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História My Little Star - Não quero que o sol brilhe, eu quero fazer amor.


Escrita por: PrettyJackson

Notas do Autor


Eu mesma não acredito no quanto o tempo passou tão rápido desde a última vez que postei um capítulo. Vocês me perdoam? Aliás, ainda estão por aqui? Eu espero realmente que sim. Acho que dispensam saber todas as razões que me fizeram demorar tanto tempo para trazer algo novo para vocês, né? rs
Mas ainda assim, há ao menos uma dessas razões que eu preciso que saibam: a perceber pelo capítulo anterior, dá para supor o que vem por ai, né? E gente, eu tenho que falar........ Eu tenho muita dificuldade em escrever esse tipo de conteúdo. KKKKK E sou muito exigente comigo mesma. Não sei dizer quantas vezes eu sentei para escrever e mesmo depois de horas, não consegui produzir mais que duas linhas. Bem, até que saiu. E eu espero de todo coração que apreciem este capítulo.
Tenho sugestões de músicas nas notas finais para ouvirem enquanto fazem a leitura. São músicas que me ajudaram muito na composição desse capítulo. Vou colocá-las em ordem de acordo com os acontecimentos. Vocês vão saber a hora de mudar a trilha sonora. Hihihi
E outra sugestão que eu dou é ler ao menos o capítulo anterior antes deste, pois as conectarão ainda mais aos acontecimentos deste.
Até as notas finais, meninas. Boa leitura.

Capítulo 30 - Não quero que o sol brilhe, eu quero fazer amor.


Fanfic / Fanfiction My Little Star - Não quero que o sol brilhe, eu quero fazer amor.

Capítulo - 30

... Michael manteve-se em silêncio por mais alguns segundos, olhando fixamente nos meus olhos, e então, calmamente sussurrou: 

— Eu... Sempre me orgulhei da minha capacidade de encontrar palavras certas para cada momento. Mas hoje não. Não sei como responder a tudo que você me faz sentir. O seu amor me emociona, Hellen. Me deixa mudo. — E enfatizou. — Entenda, eu disso mudo, não perdido. Com você eu nunca me perco porque você me acha. Mas perco as palavras... Porque você é intensa e ama intensamente. Você é inteira, é real. E eu amo... Amo cada pedacinho de você, Hellen. Absolutamente. Você é a Rainha do meu coração. 

“Você é a rainha do meu coração.

Rainha do meu coração.

Meu coração. ”

Que responsabilidade imensa. Alguém pode entender a importância que isso tem?

Ser a rainha do coração de alguém.

A pequena frase se repetiu em minha mente, uma, duas, três vezes... infinitas vezes. Eu não contei, mas sei exatamente o que me fez sentir. Porém, não consegui expressar nenhuma reação de imediato porque em minha cabeça tudo já estava acontecendo. Aquela frase numa fração de segundos me conduziu nitidamente a lembrança da primeira vez que fiquei sob os olhos dele, e de quando tocamos as nossas mãos pela primeira vez. Eu me lembro de pensar quão frágeis pareceram-me suas mãos, para no instante seguinte descobrir quão forte era o aperto delas.

E quem de nós dois poderia imaginar que aquele encontro marcava o início de uma história de amor entre nós? É correto afirmar que, nenhum de nós dois poderia imaginar tal coisa. Mesmo eu já o conhecendo através da mídia, e como qualquer fã tendo um dia fantasiado em meus sonhos de adolescente uma tórrida paixão com o meu ídolo. A verdade é que, mesmo que eu já tivesse fantasiado momentos incríveis ao lado dele, nenhuma fantasia se assemelhava a realidade que estávamos vivendo.

Com tudo, eu aprendi que a vida é uma maravilhosa constante de acontecimentos extraordinários. Um mistério num mar de espaço chamado tempo.  Michael e eu nascemos tão diferentes, em lugares tão distantes... E eu me pergunto em que momento o destino decidiu que seria bom unir as nossas vidas e transformar esse encontro em amor?! Amor; o maior e mais puro sentimento que um ser humano pode experimentar. E quando se tem um amor assim, o tempo é um problema. Eu sempre senti que uma vida era pouco para amá-lo, mas ainda assim, uma única vida ao lado dele valia por mil outras existências em que eu tivesse de viver sem ele. Independentemente do tempo e lugar, Michael sempre seria a minha realidade. Ele sempre seria a minha escolha; porque não há razão maior para viver e nada mais belo que amar e também ser amado.

— Você sempre me deixa sem palavras. — Exclamei calmamente, sentindo o toque dos dedos dele, longos e finos deslizando sobre a maçã do meu rosto.

— Não diga nada. — Sussurrou firmando intimamente seus olhos nos meus, aquele olhar carinhoso que me aquecia por dentro. Eu sorri tocando as mãos dele com as minhas sobre o meu rosto, carinhosamente entrelaçando os nossos dedos junto aos nossos corações acelerados. Michael apertou seus dedos nos meus e lentamente uniu sua testa a minha, nos obrigando os dois a fecharmos juntos os nossos olhos.

As mãos apertadas. Corações palpitantes. As respirações confusas e apressuradas. Os olhos espremidos e um silêncio profundo de palavras. Dois corpos unidos ao ar frio da noite, embalados pelos sussurros dos ventos, e de repente rumores de trovões que sobre as nossas cabeças estalaram cruzando os céus. Nós dois trememos sem nos movermos um único centímetro, e sorrimos de olhos fechados.

— Vai chover. — Michael sussurrou, os olhos ainda cerrados.

— Vai... — Respondi com os meus também fechados.

— E vai nos molhar.

— Sim.

— É o que você quer?

— É o que eu quero. — Sussurrei devagar. — Exatamente como estamos.

— Ela pode demorar a chegar.

— Você aguenta esperar?

— Eu não sei se eu consigo. — Michael murmurou baixo. E a entoação pesada de sua voz me trouxe prontamente recordações da primeira vez que nos amamos em Neverland. O meu coração bateu mais rápido, e a mesma frequência dos sentimentos imediatos que o fizeram disparar desceram como borboletas para o meu estômago.

— Por que não? — A minha voz quase não saiu. Mas foi como a dele soou em seguida que me deixou muda de palavras.

— Porque eu quero fazer amor com você. — A voz dele emergiu grave. Tão grave que me deixou atordoada. Jamais ouvira sua voz soar tão forte, pesada e deliciosamente rasgada. Sem contar 1 segundo eu abri os meus olhos. Vi os dele cerrados. Os lábios semiabertos. A respiração curta e rápida subindo e descendo sob a camisa fechada. As pontas dos cabelos cacheados caídos sobre os ombros, largos e másculo. E vi a mim, completamente apaixonada por ele; o homem que por muitas vezes eu fingi não sentir o meu coração disparar ao vê-lo chegar. O homem pelo qual eu chorei por não poder abraçar e dizer o que eu sentia. O mesmo homem pelo qual infinitas noites eu queimei desejando um beijo e muito mais que isso... esse homem agora estava ao alcance dos meus braços e dos meus beijos, compartilhando o mesmo desejo intenso e pesado que tinha nos dominado desde o nosso primeiro encontro aquele dia.

Michael abriu os olhos e com um magnetismo indubitável firmou-o nos meus. Presa àqueles olhos quase hipnóticos, eu vi suas pupilas ligeiramente se dilatarem no centro da íris, demonstrando todo o desejo de sua carne sobre mim. — Não quero fingir que resisto a você, porque eu não resisto. Eu quero sentir o seu corpo, Hellen... estremecendo sob o meu. — A minha respiração pesou, o meu corpo pesou, a minha cabeça girou... Meu Deus, Michael! Foi quase como uma explosão no meu corpo. Ele sabia usar as palavras, e somando isso ao flerte dos olhos dele, foi impossível manter-me sã diante daquele homem. Eu confesso que mal podia esperar para tê-lo em mim. E confesso que puxar o ar para os meus pulmões a partir daquele instante foi muito mais difícil. Michael também não conseguia esconder o quanto àquilo o agradava, sentindo-se tão vitorioso, “oh, sim, eu a tenho sob o meu domínio”. Era verdade, mas ele não sabia, ainda, o quanto eu poderia ser implacável uma vez que eu estivesse decidida a devolver toda aquela provocação. Ele também se surpreenderia.

— E como deseja fazer isso? — Provoquei. Eu realmente queria atingi-lo, atingi-lo profundamente. Alcançá-lo de uma maneira como nunca feito antes. Percebendo isso, Michael discretamente sorriu como se dissesse que aceitava o meu desafio. Apertou seus lábios um contra o outro, umedecendo-os com a própria língua, e sustentando um olhar cínico, ele elevou o nível do desafio.

— Primeiro, eu vou experimentar a textura do seu corpo nas minhas mãos. — Ele disse soltando lentamente suas mãos das minhas, fechando-as devagar, mas com força em cada lado dos meus quadris. — E na minha língua. — Beijou o meu ombro e arrastou a ponta da língua sobre a minha pele até a minha orelha. Eu suspirei sentindo o meu corpo fraquejar, completamente arrepiado ao ser inesperadamente tocada daquela maneira.

— Continua... — Pedi, percebendo surgir um pequeno sorriso nos lábios dele, sobrepujando sua primeira vitória sobre mim.

Visivelmente seduzida, aguardava ansiosa pelo próximo passo que ele daria quando a então prometida chuva verteu seus primeiros pingos gelados sobre nós, tornando-se densa em poucos segundos. Sem ter para onde fugir, eu me agarrei ao Michael que, parcialmente molhado, gargalhou baixo me abraçando.

— Vem aqui. — Michael cuidadosamente apoiou seus braços sobre os meus ombros, tentando abrigar-me da chuva, em seguida me fazendo deitar a cabeça em seu peito ainda seco e quente. Beijou-me sobre os cabelos molhados e se curvou deitando a sua cabeça sobre a minha. O cheiro de terra molhada se espalhou pelo ar, de folhas, de mato..., mas nada era tão bom e agradável para mim quanto o perfume e o calor que eu sentia no corpo dele. Eu fechei os meus olhos, lentamente roçando o meu rosto no peito dele, sobre o tecido da camisa. Michael suspirou, e discretamente fechou suas mãos nos meus braços, pressionando-os lentamente com os seus dedos. Eu sorri, percebendo que aquilo o agradava, então, com as pontas dos meus dedos, ousadamente eu abri um dos botões de sua camisa e o beijei, tocando os meus lábios frios em sua pele quente. Outro suspiro ecoou, dessa vez através dos lábios dele. Michael queimava, assim como eu.

— Eu amo você, Michael. — Sussurrei baixinho, roçando os meus lábios no peito dele. — O seu corpo, o seu calor... O seu cheiro. — Baixando os seus braços, Michael encarou os meus olhos e a chuva gelada inundou o meu rosto, fazendo os meus cabelos molhados escorrerem sobre ele.

— Mulher linda... — Ele sussurrou, apertando suas mãos em mim. — Eu poderia te fazer minha agora mesmo, Hellen, bem aqui onde estamos. — Uma atração tão séria e tão forte quanto a nossa, de fato, era quase impossível não nos rendermos as loucuras de nossas vontades.

— Você não faria isso.

Michael sorriu, aquele tipo de sorriso em que se mostra apenas a curva dos lábios, e prosseguiu concupiscente. — A verdade é que eu perdi as contas de quantas vezes, hoje, eu desejei cometer essa loucura; te possuir aonde estávamos. Como no hospital, quando eu vi você entrando por aquela porta completamente molhada... eu tive que me controlar...

— Você não precisa mais fazer isso... — Eu o interrompi, incitando-o mais.

— Não me teste, Hellen.

— É exatamente o que eu estou fazendo, Michael. — Sussurrei fechando uma das minhas mãos entre as suas pernas. Michael fechou os olhos deixando escapar um breve gemido de seus lábios apertados, e eu me senti vitoriosa ao senti-lo inteiro, forte e completamente meu, em minha mão. Porém, o que eu realmente tinha feito ali, era despertado o lado dominante daquele homem.

— Está pronta para mim, Hellen? — Ele disse abrindo os olhos, fitando os meus, ofegante, mas ainda no controle. — Não adianta esconder. Eu sei que está. Você está pronta para mim, que eu sei. Eu poderia levantar seu vestido agora bem devagar e sentir o quanto você está úmida, só para te mostrar como eu sei.

Ele tinha toda razão. Eu estava derretendo; nunca antes, tinha sentido tanto desejo por um homem. Tanta vontade de me envolver e ser apertada, amassada, beijada, mordida. Eu não sei quão visível era isso em meus olhos, mas ele sabia. Sem se afastar, Michael me segurou e me fez girar, fazendo eu parar de costas para ele. Colou-se em mim, pressionando-se devagar em meu bumbum enquanto mantinha seus lábios bem próximo ao meu ouvido e as duas mãos sobre a minha barriga.

— Está me sentindo, Hellen? — Perguntou, movendo-se bem devagar. E um gemido abafado escapou dos meus lábios. — Responda. — Ele insistiu.

— Sim. – Respondi num sussurro.

— Está sentindo meu domínio?

— Sim.

— Está totalmente úmida para mim?

— Sim.

— Vai me dar o que é meu, Hellen?

— Sim, Michael. — Ele sorriu ladino, me fazendo olhá-lo de lado. E tão veloz quanto a chuva me congelou, eu senti o meu corpo queimar com o beijo quente e apaixonado que ele me deu. A sensação dos lábios dele naquele instante foi algo mágico; as gotas da chuva pareciam pingos de neve derretendo sobre o meu rosto, congelado os meus lábios, mas quando Michael os tomou para si, tudo o que eu senti foi o encaixe macio de sua boca derramando seu gosto quente e molhado na minha. Eu vibrei por dentro, completamente. Cada parte do meu corpo pulsou ardente de desejo. E ele sentiu isso. Olhou nos meus olhos separando os nossos lábios, puxou o ar pela boca como se o mesmo tivesse pesado demais para os seus pulmões. E com aquele mesmo tom rasgado em sua voz, ele sussurrou:

— Vamos sair daqui.

Michael segurou em minha mão e partimos em direção ao carro, onde entramos completamente molhados.

— Para onde, Sr. Jackson? — Perguntou o motorista.

— Para o hotel, Tom, por favor. — Michael respondeu se voltando para mim. Ele olhou nos meus olhos como se esperasse que eu aprovasse a sua decisão, então eu sorri deixando claro para ele o quanto eu também desejava aquilo. Uma conversa breve através de olhares que nos fez entender o quão conectado estávamos. Ele sorriu, passando um de seus braços atrás das minhas costas, me fazendo apoiar a cabeça em seu ombro.

Algum tempo depois, a caminho do hotel, Michael carinhosamente tocou o meu rosto com as pontas dos seus dedos, me fazendo elevar a cabeça e olhar em seus olhos. Então, para que apenas eu o escutasse, ele sussurrou:

— Eu quero fazer amor com você, Ellie, até o amanhecer.

Michael foi tão espontâneo, tão inesperado que eu perdi as palavras, como se um choque tivesse atravessado o meu corpo deixando a minha cabeça adormecida. Eu fiquei muda. O que eu poderia dizer? Nenhum convite para o sexo jamais me soara tão lindo e desejado. Sem uma resposta que eu pudesse dar-lhe em palavras, fitei seus belos lábios vermelhos e o beijei com tanta paixão que o ouvi gemer, baixinho, através do beijo, deixando claro para ele o quanto aquele momento era também esperado por mim.

Quando finalmente chegamos ao hotel, entramos com o segurança pelas portas dos fundos e subimos no elevador até o último andar, onde os corredores estavam vazios. Nós dois saímos, a porta do elevador outra vez se fechou e com ele o segurança desceu. Eu olhei para o Michael, ele estava parado, olhando para mim de soslaio enquanto tentava abrir a porta do quarto. O meu coração pulsou gelado, e ele sorriu, como se soubesse o que eu estava sentindo.

— Por favor. — Ele disse ao abrir a porta de sua suíte, me permitindo adentrar primeiro o interior do quarto. A primeira coisa que senti foi o cheiro acentuado do perfume dele pairando pelo ar. E saber que aquele cheiro logo estaria impregnado em cada parte do meu corpo me fazia arder por dentro.

Enquanto Michael fechava a porta, eu parei quase ao lado da mesma observando o interior do quarto, imenso e elegante, com janelas que iam do teto ao chão e ofereciam uma vasta visão de Manhattan, naquela noite, irradiante e chuvosa.

Há alguns metros de distância das enormes janelas de vidro respingadas de chuva, eu pude ver as luzes da cidade, pequenos pontinhos borrados e brilhantes tremulando no ar frio do lado de fora. — É tão lindo. — Sussurrei, voltando a minha atenção finalmente para o Michael ao meu lado. Ele estava parado perto da porta, as mãos escondidas dentro dos bolsos da calça e os olhos fixos em mim. Seu olhar expressivo me fez vibrar por dentro, e antes que eu pudesse dar um passo para me aproximar dele, ele mesmo se moveu em minha direção e parou junto de mim, me permitindo ver fora das sombras do quarto a sua respiração visivelmente desregulada subindo e descendo sob a sua camisa. Lentamente ele tocou as laterais dos meus ombros e arrastou do meu corpo o seu casaco molhado, abandonando-o sobre o encosto de uma cadeira qualquer. O ar que já era frio tornou-se ainda mais gelado, e cada parte do meu corpo estremeceu arrepiado.

— Você está bem? — Michael perguntou, fechando suas mãos em minha cintura.

— Estou... — respondi, sentindo-o lentamente me levar até a parede e pressionar-se em mim.

— Feche os seus olhos. — Ele pediu, pousando os lábios no meu pescoço. Eu suspirei e obedeci, fechando os meus olhos. — Está sentindo isso, Hellen? — Perguntou, arrastando sua mão direita em minha coxa e afundando seus dentes em minha carne. Eu gemi baixo fechando as minhas mãos nos ombros dele, puxando-o mais para perto de mim. — É isso que o meu amor pode fazer. — E arrastou sua mão em minha perna, erguendo-a com o meu vestido.

Uma verdade sobre o Michael é que, embora fosse do conhecimento de todos o seu caráter naturalmente sensual em contrapartida com uma personalidade discreta e tímida, o que poucos sabem é que Michael estava muito além de tudo aquilo. E, embora eu já tivesse percebido isso em nossa primeira noite juntos, em Neverland, foi naquela noite em Nova Iorque que ele realmente se mostrou para mim. Revelando o homem que numa explosão de sensualidade transcendia nos palcos quando dançava; um Michael quente, dissoluto e extremamente carnal. Um amante insaciável e lascivo.

Mas afinal, o que se poderia esperar de um homem capaz de fazer todas aquelas incitações em cima de um palco?

Ao erguer o meu vestido, Michael fez o seu próprio caminho. Arrastou sua língua sobre o meu pescoço até o meu queixo, deixando o seu rasto molhado em minha pele até encontrar os meus lábios entreabertos, ávidos de desejo. Sugou a minha língua para dentro de sua boca enquanto abria o botão e o zipper de sua própria calça, deixando-a parcialmente aberta. Outra vez ele desceu sua mão direita pela minha coxa e a subiu pela parte interior até encontrar a minha lingerie, ele parou e roçou o dedo sobre ela, sentindo a minha umidade atravessar o tecido da minha calcinha. Sim, eu estava mais que pronta para ele. Michael olhou nos meus olhos, o maxilar travado, os olhos em chamas enquanto seus dedos longos arrastaram a minha pequena veste para o lado. Eu não conseguia controlar a minha respiração, e tampouco o Michael que respirava através dos lábios entreabertos. Calculando seus movimentos como se fosse uma de suas danças, Michael fechou sua mão esquerda no meu bumbum, dobrou um pouco seu joelho esquerdo e baixou sua calça até que fosse possível eu sentir entre as minhas pernas o seu calor pulsante. Quando eu o senti, quente e rijo eu fechei os meus olhos, mas não era assim que ele queria.

— Não feche os seus olhos. Eu quero vê-la... do momento em que eu entrar até o instante de sua queda. — Ele ordenou.

Eu não estava em condições de negar a nada. Para ser sincera, eu sequer conseguia pensar em nada além da vontade intrínseca de senti-lo em mim. Eu abri os meus olhos. Michael estava quente. Ele estava pronto. Me tomou tão forte e repentinamente que o meu corpo inteiro enrijeceu em seus braços, mas os meus olhos não se fecharam. Michael segurou seu movimento e esperou, olhando nos meus olhos, até sentir o meu corpo suavizar. Com os olhos profundamente presos aos meus, ele lentamente começou a se mover, apertando suas mãos em minha carne e o meu corpo contra a parede. Fui obrigada a fechar os meus olhos, sentir ele no tato enquanto as minhas mãos se arrastavam sobre as suas costas. Me inebriar pelo cheiro do corpo dele enquanto os nossos sussurros se misturavam ao som da chuva. Nós nos amamos na urgência do nosso desejo, tendo este sido negado desde o início do nosso encontro aquele dia. Nós nos amamos sem controle, guiados com ferocidade pela força primitiva dos nossos anseios. Amar sem pensar. Sem controlar. Sem vergonha. Sem medo. Quase selvagem.

— Abra os olhos, Hellen.

Eu abri, para ver a imagem daquele homem mordendo os próprios lábios quando não os tinha em minha pele. Os olhos em chama fitando os meus, inerente. Ele tinha o domínio do meu prazer e o controle do meu corpo no seu. Era impossível eu não me perder, não explodir em seus braços e entregar a ele a minha queda.

— Michael... — Foi num gemido que eu chamei por ele.

— Eu sei... Não tire os seus olhos de mim. — Ordenou forçando-se ainda mais em mim, contra a parede.

— Michael. — Quando eu senti que não tinha mais volta. Eu me entreguei, sem medo e sem culpa, e explodi me apertando nos braços dele, rasgando-lhe a pele. Michael pôs a mão em minha cintura e me amparou em seu corpo sentindo os meus joelhos fraquejar.

— Você é deliciosa, Ellie. — Ele vociferou agarrando com força os meus quadris, sem deter o ritmo dos seus movimentos. Ele tinha esperado por mim, e agora se rendia também a força carnal do seu desejo. Um longo sussurro ecoou pelo quarto. E eu o agarrei, sentindo-o tremer em meu corpo e se desmanchar em mim.

Por um instante o tempo parou enquanto tentávamos respirar abraçados. Michael levantou o rosto do meio dos meus seios suados e sorriu, sinceramente me olhando nos olhos. — Eu te amo.

Eu também sorri, puxando-o novamente para mim. — Eu também te amo, Michael.

***

Arrastados pelo frio, tomamos banho juntos. Um banho calmo, repleto de carícias e beijos longos. Michael saiu primeiro e eu um pouquinho depois. Quando saí, percebi que no interior do quarto havia uma lareira que ele próprio já havia acendido, o som dos estalos da madeira queimando, harmoniosamente se misturava aos pingos da chuva do lado de fora. E por dentro de mim, eu confesso, a paixão também ardia como a brasa que inflamava no interior daquela lareira. Bem perto dali os meus olhos descansaram contemplando a imagem cuja presença fazia-me inconscientemente abrir os lábios num imenso sorriso. Com a postura ereta ao lado da janela, Michael trajava apenas uma calça preta, tinha os cabelos minimamente secos caídos sobre os ombros nus e os olhos distraídos observando a chuva se projetar contra os vidros da janela. Perdidamente apaixonada, eu o observei por longos minutos questionando a mim mesma onde ou com quem estariam os pensamentos dele enquanto os olhos assistiam aos pingos de chuva.

Ele se sente como eu ou realmente está tão longe como diz seu olhar?

Enrolada na toalha e a passos leves eu me aproximei dele, abraçando-o pelas costas. Michael sorriu deslizando as mãos sobre os meus braços em torno de sua cintura e delicadamente me puxou fazendo eu encarar seus olhos castanhos.

— O que ou quem está roubando este homem de mim? — Brinquei retribuindo um selinho que ele me deu.

—  Ninguém além de você mesma.

— Estava pensando em mim?

Ele sorriu novamente, olhando para mim de cima em baixo.

— Por que está enrolada com essa toalha?

— Eu não tenho roupas aqui, esqueceu?

— Não precisa delas.

— Não?

— Não. — Ele insistiu, puxando-a do meu corpo. A toalha caiu e ele se afastou olhando para mim, sem desviar os olhos, sustentando um sorriso extremamente cobiçoso. — Afrodite. — Ele sussurrou. E apesar do sexo selvagem que tínhamos feito a pouco mais de meia hora, o meu rosto queimou. Eu sabia que era um elogio a mim, mas eu realmente fiquei vermelha ao ser observada por ele daquela maneira, completamente nua. — Vem. Deite-se na cama. — Ele disse parado ao lado da mesma. Eu me deitei, confortavelmente, dobrando um dos meus joelhos e abrindo os meus braços acima da minha cabeça. A vergonha da mesma forma rápida como surgiu, num piscar de olhos, desapareceu. Michael ficou parado, olhando para mim sem se poupar reações. Os lábios espremidos entre os dentes. Os olhos ávidos e a respiração outra vez desregulada.

— Você é perfeita. — Eu sorri, lentamente me movendo sobre a cama.

— E toda sua. — Ele sorriu.

— Eu te quero de novo, Ellie. — Sussurrou subindo sobre a cama, abrindo as pernas e os braços em cada lado do meu corpo.

— Não está cansado?

— Não.

— Logo vai amanhecer.

— Eu sei, mas não quero. Não quero que o sol brilhe. Eu quero fazer amor.

— Que bom que você disse isso. — Falei, deslizando as minhas mãos sobre o peito dele. Michael estava tão quente, quase febril. Os lábios meio inchados de tantas vezes que ele mesmo mordeu, vermelhos e molhados, extremamente convidativos. Os olhos... Ah, aqueles olhos suplicantes, ferozes. Eu nem preciso dizer que não resistimos. Nós nos amamos outra vez, mas sem pressa. Apenas a chuva, os estalos da lareira, os enormes lençóis e nós dois, incansáveis. Apaixonados, varando a noite.


Notas Finais


1 - música: https://www.youtube.com/watch?v=xWaGUkMRV8U&list=RDxWaGUkMRV8U&index=1
2 - https://www.youtube.com/watch?v=zC_d37ba1Ck (escutem a voz desse homem nessa música, me inspirou)
3 - https://www.youtube.com/watch?v=IAX8rVcbUIQ (a voz dele aqui também tá incrível)
4 - https://www.youtube.com/watch?v=O8ELJ_Eh8A0

Todas elas me ajudaram muito. Escolham a de vocês.
E me contem, please.
Beijos, meninas. E até breve! <3


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