No turno da noite do hospital em Nova York, o Dr. Alexander Lightwood, olhava para o relógio sobre sua mesa. Este mesmo que marcava 00h30, pela terceira noite consecutiva ela ficava na mesma posição. Cabeça inclinada para o lado, dedos finos e pálidos adentravam seus cabelos negros, seus olhos azuis como o oceano de águas cristalinas olhavam para o relógio.
Seu turno já havia acabado a um dia atrás, mas ali, ele gostava de estar. Gostava de cuidar dos necessitados que ali apareciam, em casa era a mesma coisa monótona. Jantares e conversas forçadas com a sua noiva Lydia Branweel, que após receber uma promoção, se tornando assim cirurgiã chefe e só pensava em dar ordens.
- Posso entrar? - Alguém chama da porta fazendo assim, o moreno dispersar seu leve devaneio noturno.
Ele sorri ao ver uma morena de longos cabelos negros, pele quase da mesma tonalidade que a sua e olhos castanhos escuros. No seu jaleco tinha Dra. Lightwood.
- Isabelle. - Disse o rapaz sorridente. Diferente do seu semblante de cansaço, sua voz ainda era viva e calma.
- Quanta formalidade. - Disse a morena adentrando mais a sala.
A mesa era de vidro, havia um Notebook, pastas e canetas. Uma xícara de café é uma foto da família, havia também um sofá em tom de azul aonde o jaleco do rapaz repousava, duas poltronas em frente a mesa de frente para o rapaz. Uma estante onde alguns diplomas estavam de amostra e mais algumas fotos, que por sua vez, mostrava o jovem Dr. Lightwood, acompanhado da sua irmã a Dra. Lightwood e um outro rapaz. Ele tinha seus cabelos dourados, assim como seus olhos.
- É o cansaço. - Disse ele tomando um pouco de café.
- Alec... - Isabelle vai até o sofá e o chama, dando algumas batidinhas de leve no acento ao lado. - Você está aqui a setenta e duas horas, em algum momento você precisa descansar.
- Lydia ainda está aqui? - Perguntou ele indo até a irmã.
- Foi embora a horas. - Respondeu ela.
- Aguento mais um turno. - Alec senta-se no sofá e joga sua cabeça para trás.
- Lembre-me de nunca me apaixonar. - Disse ela entre risos.
- Imaginei que vocês estivessem aqui. - Disse um rapaz com a cabeça na porta, ele era o loiro da foto. - No caso você Alec.
- Surpresa é te ver aqui, Jace. - Disse Isabelle.
- Este é meu turno. - Disse o loiro.
- A três dias? - Perguntou Alec em tom provocativo.
- Da próxima vez te deixo só por três dias. - Jace faz careta e se joga ao lado dos irmãos. - Lydia ainda está mandona?
- Você não faz ideia! - Exclamou Alec.
- Talvez ela seja assim por causa da família. - Disse Isabelle.
- Nossos pais deveriam ter arrumado um casamento menos forçado pro Alec. - Jace ver o cansaço no rosto pálido do irmão. - Cara... Você está acabado.
- Você está se referindo ao cansaço físico por causa do trabalho, ou o cansaço mental por causa do noivado? - Brincou Alec.
- Qual você se sente mais cansado? - Perguntou Isabelle.
- Bem...
- Drs. Lightwoods e Wayland, compareçam a emergência imediatamente. Drs. Lightwood e Wayland, compareçam a emergência imediatamente. - Pronunciou alguém nós altos falantes.
- Temos trabalho. - Disse Jace levantando-se e logo em seguida Alec e Isabelle.
- Vamos. - Alec pegou seu jaleco e saiu atrás dos outros correndo.
Ao chegarem na emergência se assustaram ao ver todos os médicos ali presentes, eles estavam em volta de uma maca. A porta havia carros de polícia e adentrando as portas do hospital vinha uma mulher ruiva de olhos verdes. Ela usava uma calça jeans e botas, blusa branca e blazer. Ao seu lado estava um rapaz de cabelos castanhos escuros, assim como seus olhos. Ele usava uma jaqueta, calça jeans escura e camisa lisa.
- O que aconteceu?! - Perguntou Alec.
- Paciente com várias escoriações, aparência, trinta e poucos anos e traços asiáticos. - Disse um rapaz de olhos azuis e cabelos negros.
- Só isso? - Perguntou Isabelle vendo pessoas trazendo máquinas com oxigênio e para choque.
- Pergunte mais a eles ali na porta! - Exclamou o rapaz indo junto com os outros e o corpo sobre a cama.
- Quem são vocês? - Perguntou Isabelle encarando a ruiva.
- Sou Clary Fray, criminalista. - Disse a ruiva - E esse é Simon Lewis, meu colega de trabalho.
- Sou o doutor Alexander Lightwood. - Alec os cumprimenta. - Esses são meus irmãos, a doutora Isabelle Lightwood e Jace Wayland.
- Prazer. - Simon cumprimenta Isabelle e Clary a Jace.
- Foram vocês que o trouxeram? - Perguntou Jace.
- No estado dele... andando só é que ele não tinha capacidade. - Disse Clary.
- Quem é ele? - Perguntou Alec ignorando a ignorância da ruiva.
- Não sabemos. - Respondeu Simon. - Nós estávamos investigando alguns caixotes no porto do Brooklyn.
- Quando abrimos um dos caixotes havia o corpo. - Completou Clary. - Pensávamos que ele estava morto, quando olhamos novamente. Ele tinha pulso.
- Não tem identificação? Nada? - Pergunta Isabelle.
- Não. - Respondeu Simon.
- Apenas sangue. - Disse Clary.
- Assassinato? - Questionou Jace.
- Se fosse assassinato, ele provavelmente estaria morto. - Disse Clary.
- Coisa que provavelmente não demorará para acontecer. - O rapaz de olhos azuis volta.
- Quero apresentar o médico Will Herondale. - Disse Alec.
- Prazer. - Disse Will.
- O que temos? - Perguntou Isabelle.
- Diversas escoriações. - Coisa que era evidente.
- E por dentro? - Perguntou Jace.
- Isso. - Will mostra vários exames. - Três costelas quebradas, pulmão direito perfurado. Braço direito e pernas quebradas. Coágulo na cabeça descendo para os olhos e um corte, grande e profundo na cabeça.
- Ele deveria estar morto. - Disse Simon.
- Mas não está. - Murmurou Clary.
- Como eu disse... Coisa que provavelmente não demorará para acontecer. - Disse Will.
- Ele precisa ser operado. - Disse Alec.
- Você precisa da autorização de Lydia. - Disse Jace.
- Ela está aqui? - Questionou Alec.
- Alec... Não. - Disse Isabelle olhando para o irmão. - Você está cansado.
- Vamos! - Alec começou a andar.
- Pelo anjo. - Isabelle foi a trás e logo após Jace.
- E nós? - Perguntou Simon.
- Temos sangue e digital dele. - Disse Clary. - Luke está movimentando toda a delegacia para descobrir quem esse cara é.
- Então esperamos?
- Esperamos. - A ruiva sentou-se na cadeira e ao lado dela Simon se sentou.
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