1. Spirit Fanfics >
  2. .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO >
  3. Chapter 17 - Never Ever

História .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 17 - Never Ever


Escrita por: chanisteles

Notas do Autor


Attention: Eunchan's POV

Capítulo 17 - Chapter 17 - Never Ever


Fanfic / Fanfiction .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 17 - Never Ever

O caminho de volta que o homem enorme seguia, assim como Eunchan havia previsto quando o havia iluminado com a lanterna há alguns minutos era extremamente estreito e malcuidado. Era de se admirar que alguém daquele porte poderia ter atravessado o ramal escuro em pouquíssimos minutos, sem contar os pedregulhos enormes escondidos pelo caminho, galhos e raízes retorcidas, ainda mais com duas crianças embaixo dos braços; mas foi o que ele fez.

As gêmeas, durante todo o percurso, tentaram se desvencilhar. Golpes feitos com os punhos pequenos nas costas, mordidas e até mesmo chutes – o que fez com que Jihye perdesse um dos sapatos no caminho -, mas o homem parecia ser feito de rocha, pois ele apenas seguia o percurso a passos apressados e recheados de fúria. Como um resultado, os galhos e folhagens se chocavam contra os rostos das duas, que iam criando pequenos cortes e arranhões que apenas as faziam chorar e gritar mais, clamando por ajuda. Elas não conseguiam sentir nada além de medo e, no caso de Eunchan, o pavor se misturava ao mais puro arrependimento de ter causado toda aquela situação. Se pudesse voltar no tempo, teria atravessado o portal sozinha; nem teria entrado, para ser mais exata. As emoções sempre a guiavam em qualquer situação, e essa era uma das vezes que elas a levaram ao caminho mais errôneo possível; colocou a irmã e o primo numa situação de extremo perigo e estava sendo literalmente sequestrada, sem a certeza de que veria os pais novamente. Era o sentimento mais doloroso que já sentira, e ele estava tomando conta de si por inteiro.

Após finalmente sair daquela trilha dolorosa, Eunchan abriu os olhos que antes se mantinham fortemente presos quando sentiu o vento bater contra os ferimentos recém-abertos em seu rosto. As íris cheias de lágrimas observaram a orla da floresta, que se iniciava numa enorme área aberta com um gramado brilhante e de um tom esmeralda, mesmo sob o breu da noite. O homem grunhiu com o peso das duas, as ajeitando nos braços antes de voltar a andar. O odor de suor do homem misturado com o cheiro forte de tabaco impregnado em sua pele causava violentas voltas no estômago de Eunchan, e ela tentou juntar suas forças para se desvencilhar mais uma vez de seus braços, movendo o torso com brutalidade e dando socos em sua perna. O homem parou e olhou para ela por cima do ombro como se fosse fazê-la sumir do mapa. Logo após um grito de dor, que a híbrida rapidamente reconheceu ser o da irmã. O homem estava beliscando a pele de sua barriga, tão forte que as unhas estavam se encravando na derme alva. Eunchan arregalou os olhos, tentando alcançar a irmã que se contorcia de dor.

- Não, não, me desculpe, desculpe! – Ela suplicou, olhando para ele com desespero. Jihye gritou mais forte, ele parecia estar a beliscando com ainda mais força. Um soluço que mais se assemelhava a um uivo saiu do fundo da garganta de Eunchan, pois era quase como se ela sentisse a mesma dor que Jihye. – P-por favor, desculpe, não faça i-isso! E-Eu fico quieta, juro, não a machuque!

Ela implorou, e após poucos instantes, Jihye deu um suspiro de alívio ao não sentir mais ser beliscada. Ele não a olhou novamente, mas ela sentia sua observação constante lhe queimando a parte de trás da cabeça.

- Não diga ou faça nada se eu não mandar, entendeu? – Ele disse, bem compassado, como se fosse difícil para ela compreender suas ordens. – Já estou perdendo minha paciência com isso. E acreditem... não querem me ver sem paciência.
Ele subitamente se virou nos calcanhares, virando à direita rente ao início da floresta. Eunchan percebeu o quão extensa era; e sombria. Agora entendia Kevin e Jihye completamente, estava tão assustada que tremia. Do outro lado, encontrou um mar de casinhas, todas aparentando ser exatamente iguais, bem distribuídas nas ruas de cascalho. Algumas luzes estavam acesas, mas ela não se atreveria colocar Jihye em risco novamente ao gritar por ajuda, não importando o quanto seus instintos gritavam para que o fizesse. Engoliu em seco e virou o olhar para a irmã, que também a encarava. Não possuía ódio no olhar, como a híbrida pensara, apenas o desejo enorme de ir para casa, junto com todas aquelas outras emoções trituradas como um suco. Entrelaçaram os dedos, nenhum ruído sendo ouvido além da respiração descompassada do homem e os passos pesados contra o gramado.

Após alguns minutos de caminhada, o homem parou, e um dos pés descalços de Jihye tocou uma superfície de madeira áspera; haviam finalmente chegado a algum lugar. Mas para um lugar tão longe daquela pequena cidade, o "finalmente" não se aplicaria bem para as duas. Mas suas costas doíam, assim como os músculos das pernas, braços e pescoço, fatigados de tanto lutar para fugir.

A porta foi chutada e então adentraram uma construção escura e que cheirava a madeira podre. O interior era um completo caos: mesas, cadeiras, jarros de porcelana, tudo estava em pedaços pelo chão, quebrados várias e várias vezes; nas paredes, havia rachaduras nas placas de madeira, e em alguns pontos até mesmo buracos pequenos do tamanho de punhos. no canto jazia um sofá coberto por um lençol azul e era ocupado por dezenas de garrafas, algumas delas quebradas.
Jihye e Eunchan foram jogadas no chão, fazendo um baque surdo contra o carpete imundo e úmido. As duas rapidamente engatinharam uma para os braços da outra, enquanto gradualmente recuavam o máximo que podiam. O homem ficou estático na frente delas, as analisando enquanto o peito subia e descia com ferocidade.

- Vocês... quem são vocês? - Ele grunhiu alto, a voz ecoando pelo local. As duas não responderam, e ele puxou os próprios cabelos num gesto de fúria. Se agachou na frente das duas, as olhando como se fossem duas presas indefesas. - Eu não quero ter que repetir as coisas. Respondam.

Jihye deu um grito abafado, se segurando mais na irmã. Eunchan a protegeu, tentando encontrar a voz para responder aos gritos.

- S-somos... - Ela parou por um segundo, e o homem levantou a sobrancelha. - Chahyeong e Sohyeong.

Jihye deu uma rápida olhada para a híbrida, que apenas lhe deu um aperto no ombro, como se dissesse a ela que tinha tudo sob controle. E estava rezando para que realmente tivesse, pois não sabia se o homem aceitaria aqueles nomes falsos, mesmo que essa fosse a principal orientação de seus pais se algo acontecesse a elas. Para o alívio das duas, ele passou para a próxima pergunta.

- Qual a relação de vocês com Jisung? – Ele indagou, fazendo uma careta ao dizer o nome do pai, como se fosse desgostoso à boca. Aquilo despertou um fio de raiva no peito de Eunchan, mas não iria contradizer o homem, não depois com o que tinha feito à Jihye.

- Ele é nosso pai, senhor.

- Então ele teve filhas... inacreditável. – Ele olhou para baixo, dando uma risada sarcástica. – Não me surpreende que ele teve duas criaturas como vocês. Se ele ainda vivesse aqui, não teriam chance. E agora estão aqui, me irritando ainda mais.

- C-como assim? – Jihye sussurrou com a voz rouca, e ele as encarou com escárnio.

- Na verdade, ele nem teria chance em primeiro lugar. Foi tudo culpa daquela desgraçada que o protegeu. Maldita, traidora... – Ele começou a resmungar mais xingamentos para essa tal pessoa, como se as duas nem estivessem mais ali, seus punhos gradualmente se fechando de maneira mais apertada, até os nós dos dedos esbranquiçarem. Subitamente, quando as duas tinham certeza de que ele iria socar a coisa mais próxima dele, ele se virou para elas, que recuaram mais um pouco para trás. – Será que as filhinhas daquela praga gostariam de ouvir uma história? Sobre como tudo teria dado certo em nossas vidas se ele nem tivesse sobrevivido e fugido daqui?

Eunchan arregalou os olhos, sentindo os olhos se encherem de lágrimas novamente. Por que ele falava tais coisas sobre o pai das duas? Logo ele, que era certamente uma das pessoas que as duas mais amavam? Se havia algo que ela não queria ouvir, era aquela história. Porém, se manteve calada por medo.

- Sabe, eu e a minha “esposa” sempre quisemos ter uma criança, é verdade. Alguém que finalmente pudesse colocá-la dentro de casa e parar de ir para o meio do fogo aberto, deixando tudo por conta da irmã irritante dela, que praticamente morava conosco. Eu me preocupava com ela, antes de saber de tudo. Um dia, ela declarou que estava esperando, logo depois de voltar da vila vizinha. Eu havia suspeitado, e quando “ele” nasceu, tive mais certeza ainda de que eu não era o pai. Filho de um qualquer, que nunca teve dignidade suficiente para assumir a praga que ajudou a criar. Mas, devem estar se perguntando como eu soube, assim que eu coloquei os olhos nele.

As duas não disseram nada, apenas continuaram ouvindo. Estavam em choque, nunca haviam ouvido diretamente sobre alguma história de traição, especialmente vinda do próprio. O homem deu uma risada, e apontou para o topo da cabeça.

- As orelhas. Sabe, não recebemos traços dos pais, apenas da mãe. Mas, herdamos as orelhas, de maneira extremamente semelhante. Aconteceu de o desgraçado ter orelhas de esquilo, coincidência suficiente para que a traição não fosse óbvia demais, mas elas possuíam uma marca de nascença, tão aparente que nunca poderia me pertencer. Já posso ver que ele realmente é diferente, vocês duas são iguais a ele, até mesmo as mesmas anormalidades.

“Tentaram sacrificá-lo, e eu secretamente concordei, porém ela ainda quis que ele vivesse, sabendo que não poderia ter mais filhos. Eu disse que não cuidaria dele, e mesmo assim ela não parou de trabalhar, indo e voltando das vilas com mais frequência, como se nenhuma das minhas ameaças importasse. Mulherzinha insolente... No dia em que ela morreu, não consegui me segurar e comemorei. Finalmente me livrei daquela traidora e, consequentemente, me livraria daquela praga. Mas claro, a irmã dela teve que atrapalhar tudo. Fingiu ser a mãe dele, já que eram gêmeas como vocês. Quando perdi a paciência com ela, disse que fugiria com Jisung. ‘Vá logo, não aguento mais ver a cara de vocês!’, eu lembro bem de dizer; nunca havia dito palavras tão verdadeiras. Mas adivinha o que a vagabunda fez? Foi embora sozinha, me deixando com o garoto. Ela sabia que eu seria morto se eu acabasse com ele, e me obrigou a ficar com ele.

“Foram os anos mais horríveis da minha vida. Acordar todo dia e olhar para uma criança que não era sua e ainda se parecia com aquela traidora... fiz de tudo para me livrar dele. Um dia, até coloquei pedras em seus bolsos no dia em que foi nadar no lago, mas um amigo idiota dele o salvou. Quando ele foi embora, ah... nunca fui tão feliz. Me sentia livre como nunca, e toda vila também se aliviou comigo. E agora, quase oito anos depois...

Ele se virou para as duas, que choravam em silêncio. Ele se aproximou e puxou as orelhas de Eunchan, o que a fez fechar os olhos com força por causa da dor. Ele tocou a parte central delas, onde realmente havia uma marca de nascença.

- Vocês duas estão aqui. Provavelmente, se a vissem andando pela vila, especialmente a anormal sem orelhas aí – Ele soltou Eunchan e apontou para Jihye, que se encolheu ainda mais nos braços da irmã. – Teriam feito coisa pior. Eu não me importaria nem um pouco, odeio crianças. Mas... odeio que me façam perguntas.

Ele enfim se levantou, virando-se para a porta. Ele as encarou mais uma vez, claramente dizendo “se moverem um dedo sequer, nada de bom acontecerá”. Ele puxou uma caixa amassada de cigarros do bolso e fechou a porta atrás de si, deixando apenas uma estreita brecha, que era a única fonte de luz fornecida para o cômodo único. As duas irmãs soltaram a respiração que nem mesmo haviam percebido segurar. As duas se abraçaram com força, soluçando uma no ombro da outra.

- D-desculpe, Ji. Por favor, m-me desculpa. – Ela suplicou, se soltando da irmã e se abaixando para checar a barriga dela. – E-ele te machucou muito?

- Não, foi só um beliscão. – Ela disse, levantando a camiseta e revelando o local avermelhado, mas que não parecia tão sério.

- Mas você gritou tanto!

- Eu queria chamar a atenção das pessoas naquela vila, mas pelo visto eles tem o sono tão pesado quanto o seu. – Ela disse, limpando as lágrimas. Olhou para Eunchan, que ainda chorava sem previsão de parar. Ela limpou suas lágrimas e ajeitou seu cabelo. – Me desculpa também, Eun. Eu não devia ter dito aquelas coisas feias para você.

- E-e nem eu. Desculpe, eu sei que sou uma boba que nos colocou nessa situação. E ainda nem sei onde o Kevin foi parar. – Ela disse, dizendo “desculpa” mais algumas vezes. Não conseguia pensar, no entanto, em algo que pudesse fazê-la se redimir em pelo menos um porcento. Porém, Jihye sorriu para a irmã.

- Vamos lá, você é a mais velha, e a mais corajosa. Vamos nos proteger, custe o que custar.

Eunchan concordou, abraçando mais uma vez a gêmea e se sentindo uma completa idiota. Prometeu a si mesma que nunca mais sentiria inveja dela ou esconderia as coisas, afinal, eram irmãs. E pensariam num jeito de sair dali. Se desvencilharam, mas ainda mantiveram as mãos unidas. Partiram para outro tópico da conversa, enquanto ainda tinham tempo antes do homem que, aparentemente, era seu “avô”, voltasse para dentro.

- Será que o papai era uma pessoa tão ruim assim para fazer aquele homem tão infeliz, que queria até mesmo afogá-lo? – Jihye questionou, descansando o queixo nos joelhos. Eunchan negou veementemente.

- Ele já é infeliz por si só. E não importa quem o papai era, mas sim quem ele é. E quem o papai Han é? – Eunchan perguntou, esperando que a gêmea completasse a frase.

- Um dos melhores pais do mundo, junto com o papai Minho. – Ela disse com um sorriso; era uma frase que as duas diziam com muita frequência para os dois, mesmo quando não era dia dos pais. De repente, seu sorriso morreu e sua expressão se tornou sombria. – Será que eles vão nos encontrar?

- Vão sim! – Ela exclamou, não tão alto para que mais alguém além delas ouvissem. Ela se aproximou da irmã, alisando seus fios úmidos de suor e com algumas folhas presas a ele. – Veja, se o que aquele homem disse for verdade, o papai deve conhecer essa área. Se ele veio parar na nossa casa, então deve ter vindo pelo mesmo caminho que nós. Não se preocupe.

- Ele também me chamou de anormal. – Ela acrescentou, e Eunchan levantou as sobrancelhas, apertando sua mão. Agora deve saber como é, ela pensou. Porém, no momento seguinte, afastou o pensamento. Ela não desejaria aquele sofrimento para ninguém, principalmente para a própria irmã. Se era ela que tivesse que passar por tudo aquilo para que Jihye fosse feliz, então que assim fosse. Não iria deixar que a machucassem novamente, nunca, nunquinha.

As duas surpreendentemente acabaram adormecendo, uma se apoiando na outra pela falta de encostos, mas ambas se sentindo minimamente seguras por terem uma ao lado da outra.
 
  


Notas Finais


acho q agr temos algumas explicaciones para lo que acontecerá, chicxs !!!!!! sim, eu tbm acho vilão com monólogo clichê, mas eu sou um clichê e é o q tem pra hj skkssksks

se algo não ficou claro, pfv mandem mensagem ou um comentario q eu to prontissima pra ajudar :)

e tbm mandem forças pras minhas provas finais e q eu passe senão vcs ficam sem capítulo por pelo menos um mês skskkssksksks se vc tbm vai fzr prova, estuda bastante q vc é capaz de td te amo to aq por vc <3

mt mt obg por ler e até o próximo capítulo! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...