- Lin POV-
Hoje eu volto pra escola depois de uns dias fora, espero não ter perdido nada especial...
Saio da minha casa indo em direção a escola.
Lin: O sol está tão bom hoje! – Digo me espreguiçando.
Continuo andando até que vejo alguém caído numa rua do lado esquerdo. Me aproximo do local e me assusto, pois estava repleto de sangue.
Lin: Como a polícia não viu isso? – Me aprofundo na rua e me aproximo do corpo.
Lin: AYRES! – Reconheço a roupa e o cabelo, pois estava de barriga pra baixo.
O levanto com cuidado, suas roupas estavam cheias de buracos e sangue.
Lin: SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! – Grito enquanto começavam a descer algumas lágrimas de meus olhos.
Lin: Quem faria isso com você? SOCORRO! – Percebo que ninguém vai me ajudar.
Coloco o braço dele sob meu ombro e começo a carrega-lo, andamos um pouco até que pelo peso acabo me desequilibrando e caindo.
Lin: Droga! – Tento me levantar.
???: Garota, o que houve? – Era um menino que aparentava ter minha idade.
Lin: Eu o encontrei aqui todo imundo de sangue.
???: Tudo bem, vou te ajudar, espera ai! – Ele me ajuda a levantar e levantar o Ayres.
Lin: Muito obrigada, vou leva-lo a um hospital! – Começo a carrega-lo novamente, quando o garoto me para e diz:
???: Espera, eu levo vocês de carro! – Ele pega Ayres e leva até seu carro e o acompanho.
Entramos e vamos a caminho do hospital.
Lin: Muito obrigada! – Digo quebrando o silêncio.
???: Imagina, vocês precisavam de ajuda e eu estava lá... – Ele sorri.
Lin: Cadê minha educação, me chamo Lin, muito prazer! – Sorrio de volta.
???: Me chamo Felipe, eu já te conheço da faculdade, Lin.
Lin: Conhece?
Felipe: Sim, sou do curso de engenharia do som, conheço vocês dois somente de vista e de alguns comentários!
Lin: Positivos espero...
Felipe: Nem tanto... – Aposto que ele sabe o que houve na festa.
Felipe: Não precisa ficar chateada, você parece ser boa pessoa... Ignore esses comentários!
Lin: Você está sendo tão legal... Não sei nem como agradecer.
Felipe: Relaxa!
Chegamos no hospital, ele me ajuda a levar o Ayres.
- 1 Hora depois –
Médico: Vocês de novo?
Lin: Olá – Rio sem graça.
Médico: Deveriam morar aqui de uma vez!
Lin: É... estou começando a achar isso também, então como ele está?
Médico: Está numa espécie de coma, somente suas roupas estavam sujas, ele não tem um arranhão!
Lin: Como assim? O local onde o encontrei estava lotado de sangue.
Médico: Não sei se ele tem religião, mas tem um anjo muito competente cuidando dele!
Lin: Eu concordo plenamente! – Pra mim parecia impossível ele estar sem nenhum arranhão.
Médico: Bem, ele ainda não acordou, mas pode ir vê-lo se quiser.
Lin: Ok, doutor! – Vou em direção ao quarto.
Quando chego lá me aproximo dele pra checar seus batimentos no aparelho.
Lin: Eu não entendo nada disso... – Rio sem graça e me ajoelho do lado dele.
Lin: Bem, eu sei que você não está ouvindo, mas me desculpa pelo que houve na festa, eu realmente não sei o que aconteceu comigo lá!
Lin: Mesmo assim depois de tudo você ainda me ajudou e eu fui tão nojenta com você... Na verdade você me ajudou desde que a gente se conheceu e eu nunca retribui... Me desculpa por isso! – Me levanto.
Ayres: Eu aceito as desculpas! – Ele me abraça.
Lin: O QUE, MAS VOCÊ NÃO ESTAVA EM COMA? – Eu grito.
Ayres: Eu tava? – Ele faz uma cara de idiota.
Lin: Que bom que está bem! – Eu o abraço.
Ayres: Credo, já tá bom de abraço já!
Lin: POR QUE VOCÊ TEM QUE SER SEMPRE TÃO IDIOTA?! – Dou um soco nele.
Ayres: Aí, por que fez isso? – Ele coloca a mão no braço que eu soquei.
Lin: VOCÊ É UM INSENSÍVEL!
Ayres: Mas sério, Lin, você nem parecia você na festa.
Lin: Eu sei, e realmente não sei o que deu em mim... – Ele fica meio cabisbaixo e sério.
Lin: Algum problema? – O questiono.
Ayres: Não, nenhum!
Lin: Você ficou quieto do nada.
Ayres: Esquece isso, o importante é que você tá bem agora! – Ele sorri.
Lin: Você tá preocupado comigo? Eu te encontrei numa rua todo surrado e com sangue em volta.
Ayres: O que? Impossível... – Ele parecia confuso.
Lin: Sorte que o Felipe me ajudou a te trazer.
Ayres: Felipe?
Felipe: Eu? – Ele entra no quarto.
Ayres: Eu não acredito... É você, Frost!
Felipe: Frost... Faz tempo que não ouço esse apelido! – Eles se encaram.
Lin: Vocês se conhecem?
Felipe: Da faculdade, não?
Ayres: Claro que não, idiota, do ensino médio!
Felipe: Puts, eu não me lembro direito!
Ayres: Vou dizer uma coisa que vai te fazer lembrar, eu ficava te desenhando na lousa com um nariz gigante. – Ele pareceu segurar o riso.
Felipe: Não acredito... – Os dois se encaram mais um tempo em silêncio.
Do nada os dois apertam as mãos.
Ayres: Teu nariz cresceu ein! – Ele ri.
Felipe: Cala boca, fogueira! – Felipe ri de volta.
Ayres: Muito obrigado por me ajudar!
Felipe: Imagina, amigo é pra isso, mas agora eu realmente preciso ir!
Lin: Que isso, fica um pouco mais...
Felipe: Eu realmente tenho que ir, preciso estudar pras provas de amanhã senão tó lascado!
Ayres: Tudo bem, vai lá!
Felipe: Até mais, quando melhorar vamos marcar alguma coisa?
Ayres: Por mim ok!
Lin: Tchau e muito obrigado! – Eu o abraço.
Felipe: Foi legal rever/conhecer vocês, até mais! – Ele sai do quarto e vai em direção a saída.
Ayres: Bom, eu também vou indo tenho que dar comida pro gato. – Ele tira o soro do braço e vai saindo.
Lin: Ei, ei, o senhor não vai pra lugar nenhum! – Seguro ele.
Ayres: Ué, por que não? Eu estou bem!
Lin: Você acabou de acordar de um coma, não quero te ver mal de daquele jeito de novo!
Ayres: Que bonitinho, você se importa demais! – Ele mostra a língua.
Lin: Você realmente tem que ser idiota sempre né? Me deixa cuidar de você uma vez! – Ele me encara por um momento.
Ayres: Tudo bem então! – Ele volta pra cama.
Lin: Obrigado. – Ele faz um sinal de positivo com a cabeça.
- Lin POF-
Lin: O que houve com você?
Eu: Eu realmente não sei, lembro de algumas coisas. – Eu menti, mas ainda parecia impossível pra mim acreditar que a garota que eu gostava é algo não humano, imagina pra Lin que só pode contar com a minha palavra.
Lin: Você não lembra como foi parar lá?
Eu: Eu fui encontrar uma amiga...
Lin: Você parece estar escondendo algo de mim...
Eu: Eu realmente não quero falar sobre isso, talvez outra hora. – Fico sério.
Lin: Se você acha melhor assim, tudo bem!
Eu: Obrigado!
Lin: Pelo que?
Eu: Por me ajudar e se importar comigo...
Lin: Sério, não me agradeça... Você já fez tanto por mim e eu só te causei dor e raiva.
Eu: Mas eu já te perdoei...
Lin: Mas não apaga o que aconteceu. – Ela fica cabisbaixa.
Eu: Escuta, você pode ficar se lamentando e sentindo-se mal, ou pode colocar uma pedra no passado e viver o agora!
Lin: Mas... – Eu a corto.
Eu: Mas nada, você realmente tem que ser mais confiante!
Lin: É... Você tem razão! – Eu a abraço e ficamos nos olhando por algum tempo.
Lin: Eu preciso ir, se acontecer alguma coisa... Qualquer coisa, você me liga, ok? – Ela diz quebrando o silêncio.
Eu: Tudo bem, tchau!
Lin: Melhoras, quando sair daí vamos começar de novo!
Eu: Perfeito. – Ela vai embora.
Fico deitado lá, pensando no que houve.
Ela disse que eu estava sem alma, mas como consigo sentir afeto e outros sentimentos?
Será que foi só um sonho? Mas seria impossível, como fui parar naquele beco?
A única alternativa é fazer o que eu realmente não quero fazer...
Falar com Anne!
É acho que realmente terei que fazer isso, irei assim que sair daqui.
- 1 dia depois –
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