descobri que o seu pai estava me traindo durante uma das suas viagens.
— Sério, mamãe a senhora está bem?
— Só estou com raiva! — Ela solta a minha mão e arremessa um travesseiro para bem longe. — Aquele infeliz é...Arhg não tenho nem palavras para xingá-lo.
— É por esse motivo e outros que não faço promessa de amor com ninguém.
— Falou o garoto que se enrola todo trazendo tantas garotas para esta casa.
— Olha só, eu parei de trazê-las para casa faz um bom tempo. — Ela vira o seu rosto.
Eu pulo da cama me lembrando do real motivo por eu ter corrido feito um insano até aqui.
— Mamãe, mamãe. — Começo a cutucar seu braço por atenção. — A senhora não tem ideia do que eu acabei de ver. O Jungkook e a S/n, eles se beijaram!
— Como?! — A mesma se levanta histérica. — Mais essa agora. Como isso aconteceu?
— Eu estava andando pelo jardim, e vi os dois na varanda juntos. — Ela bate na testa e começa a andar pelo quarto desesperada. — E agora mamãe?
— Esse garoto deveria casar logo com a Joo. Os pais dela nos prometeram de sempre apoiarmos nós em questão de dinheiro, e nos daria aquela casa do Japão. Sem contar que a empresa da sua família iria para o nosso nome após a morte deles.
— Parece que os dois estão se dando bastante bem. Ela era bem ingênua, como teria noção do que é um beijo?
— Ela está sendo uma pedra para o meu caminho. — Mamãe se escora na porta pensativa. Eu me levanto e vou até a sua direção aguardando uma ideia sua para resolvermos logo isso. Espero apenas que não seja eu, o filho que terá que me casar. — Eu não aguento mais essa imunda nesta casa.
— O que a senhora irá fazer?
Me aproximei ainda mais curioso. A sua expressão pretensiosa me fez ficar um pouco apreensivo do que iria a fazer.
Jeon Jungkook p.o.v.'s
Eu me afastei na mesma hora ao perceber o que tivera acabado de cometer. O meu coração acelerava demasiadamente, eu estava nervoso, não sabia nem sequer o que falar depois disso.
— Eu sinto muito. — Foi a única coisa que disse ao sair da varanda e começar a guardar o meu telescópio para dentro.
— Por que está desculpando? Eu não me sinto ofendida. — Ela veio até mim, e mesmo assim recusava de olhar para os seus olhos.
— Eu não deveria ter feito isso. — Na verdade, eu queria muito. Droga, não posso estar apaixonado justo agora. — Está tarde, é melhor ir para a sua cama.
— Você também. — Suas mãos guiaram meu rosto ao encontro do seu. Por fim eu tive coragem de olhá-la, e mesmo estando nervoso eu me mantive firme. — Boa noite Kookie. — Me surpreendo com ela selando seus lábios em minha bochecha de forma lenta, antes de partir e fechar a porta.
— Jungkook, o que você fez? — Digo para mim mesmo puxando meus cabelos. Eu deito as minhas costas no colchão e suspiro alto, ainda nervoso com o ocorrido minutos atrás. — Ela beijou você...
Involuntariamente esboço um pequeno sorriso em meus lábios relembrando-me do simples selinho. Os meus dedos tocavam os meus lábios, e eu de olhos fechados me lembrava da cena tão romântica.
— Ah Jeon, você está tão confuso...
[...]
— Bom dia. — Logo de manhã eu entro na sala de jantar vendo todos tomando o café. Me sento bem próximo a S/n, que no mesmo instante sorriu largamente para mim.
— Torrada Jungkook? — Ela estendeu o braço para eu pegá-los.
— Eu acho que vou aceitar sim. — Eu pego uma torrada sem retirar meus olhos sobre ela e o levo para a minha boca. — Dormiu bem?
Ela assentiu e no mesmo instante escuto um pigarreio na garganta. Era Jimin a minha frente, incomodado com nós dois enquanto minha mãe se mantinha calada.
— Eu já estou indo, marquei com uns amigos para um passeio. — Jimin se apoia na mesa e levanta. Meu olhar sobre ele some quando ouço minha mãe também coçar a garganta.
— Bom, eu tenho um horário no spa. — Ela se levanta, mas na mesma hora para com os passos e nos olha. — Querida, o que acha de irmos juntas?
— Está falando comigo? — Ela apontou para si mesma e olha para os arredores da sala à procura de mais alguém que servisse de conversa. — O que é spa?
— É um lugar maravilhoso para relaxar. Podemos irmos depois comprar algumas roupas, gostaria de ir comigo?
— Tipo um passeio? — Se empolga juntando as mãos.
— Sim, tipo um passeio!
— Oba, vou me arrumar e logo após sairemos juntas. — Os meus olhos seguem a garota se levantando e correndo empolgada para o quarto.
— Mãe, a senhora está bem? — Pergunto, um tanto desconfiado. Ela jamais gostou da S/n, por que agora estaria tão atenciosa?
— Jungkook, eu não estou nada bem. — Ela cruza os braços e eu me direciono até ela preocupado. Coloquei minha mão no seu ombro aguardando que se abrisse para mim. — Descobri que seu pai me traiu durante a viagem na Tailândia.
— Oh, então a senhora soube?
— Você sabia?!
— Eu estava duvidando, mas não tinha certezas. Ele havia usado o cartão para bens pessoais, e um deles era para um motel. Eu queria ter a certeza para te contar, e não causar um alvoroço.
— Pois é, e estava certo. — Ela retira minha mão do seu ombro. — Eu preciso tirar esses pensamentos da minha mente, e nada melhor do que um dia de compras e spa.
—Eu entendi, mas por que convidou a S/n? Pensei que não fosse com a cara dela após trazê-la para casa.
— Eu queria uma companhia, e decidi dar uma chance para ela. Afinal, ela está aqui na cidade sem saber quem são seus pais ou a sua própria identidade.
Eu desconfiei um pouco da sua repentina mudança. A minha mãe era difícil de amolecer o coração, acho estranho ela sentir compaixão agora da S/n após esse pouco tempo na mansão.
— Entendi, bom agora vou para o meu quarto. — Ela assentiu e fez menção para que eu saísse.
Ao voltar para o quarto, eu começo a arrumar os meus livros de estudo. Durante aquele momento, a minha atenção foi para a varanda e relembro mais uma vez de ontem à noite.
Fiquei um bom tempo olhando para o jardim no andar de cima, a medida em que o vento batia em meu rosto com aquela leve brisa de verão.
— Jungkook oppa? — Do meu lado, estava Chung olhando para mim. — Nossa, ele está tão pensativo. — Balançou sua mão na minha frente mas não dou importância. — Jungkook, está bem?
— Estou.
— Entendi, você já tomou o seu café da manhã?
— Sim.
— Jungkook, você está distante.
— Como? — Desvio minha atenção do jardim para ela.
— Está me respondendo com apenas uma palavra, distante olhando para o jardim. Aconteceu alguma coisa que queira me contar?
— Eu estou bem Chung, não há nada para se preocupar. — Mais uma vez olho para o jardim respirando profundamente.
— Se é o que diz. Eu vou sair com o Hoseok e uns amigos para um acampamento, o que acha de irmos juntos e convidarmos a S/n também?
— Eu não sei se será possível. Minha mãe vai levá-la para um spa, e parece que irão passar o dia inteiro fora de casa.
— Aigoo, então é por isso que está triste! — Chung aponta para mim após dar um pulo. — Você queria passar a tarde inteira com ela mas vai ficar sozinho. Omo Jeon, quando o meu otp vai se tornar real? Vocês são digno para um drama, que enrolação é essa?
Por fim viro o meu rosto dando a atenção para ela. Chung estava com as mãos juntas sorrindo, distante talvez imaginando nós dois juntos.
— Chung. — A chamo e ela prontamente me encara. — É melhor ir para o acampamento antes que eu a expulse do meu quarto.
— Aigoo Jeon, que bicho te mordeu hoje?
— Eu quero ficar sozinho hoje Chung, cai fora.
— Tudo bem, grosso. — Dou um estalo na minha língua e reviro os olhos. Chung parte para a porta. — Ei Jungkook. — A ouço me chamar e viro o meu rosto. — Não esconde os seus verdadeiros sentimentos. Se há algo ou alguém te incomodando, faça o que é certo. E se for uma garota, apenas a trate normal e pense muito bem se valerá a pena.
— Chung, o que está dizendo?
— Nada, só estou dando conselhos para o meu primo. — Ela pisca antes de fechar a porta. Chung tem razão, eu preciso realmente reconhecer os meus sentimentos.
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