História My Little Sister - What do you mean pregnant?

P.O.V. Liam

Suspirei cansado, eu já perdi as contas de quantas vezes chequei o relógio em meu pulso. Papai resolveu que seria uma boa ideia acompanhar ele nos negócios, e essa ultima semana tem sido uma maravilha para ele, já que a empresa está voltando aos eixos. Algum dos negociadores tagarelavam sobre alguma ideia de novo produto. Eu não prestava atenção, minha cabeça estava em Molly, soube que Richard retornou ontem ao colégio, eu não conseguia ficar sossegado em nenhum momento sabendo que ele estava no mesmo ambiente que minha namorada. Aliás, eu e Molly estávamos super bem. As vezes parando para pensar é um pouco estranho eu estou namorando a minha irmã. Mais eu não ligo para isso, se eu amo ela e ela me ama, só nos resta aceitar. Olhei mais uma vez para o relógio e tinha se passado um minuto. Eu não sei se aguentaria ficar ali até o final, acho que eu morreria do tédio antes do final. E eles não fechavam a boca, quando um parava de falar outro começava e já fazia bastante tempo que estávamos aqui nessa sala, minha bunda já estava doendo. Todas as atenções foram voltadas para papai quando seu celular tocou alto.

-Com licença -Ele falou se levantando e se retirando da sala, o local caiu em um silêncio absurdo. Eu suspirei e massageei minhas temporâneas. Eu não via a hora de sair daqui. Ficamos alguns minutos ali todos sentados em silêncio, até que papai entrou na sala apressado. -Vamos ter que adiar essa reunião para amanhã, terei que me ausentar, tive problemas na família. -Ele pegou sua pasta e me lançou um olhar, me levantei e o segui. Graças a Deus, me despedi de todos ali com um aceno de cabeça.

-O que houve? -Perguntei enquanto tentava acompanhar os passos de papai que eram apressados em direção a saída, minhas pernas eram longas, mais nem tanto.

-Molly está no hospital -Falou e meu sangue inteiro gelou. Como assim Molly no hospital? O que será que aconteceu? Será que ela está bem? Não, óbvio que não, caso estivesse não estaria no hospital. Entrei no carro e papai logo acelerou saindo do estacionamento da empresa. Milhões de teorias estavam sendo criadas em minha cabeça e quase todas elas envolviam Richard, da última vez não conversei com ele, mais agora, se ele fez algo com minha garota, vou descer a porrada naquele infeliz. Eu sabia! Sabia que não podia deixar ela ir para a escola com ele lá, junto, sem nenhuma segurança. Burro, burro, burro! Que péssimo namorado eu sou, ao invés de eu protege-la, entrego de bandeja para aquele infeliz. Mais alguns minutos com minha mente fervilhando chegamos no hospital. Eu desci rapidamente do carro e já fui falando com a recepcionista. Quando ela me encarou sua boca se abriu em um "o"

-Bom dia, no... no que posso ajudar? -Ela disse e se debruçou sobre o balcão fazendo com que seus peitos ficassem espremidos no decote. Ela mordia os lábios tentando chamar minha atenção, sério isso? Eu só tinha olhos para uma garota, e ela estava em algum andar desse hospital.

-Molly Payne, que quarto está? -Perguntei educado, essa garota estava praticamente esfregando os peitos na minha cara, como um bom cavalheiro, resolvi fingir que não percebi que ela estava dando mole para mim. Papai se aproximou, ela mexeu em algo no computador, pegou um papel e anotou algo.

-Quarto 13, primeiro andar. -Antes de eu dar as costas ela me entregou o papel que continha escrito um número de telefone e o nome Maidy. Sorri para ela e me virei, sendo acompanhado por meu pai, antes de entrar no elevador fiz questão de amassar o papel e jogar no lixo. Ela era muito bonita, mais meu coração já tinha dona. Entramos no elevador e eu apertei o botão. Quando a porta se abriu de cara consegui ver mamãe sentada em uma cadeira com a cabeça entre as mãos.

-Mamãe? -Ela levantou a cabeça e veio nos encontrar. Seu rosto estampava preocupação. -O que aconteceu? -Perguntei segurando em seus braços.

-Eu não sei, me ligaram da escola dizendo que um colega encontrou Molly desacordada perto do armário do zelador, e que haviam encaminhado ela para esse hospital. -Ela passou a mão pelos cabelos.

-Calma mãe. -A puxei para um abraço -Vai dar tudo certo. -Nos separamos e ela assentiu voltando a se sentar, dessa vez eu estava em um lado e papai em outro. Eu estava muito preocupado, se não fosse nada sério os médicos não estariam demorando. Eu estava prestes a ter um colapso de nervoso, e ninguém aparecia para dar alguma noticia. Eu fitava a porta com o numero 13 nela, eu precisava entrar ali, eu precisava saber como minha menina estava, eu não ia aguentar esperar mais um segundo. Me levantei decidido a entrar, quando ia abrir a porta ela foi aberta me fazendo parar, um homem de jaleco branco me encarou arqueando as sobrancelhas. Sorri amarelo e recuei alguns passos me junto a minha mãe e meu pai que já estavam em pé.

-São responsáveis por Molly Payne? -Mamãe murmurou um "uhum". -Bom, não foi nada grave. Ela desmaiou por uma queda de pressão. -Ele anotou algo na prancheta. -Ela ficará aqui para observação e a noite já vai ser liberada e pode receber visitas. -Ele nos olhou- Preciso que alguém me acompanhe para assinar alguns papéis.

-Eu vou -Papai falou e ele e o médico saíram andando lado a lado sumindo no corredor.

-Pode entrar. -Minha mãe falou acariciando minhas costas, sorri e entrei no quarto encontrando Molly ditada com os olhos fechados.

-Ei -Quando me aproximei pude notar que sua pele estava bem pálida e seus lábios sem cor, não sabia se ela estava dormindo ou apenas de olhos fechados. Ela suspirou e os abriu lentamente e eles estavam marejados. -O que houve? Está bem? -Me aproximei, ficando ao lado dela e checando a temperatura, ela negou com a cabeça deixando as lágrimas escorrerem por sua bochecha. -Molly, está me assustando.

-Liam... -Ela sussurrou e seu choro se intensificou. -Eu não... não sei como falar isso, tô nervosa. -Ela massageou suas temporâneas. -Eu acabei de estragar nossas vidas, me desculpe. -Ela transmitia pesar nos seus olhos, e eu continuava a encarando sem entender nada. -Me promete que não vai me abandonar e nem surtar. -Eu assenti e ela suspirou novamente. Ok, eu realmente estava assustado. -Eu estou grávida. -Ela soltou e eu fiquei atônito de primeira, eu podia sentir o chão sumindo em baixo dos meus pés, quase que eu desmaio. Como assim grávida?