História My lovely alpha - Encontro Marcado

Voltei ao quarto com uns pacotes de bolacha e uma maça na mão, assim que entrei me deparei com a cama vazia e com um bilhete na penteadeira......

No bilhete tinha apenas duas palavras “Me Perdoe” escritas com uma letra muito torta. Embaixo do pequeno papel tinha um envelope pardo com uma fita vermelha mal cortada e amarrada de qualquer jeito para formar um laço. Minha maior preocupação era em como aquela carta tinha chegado ali, eu sempre sou cuidadoso com minha casa e segurança é algo fundamental.

Ignorei a clara invasão de privacidade, afinal um agente do ministério estava de folga na minha casa, e comecei a ler o que estava dentro do envelope

   “Você não se lembra de mim, e nem deveria, mas nos conhecemos ontem a noite. Alguém dopou você e eu te levei pra um lugar seguro e de manhã te trouxe pra sua casa. Não sou uma ameaça, se quiser saber mais me encontre na lanchonete na rua atrás do condomínio 2:30h.

                                                                                              Ass: S.B”

Coloquei as coisas que eu havia trazido na penteadeira onde antes estava a carta e comecei a ler tudo de novo, palavra por palavra, mas nada fazia sentido. Era obvio a escolha mais sensata: dar a carta para James e deixar que um agente oficial da lei resolvesse, por outro lado eu não lembro do que aconteceu e não tenho sinais graves de um estupro, existe a chance dele ter me ajudado

Eu peguei uma calça social e uma blusa branca lisa, o mais discreto possível, e fui até o andar de baixo, ainda não tinha certeza se eu iria nesse encontro, mas não podia ficar parado sem fazer nada. Quando passei pela sala vi Lily e James sentados longe um do outro no sofá, o pequeno Harry dormia entre eles sem ao menos perceber a tenção que pairava no ar

-Onde você vai? ---James perguntou em um tom paternal

-Preciso resolver umas coisas, a lanchonete é um lugar mais neutro pra pensar ---respondi o mais seco que pude tentando não dar brecha para que ele fizesse mais perguntas

-Tome cuidado... --- foi tudo o que eu ouvi dos dois antes de sair pela porta da frente levando minha maleta de ombro e um casaco

Segui andando pelas ruas que levavam para fora do condomínio, do lado da rua já dava pra ver a grande placa da lanchonete girando, e as mesas avermelhadas brilhavam através do vidro das grandes janelas e a cor vibrante atravessava toda a distancia que existia entre mim e o local, me deixando mais nervoso

Eu não tinha muitas opções, meu medo de ir continuava firme, porem quanto mais eu andava naquela direção mais decidido eu ficava, não vou fugir agora. Eu quero ser um Auror, quero ser forte, quero ter coragem, e não posso ficar a mercê de um estranho.

Olhei no relógio e eram 2:28h, já estava praticamente na hora. Entrei no lugar e olhei em volta, no começo o primeiro pensamento que me veio era que seria impossível achar alguém que u nunca tinha visto, ou pelo menos não lembrava ter visto, mas todos estavam sentados em grupos de 3 ou em casais, menos uma mesa.

Fui em direção a ela usando toda a força de vontade que eu tinha, mas assim que fiquei de frente com ela minhas pernas bambearam, havia um homem muito bem vestido no conto perto da janela, não dava pra ver seu rosto porque o grande cardápio cobria-o quase por inteiro

-Com licença, não sei se estou na mesa certa, mas... ---não consegui terminar a frase, ele me cortou muito antes disso

-A mesa é essa, sente-se Remus Lupin. ---ele disse seco e sem tirar o rosto do cardápio, eu me sentei na sua frente e esperei que ele falasse alguma coisa, mas antes que isso pudesse acontecer a garçonete aparece para anotar os pedidos

-Nós.... ainda não escolhemos....--- disse totalmente sem graça, já que o meu “acompanhante” parecia muito mais interessado no cardápio do que em mim, e nem se quer fez um pedido quando a garçonete veio!

Assim que a mulher saiu ele abaixou o cardápio e eu pude finalmente ver o homem de meia idade que se escondia ali atrás, ele era elegante (mesmo que aparentasse estar BEM malcuidado) passava um ar de mistério e era um homem muito atraente. Pra quem goste de homens assim é claro, o que não é o meu caso.

Sempre preferi pessoas simples e simpáticas com uma aparência amigável, a barba rala, os olhos firmes, os cabelos desgrenhados e que mesmo assim davam uma impressão de arrumação, tudo isso somado a blusa com os últimos botões desabotoados não me atraia nem um pouco

-Então foi você quem me levou pra casa?  ---disse tentando iniciar uma conversa já que ele parecia totalmente inerte, apenas me olhava como se eu fosse algum tipo de quadro

-Foi  ---respondeu seco novamente e eu me convenci que ele não daria continuidade a conversa, mas ele logo prossegui-o --- te encontrei na boate quando estava dopado, tinham muitos alfas lá. Minha intenção era te deixar na sua casa de primeira, mas seus amigos estavam lá e eu não quis causar pânico

-Obrigado por me tirar da boate ---tento falar o mais rápido possível para que ele continuasse a história --- Mas pra onde me levou então?

-Te levei pro meu apartamento --- meu sangue gelou na mesma hora, eu estava dopado e um estranho me levou pra própria casa, não sei como ainda estou vivo, como eu pude ser tão descuidado a esse ponto? Enquanto eu estou pensando sobre o que poderia ter acontecido ele continua falando

-Não se preocupe, eu nunca faria nada com um ômega como você em uma situação daquelas.... eu só quero que saiba que estou investigando os responsáveis ---parece muita coisa pra acreditar, ele me salvou e quer me ajudar a incriminar os culpados? Eu nunca tive tanta sorte antes, não consigo evitar ficar desconfiado

-e pra você quem são os responsáveis? ---digo sem colocar muitas esperança, eu ainda não tenho motivos pra depositar uma real confiança

-Bom tenho alguns nomes....

Continua...