História My Life Is Not BL Game - Jackson Landia

 Minha vida era um arco-íris purpurinado, onde o brilho ou até o sol de Jackson Landia era eu. Estava tudo perfeito como os encontros daqueles mangá shoujo, Mark até me trouxe até em casa eu tinha certeza que nada estragaria aquele dia mas novamente um terremoto apareceu na Jackson Landia tirando a minha tão renomada paz.

No meu primeiro passo dentro de casa me deparei com uma reunião de pirralhos, Kim Yugyeom e mais alguns garotos que eu não dava a mínima estavam na minha sala fazendo desenhos de contos de fadas. Como alunos do ensino médio, vândalos obviamente por não vestirem seu uniforme corretamente, não conseguem fazer desenhos dignos de tal ano. Pareciam vários rabiscos.

Fiquei algum tempo parado tentando processar o porquê do encontro hoje ser na minha casa, até o meu pirralho que estava sentado no chão olhar para mim e abrir um sorriso infantil.

-Jackie achei que você não iria vir para casa, então chamei minha gangue pra fazer o trabalho de artes comigo. 

Não vou deixar uma gangue atrapalhar meu dia.

-Bem então você e sua gangue poderiam fazer algo decente, esses desenhos estão uma droga! -Peguei um dos desenhos atirado no chão.

-É arte Jackie você nuca entenderia um esse senso artístico. -Kim se levantou do chão vindo na minha direção e colocando uma de suas mãos sobre meu ombro enquanto seus coleguinhas gangster focavam no que faziam.

-Entendo que você está escravizando eles pirralho. -Tirei sua mão de meu ombro.

-JJANG ELE ESTÁ TE INCOMODANDO?! -Um dos gangsters berrou na minha sala.

-Sim.

Assim aquele garoto de ensino médio que parecia uns vinte anos mais velhos que eu me segurou pelos braços sustentando meu corpo sem que eu pudesse me mover, o pirralho ria freneticamente. Teria vingança. Yugyeom veio na minha direção sem perder sua pose de garoto fodão que para mim não passava de um pirralho que recém trocou suas fraudas.

-Eu não te criei assim. 

-Jackie você não é minha Omma. -Seus dedos deslizaram pelo meu cabelo. -Temos que retocar.

-Me desce pirralho, nada vai estragar meu dia hoje! -Comecei a me mexer desesperadamente o que obviamente não resultou em nada já que nem meus pés encostavam no chão mais. Suspirei. -Pelo menos me diz que droga é essa?

-Meu trabalho de artes já falei. -Revirei meus olhos enquanto Yugyeom fazia sinal para o Delinquente Gorila me soltar, e foi o que o mesmo fez bruscamente voltando a desenhar. 

-E esses gangs-. -Todos me fitaram com um olhar assassino por exatos dois segundos. -E essa gente? 

-Meu amigos. -Yugyeom não parecia ligar, mas logo abriu um sorriso. -Com eles eu me sinto a Ha Ji Kang do Hot Blooded Woman.

-Que merda é essa?

-Manhwa, muito bom por sinal. 

-×-

Lá estava eu trancado no meu quarto pleno as quatro horas da tarde, para não correr o risco do Delinquente Gorila me pegar de novo já que depois de minha força imbatível não causar nenhum efeito nele preferi me afastar. O pirralho estava se sentindo o mafioso, mas quem se importa?

A única coisa que vinha na minha cabeça era MEU NAMORADO, comecei a rir sozinho abraçando meu próprio travesseiro como aquelas garotinhas de filme americano só que sem dar aqueles gritinhos nada legais. Eu precisava comprar um chip novo, e precisava falar com Mark. 

Nesse momento ele já deve ter saído da faculdade e estar em casa jogando, ou fazendo algum trabalho isso é típico dele.

Aos poucos o som que eu escutava de fora foi diminuindo até o silêncio tomar conta, não é como se eu me importasse pois as paredes laranjas do meu quarto pareciam a única coisa a me distrair no momento. Peguei meu celular que se encontrava atirado na minha cama ao meu lado e passei a ver se tinha alguma mensagem ou coisa parecida o que resultou em apenas uma do meu dongsaeng.

"Yjae:

Hyung eu vou te matar

Nunca passei tanta vergonha na vida"

 "Você:

 De nada<3"

Ri da mensagem, amanhã eu talvez estaria morto mas não importava agora eu era o namorado do Mark um dos meus maiores sonhos havia se realizado e era perfeito.

-×-  

Por algum motivo não vi Yugyeom desde que os delinquentes foram embora, será que ele foi sequestrado? Quem sabe? Antes de sair de casa o mandei uma mensagem perguntando se ele estava bem e o Pirralho se quer recebeu. Eu estava atrasado então decidi o procurar depois da faculdade.

Apressado eu entrava nos portões da faculdade de Seul, hoje novamente eu não teria períodos a tarde mas amanhã era meu dia de escravo. Em passos largos e rápidos finalmente cheguei na minha sala, a professora me fuzilava com seu olhar e eu apenas me sentei próximo a Jinyoung que dormia pacificamente sem se importar com o mundo.

Estava um tédio, hoje a mulher idosa em minha frente falava sobre verbos e funções quem queria morrer? Eu mesmo, além é claro das novas leis ortográficas que pareciam mudar a cada segundo. Quem se importa com a droga do hífen?  Pelo menos não tinha matemática, era isso que me motivava.

Quando o sinal bateu eu me levantei ignorando meu amigo que parecia querer voltar a dormir, finalmente chegou o intervalo como não tomei meu café da manhã fui até a lanchonete e pedi um suco de manga junto de um bolinho de laranja que chegou rapidamente. Me sentei em uma das mesas para duas pessoas com a intenção de não ocupar muito espaço começando a comer.

Eu mordia meu bolinho logo dando de cara com meu Mark que entrava no ambiente, assim direcionando seu olhar para mim sorrindo. Meu coração parecia que iria explodir, mas eu retribui seu sorriso. Mark andava na minha direção, assim selando seus lábios em uma de minhas bochechas - que já queimavam - enfim se sentando em minha frente.

-Como foi a aula? -Ele perguntou repousando um de seus braços sobre a mesa.

-Um tédio, Jinyoung dormiu a aula inteira.

-Você parece cansado.

Se eu dissesse que mal dormi pensando em você o que faria senhor Mark Tuan? Sou o rei das frases de efeitos.

-Yugyeom levou alguns de seus amigos para fazer trabalho na minha casa e não consegui dormir direito por conta do barulho. -Eu colocava o canudinho em minha boca sentindo o gosto doce tomar conta.

Meu namorado riu. E assim passamos o tempo jogando conversa fora até o sinal tocar, e o resto do dia se passar lentamente o que foi um tédio.