História My Love is a Lie - Quem fez isso?

Hye Jin e Sohee entraram no quarto enquanto eu fingia ler um livro. Nós ficamos comendo e conversando até o sono chegar. Sohee foi para o seu quarto e eu fiquei no quarto da Hye Jin, junto com a mesma. No momento, com a Hye Jin eu só tenho que fazer uma coisinha básica, só por curiosidade, já que o que eu mais queria, está bem guardado comigo.

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Ha Ni off~

Hye Jin on~

Acordei com o barulho do despertador e foi um alívio conseguir levantar da cama sem sentir nenhuma dor. Tomei o meu banho o mais rápido possível para dar tempo da Ha Ni também tomar o seu. Depois de nós duas termos nos arrumado, descemos até a cozinha para tomarmos o nosso café da manhã. Sohee mal acordou e já estava com o celular na mão. Provavelmente está stalkeando o Taemin.

— Bom dia. — Disse Ha Ni ao entrarmos na cozinha.

— Bom dia… — Respondeu Sohee, que não tirou os olhos do celular.

— O que está vendo essa hora da manhã? — Perguntei.

— A votação da “Deusa do Colégio Jeguk”.

— Já encerrou a votação?

— Sim.

— Sério?! Quem ganhou? — Me sentei à mesa.

— Estou vendo isso agora. — Depois de um tempo, Sohee olhou para Ha Ni. — Foi você… Ha Ni.

Sohee e eu estávamos maravilhadas enquanto a Ha Ni apenas tomava o seu suco calmamente.

— Que chato. — Disse depois de tomar um gole.

— O que?! — Eu e Sohee falamos alto ao mesmo tempo.

— Que chato. Eu não vou nem poder comer direito que vai ter gente em cima de mim, tirando fotos e me elogiando. Isso tudo é muito chato.

— Devo concordar. — Disse. — Mas vai ter vários garotos que vão querer te namorar.

— Eu não quero namorar alguém que tem olhos apenas para a minha aparência.

Eu ia dizer mais alguma coisa, quando o celular de Sohee toca e a mesma me dá um susto, dizendo que a Min Jee ligou e quer que eu vá para o colégio agora mesmo.

— Por…? — Perguntei com uma sobrancelha arqueada.

— Ela disse alguma coisa sobre o Chanyeol. — Sohee franziu o cenho. — Mas eu não entendi direito… Ela estava f-

Não deixei Sohee termina a sua fala, apenas peguei a minha mochila, coloquei nas costas e sai correndo. A única coisa que passava pela a minha cabeça era que algo tinha acontecido com o Chanyeol, seja grave ou leve, alguma coisa aconteceu. Cheguei no colégio com a aparência horrível, de preferência. Eu provavelmente estava suando muito, mas eu não me importava. O que importava agora era o Chanyeol.

Entrei dentro da sala e Min Jee estava sentada do lado dele, enquanto o mesmo estava com a cabeça sobre o braço, como se estivesse dormindo.

— Min Jee… — Disse quase sem fôlego.

— Omo! Hye Jin… — Ela se levantou da cadeira. — Chanyeol está machucado.

— Pare com isso. — Chanyeol disse com a voz abafada.

— Channy… — Dei a volta e consegui entrar no pequeno espaço que tinha entre a carteira e a parede.

Olhei para Chanyeol e me pergunto o que aconteceu com ele. Sua bochecha estava roxa com um corte um pouco grande e sua boca estava cortada. Arregalei os meus olhos e peguei na mão do mesmo, em seguida o puxei para fora da sala em direção a enfermaria. O mesmo não tentou me parar, mas não estava correndo como eu.

— Venha logo! — Gritei o fazendo se assustar.

Entramos na enfermaria e o coloquei sentado em uma das camas. Peguei um kit de primeiros socorros e me sentei ao seu lado.

— Não precisa disso. — Segurou a minha mão quando eu ia passar pomada nos seus cortes.

— Ya! — Disse com os dentes cerrados. — Você sabe o quanto o meu coração está doendo por te ver assim? — Ele soltou a minha mão e me deixou passar a pomada.

— Me desculpe. — Disse baixo.

— Por que está se desculpando?

— Eu estou fazendo o seu coração doer.

Terminei o “curativo”, colocando um adesivo em sua bochecha. Olhei para aquele rosto que estava com uma expressão um tanto triste e não consegui me conter. Apenas o abracei forte, logo sendo retribuída.

— O que aconteceu? — Perguntei em meio as lágrimas que insistiam em cair.

— Nada.

— Como assim nada? — Me afastei de seu abraço. — Quem fez isso em você? — Passei a mão pelos seus cabelos e rosto, exceto os locais machucados.

— Você não pode fazer nada em relação a isso. Eu estou bem… não se preocupe.

Como posso não me preocupar se eu... Se eu te amo?

Meu corpo pesou, comecei a sentir falta de ar e, então, tombei para o lado.

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Abri os meus olhos devagar, ainda sentindo um pouco de fraqueza. Olhei para os lados e vi que ainda estava na enfermaria. Pouco tempo depois, a enfermeira se aproxima de mim.

— Você está bem? Sente fraqueza? — Perguntou com a voz calma.

— Sim… — Disse tentando me sentar na cama.

— Eu sou apenas uma enfermeira de um colégio e, para casos como o seu, você precisará ir para o hospital. Lá eles farão os exames necessários em você para que possa receber um tratamento.

— Tratamento? O que eu tenho? — Perguntei confusa.

— Como eu te disse, sou apenas uma enfermeira de colégio, mas pelo o que eu vi… parece que você tem anemia.

— Anemia? Mas… eu como todos os dias. — A moça sorriu.

— Existem vários tipos de anemia, talvez o seu seja apenas uma anemia ferropriva.

— O que é isso?

— É quando há déficit de ferro no seu sangue, fazendo com que diminua a produção de hemoglobina.

— Aish… — Olhei para todas as camas na enfermaria e não o vi. — Com licença, enfermeira, onde está o Chanyeol?

— Ele saiu. Precisava ir para a sala de aula. Não se preocupe, na hora do intervalo ele virá aqui.

— Eu não posso voltar para a sala?

— Não. Você precisa ficar aqui para não correr o risco de desmaiar de novo.

A enfermeira saiu e eu pude me lembrar, talvez, uma das causas de eu ter desmaiado. Eu saí correndo da minha casa até o colégio. Estava tão preocupada com Chanyeol que nem percebi que eu estava passando mal.

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As aulas tinham acabado e Chanyeol tinha vindo me buscar para ir ao hospital.

— Suba.

Ele novamente colocou o seu casaco em volta da minha cintura e se agachou perto da cama. O problema era que não tinha só nós dois ali e estava um pouco constrangedor, principalmente por causa da Rachel, que falhava em tentar esconder o seu ciúmes.

— Eu não quebrei a minha perna. Eu posso andar. — Fiz um bico por estar constrangida.

— Deixe ela andar. Vocês vão de carro mesmo. — Rachel se pronunciou sem paciência.

Eu desamarrei a sua blusa da minha cintura e o entreguei, que estava de cara fechada, como quase sempre. Me levantei e Channy pegou em minha mão. Ele realmente acha que eu vou cair a qualquer momento. Fomos andando até o portão principal e um dos motoristas de Chanyeol estava nos esperando. Foi apenas nós dois e eu quase não conseguia parar de olhar para o rosto ferido de Chanyeol.

— Por que está me olhando? — Perguntou depois de suspirar pesado.

— Porque estou preocupada com você.

— Já disse que não foi nada.

— “Não foi nada”… — Acariciei o seu rosto com uma das minhas mãos. — Quem ousa fazer isso com o meu Channy?

Eu, com certeza, vou descobrir.

Chegamos no hospital e eu avistei o meu médico “favorito”, o que sempre me atendeu desde que eu entrei naquele colégio. Nós nos cumprimentamos e ele nos guiou até a sua sala. Fez algumas análises e pediu para que eu fizesse um exame de sangue. Chanyeol pediu para que o exame saísse ainda hoje, para que eu não “sofresse” ainda mais. Tão fofo… Nem parece que ano passado não se importava comigo. Ou, pelo menos, fingia não se importar.

Chanyeol também fez questão de pagar um quarto VIP, o que me deixou sem jeito. Eu não estava morrendo para ele ter que gastar tanto dinheiro. Entramos no quarto e ficamos sentados, sem dizer ou fazer qualquer coisa.

— Aish… — Passei o meu olhar pelo grande cômodo. — Por que pagou esse quarto?

— A sala de espera não é muito agradável comparada com aqui. Eu quero que você fique confortável. — Ele pegou uma revista sobre viagens. — Já são 21:00 e vai demorar mais algumas horas para receber o resultado. Pode ir dormir, se quiser.