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História My Little Star - "Give In To Me"


Escrita por: PrettyJackson

Notas do Autor


Olha só quem apareceu para atualizar com menos de um mês? KKKKKK Sim, eu!
Mas vamos ao que interessa?


Boa leitura, meninas. <3

Capítulo 34 - "Give In To Me"


Fanfic / Fanfiction My Little Star - "Give In To Me"

Capítulo - 34

 

27 de Junho – 1992 / 12:21h em Nova Iorque.

Eu havia pulado o meu horário de almoço para terminar mais cedo uma planta na qual eu estava trabalhando. Debruçada sobre a minha mesa, já dava os últimos retoques no projeto quando o meu celular tocou, era um número desconhecido.

— Hellen Miller falando. Com quem eu falo?

— He-Hellen o quê? — Respondeu a voz do outro lado. Uma voz grossa e com sotaque caipira.

— Hellen Miller. Quem está falando?

— Adam Smith.

— Boa tarde, senhor Smith. Com quem o senhor gostaria de falar?

— Eu não sei. — O homem respondeu. — A senhorita quem me ligou.

Eu sorri. — Eu não liguei. O senhor me ligou.

— Está trabalhando, senhorita Miller?

— Sim, eu... Quem está falando? Com quem o senhor quer falar?

— Senhorita Miller?

— Sim?

— Deixe-me dizer uma coisa.

— Pode falar, senhor Smith.

— Eu a observei trabalhando e a senhorita é extremamente sexy quando fica tão séria e concentrada.

— O quê? — Exclamei assustada. — Do que está falando? — Os meus olhos correram automaticamente pelas janelas abertas da minha sala, entretanto, eu estava no décimo andar. — Quem é você?

A pessoa do outro lado da linha começou a rir, mas para mim não tinha graça o que estava acontecendo, o meu coração estava disparado e sem pensar duas vezes, eu encerrei a chamada. O celular tocou novamente. — Número desconhecido. — Eu hesitei por alguns segundos, mas decidi atender outra vez, fazendo uma ameaça.

— Se você continuar com isso eu vou chamar a polícia! — Falei com firmeza, o homem gargalhou novamente e ainda mais alto, foi então que eu finalmente reconheci o riso do outro lado da linha. — Oh, meu Deus! Michael?

— Sim. — Ele gargalhava.

— Eu não acredito que você fez isso comigo! — Eu finalmente sorri aliviada, porém ainda tremia e tinha os batimentos cardíacos acelerados.

— Jura que não reconheceu a minha voz?

— Michael Jackson não tem aquele sotaque caipira. — Gargalhei baixinho. —  Você me assustou pra caramba.

— Me desculpe, amor. Mas foi engraçado.

— Quando você disse “eu a observei trabalhando” eu fiquei em pânico.

— Daria tudo para ter visto a sua expressão.

— Imagine a mais assustada possível.

Sorrindo, Michael se recompôs. — Me desculpe.

— Passado o susto, tenho que admitir que foi até engraçado ouvir o seu “sotaque caipira”.

— O sotaque caipira é invenção, mas as palavras que eu disse não são.

— Como assim?

— Eu realmente a observei trabalhando quando estávamos em Neverland. E ninguém deveria ser tão sexy enquanto trabalha. É um atentado ao pudor de quem está por perto.

Eu sorri. — Devo lhe informar que o senhor, Mr. Jackson, não tem o direito de protestar.

— Ah, é? E por que não?

— Como pode falar de atentado ao pudor no trabalho quando o SEU, leva mais da metade das mulheres do mundo a querer arrancar as próprias roupas? Eu, principalmente.

Ele sorriu, maliciosamente. — Eu te faço querer tirar as roupas, Ellie?

Eu sorri, fingindo estar arrependida por minha confissão.

— Me responde. — Ele insistiu.

— Sim! Faz...

— E o que mais eu te induzo a fazer?

— A querer arrancar as suas também.

— O que mais?

— Eu não posso dizer agora. — Respondi, sorrindo.

— Só mais uma pergunta.

— Hum?

— Eu te faço chover, Hellen?

Eu sorri, e suspirei mordendo os meus próprios lábios. — Mike...

— Eu faço, Hellen?

— Faz, Michael. Muito.

— Era isso que eu queria saber.

— Você já sabia.

— Eu adoro saber. — Ele sussurrou devagar e então se calou. Nós dois nos calamos, a ouvir silenciosos o manifesto elevado de nossas respirações juntas; ardíamos em desejo, castigados pela distância. E como se já não fosse suficiente, Michael derramaria ainda mais brasa sobre o fogo já aceso. — Eu gravei hoje o clipe de uma das músicas que lancei no meu último álbum. Chama Give In To Me. Você já a ouviu?

— Já. — Eu respondi, quase sem voz.

— Você gostou?

— É maravilhosa. E excitante.

Michael sorriu. — Faz um bom tempo que eu a escrevi, mas, ela jamais fez tanto sentido para mim como agora.

— Por que está dizendo isso?

— Porque eu estou no mesmo nível dela, Hellen... Desesperado.

— Desesperad-

— Ouça. — Ele me interrompeu, pedindo que eu o ouvisse.

Love is a feeling,

O amor é um sentimento.

Give it when I want it,

Dê-me quando eu quiser.

‘Cause I’m on fire,

Porque eu estou em chamas.

Quench my desire,

Sacie o meu desejo.

Give it When I want it,

Dê-me quando eu quiser.

Talk to me, Woman,

Fale comigo, mulher.

Give in to me,

Entregue-se a mim.

Give in to me,

Entregue-se a mim.

 

— Você ta me entendendo?

— Eu...

— Eu nunca me senti tão exposto a tantas emoções e sentimentos diferentes. Nunca, Hellen.

— Está com medo?

— Não! Eu não estou porque é você. Mas eu confesso que tô enlouquecendo aqui, reprimindo todo esse desejo dentro de mim.

— Michael...

— Eu quero você. Eu preciso de você, Hellen. Eu tô viciado em você.

— Não vou perdoá-lo pelas coisas que me fez sentir agora. Vai ser impossível me concentrar em qualquer outro pensamento que não seja você.

Ele sorriu. — Então agora você me entende.

— Isso foi premeditado? — Perguntei, sorrindo.

— Não foi. Mas eu fiz algo que foi sim.

— O que você fez?

— Até amanhã você vai saber.

— Não vai me dizer?

— Eu tenho que ir agora.

— Michael?

— Entro no palco daqui a 30 minutos.

— Michael...?

— Eu te amo. — E desligou.

O restante do dia eu passei tentando trabalhar, em vão. Michael sabia exatamente como mexer comigo.

À noite, após fazer minha visita diária ao Harry e Aretha eu voltei para casa, confesso, pela centésima vez naquele dia, ouvindo give in to me.

— Droga! O que você aprontou?

A curiosidade me corroía de verdade, e até me ocorreu de ligar para ele e importuná-lo até me dizer o que tinha feito, mas seria muito insensato da minha parte quando eu sabia que naquele instante ele se encontrava exausto após o primeiro show de muitos que ele viria a fazer.

Dessa vez passa, Michael. Eu pensei.

Na manhã seguinte nada fora do comum ainda tinha acontecido, e isso perdurou até às 17:00h da tarde, quando Molly bateu na minha porta.

— Senhorita Miller?

— Sim?

— Chegou este envelope para a senhorita. — Disse ela me fazendo desviar a atenção dos papeis sobre a minha mesa para o envelope que ela segurava nas mãos. Eu sorri, pois soube naquele instante que aquilo tinha ligação com o Michael.

— Obrigada, Molly. — Agradeci pegando o envelope com o meu nome.

“Para Hellen Miller.”

Quando li o nome do remetente eu gargalhei sozinha, Michael tinha pseudônimos e um deles era Adam Smith, o mesmo nome com o qual ele se identificara no dia anterior ao me telefonar se passando por outra pessoa.

— Você é terrível, Michael Jackson. — Exclamei sorrindo enquanto observava o envelope, e embora eu estivesse ansiosa por descobrir o que havia no interior dele, tive de esperar para abri-lo pois naquele momento Gilbert acabara de aparecer em minha porta.

— Oi? — Ele disse batendo na porta entreaberta. — Está ocupada?

— Não. — Respondi guardando o envelope em uma gaveta da minha mesa. — Precisa de alguma coisa?

— Sim. — Ele respondeu, porém no mesmo instante o meu telefone tocou, era o Michael, mas eu não poderia atendê-lo na frente do Gilbert, então desliguei. — Eu posso voltar depois. — Ele disse ao me ver interromper a chamada.

— Não é nada demais.  — Respondi, e outra vez Michael ligou, me forçando pela segunda vez a interromper a ligação.

— Eu não quero incomodar. Eu volto depois.

— Está tudo bem. Pode falar.

— É que agora me sinto um pouco idiota de falar isso depois de fazer você interromper duas chamadas.

Eu gargalhei baixo. — Bem... Agora já foi.

— É... — Gilbert sorriu, parecendo de fato um pouco envergonhado por ter me feito dispensar duas chamadas.

— E então, no que posso ajudar?

— Bem, é que faltam 20 minutos para o fim do expediente e eu pensei que de repente você pudesse me dar uma carona. O meu carro está na oficina.

— Sim. Eu posso sim. Claro!

— Obrigado.  E me desculpe por...

— Tudo bem. Não se preocupe. — Exclamei amigavelmente. Mas confesso, com o coração apertado por ter ignorado as chamadas do Michael.

Gilbert saiu e por fim eu concluí que seria melhor abrir o envelope em casa. Então organizei minha mesa, peguei o meu casaco, minha bolsa, o envelope e saí.

Durante o trajeto até a oficina onde Gilbert pegaria o carro, eu o ouvi sobre como estava empenhado a encontrar a pessoa por trás dos problemas causados no projeto do Harry, mas até aquele instante, tanto eu quanto ele não tínhamos conseguido qualquer indício de que alguém o havia sabotado.

— Está difícil provar o contrário. — Disse Gilbert, insatisfeito.

— Eu sei. Aliás, eu não sei! Não sei mais o que fazer ou onde procurar. E não quero colocar o Harry a par de todas essas coisas pois a saúde dele ainda está frágil.

— Com certeza. Você não deve fazer isso ainda. Mas confia em mim, se há um culpado, nós iremos descobrir.

— A sua teimosia é inabalável, não é? — Eu disse, sorrindo.

— Não tanto quanto a sua. — Gilbert gargalhou.

Nós dois realmente nos dávamos bem. E eu estava feliz por tê-lo do meu lado unindo forças para cuidar do Harry e proteger os seus interesses de quem quer que fosse.

Por fim, depois de deixar Gilbert na oficina, eu dirigi até a casa do Harry, como sempre fazia desde que ele havia ganhado alta, porém a visita não durou tanto quanto de costume. Eu tinha um pouco de pressa naquele dia.

Já em casa, mal tirei os sapatos dos meus pés. Joguei minha bolsa e o casaco sobre o sofá e me sentei ao lado com o envelope sobre as pernas. Pacientemente eu o abri, dentro dele havia um pequeno bilhete dobrado junto a uma fita VHS, um CD e uma foto dele com as mesmas roupas que um pouco mais tarde eu descobriria ser o figurino que ele havia usado no videoclipe de Give In To Me.

Eu sorri levando a foto até os meus lábios para beijá-la e então eu senti o cheiro do perfume dele nela. O meu coração instantaneamente bateu acelerado e a saudade doeu profundamente no meu peito. O bilhete escrito à mão tinha o mesmo perfume. E dizia assim:

 

“Queria eu estar agora em suas mãos como este pequeno pedaço de papel. Ah, minha pequena estrela, como você faz falta para mim aqui. Mesmo rodeado de pessoas, os meus dias são carregados de solidão e saudade. Eu tenho me perguntando, quanto tempo um homem apaixonado pode suportar isso?

Espero que goste do vídeo que lhe envio. Você é a minha inspiração.

Ps: Neste cd há uma coleção de músicas que eu mesmo selecionei para que você ouça e se lembre de mim, aonde quer que esteja.

Para sempre seu,

Michael.”

 

Eu me sentei no chão bem junto a TV e coloquei a fita no videocassete, a primeira imagem que eu vi foram os rostos de um homem e uma mulher junto a batida profunda da música, e em seguida o rosto do homem cuja imagem fez o meu coração bater de uma maneira intrínseca e frenética; ainda soava como um sonho ter o Michael daquela maneira em minha realidade.

No vídeo Michael aparecia com os cachos de seus cabelos caídos sobre os ombros, exatamente como ele sabia que eu adorava. As roupas que ele usava também lembrava claramente a que ele vestia no dia em que nos reencontramos no hospital, ocasião na qual eu o elogiei dizendo que o preto o deixava extremamente irresistível. No pescoço havia uma corrente prata cintilando através de suas vestes negras, chamando a atenção para o seu corpo de uma maneira tentadora. Para mim foi incrível perceber todo aquele conjunto de semelhanças, como se tivessem sido premeditadas e manipuladas por ele próprio, para mim. Seria presunção demais pensar assim? Coincidência ou não, foram detalhes que me fizeram lembrar de momentos entre nós dois, detalhes que fizeram eu me render a paixão abrasando dentro de mim. O vídeo terminou, eu, porém continuei ali, sentada sobre o chão, olhando para a TV. O meu peito doía, ardia de saudade e desejo. Era demais para mim.

— Eu preciso de você, Michael, aqui e agora. —  Sussurrei para mim mesma enquanto sentia os meus olhos arderem. De repente o meu celular tocou, e naquele instante eu não duvidei mais que o amor une de uma maneira divina, os corações daqueles que se amam. E quando me dei conta, haviam lágrimas escorrendo lentamente sobre as maçãs do meu rosto.

— Por que você fez isso comigo? — Foi a primeira coisa que eu disse a ele naquela noite.

— Ellie?

— Eu não aguento mais essa distância, Michael.

Ele então compreendeu. — Você assistiu ao vídeo?

— Eu acabei de assistir.

— Você gostou?

— Muito. A música, o vídeo, você tão... Deus! Isso acabou comigo.

— Você está bem?

— Estou com saudade. — Confessei, suspirando baixinho. —  Eu sabia que seria ruim ficar longe de você, mas isso tem tomado proporções tão gigantescas dentro de mim, Michael, tão intensas que chegar a doer.

— É exatamente assim que eu sinto, Ellie.

— Me culpo, porque sei que é por minha causa que não estamos juntos agora.

— Não diz isso.

— É a verdade.

— Você está fazendo o que é preciso ser feito.

— Eu sinto muito por fazer você se sentir assim. É tão ruim.

— Hellen, mesmo agora, enquanto estamos tão distantes, eu não consigo parar de agradecer e pensar o quão afortunado eu sou por ser amado por você e pela graça de poder amá-la como eu amo. Você sabe o quanto isso é incrível? O quanto o NOSSO AMOR é incrível?

— Como fomos ter tanta sorte assim? — Sussurrei, sorrindo.

— Eu não sei. Talvez a gente mereça. — Michael também sorriu. — Onde você está agora?

— Sentada no chão da minha sala olhando para você.

Michael sorriu novamente. — Está cansada?

— Estou, mas não tanto quanto você deve estar. Sei que agora é madrugada aí.

— Eu já estou deitado para dormir. E quero que faça o mesmo. Levante-se daí, tome um banho e descanse.

— Está bem.

— Vai pensar em mim?

— No banho?

— Essa é minha garota.

Eu sorri. — Amo você, Michael.

— Amo você, Hellen.

Michael desligou e eu suspirei fundo, um suspiro gostoso e tranquilo. Larguei o telefone na cama e ansiosa fui tirando as minhas roupas, largando-as pelo caminho até chegar ao banheiro. Abri o armário e peguei o meu aparelho de som portátil e coloquei sobre a bancada do armário. Fui até a banheira e abri as torneiras, enquanto a mesma enchia fui até a cozinha enrolada numa toalha e peguei uma garrafa de vinho com uma taça e coloquei ao alcance das minhas mãos na borda da banheira. Voltei até a minha cama e peguei o meu telefone e o cd que Michael gravara para mim. De volta ao banheiro verifiquei a temperatura da água, a banheira já estava na altura adequada, então desliguei as torneiras e liguei o meu pequeno aparelho de som. A música demorou um pouco a começar; tempo suficiente para eu entrar na banheira e perceber que a primeira canção a tocar foi someone in the dark, e eu sorri, pois era a música que ele havia cantado para mim na primeira vez que compartilhamos a vista do pôr do sol em Neverland. A segunda música foi the lady in my life, seguida de beautiful girl, uma canção que eu jamais tinha ouvido antes, assim como for all time e break of down, eram inéditas, músicas que Michael ainda não tinha lançado no mercado fonográfico. Eu fiquei encantada, para não dizer envaidecida. As músicas eram lindas e as letras... Eu compreendi exatamente o porquê da escolha de cada uma delas.

Quando a seleção terminou, a água já estava morna e eu em paz. Amolecida pela água, pelo vinho e pelas músicas, me permiti ficar um pouco mais na banheira, saboreando o silêncio e os meus pensamentos que eram dele. Passados alguns minutos o meu telefone tocou novamente, e eu sorri pois sabia que era ele.

— É tão bom ouvir a sua voz. — Eu sussurrei. — Mas eu confesso que não está sendo o suficiente para mim hoje. Michael, todas aquelas canções... Eu não sei o que dizer.

— Diga que gostou.

— Ah, Michael... Dizer que gostei é tão... Pouco.

— Não para mim.

— Queria que estivesse aqui...

Michael sorriu. — Ainda está na água?

— Sim.

— Nua?

Eu gargalhei, baixinho. — Sim. Ouça. — Movimentei a água para que Michael ouvisse.

— Não faça isso...

— Completamente nua, Michael. E molhada.

— Saia dessa banheira, agora.

— Está bem. — Eu me levantei sorrindo. Deixei o telefone na pia, peguei a toalha e me enrolei. — Pronto. — Disse pegando novamente o telefone.

— Já se cobriu?

— Já.

— Ótimo. Agora vá se deitar.

— Ainda estou nua, Michael...

— Hellen...

— Nua e molhada... — Sussurrei, sensualmente. E notei nitidamente a respiração dele se aprofundar.

— Inteiramente molhada?

— Inteiramente molhada...

— Faria uma coisa para mim?

— Qualquer coisa, Michael.

— Durma nua hoje, à luz do abajur.

— Para você?

— Sim. Nua para mim.

— Michael?

— Estou aqui, Hellen.

— Estou queimando...

— Por mim?

— Por você.

— Me quer?

— Quero...

— Inteiro?

— Inteiro...

— Deite na cama, Ellie.

— Vai deitar comigo?

— Vou.

— Vai me amar?

— Vou.

— Vai me amar como eu gosto?

— Não. Vou te amar como eu gosto.

Michael ouviu o ranger da cama, e em sussurro, foi me conduzindo para onde queria.

— Solte a toalha. — Atento, Michael ouviu levemente o farfalhar do tecido, misturado à minha respiração profunda. — Feche os olhos. Onde está sua mão agora, Hellen?

— Segurando a toalha.

— Solte-a. E toque seu abdômen.

Eu soltei a toalha e assim que me toquei, chamei por ele.

— Michael...

— Estou aqui, Ellie. Estou te ouvindo...

— Estou queimando, Michael...

— Leve sua mão até seus seios, Ellie. E toque-os... Toque-os como eu os toco.

Eu subi a minha mão e deslizei a palma sobre os meus seios. Minha respiração aumentou, e eu pude sentir claramente a minha própria reação.

— Está sentindo-os, Ellie? Sinta a delícia que eles são quando estão prontos para mim. Não são lindos, Ellie? Eles são tão lindos quando me esperam...

— Michael...

— Estou contigo, Ellie. Estou aqui. Está tocando-os?

— Estou...

— Está deslizando a palma da mão sobre eles como eu faço?

— Sim...

— Imagine os meus lábios sobre eles, molhando-os inteiro... Levando-os para dentro da minha boca... Eu poderia mordê-los agora, só para sentir sua pele arrepiar. Quer que eu os morda, Ellie?

— Sim, Michael...

— Então sinta...

Um leve gemido escapou dos meus lábios e Michael perdeu a voz. Ficou em silêncio ouvindo a minha respiração e os leves gemidos vindo do outro lado da linha.

— Está pronta, Ellie?

— Sim...

— Leve a mão até seu ventre...

Michael ouviu outro gemido leve. Sua voz tornou-se profunda e seu corpo tremeu.

— Toque-se, Ellie... Sinta como você é quente e macia... Sinta o porquê eu enlouqueço para ter você.

— Michael...

— Venha, Ellie. Me dê o que é meu...

E eu suspirei, permitindo escapar gemidos cada vez mais altos.

— Ó, Deus... Continue, Ellie. Toque-se para mim... Me deixa te ouvir...

— Michael...

— Venha. Para mim... Inteira... Linda... Venha, Ellie...

— Michael...

— Não pare. Eu posso ouvir você. Posso ouvir sua pele me chamando. Posso ouvir seu corpo reagindo. Posso ouvir o seu sussurro... Venha. Deixe-me ouvir o seu prazer...

E Michael ouviu. Ouviu o meu prazer do outro lado inundando o quarto em que eu estava.

— Michael...

— Diga.

— Amo você.

— Mais uma vez...

— Amo você, Michael. Amo você...

Michael ficou em silêncio, apenas ouvindo os sons esperando que eu voltasse, demonstrando que estava junto comigo apenas pela minha respiração profunda. Ouviu a minha respiração ir aos poucos se acalmando, assim como ouvia seu próprio coração bater acelerado.

— Michael?

— Estou aqui.

— Eu queria que estivesse aqui.

— Eu também.

— Me sinto perdida sem você por perto.

— Eu estou por perto.

— Onde?

— Perto. Bem perto.

— Não posso senti-lo.

— Não fisicamente. Mas estou perto. — Michael percebeu pela minha voz que eu iria adormecer. — Hellen?

— Hum?

— Ajeite-se. Descanse agora.

— Nua?

— Nua. À luz do abajur.

— Você já vai desligar?

— Ainda não. Só depois de você se ajeitar.

— Não desligue, Michael. Ainda preciso de você comigo.

— Não vou desligar.

Joguei a toalha no chão, liguei o abajur e apaguei as luzes no interruptor da cabeceira da cama, e me cobri com o lençol com a foto dele em minhas mãos.

— Michael?

— Estou aqui. Agora, durma.

— Boa noite. Eu amo você.

— Boa noite. Eu te amo mais.


Notas Finais


Gostaram, meninas?
Vou deixar aqui o link de todas músicas que citei no capítulo. Vale muito a pena ouvi-las. <3

Give In To Me: https://www.youtube.com/watch?v=LJ7qXHjxj_0
Someone In The Dark: https://www.youtube.com/watch?v=zClTIWSr0NY
The Lady In My Life: https://www.youtube.com/watch?v=cJLH5yXoqi8
Beautiful Girl: https://www.youtube.com/watch?v=7pLgP7z7rA0
For All Time: https://www.youtube.com/watch?v=54703WkoChI
Break Of Dawn: https://www.youtube.com/watch?v=O8ELJ_Eh8A0


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