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História My Lovely Doctor Bae - Session Seven: Hope...


Escrita por: syofgg_s

Notas do Autor


oi gente, autora cara de pau surgindo aqui
feliz ano novo? hehehe
sei que prometi não demorar tanto, mas eu tive vários probleminhas bem complicados de lidar... (crise emocional é foda, não recomendo pra ninguém) mas finalmente voltei e lhes trago um capitulo fresquinho com foco em joyri pra vocês ><
espero que me perdoem e não desistam de mim *carinha esperançosa*
boa leitura o/

Capítulo 7 - Session Seven: Hope...


Fanfic / Fanfiction My Lovely Doctor Bae - Session Seven: Hope...

             Yeri

Hoje é dia de fisioterapia, normalmente eu acordaria feliz e ansiosa para ir, mas após aquela conversa com a Joy eu não me sinto preparada para vê-la e não sei se vou conseguir agir normalmente com ela, não quando meu coração anseia por algo mais. Vai ser difícil ficar perto dela nas sessões de agora em diante, mas eu sei que também seria difícil se ela não estiver mais presente, eu vou sofrer de qualquer maneira e não posso simplesmente desistir da fisioterapia logo agora que eu estou quase recuperada. Suspirei e me levantei, afinal, ficar na cama me lamentando não vai me ajudar em nada e se eu não me deixei abater quando quase acabaram com a minha vida não vai ser por uma rejeição amorosa que vai fazê-lo!

Troquei o pijama por uma camisa roxa, uma calça jeans escura, calcei meus all star preto e fui fazer a higiene matinal, a sensação de caminhar, mesmo que ainda com a ajuda das muletas, me dá uma enorme satisfação, é libertador poder fazer as coisas sozinha depois de tanto tempo dependendo da ajuda dos outros até para escovar os dentes, é uma vitória que nem mesmo a dor da rejeição da Joy vai me tirar. Com isso em mente, olhei meu reflexo no espelho e sorri. Eu não sou a mesma Yeri de antes do ataque, também não sou a mesma de alguns dias atrás, algo dentro de mim mudou e eu senti vontade de mudar por fora também.

Sai do banheiro, caminhando lentamente para a cozinha, onde minha mãe me espera para o café da manhã.

- Bom dia, filha, como está se sentindo hoje?

- Estou bem, omma, hoje foi mais fácil caminhar com as muletas. – respondi enquanto me servia de cereal e leite.

- Fico feliz por isso, meu amor, estou muito orgulhosa de você. – minha mãe sorriu e vi alegria genuína em seus olhos pela primeira vez em muito tempo e isso trouxe conforto ao meu coração.

- Cadê a unnie?

- Ela saiu cedo, foi para a empresa, falta pouco para o comeback dela, então ela está bem ocupada, não poderá nos levar hoje, mas deixou o carro a disposição.

- Ah sim, quase me esqueci, ela vai estar bastante ocupada agora.

 Ficamos em silêncio e me concentrei em tomar o meu café, pensando sobre várias coisas, entre elas, nas mudanças que quero fazer no meu visual, um novo corte de cabelo talvez seja uma boa idéia, sei lá, quero fazer algo diferente.

- Omma, eu pensei um pouco e quero ir a um salão antes de ir para a fisioterapia, quero mudar meu visual um pouco.

- Claro, te levo, mas por que isso agora?

- Sei lá, só me deu vontade, tô meio enjoada dessa mesmice. –  falei e dei de ombros.

- Tudo bem, então se apresse, termine seu café enquanto falo com o motorista .

Assenti e voltei a me concentrar no meu cereal, terminando-o apressadamente e fui escovar os dentes e fiquei me olhando no espelho, pensando no que faria, imaginando vários cortes que posso fazer e acabei rindo de mim mesma ao me assustar com a minha mãe me chamando. Fiquei tão distraída que nem percebi quando ela entrou no banheiro.

- Yerim, para de sonhar acordada e vamos. – ela disse, também rindo e saímos. – Espero que tenham disponibilidade para nos atender, já que você decidiu isso do nada. – ela disse, me ajudando a ir até o carro.

 

Demos sorte de conseguir um horário, houve um cancelamento e consegui ser atendida, então voltei para o meu tom natural e cortei a franja, sorrindo satisfeita pelo resultado, me sentindo bem comigo mesma.

- Você está linda filha! – minha mãe elogiou quando nos acomodamos no carro. – Que bom que conseguimos um horário logo, que tal almoçarmos em algum restaurante antes de irmos para o hospital? – perguntou e eu assenti, animada.

Almoçamos no meu restaurante favorito, um almoço gostoso e tranquilo, minha mãe parece bem mais relaxada nos últimos dias, mesmo continuando super protetora, o que é compreensível, visto o que aconteceu comigo e o resultado disso. Eu sei o quanto minha mãe sofreu me vendo daquele jeito e que teve medo de eu nunca voltar a ser a garota que eu era e é ótimo voltar a vê-la sorrindo quando me olha dando meus hesitantes passos.

- Vamos, bebê, ou vamos nos atrasar para a fisioterapia,. – ela disse, assim que terminei a sobremesa.

Por um momento, isso me desanimou, pensar em ver a Joy sabendo que nada vai ser como antes me machuca, mas ignorei o sentimento, disfarcei o desconforto e fingi estar animada para mais uma sessão com a doutora Bae e a estagiária que roubou meu coração e o desprezou sem pensar duas vezes. Seguimos para o hospital em silêncio, minha mãe percebeu que algo me incomodava, mas não disse nada, apenas segurou minha mão enquanto eu deitei a cabeça em seu ombro.

Não demoramos muito para chegar, cumprimentamos a Hyeri, que parece bem alegre hoje, e seguimos para a ala de fisioterapia, nos acomodando  nas cadeiras enquanto esperamos a doutora chegar e não ne passaram nem dez minutos até ela surgir, acompanhada da Joy, ambas rindo e meu coração deu um solto ao vê-la se aproximando. Vi o sorriso dela vacilar ao me ver, mas logo se recuperou.

- Olá, como vai a minha paciente favorita e meu maior orgulho? – a doutora perguntou.

- Estou bem, doutora, está ficando cada vez mais fácil caminhar com as muletas, mas é muito cansativo, quero me livrar delas logo. – respondi tentando parecer animada.

- Apressada como sempre, pequena, seja paciente, não queremos que nada atrapalhe o seu progresso, certo? – a doutora disse rindo. – Olá, srª Kim, como está?

- Estou bem, doutora, é ótimo ver minha menina cada vez mais distante da cadeira de rodas. – minha mãe disse, o alivio nítido em sua voz.

- Sua menina é uma guerreira.

- Ela é, e sei que logo voltará a ser a Yeri de antes, fazendo as coisas que ela gostava e se divertindo e poderá voltar para a escola.

- Estamos trabalhando duro para isso. – a doutora disse. – Pronta para mais uma sessão, Yeri? – perguntou, abrindo a porta da sala para entrarmos.

- Estou sempre pronta, doutora! - respondi sorrindo.

- Vai nos acompanhar hoje, srª Kim? – a doutora se dirigiu a minha mãe.

- Infelizmente não vou poder, preciso passar no banco para resolver algumas coisas e organizar algumas coisas por meu marido logo chegará de viagem. – a mesma respondeu.

Me animei ao pensar em ver meu pai de novo, já faz um bom tempo que ele viajou para tomar conta da filial da empresa que trabalha na China e não contamos a ela sobre o meu progresso, vai ser ótimo ver a expressão dele quando chegar em casa e me ver caminhando!

- Vai ser ótimo ver o papai de novo, estou morrendo de saudades!

- Ele também está com saudades da princesinha dele. Se comporte, o motorista vem te buscar mais tarde. – mamãe disse, me dando um beijo na testa. -  Tchau, bebê, doutora, senhorita Park.

Entrei na sala, seguida pela doutora e pela Joy, que se manteve calada, mas senti seu olhar sobre mim o tempo todo.

- Toma, troque sua roupa por essa camisola e depois deite-se, começaremos com uma massagem nas pernas e nos braços, para relaxar os músculos e depois passaremos para alguns exercícios leves. – a doutora me instruiu e eu assenti, pegando a vestimenta que ela me estendeu e elas me deixaram sozinha.

Me troquei com um pouco de dificuldade, mas me recuso a chama-las e dizer que preciso de ajuda, mesmo que demore, quero fazer isso sozinha. Assim que terminei, chamei-as e ambas entraram, me encontrando já na maca disponível ali.

- Joy, você cuida dos braços e eu das pernas, quero avaliar sua técnica. – a doutora disse e Joy a olhou assustada.

- Mas...  – ela começou, mas a doutora a interrompeu.

- Mas nada. Eu preciso te avaliar, seu estágio está chegando ao fim e preciso reportar seu desempenho, então apenas me obedeça! – a doutora disse firme e eu tive que rir, naquele momento nem parecem melhores amigas.

- Aish, você sabe ser muito mandona quando quer, unnie! – Joy disse emburrada, um biquinho fofo formado em seus lábios. Lábios que eu tanto quero provar...

- É para o seu bem, não quero que nada te prejudique agora, pirralha.

- Certo, certo... Vamos começar então. – Joy suspirou e se aproximou da cama, pelo lado direito e pegando meu braço.

- Isso mesmo, gosto assim, menina obediente. – a doutora brincou rindo e ri junto, ainda mais quando Joy a olhou com um olhar que promete vingança e ambas começaram a massagem. Estremeci um pouco ao sentir o toque da Joy, mas tentei disfarçar.

- As vezes eu esqueço que são profissionais sérias e o motivo de eu estar aqui, vocês tornam o ambiente tão leve e divertido. – falei de repente e as duas me olharam sorrindo.

- Isso é ótimo, fico feliz por ajudar meus pacientes, de todas as maneiras possíveis, e você é uma garota especial, é fácil relaxar com você por perto.

- Exatamente, você tem um carisma enorme, faz as pessoas quererem te fazer sorrir, porque seu sorriso ilumina tudo. – Joy disse, fazendo meu coração dar um salto e a vi ficar vermelha.

- Que cantada mais brega, Park Sooyoung. – a doutora provocou-a.

- Cale-se, Irene. – ela murmurou ainda mais envergonhada.

- Olhe, doutora, a Joy unnie tá parecendo um pimentão! – comentei rindo.

- Um pimentão muito fofo, dá vontade de morder.

- Verdade, é o pimentão mais fofo que já vi na vida.

- Vocês duas tiraram o dia para me provocar?

- Claro que não, eu estou aqui trabalhando, você que é avoada e falando coisas sem sentido. – a doutora disse fingindo seriedade.

- Aham, claro, quem não te conhece que te compre, doutora. – Joy respondeu ironicamente.

- O que houve, Joy unnie? Está na tpm? Você está muito sensível hoje. – cutuquei.

- Engraçadinha você, hein, garota! – disse, mostrando a língua e todas rimos de sua atitude infantil.

- Bem, você está bem relaxada, vamos começar os exercícios. Acha que aguenta uma caminhada na esteira, em baixa velocidade?

- Claro que aguento, acho que posso até correr! – falei empolgada.

- Deixa de ser apressada, garota! Não pode se sobrecarregar. – Joy me repreendeu e suspirei, sei que ela tem razão, mas quero muito provar para as pessoas que nunca acreditaram em mim e me abandonaram que eu sou capaz.

 

 

            Joy

É bem difícil olhar para a Yeri, estar perto dela, após aquela conversa, mas eu sei que preciso ser forte, para o bem dela, não posso dar bobeira e prejudicar o tratamento dela, então preciso agir como uma profissional, mesmo que isso me mate por dentro.  Fiquei preocupada ao vê-la na porta da sala de fisioterapia, ela parecia um pouco abatida, cheguei a pensar em inventar uma desculpa para não participar da sessão para não deixa-la desconfortável, mas sei que a Irene não iria cair e iria me forçar a entrar de qualquer jeito.

Quase tive uma parada cardíaca quando minha querida amiga e supervisora decidiu começar com a massagem e me mandou massagear os braços da garota, me fazendo ficar bem próxima a ela, pensei que ela iria ficar chateada, mas a Irene conseguiu deixar o ambiente agradável ao me provocar e logo minha pequena embarcou, brincando e sorrindo e me senti mais tranquila, eu a machuquei, eu sei, mas ela não deixou de ser a Yeri que eu tanto amo e me alegra ver o quanto ela é forte, mesmo para alguém tão jovem.

Neste momento, eu observando-a caminhar na esteira, os passos ainda são um pouco hesitantes, mesmo ela tentando transparecer confiança.

- Vamos, Yeri, não hesite, você sabe que consegue, então passe essa mensagem para suas pernas, você as comanda, não o contrário. – Irene incentivou.

Isso é uma das coisas que mais admiro em minha amiga, a capacidade de entender o que cada paciente precisa, incentivá-los, ser firme, mas carinhosa, ela consegue passar confiança como nenhuma outra pessoa que conheço, é impressionante o modo que ela lida com as pessoas a sua volta e é por isso que me inspiro nela, como ser humano e como profissional, quero ser pelo menos um pouco do que ela é, quem sabe assim, um dia eu seja merecedora do amor de alguém como a Yeri...

Vi a Yeri bufar, frustrada, ao tentar dar mais um passo e a perna não responder ao seu comando, então ela tentou de novo, mas dessa vez, perdeu o equilíbrio e, sem nem pensar, corri até ela e consegui segurá-la antes que ela caísse, meu coração quase parou por um instante, ao imaginá-la caindo e se machucando. Ela me olhou, a expressão assustada e a apertei contra mim, sentindo-a tremer.

- Okay, chega por hoje, Yeri, você precisa descansar. – Irene disse.

- Não, doutora, eu posso continuar.

- Não, não pode, já foi o suficiente por hoje, chega. – falei, tentando soar calma.

- Eu sei que eu consigo, eu só preciso...

- Parar! Você precisa parar de se cobrar tanto e se forçar! Você poderia ter caído e se machucado, isso seria um retrocesso no seu tratamento!

- Joy, acalme-se, não precisa falar assim, ela está bem.

- Porque eu consegui ser rápida e segurá-la! E se eu não estivesse aqui? – perguntei, ainda segurando-a  e senti as lágrimas dela molhando minha camisa. Irene suspirou.

- Eu vou buscar água para vocês, acalmem-se e ajude-a a se trocar. – ela disse, saindo e me deixando sozinha com a Yeri.

Sem soltá-la, me sentei em uma cadeira ela se aconchegou em meus braços, ainda chorando. Respirei fundo, tentando me acalmar e acariciei seus cabelos.

- Shhh, calma, pequena, já passou, me desculpe por ter falado daquele jeito. – sussurrei, tentando acalmá-la.

- E- eu sei que você es- está certa, ma- mas eu quero tanto voltar a ser a garota de na- antes! – ela disse, os soluços causados pelo choro cortando as palavras.

- E você vai, meu anjo, mas tudo em seu tempo, não precisa se apressar, apenas mantenha o foco e deixe as coisas acontecerem, quando você menos esperar, estará correndo para longe de mim. – falei, secando as lágrimas que correm pelo sue belo rosto e ela riu.

- É mais fácil eu correr para você do que para longe... – ela disse, seu olhar intenso prendendo o meu e fazendo meu coração acelerar.

Ela tocou acariciou meu rosto com sua mão trêmula, suspirou e meu olhar se desviou para seus lábios que parecem tão macios e convidativos... Eu sei que o que vou fazer é errado, mas não consigo evitar, eu preciso fazer isso, mesmo que seja uma única vez . Aproximei meu rosto do dela lentamente e a vi fechar os olhos um segundo antes dos meus lábios tomarem os dela em um beijo hesitante, até sentir sua resposta, a boca ansiosa que se abriu para minha língua, me deixando aprofundar o beijo e o gosto salgado das lágrimas se misturando ao doce de seus lábios, fazendo minha mente explodir em milhares de sensações incríveis.

Eu perdi a noção de tudo ao meu redor, não me importo com mais nada além dela ali comigo, correspondendo ao meu beijo, os braços ao redor do meu pescoço, enquanto a seguro firmemente em meus braços, como se nunca mais fosse soltá-la, porque é exatamente isso que quero fazer, segurá-la perto de mim para sempre, porque sinto que, sem ela, minha vida não terá sentido algum. Interrompi o beijo, encostando minha testa na dela e sorrimos juntas, sentindo uma felicidade enorme por compartilhar esse momento.

- Detesto ter que atrapalhar o casal, mas preciso falar com você, senhorita Park, vá para minha sala já.

Congelei ao ouvir a voz e perceber que já não estávamos mais sozinhas e meu único pensamento foi: fodeu.

 



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