História My Little Baby (JiKook) - XIII - Unresolved Issues

Foi bem legal aprender a patinar. Embora eu tivesse caído várias vezes, eles tivessem rido de mim, e o Jungkook me provocando. De todas, a última foi a menos pior. Eu caí de uma forma tão bizarra que até eu ri.

- Amor, você tá bem?

- Tô sim - respondi rindo e me levantei

- Meu Deus Jimin, como você tomou aquele tombo? - Namjoon vem até nós

- Nem eu sei

- Desastrado - Jungkook riu e me levou até a parte de fora da pista - Tem que tomar mais cuidado, se eu não tivesse ali, podia ter se machucado

- Mas eu tô bem - dou um selinho nele que ri

- Seu bobo

- E aí, vamos? - Jin se aproxima e tira seus patins

- Let's go

Fomos ver o filme. Horas depois o filme acabou e Jin decidiu que ia com Namjoon para a casa do Nam. Eles foram e Jungkook me levou para o estacionamento.

Entramos no carro e eu peguei meu celular logo após pôr o cinto. Vejo muitas ligaçõs perdidas do médico da minha omma. De imediato olhei para Jungkook

- Amor, o médico da minha mãe ligou pra você também? - ele me olha e pega o celular

-Sim, muitas vezes... Será que aconteceu algo? - ele guarda o celular e liga o carro

- Porra... - ligo para o médico

Ligação on

- Alô?

- Sr. Park? - ouço a voz masculina

- Sim... Aconteceu algo com a minha mãe?

- Então... - ele solta um breve suspiro e e faz um silêncio

- O que houve com a minha mãe? - olho Jungkook, ele me olha, logo voltando o olhar à estrada

- Ela teve algumas complicações

- Como assim? Que tipo de complicações?

- Er... Entrou em estado de coma profundo

- O quê?

- Nós sentimos muito, a gente tentou de tudo, mas.. - não o espero terminar, desligo chorando e solto o celular

- Não! - falo meio baixo.

Ligação off

- Amor?

Ponho as mãos no rosto e choro alto. Ele para o carro e eu sinto suas mãos em meus cabelos, acariciando-os.

- Jimin... O que houve?

- Eu to com medo. A única família que eu tenho, ta indo embora - o olho e abaixo o rosto.

- Como assim?

- Ela entrou em coma profundo

- Aigoo... A gente chegou, vamos entrar. E beber um pouco de água..

- Eu quero ir pra casa.. Por favor!

- Mas amor...

- Por favor Jungkook - ele suspira e concorda com a cabeça.

- Tá bom então. Quer que eu te leve em casa?

- Não precisa. Eu posso ir andando.

- Jimin, tem certeza de que não quer ficar aqui? Eu cuido de você. Amor, eu imagino a dor que esteja sentindo, deixa eu cuidar de você.

- Jeon... Eu quero ficar sozinho. Pelo menos por agora - tiro o cinto de segurança.

Jungkook pov

Ele saiu do carro, e eu pensei em ir atrás dele, mas apenas suspirei. Passo as mãos pelo meu rosto e por um momento de raiva, bato no volante. Tiro o cinto e saio do carro, travo as portas e entro no prédio indo direto para meu apartamento.

- Que saco - me jogo no sofá e acabo chorando.

Eu sabia melhor do que qualquer pessoa, a falta que uma mãe poderia fazer, mas felizmente eu não sabia como era perder a pessoa que mais se importou em te ver feliz. Na verdade eu sabia... Meu pai.

Aperto as almofadas e solto um grito, abafado pelas mesmas. Eu não gostava de lembrar de quando meu pai faleceu, mas naquele momento eu só pensava nisso. O Jimin estava sofrendo, eu sei que ele precisa de ajuda, eu precisei, mas ele não vai querer, assim como eu também não quis.

- Eu não vou te deixar sozinho. Eu não posso. - fico falando para mim mesmo.

Ligo repetidas vezes para Jimin que não atendia. Decido ir o procurar em casa, mas a vizinha, mãe da criança que Jimin levava para a escola disse que o menor havia saído com algumas mochilas e não disse quando voltava. Voltei pra casa. Ali estava ele, na porta do meu apartamento. Me pemitir sorrir, ele estava de cabeça baixa com as mochilas em volta dele.

- Jimin... - me aproximo e o abraço. Ele se acomoda com a cabeça meu peito.

- Não tem mais sentido eu ficar lá... - murmura meio choroso

- Okay amor... Não vou pedir para que se acalme e muito menos dizer que tá tudo bem, só... Vamos entrar?

- Jungkook, eu quero te pedir perdão por ter sido grosso - arrumo sua franja

- Ei... Não me importo. - abro a porta - Hoje a casa é nossa. Vou fazer um doce pra te acalmar um pouco e depois a gente conversa, okay?

- Ta bom... - ele concorda e eu pego algumas mochilhas

- Pegou muitas coisas hein...

- Ainda tem mais coisas para trazer se eu for mesmo morar com você

- Vamos morar juntos sim, mas espera eu comprar a casa, para você trazer tudo, okay? - ele concorda e me dá um selinho

- Nosso filho voltou?

- Ainda não - faz um biquinho - Mas podenos ligar pra ele, que tal?

- Pode ser... Amanhã, que tal? Hoje ta tarde

- Ta bom. - entro, deixo as mochilas no sofá e volto até Jimin - Agora eu vou te mimar muito. Hoje que meu filho não ta aqui, eu quero te encher de mimos - o pego no colo

- Aigoo... Não precisa - ele acaba rindo e eu entro com o pequeno no colo

- Eu te amo, sabia?

- Eu sei disso. Também te amo

- Então vamos tomar um banho e comer? - faz que "sim" com a cabeça - Vou preparar um banho pra você, tá bom?

- Ok!

O deixei no sofá, próximo as suas coisas, e fui preparar seu banho. Quando voltei, ele estava abraçando as pernas, chorando, me aproximei e o abracei. Deixei um beijo em sua testa e fiz um carinho em sua mão

- Seu banho ta pronto

- Já estou indo. - ele limpa o rosto e me olha - Jungkook, eu não quero ser uma responsabilidade a mais pra você, você já tem o Kum... Não quero ser um estorvo

- E quem disse que vai me incomodar cuidar de você, uh? Eu vou fazer isso com todo o prazer do mundo. Isso que namorados fazem - o vejo se aproximar e sinto seus bracinhos apertarem meu corpo num abraço

- Obrigado Jungkook

- Não precisa agradecer - faço carinho

- Uhm, agora eu vou tomar um banho, descansar e pensar um pouco. Eu vou ver ela amanhã, preciso arrumar dinheiro pra pagar o hospital

- Eu pago

- Não, você já pagou a operação. Isso eu mesmo tenho que fazer

- Amor... - faço carinho em seu rosto - Não seja tão orgulhoso. - suspiro leve - Poxa... Eu quero ter tido um convívio melhor com a minha sogrinha. Ela tinha muito a me ensinar, deixa eu ajudar.

- Eu tenho medo de agora as pessoas começarem a aparecer. Eu não vou saber reagir.

- Como assim?

- Sempre houve a desconfiança por parte do meu avô de que ela não era minha mãe biológica. E se for verdade e a outra aparecer? - volta a chorar - Eu não quero outra mãe, eu só quero a mulher que me criou, de volta

- Eu entendo perfeitamente o que é isso. Mas ao contrário de você, eu cresci com uma mulher que sempre me desprezou, me humilhava sempre que podia, me tratava como um lixo... - choro também - Aí eu descobri minha mãe. Ela é um doce

- Minha mãe estava esperando por um exame de DNA. Mas agora ela não pode o ter, então eu vou ter que ver o resultado e sofrer por ele

- Por que sofrer?

- Se der positivo, eu posso perder a minha mãe. Se der negativo, eu não vou querer saber quem é verdadeira mãe, mas vai me doer ela não ter dito a verdade - o telefone residencial toca

- Pensa pelo lado bom: Ela ainda tá viva, não pensa numa possível morte, okay?

- Tá bom então...

Pego o celular e atendo. Imediatamente pedem para falar com Jimin. Entrego para ele

- É do hospital

Ele pega o telefone e vai conversando com o medico, enquanto isso preparo algo para Jimin comer. Não demoro a voltar até ele

- Amor... - me aproximo e ele sorri - Vai lá tomar banho, to fazendo algo para a gente comer, ok? - concorda sorrindo - Boas noticias?

- Não exatamente. Ela ainda está em estado de coma, mas tem uma coisa... O resultado do exame saiu e ela é minha mãe biológica

- Que bom, né?

- Sim...

- Agora vai pro banho antes que esfrie

- Okaaay...

Ele levanta, me dá um selinho e sorri

- Obrigado por tudo

Sai correndo para o banheiro.

O deixo tomar banho enquanto preparo uma comida para nós. Quando termino, levo a comida à mesa, logo arrumando a mesma

- Kookie.. Peguei uma camisa social sua, ok?

- Ta lindo - falo o olhando - Vem comer

- Uhm... - vem andando até a mesa, fechando os botões e se senta. Mas o telefone dele toca - Só um minuto

Jimin pov

Atendo o celular e dou um sorrisinho

- Alô?

- Jimin?

- Sim.. - faço um biquinho, aquela voz não me era estranha - Quem ta falando?

- Como você tá, filho?

- Uhm? P-pai!?

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