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História My Love is on Fire - Seulmin - É na escuridão que aprendemos a ver a luz


Escrita por: litwordsk

Notas do Autor


Mai um capítulo.. Dessa vez a história pega o ritmo. Espero que gostem, leitoress
Boa leitura!!!!

Capítulo 3 - É na escuridão que aprendemos a ver a luz


Fanfic / Fanfiction My Love is on Fire - Seulmin - É na escuridão que aprendemos a ver a luz

- Dias Atuais -

Eu continuava observar a mensagem e não saber o que fazer. Na verdade eu não tinha muita certeza se era ela mesmo que tinha enviado. Não nos falávamos há muito tempo e os momentos que nos víamos era assim, quando nosso Comeback coincidia ou em alguma premiação, ela estando no palco e eu a observando e vice versa. Na ultima vez que dirigi a palavra a Seulgi não foram muito boas. Estávamos magoados um com o outro, acho que mais ela comigo e mesmo assim ela foi gentil e educada em alguns momentos, porque não importa como eu pensava ou penso dela, Seulgi carrega um bom coração consigo.

Arrependo-me amargamente de muitos erros cometidos no passado, um dos erros - além de não ter lutado mais pela minha carreira, acreditado em mim mesmo - foi Seulgi, que sempre acreditou em mim, mesmo não me conhecendo direito. Ela não fala mais comigo, não me dirige mais a palavra e eu também não me esforço para fazer o contrario. Sei que devo-lhe desculpas por muitas coisas, mas ainda não me sinto preparado para falar com ela. Se ela tomou a atitude de me mandar essa mensagem, poderia dizer que está me perdoando, mas eu não tinha certeza, tinha medo de brigarmos de novo e nos magoarmos novamente. Assim como está, não está bom, mas está estável, então... Acho que prefiro deixar assim, não piorando as coisas. Não consigo me controlar perto de Seulgi.

- IRENE! – Taehyung se aproxima de mim com um sorriso maior já visto, chamando atenção de todos no camarim.

- O que... Que sorriso todo é esse? – digo sorrindo ironicamente.

- IREEENE! – ele me balança, a alegria de Taehyung era perceptível, não era para menos, Bae Joohyun era realmente uma deusa. – Ela será a MC especial de hoje!

- O que? Será ela? – eu me empolgo junto com Taehyung com um sorriso. Em parte seria bom ver Irene novamente, porque sempre é bom vê-la, ela é uma deusa.

- Jimin-sshi, Irene é muito linda, ela é uma deusa! – Taehyung senta-se a minha frente se encolhendo, parecendo me contar um segredo. – Eu tive a oportunidade de conversar com ela aquela vez e... -  Taehyung se aproxima mais. – Desde esse dia ainda conversamos um pouco.

- Oh seu malandro... Vocês estão...

- Meu sonho, mas não. – Taehyung se afasta um pouco – Ainda não, eu acho. Ela é muito difícil de aproximar desse jeito e eu já estou muito apegado, não sei o que fazer e queria sua ajuda.

- Minha ajuda? Em que? – levanto uma das sobrancelhas.

- Jimin-sshi, eu sei que conhece Irene há mais tempo que eu... Poderia conversar com ela? Ela sempre é mais receptiva com você, mais agradável com você. Eu queria uma chance com ela, me ajuda, por favor – Taehyung fala entre dentes, aparentemente envergonhado. Dei uma gargalhada.

- Eu não sou tão próximo da Irene assim. Sempre nos cumprimentamos porque a conheço de anos e ela é educada comigo. Nada além... – continuo rindo do pedido de Taehyung – Eu não tenho coragem de chegar nela, não irei fazer isso, até porque, eu reparei primeiro sua beleza, antes do seu debut, então tira seus olhos dela! – brinco com Taehyung e ele se assusta, se afastando com um olhar espantado, quase desesperado, que só me fazia rir mais.

- Tudo bem, não irá me ajudar? Isso mesmo? Vou fazer pelo caminho mais difícil e falar com uma membro?

- Sério? – grito em direção a ele, seguindo-o - Prefere falar aleatoriamente com uma das meninas do que chegar logo na Irene, seu covarde?

- Não! – Taehyung pega seu celular e começa a escrever uma mensagem de texto.

- Então o que? – eu o observo escrevendo – Sério, eu não posso fazer nada por voc...

- Pronto! – Taehyung me interrompe – Falei com Seulgi. Ela irá me ajudar!

- Falou com quem? – o nome dela estalou dentro da minha mente. Por um momento associei rápido o fato de V ter contato com Seulgi, eu não saber disso e eles pelo visto ainda serem próximos, porque Taehyung não iria pedir algo assim para qualquer um. - O que você mandou, me deixe ver – eu puxo o celular da mão dele e vejo a seguinte mensagem:

“ Noonaaa, está onlinne?

Espero não estar incomodando, mas preciso conversar... É um pouco embaraçoso T.T”

- Noo....Na? – olhei fixamente para Taehyung, com uma sobrancelha arqueada, não acreditando em nenhuma palavra que lia. – Vocês são íntimos há quanto tempo? – eu só conseguia dizer rindo, de nervoso, inconformado, na raiva.

- Seulgi-noona? Há algum tempo, por quê? Você não quis me ajudar, eu faço sozinho então. – Taehyung diz com um ar soberbo. O celular vibra, ainda na minha mão e aberto na conversa. Era a resposta de Seulgi.

“ Taehyung-ah kkkkk

O que houve? Está em chamas? kkkkk ”

Por um momento, algo com uma força avassaladora veio me consumindo. Eu não conseguia segurar o celular direito, minhas mãos ficaram um pouco tremula, meu corpo se esquentou, uma das minhas pálpebras não para de tremer e por alguma razão, só imaginava uma navalha cortando a garganta do Taehyung, bem lenta e dolorosamente.

- Ela respondeu... “Taehyung-ah”- pronunciei seu nome de maneira debochada, como se Seulgi que estivesse falando. Taehyung pegou o celular e começou a digitar. Eu não queria mais saber daquele assunto, eu estava com uma raiva que não conseguia decifrar, não sabia o porquê mas... Tão íntimos... Ele a trata como uma Noona, ela o responde, ela brinca com ele, ele a solicita quando quer e ela responde na hora. Sim, essa me pegou de surpresa! “Taehyung-ah...”

- 4 anos atrás –

Já tinham se passado um ano desde que cheguei a Seul para tentar ir atrás do meu sonho. E de todas as empresas que fui até agora, fracassei. De início, sabia que alguma coisa ia fazer de errado. Dito e feito. Todas as empresas me negaram. Eu foquei durante um tempo em apenas praticar e tentar passar logo e debutar, mas era muito difícil e tinha vezes que parecia meramente impossível.

Ainda contava com minha mentalidade fraca e insegura. Nada estava dando certo. Não estava conseguindo fazer muitos amigos, ficava doente facilmente devido minha alimentação e acabado cada dia mais. Hoje era como mais um dia. Seria audição de mais uma empresa que iria tentar, Big Hit. Eu já estava muito cansado daquilo tudo. Sei que tem pessoas que ficam desde a infância tentando, mas eu não era assim, Eu já estava cansado de ser humilhado o tempo todo e queria desistir, mas ao mesmo tempo não podia desistir por prometer a minha família que ia conseguir.

Saí de casa na chuva, na maior chuva de Seul desde que cheguei. Programei-me para chegar cedo e praticar minha apresentação. Tinha de pegar dois ônibus e o metrô até chegar a Big Hit. O ônibus até o metro fora tudo bem, assim como o metrô, mas a convicção de que alguma coisa queria impedir de realizar meu sonho era forte. Já se passava uma hora e o ônibus para Big Hit não vinha, na verdade nenhum ônibus vinha. A chuva apertava demais, o vento e o frio eram fortes. Eu estava parado no ponto, esperando a esperança chegar, mas ela estava de mal comigo.

- Jimin-sshiiii... – uma voz ecoa, aparentemente me chamando, mas preferi não olhar em volta – Park Jimin-sshiii... – olhei para trás, com a certeza que era meu nome. Do outro lado da calçada, em baixo da marquise de uma loja de conveniências, estava o que precisava ver naquele momento, a beleza da minha deusa. E como todo bônus vem com o ônus, Seulgi-chata acenava, fazendo sinal para que fosse falar com ela. Acenei de longe e continuei onde estava, não podia perder meu ônibus.

- Park jimin-sshiiiiiiiiii – ela insistia em me gritar. Virei-me novamente, ela estava acenando com mais força para ir até ela. Apontei para a placa de ônibus, a fim que entendesse que não poderia perdê-lo. E voltei a olhar para frente. – PARK JIMIN-SSHI! – ela volta a gritar e fazer a mesma coisa, então eu vou, não aguentando mais a chatice dessa garota.

- O que... O que foi, estou muito atrasado esperando o ônibus! – falei com um tom revoltado.

- É... Não está passando nenhum ônibus naquela linha. Aconteceu um acidente e bloqueou tudo. Só do outro lado. – a deusa me disse, com uma voz suave, tranquila e envergonhada.

- Meu Deus, eu não sei o que fazer! – nesse momento que reconheço que a esperança, não existe mais.

- Está precisando de algo, Jimin-sshi? – a chata me pergunta, enquanto rodo em círculos não sabendo o que fazer. Era a ultima empresa que poderia tentar aquele ano e eu tinha de passar. Não podia voltar para casa sem conseguir nada. – Jimin-sshi? – Ela volta a perguntar,

-  Eu preciso fazer uma audição daqui a pouco no outro lado da cidade. Não tem ônibus, eu não sei o que fazer – disse desesperado, quase em lagrimas.

- Em que ano nasceu, Jimin-sshi? – Seulgi pergunta, com um olhar calmo e tranquilo como sempre.

- Que? – eu a olhei, não acreditando na pergunta – Nasci em 1995 – nesse momento, as duas começam a rir.

- O que foi? 

- Somos suas Noonas, Jimin-sshi. – Seulgi se aproxima de mim, quando pude perceber que era mais alta que eu – Não se preocupe, tem um ônibus especial do pessoal da SM vindo buscar a gente. Vamos ficar no outro lado da cidade. Vem conosco. – ela sorri gentilmente, como sempre faz – Jimin-sshi, eu consegui, graças a você. Deixou-me mais calma falar com você aquele dia. Por favor, deixe-me ajuda-lo agora. Chegou a sua vez de estar mais perto do seu sonho. Além de tudo, sou sua Noona, meu dever é cuidar de você! – “MAS O QUE É ISSO TUDO QUE ELA ESTÁ FALANDO?”, penso por mim mesmo, não dando nem chance de dizer uma resposta, o ônibus chega. Ela me pega pelo pulso e seguimos no ônibus.

No ônibus, pude explicar minha situação com as empresas e conhecer as meninas melhor. A deusa não era só linda, era muito tímida e graciosa, mas mesmo assim via esforço em conversar comigo. Seulgi não era nada tímida e voltava a ser mais chata, por ser mais falante e querer saber tudo, mas não pude esconder o fato dela ter sido muito generosa comigo, porque foi graças a ela que consegui fazer perfeitamente minha audição. Foi graças a ela.

- Dias Atuais –

Fizemos nossa pré-gravação perfeitamente e eu não conseguia olhar na cara do Taehyung por algum motivo. Ainda vinham as palavras “Seulgi-noona” e “Taehyung-ah” na minha cabeça. Jungkook percebia meu incomodo em relação a V. Não, eu não queria assunto com ele. Eu nunca a chamei de Seulgi-noona, em todos os anos desde que a conheço, e ela nunca falou informalmente comigo desse jeito. Por que com ele? Taehyung não largava aquele celular e isso ia me incomodando cada vez mais, porque sabia que era com Seulgi todos aqueles risos e gargalhadas na tela do celular. Viu, eu não sei lidar bem com Seulgi. Ela desperta muitos extremos em mim, desde a primeira vez que a conheci.

Do nada, alguém dá 3 batidas na porta do camarim. As batidas eram lentas e fortes. Taehyung deu um pulo do sofá onde estava para abri-la e saiu. Não entendendo nada, fui atrás dele e quando abro a porta, só vejo uma supresa: Seulgi, aparentemente a vontade, rindo de algo que V a contou. Por um momento meu coração acelerou. Eu me senti gelado por dentro e algo no meu estomago não estava legal... Parecia mil coisas voando. Eu não a via assim de perto fazia tempo. Saí e fechei a porta bem forte, para que pudesse interrompê-los e ela olhar para mim. Dito e feito, Seulgi me olhou, com olhos de surpresa. Eu corajosamente esbocei um sorriso amigável, ou tentei parecer amigável, mas não funcionou. Seulgi voltou a olhar para Taehyung, me ignorando, então sai, para disfarçar que tinha saído para algo e não somente para espiar eles.

A ignorada de Seulgi começou a me deixar mais perturbado. Ela não era assim, ela é como está com Taehyung, animada, chata, falante e brilhante. Vê-la com Taehyung me fez despertar muitas coisas escondidas que tinha de Seulgi, me fez voltar o passado e relembrar nossos momentos e quando nos falávamos, me fez ver que ela era a pessoa mais brilhante que tinha conhecido, e acho que graças a ela que me tornei mais alegre. Mas não dei valor, pelo contrário, disse coisas horríveis para ela, escutei de volta mas poderia ser verdade... Por um momento, desde que nos conhecemos e brigamos, eu senti uma imensa saudade de falar com Seulgi, e ver o sorriso amigável dela de antigamente se dirigir a mim, então para mudar isso eu precisava responder aquela mensagem, eu não queria mais estabilidade, eu queria tentar. Peguei meu celular, as palavras só rodavam na minha cabeça por não saber o que mandar. Eu escrevia e apagava varias vezes algo de “obrigado” até “saudades”, mas eu iria responder aquela mensagem.

- Jimin-sshi? – meu corpo todo congela. Vem um frio na barriga e o ar parece não existir mais dentro de mim. Não conseguia dizer nada, meu cérebro só colocava o sorriso gentil dela na minha mente, e quando me virei para ter certeza do que estava imaginando, eu pude ver que era real, junto com o meu, já sento projetado no meu rosto.

- Seulgi-sshi... Senti sua falta... – as palavras pularam da minha boca. Não era bem o que era para dizer naquele momento, mas era verdadeiro. Estava me matando ver ela com todo aquele carinho a Taehyung e não a mim. Eu queria a Seulgi de volta, a Seulgi chata de volta, a noona que cuidava de mim e dessa vez poderia ser diferente, já estávamos crescidos e maduros. Vendo Seulgi na minha frente, seu sorriso depois de tanto tempo, depois de tantas palavras ofensivas, eu tive a certeza que agora iria lutar para isso!


Notas Finais


Espero que gostem!!!! Esse cap foi um pouco mais longo, mas tinha de ser assim galera...
Por favor, me digam o que estão achando, opiniões, sugestões.. Ficarei eternamente grata!


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