História My Kingdom - Cap III

Izuku saiu do castelo com as mãos segurando firme a espada dourada, hoje um pouco maior do que quando ela mudou de forma pela primeira vez tinha os cabelos verdes um pouco longos, os olhos um verde esmeralda, além das pequenas sardas que salpicavam o rosto e ombros do garoto. Logo atrás dele vinham Ochako e Momo, Ochako tinha os cabelos castanhos um pouco abaixo do ombros, com duas mechas mais longas e a franjinha característica da garota, segurava com força o bastão de sua mãe e a mão de Momo, Momo tinha o cabelo negro longo, preso em um rabo de cavalo com a franja caida de lado, segurava na barra da espada olhando em volta. Logo atrás delas vinham Katsuki e Eijirou, o loiro tinha os cabelos curtos como os de seu falecido pai, tinha uma espada mas suas mãos faiscavam um pouco, ao seu lado Eijirou olhava pros lados em concentração, na forma híbrida, assim tendo os chifres, as asas e o rabo, os antes cabelos vermelhos escuros quase pretos, agora eram vermelhos sangue, de uma cor forte e não mais escura como antes. Depois deles saiu Shoto, tinha o cabelo comprido preso em um rabo baixo, podia se notar o ar frio que saia pela boca dele, em contradição a pequena chama na outra mão, depois dele veio Tenya continuava com o cabelo do mesmo jeito, ajeitando os óculos no rosto, e com a outra mão também na barra da espada. A guerra finalmente acabou? Depois de 6 anos, a guerra finalmente acabou? Izuku de primeira pegou um cavalo e foi para casa ver sua mãe, Momo e Tenya deram as mãos suspirando, logo os dois e Shoto arranjaram uma carruagem para levá-los para seus pais e familiares. Ochako e Mitsuki se abraçaram, a loira estava um pouco machucada pela luta, mas estava viva, Eijirou abraçou Katsuki, planando com ele, que não gostou nada, logo gritando e tentando explodir o dragão, tão vermelho quanto o cabelo do dragão.

A guerra os pegou de surpresa, e como eram pequenos tiveram que ficar no castelo, poucos adultos ficaram, apenas uma quantidade suficiente para proteger o castelo e os dois príncipes herdeiros que ali ficariam. Momo e Tenya ja sabiam que ficaram juntos desde cedo, por isso ficavam próximos facilmente, nem que fosse apenas conversar ou ler um livro em silêncio. Por conta da guerra não podiam ir para casa. E enquanto foram crescendo também não podiam ir para a guerra, pois ainda eram jovens e não tinham experiência desse tipo. Eijirou e Katsuki ainda tentavam lidar com essa coisa de Soulmates. Ochako e Izuku ainda não tinham achado os seus, e Shoto, bem, ele eram um Matelles, não tinha um soulmate, havia um dragão metade fogo, metade gelo em suas costas, desde o dia que nasceu.

Izuku logo bateu na porta, ficou em prantos ao a porta abrir e ver a mulher esverdeada baixinha ali, ela parecia menor, e gordinha? Izuku não se importou, apenas se jogou nos braços da mãe que chorava junto na mesma proporção.

Inko- Izuku. Meu Izuku, você está bem.

Izuku- sim mamãe, eu estou.

Os dois choraram mais um pouquinhos agarrados, logo Inko o puxou para fora, indo até a casinha ao lado, ficava na frente de um lago e tinha um amplo espaço de pasto, que estava meio vazio, e se parasse para prestar atenção, poderia ver sangue e coisas escuras em alguns pontos, e do lado desta, uma pequena casa simples com vários tipos de flores e instrumentos em volta.

Inko- Beru, Ganma, olha quem voltou. Ele voltou. Kyotoru, Mika, venham ver.

Izuku sorriu com nostalgia ao ouvir os nomes dos quatro adultos, e logo se pôs novamente a chorar quando viu Tsuyu e Kyoka saindo das casas e indo até ele os três amigos se abraçaram, pouco depois Itsuka viu, da casa um pouco atrás da de Izuku, e entrou na bagunça também, os pais dela não eram muito de se socializar, mas eram boas pessoas, só um pouco tímidos, sendo que a ruiva era o completo oposto.

Itsuka- Zuzu é um ômega.

Kyoka- é Tsu, se ferrou, é a única.

A esverdeada mandou a língua para os amigos e continuou abraçando Izuku, entre os quatro, realmente, apenas Tsuyu eram alfa, os outros três eram ômegas, Itsuka era a mais velha por três anos, sendo seguida por Tsuyu que era dois, e logo depois Kyoka e Izuku que nasceram no mesmo ano.

Ochako- IZUKU!

O esverdeado entrou em pânico ao olhar em volta e quando olhar para cima viu a amiga morena planando até eles, provavelmente deveria ter se teletransportado do castelo, que ficava alguns níveis acima da casa dos quatro amigos.

Izuku- oh kami, Ocha!!

Ochako- CALMA QUE EU TO CHEGANDO.

Logo a morena tocou os pés no chão e correu para uma árvore qualquer vomitando, Tsuyu, que era a mais próxima, foi até ela e pegou o cabelo da menina para ela não vomitar nele e com isso tocou na nuca dela com as costas da mão, logo aparecendo algo que parecia ser o bastão de Ochako com uma flor esverdeada percorrendo toda a extensão do bastão, Tsuyu reconheceu como a flor do lúpulo, e tinha detalhes rosas, como quando Ochako faz seu escudos circulares.

Izuku- AH QUALÉ, até tu.

Kyoka e Itsuka deram tapinhas na cabeça do amigo entendendo.

Izuku- até o Kacchan achou a dele e eu não. Ah mas que chatice.

A arroxeada abraçou o amigo rindo enquanto as duas garotas olhavam uma para outra, Ochako limpou a boca com um paninho que tinha e ela e Tsuyu ficaram se entreolhando, Beru e Ganma observavam a filha e a menina, que sabiam ser amiga de Izuku, boquiabertos.

Ganma- nossa, que situação para uma marca a aparecer.

Izuku- a do Kacchan apareceu enquanto o amigo dragão dele morria nos braços dele.

...

Samidare- ok, o príncipe ganhou.

Izuku- Samicchan.

O esverdeado foi até o outro rindo baixinho e olhando pra ele.

Izuku- kami-sama, você cresceu tanto.

Os dois se abraçaram, com Izuku comparando as alturas deles, Ganma e Beru são altos, Tsuyu ainda não é, mas é capaz de ela crescer mais, ou seja, Samidare pode estar menor que ele agora, mas futuramente pode estar muito mais alto.

Izuku- e Sacchan? Eu acho que só a vi uma vez. Pouco depois dela nascer.

Samidare apontou para trás, e Izuku viu a menina que observava todos curiosa do lado da mãe.

Izuku- Tsu ela parece tanto com você nessa idade.

Izuku falou de olhos arregalados observando a menina, era a copia de Tsuyu menor, até os pentiedos diferentes dela estavam ali.

Izuku- Eri-chan deve estar grande também. Ela é da idade da Sacchan se eu não me engano, ou um ano de diferença.

Izuku conheceu a bebê quando conheceu o antigo All Might, Toshinori Aizawa era uma pessoa muito boa, tinha um ômega e tinham tido uma filha a pouco tempo, lembrava de que foi um dos primeiros a ver a menina abrir os olhos pela primeira vez. Soltou Samidare e logo voltou sua atenção a Ochako e Tsuyu que conversavam um pouco envergonhadas.

Izuku- desculpe atrapalhar mas o que você veio fazer aqui e precisou se teletransportar?

Ochako- Ah e.

Ochako correu até o amigo e pegou no pulso dele, acenou para Tsuyu que riu baixinha e logo os teletransportou de volta pro castelo, dando de cara com Katsuki e Eijirou.

Ochako- Vamos em uma aventura.

Izuku- mas...

Katsuki- Eijirou vai me levar. A velha pediu para darmos uma olhada nas florestas e divisas. Vocês dois vão de cavalo.

Antes dos dois puderem dizer alguma coisa Eijirou já estava se transformando e Katsuki pulou nele indo embora.

Izuku- porque ele não espera?

Ochako- se eu ganhasse uma moeda a cada vez que eu pensasse isso sobre ele eu estaria rica... quem me dera, será que eu acho um feitiço onde isso ocorra? Brincadeira, feitiços para ganhar dinheiro estão proibidos a muitos anos.

Izuku riu da amiga e logo foram aos estábulos, Izuku pegou um negro, seu nome era Night, era um cavalo rápido, e não fazia muito barulho quando galopava. Ochako foi para um branco, Ms. Snow, ele é de Ochako desde pequena, Ochako tinha ele e uma Coruja-orelhuda, Sr. Puffley, o qual agora voava um pouco acima da cabeça de Ochako.

Izuku- vamos nos separar?

Ochako- melhor não, faz no máximo um mês que tudo "acabou", devemos ficar alerta.

Com isso ela invocou o escudo rosa, ficando um pouco maior, cabendo os dois e os três animais facilmente. Izuku com a mão na base da espada, e Ochako com as palavras para certos encantos ofensivos na ponta da língua.

Izuku- nem parece que tudo realmente acabou. Parece que estamos apenas em uma saída de reconhecimento para ver até onde aqueles malucos vieram.

Ochako- é estranho pensar que vou para cama, e não terei mais meu abraço de boa noite.

Assim como Mitsuki tinha grande afeto por Ochako, Masaru também tinha, tinha crescido com Chika, e fez com muito gosto que Ochako e Katsuki crescecem, além do fato que Mitsuki ficava animada com a ideia de ter uma filha, emprestada ou não, quase como irmãos.

Izuku- vamos todos sentir falta do tio Masaru. Sempre lembraremos dele, mas não vai doer tanto, assim como foi com o Hoon.

Os dois assentiram, no início choraram com Katsuki pela morte do dragão, mas com o tempo, foram quase se acostumando com estar sem ele. Ele fazia falta, obviamentes tinham crescido com ele, mas agora era mais fácil lidar com a falta que ele fazia, e um dia, seria assim que se sentiriam com a falta que Masaru fazia.

Ochako- o que e aquilo ali?

Ochako apontou para um canto, havia algo brilhando, Izuku pulou de Night e com a espada em mãos foi até o lugar, tirou o mato que estava em cima, era um ovo.

Izuku- é um ovo, mas não sei de que.

Por causa da curiosidade, Ochako desceu de seu cavalo também e foi até ele, com a coruja em seu ombro, se abaixou e começaram a conversar um com o outro olhando o ovo e lembrando de todos os ovos que conheciam.

Izuku- e... se for de dragão?

Os dois se entreolharam e depois olharam para o ovo, nenhum dos dois já tinha visto um ovo de dragão, ou seja, era complicado.

Ochako- melhor mandar pro habitat.

Izuku- pode deixar, vamos te levar pra um lugar melhor. E você ficará bem.

Izuku falou com a mão no ovo observando Ochako pensar para mandar o ovo para o lugar certo, e não acabar o mandando para as paredes da caverna no habitat.

Ochako- vou mandar, eles devem saber.

Ochako enviou o ovo mentalizando o habitat em sua mente e o teleportou para lá, logo levitou a si mesma para terem uma noção de onde estavam e logo foram para o habitat. Foram apenas para a "porta" era uma caverna enorme onde um híbrido de dragão estava. Os dois foram até ele e explicaram a situação, logo entraram e um dos 3 dragões ali foi dar uma olhada, era sim de dragão, Izuku ajudou a por ele nas águas quentes, estava com um sentimento meio estranho, como se quisesse ficar perto do ovo. Então resolveram deixar ali, seria melhor para o dragãozinho, ou híbrido, já que os Sanguis Draco não nascem em ovos, Mitsuki até brincou que assim seria bem mais fácil quando fizeram essa pergunta a ela. Voltaram para seu posto e observaram em volta, não parecia que os pais daquele ovo estavam por perto a um bom tempo. Então continuaram de onde pararam, os dois foram para a casa de Izuku no final, poderiam reportar para Mitsuki no dia seguinte. Ao chegar em casa, Izuku arrumou todas as suas coisas, escondendo a espada em um fundo falso na própria cama, sabia que Ochako foi dar uma volta, provavelmente com Tsuyu, as duas resolveram se conhecer melhor, mas a cama que ela usaria já estava pronta do lado da de Izuku, o esverdeado mal deitou e já apagou. No dia seguinte acordou com o cheiro de sua mãe predominando o ar da casa, além do cheiro da comida dela, Izuku permitiu a si mesmo chorar mais um pouco, estava em casa, e sua mãe estava bem, olhou para o lado, observando Ochako que dormia sorrindo segurando uma pequena flor, era uma Camélia rosa, apesar do ramo de sua família, Izuku sabia do amor de Tsuyu pelas flores, e com a proximidade sabia o significado de muitas delas, principalmente a Camélia, que significava beleza perfeita, não ficou nada surpreso ao olhar a marca na nuca de Ochako e ver que o que representava Tsuyu era justamente a flor com a qual os Asui usavam para fazer cerveja, a flor do lúpulo, Tsuyu gostava dessa flor, talvez por ter crescido rodeada por ela, já que os Asui tinham essa planta em um hectare, e sempre iam buscar para fazerem a cerveja, tanto que Tsuyu já tinha se acostumado com o cheiro amargo da planta, e não era muito difícil se aproximar de um Asui e um deles estar com o cheiro da planta.

Izuku- bom dia Ocha.

O esverdeado sorriu para a morena que acordava devagar olhando em volta para se situar onde estava e deu um sorriso sonolento para o amigo.

Ochako- bom dia Izu.

Izuku- E então.. você e Tsu, quem diria.

O esverdeado riu ao ela corar e se sentar encostada na parede ainda na cama observando a flor em suas mãos.

Ochako- é, foi uma noite no mínimo incrível.

Izuku- é, bem que Tsuyu já havia me dito antes que ficava intrigada com você.

Ochako- sério? Ontem eu notei, apesar de nos conhecermos a muito tempo, e eu já ter vindo aqui e dormido aqui muitas vezes, nunca realmente cheguei muito perto dela, muito menos conversei com ela.

Izuku- é, bem, ela é a primogênita, ou seja fica muito ocupada grande parte do tempo, e quando você vinha aqui, logo que amanhecia Kacchan e Hoon vinham nos buscar.

A morena assentiu olhando boba para a flor.

Ochako- Izucchan, você sabe sobre essas coisas de significado de flores né?

Izuku- sim, cresci com a Tsuyu falando pra mim, Kyoka e Itsuka sobre o significado de cada flor.

Ochako- me ajuda a escolher alguma?? Eu conheço flores apenas pelo seu uso em feitiços.

Izuku riu baixinho com o desespero da amiga.

Izuku- quando formos ver Shoto e os outros nos olhamos isso, eu não duvidaria nada se Tsuyu conhecesse todas as flores facilmente acessíveis dos dois reinos.

Ochako olhou o amigo com os olhos arregalados, este que apenas riu mais da amiga, logo Inko chegou chamando os dois para comer. Fizeram isso e logo voltaram para o castelo, Ochako queria contar para suas mães sobre a marca, contaria para Mitsuki e depois iria ao túmulo de Chika, esperavam que isso alegrasse, nem que fosse um pouquinho a loira.