História My Love is on Fire - Seulmin - Thank You (parte 2)

Dois dias se passaram e aquela minha rotina estava muito intensa. Eu passava a manha ensaiando meu solo, à tarde o vocal com os membros, à noite nossas coreografias das musicas e na madrugada até onde desse praticava mais meu solo. Sem contar que o solo era difícil, envolvendo uma dança bruta e ao mesmo tempo contemporânea. Eu sabia que poderia conseguir realiza-la, mas não perfeitamente naqueles curtos dias. Meu corpo se esgotava facilmente. Vitaminas eram presentes como refeição. Cafeína e analgésicos para dor lideravam o ranking, mas isso precisava ser feito, eu não podia perder essa oportunidade.

Finalmente o dia para seguirmos até Hong Kong havia chegado. Queria ver Seulgi antes da viagem, mas foi impossível pela rotina apertada. O que pude fazer foi comunicar ao senhor Kang sobre minha viagem, que compreendeu e prometeu me manter informado dos acontecimentos a ela. Irene e Red Velvet também iria se apresentar no festival, pela primeira vez depois do acidente e sem Seulgi.

Estava tão cansado que o voo foi mais maravilhoso que nunca. Dormi a viagem inteira, nem acordando para comer. Jungkook tinha pegado os lanches e guardado para quando acordasse, mas acabou os comendo, já que segundo ele, eu não acordava. Precisava daquele sono, afinal, era chegar a Hong Kong, deixar as malas no hotel e ir direto para o local do show, fazer o ensaio geral e reconhecimento do palco, onde no dia seguinte já haveria a apresentação.

Chegando ao local, pude ver o quanto da Big Hit se empenhou na apresentação. O lugar era enorme, com o palco mais enorme ainda, se duvidar o maior que o Bangtan já havia se apresentado. De longe pude ver Red Velvet reunido, cada uma com seus respectivos nomes, sem Seulgi. Irene me avistou também, erguendo os braços e acenando. Fiz o mesmo e subi ao palco.

7:40 a.m

Acordo com o despertado do celular apitando, não apenas o meu, mas de Taehyung e Jungkook que dividiam o quarto de hotel comigo.

- Alguém me explica o porquê de acordamos tão cedo se o festival será só à tarde... – murmura Taehyung, com a cabeça atolada no travesseiro.

- E você queria acordar à tarde? Vamos, levante! – me levanto da cama, indo em direção ao banheiro quando ouço meu celular tocar. De longe avistei o nome ‘Senhor Kang’ na tela e logo me preocupei.

- Alô, senhor Kang, algum problema? – Jungkook senta na cama ao ouvir o nome do senhor Kang.

- Oi rapaz... Te acordei? É tão cedo aqui...

- Não, eu estava acordado... Algum problema?

- Não, minha filha está bem. Até trago boas noticias, ela receberá alta amanha!

- Jura?! Que maravilhoso! – grito ao telefone, com Jungkook gesticulando a minha frente, querendo saber do assunto.

- Sim... Você chegará quando, amanha?

- Eu irei embora amanha, mas não sei exatamente se chegarei a Seul no mesmo dia. Mas vou dar um jeito de ir vê-la, isso é maravilhoso!

- Sim... É... Jimin, tente vir, ela ficará muito feliz em vê-lo!

- Irei, pode deixar! O senhor está bem, a senhora Kang...?

- Estão todos bem sim, façam um bom show, fiquem em paz. Depois nos falamos, rapaz.

- Fique em paz, senhor Kang, obrigada por avisar! – ele desliga do outro lado da linha, ainda com Jungkook inquieto querendo saber da noticia. Nem preciso dizer que ao saber ele comemorou junto comigo, mas nem isso fez Taehyung despertar do seu sono.

Aquele dia estava seguindo bem. Coincidentemente nosso camarim ficou próximo a Red Velvet. Irene estava linda como sempre, me relembrando que ainda era uma deusa, mas sua personalidade efusiva me fazia esquecer. Ela se tornou com um tempo uma grande amiga, me dano força não só com os momentos de Seulgi, mas também conselhos de uma irmã mais velha. Irene se tornou uma irmã mais velha, de verdade, como nunca imaginava que poderíamos nos tornar. Prestes a entrar no palco, Red Velvet passa por nós, que esperávamos sua apresentação no corredor atrás do palco. Aquela familiar cena me lembrava o passado, que Seulgi passava por nós não olhando para mim, quando brigados, e retornando num abraço apertado, quando namorados. Agora, ela não fazia nenhum dos dois casos, por simplesmente não está ali.

Irene pisca ao passar, soltando um “fighting” discreto. Retribuo e vou assistir sua apresentação atrás do palco, dessa vez sem Seulgi, o que me partia o coração. As partes de Seulgi da musica foram substituídas por Wendy e Joy, que harmonizaram para deixar mais parecida com sua voz, mas nada se comparava com a minha Seugi lá em cima. De repente, fui surpreendido com meu celular a vibrar no bolso. Eram três mensagens do senhor Kang:

“SK: Olá Jimin, espero não estar interrompendo. Primeiramente peço desculpas por estar lhe dando esta noticia por mensagem, mas não consegui falar em meio sua alegria mais cedo. Os médicos estimam melhoras tardias no pequeno retardo de Seulgi, e após sair do hospital, sabemos que por ela ter sido uma grande Idol, será cercada pela imprensa, mesmo a empresa a protegendo e Seulgi está sensível demais para aguentar tal fato...”

Já com o ar longe de mim, abro a segunda mensagem, enquanto staffs começam a colocar os equipamentos e microfone em mim para a apresentação:

“SK: Portanto minha esposa e eu concordamos que seria melhor para ela e para sua recuperação, que se afastasse de Seul por alguns anos, ou para sempre, mas isso dependerá da sua recuperação. Iremos para um pequeno país no interior da China, um lugar calmo, onde temos parentes. Partiremos amanha à tarde, as passagens já foram compradas...”

- Hyung, vem para a formação, vamos entrar daqui a pouco! – escutava ao fundo Jungkook me chamando, enquanto a sensação de nervosismo tomava todo meu corpo.

- Jimin-ah! – Rap Monster me grita, me fazendo olhar para ele e acenar para que esperasse um instante, e partir para a ultima mensagem:

“SK: Eu gostaria muito de atrasar a viagem para que possa se despedir de minha filha, até eu mesmo de você, mas não será possível. Por favor, dessa vez lhe peço para tentar ao máximo chegar a tempo e tentarei ao máximo não sair antes da sua chegada. Desculpe, meu filho, por lhe avisar assim. Fui covarde e não tive coragem de lhe dizer em voz, peço perdão! Aguardo seu retorno!”

- Bangtan, subam, vamos! – ouço de longe a voz do manager ao fundo.

- Jimin-ah, acorda! Suba, suba!  – manager me empurra, acompanhando os grupos na escada para a subida do palco, fazendo com que Jungkook, já no palco, virasse em minha direção.

Eu não sabia como processar aquela informação direito, mas sabia de duas certezas:

1- Eu tinha de fazer aquela apresentação impecável para voltar ao Bangtan;

2- Eu tinha acabado de ser avisado que poderia não ver Seulgi para sempre.

Desejei naqueles pequenos segundos subindo as escadas que a mensagem não fosse real, ou que havia entendido errado. Eu tinha de obter sucesso com aquela apresentação, mas sentia meu psicológico tomar conta do meu corpo, por pensar que Seulgi ia embora. Eu tinha de obter sucesso com aquela apresentação, antes sabia que poderia obter e naquele instante não sabia de mais nada. Mais um degrau e entraria no palco, com aquela informação que não poderia pensar naquele momento. Abaixei-me, cobrindo minha cabeça com as mãos, tentando controlar meu psicológico para não errar, não pensar naquilo. Ouvia o manager e os outros perguntando se estava bem ou ordens para subir.

- Jimin-ah! – ouvi um grito ao fundo, familiar. – Jimin-ah! – me viro e vejo Irene correndo em minha direção. Ela subiu rapidamente as escadas e posicionou suas mãos em volta do meu rosto, colocando-o frente ao dela. Sua expressão claramente denunciava que ela também sabia.

- Vá, faça bem! Faça por ela! – ela continuava a me olhar, enquanto o manager ainda berrava ao fundo para que entrasse ao palco. – Vá Jimin, obtenha sucesso com isso, vá! – assenti, segurando seus pulsos elevados, levantando e seguindo para o palco.

Quando dizia que Irene se tornou uma grande amiga não foi a toa. Se não fosse por ela eu não sei se conseguiria controlar meu psicológico. Não obtive sucesso total. Consegui fazer meu solo sem errar, mas de longe viam que minha expressão não estava acompanhando o ritmo, assim como nossas coreografias que demorava a ir a minha posição. Houve mais acertos do que erros, podiam ver que estava mais distraído e quanto ao meu retorno, estava nas mãos do CEO, eu não podia fazer mais nada.

Descemos do palco e Irene estava próxima a escada. Direcionei-me em sua direção, percebendo os olhos curiosos de Jungkook.

- Que bom que fez bem! – Irene mais suspirou do que falou, em meio a um abraço.

- Então também já sabe noona? – me desligo do seu abraço. Irene apenas assentiu. – Eu recebi uma mensagem do senhor Kang quando estava prestes a subir...

- Eu também. Acho que enviou aos dois no mesmo momento. O que fará Jimin?

- Isso é verdade?

- Eu não sei, estou tão surpresa quanto você! – suspiro. Senhor Kang pegou os dois por muita surpresa.

- Noona, precisamos ir embora agora. Se for mesmo verdade, preciso vê-la, nem que seja a ultima vez!

- Eu também, acho que não quero me despedir da minha amiga? - Irene agora andava em círculos, com sua mão elevada na testa. Despedida... Aquilo não podia ser verdade. – Jimin, falarei com meu manager. Se apronte, qualquer coisa você irá comigo!

- Sim! Vá rápido! Comunique-me! – ela se vira e sai correndo ao final do corredor. Fiz o mesmo, mas na direção contraria pronto para espernear todas as lamúrias ao manager. Eu precisava mais que nunca sair daquela situação.

Ao chegar ao camarim, fui franco com os membros, que me apoiaram e concordaram me ajudar a falar com o manager. Nem precisou, no mesmo momento que mostrei a mensagem a ele, Irene adentrou ao nosso camarim confirmando que voltaríamos logo pela manha. O manager apenas concordou e desejou boa sorte, como o restante dos membros. Jungkook, como sempre um bom amigo, me deu um forte abraço, alegando depositar toda força que precisasse.

Não satisfeito, liguei ao senhor Kang, a fim de confirmar sua mensagem. Sua resposta infelizmente foi a ultima que gostaria de ouvir: Sim, Seulgi ia embora do país, por tempo indeterminado. No hotel, arrumando minhas coisas, percebo que trouxe comigo todos os adesivos que ia dar a ela. Percebo também que eu ainda estava com as duas alianças no meu dedo. Ainda estava com nosso amor, ainda estava com a esperança de nos apaixonarmos novamente e viver mais do amor que tínhamos... Mas tudo logo iria embora. Dessa vez eu não podia fazer nada. O destino havia sido bem claro com relação a nós. Demoramos tanto a nos acertar, eu demorei tanto a perceber um amor dentro de mim e quando percebo, ele simplesmente se vai, a vida me tira provando que o destino não estava mesmo a nosso favor. Mas senhor destino poderia ao menos ser gentil com minha amada. Retirar sua vida passada foi cruel, não só com nossos momentos, mas com seus sonhos. Agora, eu não podia fazer nada, apenas ter comigo a escolha do destino, da vida que não pergunta nossa opinião.

- Escrevi uma carta. – entrego um envelope retangular branco ao senhor Kang – Eu lhe imploro para entregar a ela apenas se conseguir se recuperar, se lembrar de algo, somente nessa possibilidade. Caso não consiga se lembrar nunca, não a entregue, deixe-a viver a nova vida que escolheu para si e se estiver bem, ficarei feliz também.

- Jimin... Posso mandar notícias de fora...

- Eu não sei se aguentarei... Apenas me avise se chegaram bem e se Seulgi estiver feliz com o local. – senhor Kang assenti, me puxando para um abraço. Eu já havia dado problemas demais a empresa e ao Bangtan para ver Seulgi, que estava a poucos quilômetros de distancia de mim. Imaginar o agora ela em outro país e no interior se tornou inviável. Sabia que a empresa vedaria qualquer hipótese e sabia que se a antiga Seulgi soubesse que estaria desistindo do que ela tanto me apoiava, dos nossos sonhos, ela não concordaria. Minha real vontade era deixar tudo pra lá, e construir minha vida ao lado dela, nosso novo futuro, mas a vida nunca foi tão fácil como nos filmes. Eu só tinha de aceitar.

- Eu gosto muito de você rapaz, obrigada por tudo. Obrigada por cuidar da minha filha, por amá-la tanto e se preocupar tanto como via. – ele se deliga do abraço, com suas duas mãos em meus ombros, agora me fitando – Eu quero que seja muito feliz Jimin, é uma boa pessoa, merece sucesso e felicidade. Obrigada por tudo.

- Eu que agradeço senhor Kang. O senhor foi como um pai para mim. Sei que está fazendo isso pelo bem dela e isso que me conforta. Só peço que cumpra meu pedido, nada mais. – senhor kang assenti, se virando agora para Seulgi, que estava abraçada com Irene perto do carro.

- Vou chama-la, temos que ir. – assenti, ele então grita Seulgi, que se solta de Irene e vem em minha direção. As lágrimas começavam a aparecer, principalmente por Seulgi inesperadamente aparecer com seu boné de 4 anos atrás, aquele no qual eu adorava provoca-la tirando de sua cabeça e botando na minha.

- Oppa... Está bonito! – ela se aproxima, ainda com a ideia de oppa.

- Não mais que você! – mexo no seu boné, fazendo-a sorrir. As lagrimas já incontroláveis descendo depressa em meu rosto. Tento enxugá-las rapidamente para que Seulgi não percebesse meu estado.

- Seu boné é muito mais legal oppa, ele é preto e fofinho – ela o tira da minha cabeça, analisando-o.

- É... Quer ficar com ele? Pode ficar, é presente! – sorrio, enquanto mais uma lágrima involuntariamente cai. Seulgi apenas sorri e balança sua cabeça não concordando. – Fique menina, ou vamos trocar. – tiro o boné de sua cabeça e coloco na minha.

- Bem, troca eu aceito, assim continuamos com boné, mas... Esse é velho oppa!

- É lindo! Eu ficarei muito feliz em ter ele então... Fique com o meu, trocaremos. – Seulgi assentiu, com seu sorriso resplandecente. – Ah, tenho um presente de viagem a você, espero que goste. – retiro as cartelas de adesivos que havia comprado. Seulgi imediatamente abre seu sorriso, dando pequenos pulos.

- Oppa, você é o melhor! – ela estende sua mão, dano um Hi5. – Irei sentir saudades oppa, mas em breve podemos nos ver. Papai falou que se não gostar da nossa casa nova podemos voltar. Apareça lá quando puder oppa, você é famoso e pode fazer shows por lá também. Promete me visitar? – ela ergue seu dedinho. Dessa vez eu não podia cruzar com o meu.

- Seulgi-ah, vamos, está na hora! Se despeça do Jimin logo! – senhora Kang grita ao fundo, chamando-a.

- Oppa, tenho algo para ti! – ela tira uma folha dobrada de sua pequena bolsa e me entrega, com um sorriso meigo. – Eu espero que encontre assim como encontrarei. E nossa promessa ainda será válida, não se esqueça. – ela pisca para mim, e se vira indo em direção ao carro.

Irene a pega no meio do caminho e a abraça novamente. Eu não tinha mais ação, só via a esperança se distanciando lentamente de mim. Seulgi se desliga do abraço de Irene e inesperadamente corre em minha direção, abraçando-me de surpresa.  Eu não queria fazer aquilo, eu estava evitando aquilo que comprovava um abraço de despedida. Estava ao máximo evitando sentir seu calor e seu cheiro doce pela ultima vez. Estava evitando voltar a sentir intensamente o que sentia, pensando não ser tão doloroso, mas me entreguei. Aperto-a contra meu corpo, mergulhando meu rosto em seu ombro e inalando sua fragrância. Sinto seus dedinhos gelados acariciando minha costas, como um consolo.

- Seulgi-ah, vamos! – senhora Kang chama novamente, hora de ir embora. Desligo-me do seu abraço, dano um beijo no alto de sua cabeça.

- Fique bem, querida! Eu amo você. – Seulgi me encara, com seus olhos confusos, se vira e vai em direção ao carro, entrando no banco de trás. Senhor Kang curva-se para nós, assim como senhora Kang. Ouço o barulho do carro ligando, e em pequenos segundos, meu amor vai embora, tão facilmente como chegou.

Aproximo-me mais da rua, vendo o carro cada vez mais distante. Por um momento, minhas pernas perdem as forças. Apenas me abaixo, vendo o carro cada vez ficar mais longe.

- Apenas se permita chorar dessa vez – Irene fala, se aproximando de mim. Uma van se aproxima na rua, estacionando e revelando Jungkook , meu amigo, a pessoa que ficou do meu lado desde o inicio. Não aguentei vê-lo, pedi por socorro, por seu abrigo. Ele veio em minha direção, já com os braços abertos. Eu só pude me acomodar em seu abraço.

- Jungkook-ah... Agora ela se foi... – ali, não pude mais esconder minha agonia, meu desespero, minha angustia e tristeza. Só vim a chorar, de saudade, raiva, arrependimento, insegurança... Por tudo, pelo passado, pelo futuro. Wendy também havia saído da van, socorrendo Irene, que também vinha a chorar no meio da rua.

Sabemos que o mundo da música também tem o Ônus e Bônus. No meu caso, esse mundo, desde o começo, me apresentou Seulgi, que me apresentou o amor pela primeira vez. Um bônus maravilhoso que apreciei até onde pude. Mas a vida é surpreendente, e do nada nos coloca em situações que não temos como fugir, apenas aceitar e lutar para melhorar. O acidente de Seulgi me mostrou isso: escolhas. Escolhas que nunca imaginei estar fazendo, atitudes que nunca imaginei tomar e principalmente momentos que jamais imaginei sentir. Dizem que é com os momentos difíceis que aprendemos a viver, a fortalecer nosso coração com a dor. Eu penso o contrário. Se não fosse pelo amor que sentia por Seulgi, a esperança que tudo ficaria bem, eu não conseguiria enfrentar.

Sim, o amor. Foi ele que me segurou e ajudou a me fortalecer. Eu agradeço eternamente a ela por cada momento vivido, mesmo sendo poucos juntos, mas ela trouxe a essência do amor a mim, e isso nunca esquecerei.

Bangtan, meu grupo amado que jamais cogitei sair e ingressar novamente por meio de uma simples apresentação. Também foi o amor fraternal deles que me ergueram e ajudou-me a suportar os momentos difíceis.

Irene, uma nova irmã. A vida nos apresentou de uma maneira engraçada, mas nos juntou de uma forma dura. Por todos os momentos, ela esteve ao meu lado. Lutamos juntos, choramos juntos. Eu a amei sim, como minha irmã mais velha.

Mesmo que o destino tenha me tirado a oportunidade de permanecer junto da pessoa mais linda que já conheci, eu estava bem por conhecer o amor, e agraciado por ter sido através da Seulgi.

- Hyung... Esqueceu isso na van. – Jungkook adentra meu quarto no dormitório, me entregando uma folha dobrada, o singelo presente de Seulgi.

- Obrigado! – pego a folha e antes de abrir, havia um recado:

“Que você possa viver um amor assim como esse desenho, Jimin-sshi. Caso não consiga, serei eu.”

“Obrigada Seulgi-sshi, por me mostrar o amor”, penso.

FIM.