— Mas o que que é aquilo? – Amadeus verbaliza o que se passava na cabeça de todos – o treino começou já por acaso? Pensei que fossemos salvar pessoas...
— Para trás! – Matthew diz mais nervoso ainda, quando sente alguns dos alunos se inclinando para frente. Ele então põe o capacete na cabeça, sabendo exatamente o que estava por vir – isso é real, aqueles são vilões...
Todos os alunos ficam assustados e estáticos, não conseguindo compreender como todos aqueles vilões haviam conseguido entrar em uma instalação da M.A;
— Então esses são os canalhas que usaram a imprensa para invadir a escola... – comenta Matt, finalmente percebendo como tudo aquilo havia acontecido
Depois de que todos os vilões haviam saído da névoa negra, pelo fato de que, por um momento, ninguém mais saiu; tal névoa se condensa rapidamente em uma pessoa, ou o que parecia ser uma pessoa. Um homem com a pele completamente vermelha, vestia um terno negro, com um lenço vermelho no bolso da frente. Era alto, um rosto fino, cabelos negros penteados para trás e com um cavanhaque sem bigode da mesma cor. Tinha uma cauda fina com uma ponta triangular e duas espadas curvas presas na cintura
— Os únicos heróis de verdade que vejo são Demolidor e Danger – comenta o homem vermelho com um sotaque alemão, para seu companheiro – estou perplexo, de acordo com o itinerário que roubamos, Homem de Ferro deveria estar aqui também – ele comenta coçando os pelos no queixo
— Ele não está aqui? Mas que pena, todo o trabalho de convencer esse pessoal a vir tsc, tsc, tsc... – o moreno comenta em um tom um pouco indiferente – mas não tem problema, é só matarmos algumas crianças e ele aparecerá... – ele diz sorrindo e encarando os alunos presentes na entrada da SPE
No topo, próximo da entrada, junto dos alunos, ambos os heróis profissionais se preparavam para o inevitável confronto; Demolidor retira seu bastão do coldre e separa as duas metades, conectadas ainda pelo fio elástico que substituía a corrente, dando muito mais velocidade, e Danger coloca no rosto o resto de seu capacete, que mais parecia uma máscara de ferro
“Naquele dia, aprendemos contra o que os heróis profissionais estão realmente lutando. A escuridão que eles enfrentavam para nos manter seguros. Nós olhamos para aqueles vilões, e o mal puro olhou de volta”
— O que? Vilões de verdade? Sem chance – comenta Amadeus tentando mascarar o medo pela negação – como que tantos deles conseguiram entrar em uma instalação da M.A tão segura?
— Verdade...- Ava, a vice representante da sala diz ao dar um passo a frente – Danger, por que os alarmes não estão soando?
— Boa pergunta – a voz da heroína era um pouco abafada pala máscara, mas seu tom de preocupação era reconhecido de qualquer forma – mas eu não tenho certeza...
— O campus inteiro está sob ataque? Ou esse é o único alvo? – pergunta de uma maneira estranhamente calma o jovem Reyes – De qualquer forma, se os sensores dos alarmes não estão soando, então algum desses vilões tem uma individualidade que está mascarando sua presença aqui; um ataque em uma localidade afastada do campus principal, no horário que uma aula estaria sendo realizada... eles são idiotas por invadirem, mas eles pensaram nesse ataque. Qualquer que seja, eles devem ter um objetivo concreto em mente, a questão é; qual é?
— Danger, tire-os daqui e alerte o campus principal – Demolidor diz para a colega, e se referindo a seus alunos enquanto da um passo a frente na direção das escadas, e consequentemente dos vilões – se eles tem a habilidade de bloquear nossos alarmes, então eles provavelmente estão interferindo em nossas comunicações também...
— O que você vai fazer!? – pergunta preocupado Peter ao seu professor – você não vai conseguir enfrentá-los sozinho! Tem muitos deles, mesmo você sendo muito habilidoso, o ambiente não é favorável! Seu estilo consiste em dominar seus inimigos com técnicas de ataque múltiplo de alto impacto, e funciona melhor em modo furtivo e em locais fechados... mas estamos em local aberto... – Peter termina de descrever as capacidades de seu professor, mas logo se impressiona ao ver o mesmo lhe encarando com os olhos vermelhos de seu capacete
— Você não vira um profissional ao ter apenas uma carta na manga – ele diz para seu aluno e logo se vira para a multidão de vilões com suas armas em punho – Eu conto com você Danger – ele diz para a outra heroína profissional que apenas assente com a cabeça, por ter suas feições escondidas pela máscara do uniforme
O herói então se impulsiona, correndo alguns poucos metros, e salta na escada, aterrissando logo depois e passando a correr em direção ao grupo de vilões, enquanto Peter se colocava no topo da escada para observar o confronto, temendo pelo pior para seu professor
— Não se preocupe – ele vê Danger que também olhava para baixo – muitos não sabem a real natureza da individualidade do Murdock
— Como assim?...
No pé da escada, alguns vilões já observavam o herói vestido de demônio correndo na escada na direção deles, e alguns já tomavam certas providências;
— Esquadrão de artilharia, em frente! – um dos vilões comenta observando a aproximação do herói e colocando suas mãos para frente ao preparar sua individualidade
— O pessoal da inteligência não disse que ia ser só a Danger e o Homem-de-Ferro? Quem é esse cara? – comenta uma mulher, também da artilharia, que fez seus cabelos crescerem
— Não reconheço – comenta outro – mas se ele acha que vai conseguir nos enfrentar, ele é um homem morto!
Se aproximando cada vez mais, Matthew então solta um silvo ultrassônico, como o sonar de um morcego, rapidamente tendo as ondas sonoras rodeando seus adversários e voltando com a imagem para suas mentes;
“Três vilões no pé da escada, corações acelerados e adrenalina correndo mais do que os demais. Certas partes do corpo apontadas na minha direção; se chamaram de esquadrão de artilharia: Individualidades de longa distância, querem me matar, ou pelo menos atrasar, antes que eu chegue no corpo a corpo...” O herói vestido de demônio pensa e utiliza sua individualidade de outra maneira; assoviando em uma frequência ultrassônica que faz com que o líquido dos canais semicirculares no ouvido interno de seus adversários se movimente, gerando tontura
— Uou, o que está acontecendo!? – o primeiro vilão se questiona ao ter sua visão começando a girar e assim perdendo o equilíbrio, não conseguindo mais focar no herói que se aproximava
— Eu não estou me sentindo muito bem... – outro do esquadrão comenta ao sentir seu estômago embrulhando, mas ele não precisou se preocupar com isso por muito tempo;
Um projétil extremamente rápido é lançado em sua direção, ele bate em sua testa e imediatamente o vilão cai inconsciente. O dono do projétil então usa o momentum para enrolar o bastão com o fio envolta do pescoço do vilão ao seu lado e com um puxão, bate sua cabeça com a da vilã ao seu lado, fazendo os dois desmaiarem. Demolidor então faz o bastão retornar e o encaixa novamente em seu irmão gêmeo enquanto se coloca em posição de luta.
— Idiotas! Esse é o profissional Demolidor, ele confunde o cérebro de vocês com um assovio, ele também consegue ver tudo ao redor dele – comenta um outro vilão mais informado
“Matthew Murdock, Individualidade; Ultrassonic. Ele é capaz de produzir sons em frequências ultrassônicas específicas. Ser capaz de ouvi-los com sua audição treinada, sendo assim capaz de perceber tudo ao seu redor e desorientar partes específicas do cérebro humano”
— Confusão? Quero ver se ele consegue me confundir depois de uma surra! – um vilão que apresentava uma individualidade de Mutação, apresentando quatro braços, diz ao correr na direção do herói, pular e estar prestes a acertar o herói
— Você tem razão – Matt diz ao conseguir desviar dos golpes consecutivos, utilizando o utrassonico apenas para se localizar – mas caras como você só são um problema quando me derrotam, e isso nunca acontece!
Demolidor devia de alguns golpes, e utiliza uma pequena abertura de seu adversário para acertar sua têmpora com o cacetete, o fazendo cambalear levemente para trás, mas ele rapidamente gira, lançando o pedaço de sua arma, amarrando o pescoço do vilão. Ele então o trás para perto com um puxão, e então pula, girando um tronco para um chute certeiro na lateral da cabeça de seu adversário, o tirando do combate.
— Muito bem, quem vai ser o próximo? – pergunta o herói em um ar intimidador, forçando um pouco a voz para parecer mais rouco
— E lá vai o diabinho, com suas habilidades marciais e seu ar intimidador – o jovem moreno comenta ao observar o profissional lutar contra seus peões – com essa individualidade ele consegue observar tudo ao mesmo tempo e confundir a mente, tornando difícil uma iniciativa de alguém ou uma pró-atividade...
Enquanto o suposto líder e seus dois capangas observavam, Demolidor não parou, fazendo uma vilã que estava prestes a usar sua individualidade ter uma dor de cabeça horrível, a distraindo o suficiente para que o herói lhe acertasse com outro chute bem localizado, enquanto o mesmo prendia sua arma no pescoço de outro, e usando golpes consecutivos para fazê-lo desmaiar também
—... o pior de lidar com profissionais, é quando eles atendem suas expectativas – o jovem responde suspirando, como se tudo aquilo fosse apenas um incômodo para ele
Do topo da escada, Peter pode realmente reconhecer a habilidade de seu professor de classe, que lutava e se esquivava de uma maneira quase sobre humana, ele era literalmente um ninja;
— Uou, ele está realmente os distraindo – Peter diz com o corpo voltado para saída, para onde o resto da classe se dirigia, mas com o rosto voltado para o confronto – pelo visto eu não deveria ter subestimado ele...
— Peter! – Danny diz para chamar a atenção do amigo – vamos, não é hora de fazer análises! Temos que ir!
O garoto apenas assente e logo se junta ao grupo que corria em direção a entrada do local. Mas no meio do caminho, a mesma névoa negra e avermelhada que apareceu antes começa a brotar do chão, como uma máquina de fumaça, mas sem máquina. E isso só poderia significar uma coisa; o vilão vermelho surge, subindo do meio da névoa, e se colocando entre o grupo de alunos e sua professora e seu destino; a saída.
— Não há escapatória – ele diz em uma voz serena e calma, como se estivesse negociando algo – Guten tag. É um imenso prazer conhecê-los, somos a Liga dos Vilões. Eu sei que estamos sendo um pouco indelicados, mas decidimos nos convidar para esse, paraíso de justiça, para dizer um olá. E além do mais, esse lugar não é perfeito para que Homem-de-Ferro, o símbolo da paz, dê seu último suspiro? Eu creio que ele deveria estar aqui hoje, mas ainda assim, não vejo nenhum sinal dele, deve ter ocorrido algum tipo de mudança de planos que não pudemos prever, mas não se acanhem, vocês ainda têm um papel importante a cumprir...
Danger começa a discretamente ativar sua individualidade, estendendo seus dedos mecânicos e se conectando a SPE por uma entrada no chão; ela então passa a ver e sentir por meio da sala; “eles devem estar apenas confundindo o sistema” ela pensa consigo mesma “mas o sistema de defesa continua intacto...” mas antes que ela pudesse ativar alguma das defesas, dois de seus estudantes já haviam se lançado em direção do adversário;
—AAAAAAAAAAAHHHH – Flash e Amadeus gritam quando pulam na direção do vilão; o primeiro aumentando seus braços com a gosma negra e o segundo se transformando em sua forma verde, ambos desferem seus golpes de imensurável força no local onde o vilão se encontrava quase que ao mesmo tempo, causando uma lufada de vento, um tremor e o levantar de poeira.
— Achou mesmo que a gente ia simplesmente deixar você monologar pelas próximas horas? – pergunta Amadeus, em posição de luta, preparado para o que der e vier. Mas quando a poeira baixa, todos ficam surpresos com o vilão completamente intacto, exatamente no lugar onde estava, apenas tirando um pouco de poeira dos ombros, como se estivesse lidando com insetos
— Sehr gut! Vocês certamente correspondem as expectativas de sua escola, mas vocês deveriam ser mais cuidadosos crianças, ou alguém pode se machucar... – ele diz encarando ainda mais profundamente as crianças, mais específico os dois mais a frente
— Vocês dois! – Danger chama a atenção de seus alunos – Saiam da frente imediatamente!
— Eu os espalharei por esse lugar, onde conhecerão meus colegas, junto de suas mortes! – ele diz abrindo os braços e uma enorme quantidade de névoa simplesmente surge atrás do mesmo e engolfa todos os alunos, os prendendo em uma espécie de cápsula de névoa.
— Droga! O que é isso!? – Amadeus se pergunta ao sentir a força daquilo, como se fosse uma verdadeira tempestade
Pietro, por conta de sua individualidade, é o único que consegue agir rápido o suficiente, se virando e empurrando sua irmã, que estava ao seu lado, e outro aluno para fora daquela cúpula. Os três caem no chão, Wanda, Pietro e Luke, o terceiro aluno, e assim conseguem observar a cúpula de névoa negra e vermelha que circundava o grupo. Enquanto todos lá dentro tentavam aguentar e se proteger da melhor maneira possível contra a individualidade do vilão.
Peter era um dos que tentava se proteger da torrente de névoa, tendo os braços na frente do rosto, ao não saber exatamente quais eram as especificações da individualidade do adversário. Até que ele sente cada vez menos força sendo exercida sobre ele, como se a força e velocidade da névoa estivesse diminuindo, mas quando abriu os olhos; ele se viu em queda livre
— AAAAAAAAAAAAAH – rapidamente tomando noção do ambiente, Peter caia ao lado de um prédio, não conseguindo ver detalhes por conta de sua velocidade, mas uma coisa que viu fora o vilão que o esperava no fim de sua queda
— Nada pessoal garoto, mas você tem que morrer! – ele grita ao abrir a enorme boca com diversos dentes afiadíssimos, prontos para triturar Peter
Mas o garoto foi mais rápido, e teve a vantagem de sua Individualidade. Ao observar uma janela a alguns metros abaixo de si, ele lança uma teia na parte superior da abertura e a segura firme. Em uma dada altura, a teia o puxa e ele é arremessa do na janela, escapando assim da morte certa pelo conjunto queda e vilão. Ele bate com toda a força na janela, a quebrando completamente e caindo rolando para dentro do edifício.
— Essa foi por pouco... – o garoto diz se levantando e tirando a sujeira de si enquanto pegava um rolo de gaze em um de seus bolsos para enfaixar o braço. Ele então olha ao redor e pela janela quebrada por onde viera; o local era muito parecido com as localidades do exame de admissão e o treino de combate, um prédio cinzento, de concreto, mas esse era bem mais bagunçado, cheio de objetos jogados. O menino então olha para fora e vê o resto da SPE – ainda estou aqui dentro, aquele cara deve ter algum tipo de individualidade de criação de portais... – mas o garoto é interrompido de seu pensamento ao ouvir uma madeira ranger em algum lugar atrás do mesmo
Se colocando em posição de luta, com os punhos levantados, Peter se encaminha lentamente na direção do barulho, tentando ao máximo ser silencioso enquanto se aproximava de uma entrada para outro cômodo, quando é surpreendido por uma reconhecível loira usando um maiô rosa;
— AAAAAAAH!!! – Gwen grita ao avançar na direção de Peter com as duas katanas empunhadas, as brandindo de um lado para o outro
— Gwen!? – Peter exclama ao desviar dos ataques consecutivos da garota
— Vilões machistas não passarão!!! – ela grita mais alto como se não tivesse ouvido a voz do amigo
— Gwen! Sou eu! Peter! – o garoto tenta se explicar enquanto andava para trás desviando por pouco das lâminas afiadíssimas da garota
— Vocês não vão conseguir me enganar!!! – ela exclama ainda mais freneticamente; até que Peter percebe o que há de errado. A máscara de Gwen está ao contrário, ou seja, ela não via nada do que acontecia; por isso não estava confiando na voz de Peter e, felizmente, errando os ataques. O garoto então em um movimento rápido se aproxima da garota e com os braços estendidos, levanta sua máscara, o suficiente para que a garota volte a enxergar – Peter!!! – ela exclama feliz ao conseguir enxergar o amigo, largando as espadas e lhe dando um abraço bem apertado
— É, era o que eu estava tentando dizer esse tempo todo... – ele diz tentando não prestar atenção na garota se espremendo em seu corpo e lhe dando alguns tapinhas amigáveis nas costas – calma, calma, passou...
— Eu estava tão sozinha, eu não sabia se iria aguentar a solidão – ela diz com uma voz chorosa
— Gwen, estávamos todos juntos a menos de um segundo atrás...
— Não ligo... – ela diz com a voz abafada ao ter o rosto pressionado no peito do garoto
— E... pronto! – a dupla ouve uma terceira voz no cômodo, rapidamente se separando para observar o pequeno desenhista pervertido da turma
— Kei? – Peter pergunta observando o colega sentado em uma caixa, com as pernas cruzadas e seu caderno de desenho em cima das pernas – a quanto tempo você tá aqui?
— Tempo suficiente! – ele diz enquanto passava uma borracha levemente em uma das páginas, e depois de retirar os resquícios com um sopor ele mostra seu trabalho para a dupla – o que acham? Uma obra de arte não é mesmo?
Peter, ao observar o desenho, rapidamente desvia o olhar com o rosto completamente vermelho. Certamente o desenho era muto bem feito mesmo sendo só com grafite, os diferentes tons de cinza, as proporções e o sombreamento eram trabalho de profissional. O problema do garoto aranha era o desenho em si; o que, na realidade, foi um abraço amigável entre Peter e Gwen, aos olhos de Kei foi algo completamente diferente; a cena era quase igual, se não fosse pelos braços de Peter envolta da cintura da garota, e os braços da mesma ao redor de seu pescoço, com seus uniformes abertos e caindo, revelando os ombros da loira e o peitoral do moreno. E ambos com as bocas abertas conectadas por um fio de saliva, com olhares famintos um para o outro; indicando um pouco o que havia acontecido antes e o que aconteceria agora na realidade da ilustração.
— Dá pra deixar minhas coxas um pouco mais grossas? – pergunta Gwen de uma maneira tão inocente como se ela não tivesse realmente visto o desenho
— Eu sou um artista – o menino retruca – eu capto a realidade, não faço milagres, bom, não na maior parte do...
— Ok! Deu! – Peter diz com o rosto ainda quente e avermelhado ao interromper o menino, ao fechar seu caderno, se levantar e respirar fundo, tentando colocar seus pensamentos em ordem – acho que temos coisas mais importantes para nos preocupar não?
— Tipo o que? – pergunta Gwen
— A autodenominada “Liga dos Vilões” que invadiu nossa escola e tem como objetivo matar o Homem de Ferro? – diz Peter sarcasticamente tentando colocar o senso comum ali no meio
— Tá bom chato – ela diz se sentando no chão e olhando para Peter com a cara emburrada – fique sabendo que eu não te beijo mais...
— O que!? Nós não...! A gente não...! – Peter diz suando e corando mais do que antes, até que ele para e esfrega o rosto com as mãos, e andando até a janela para ver como estava a situação lá embaixo, observando pelo menos uns vinte vilões, todos observando a janela que Peter havia entrado, como se estivessem esperando que saíssem por ali também – ok, pelo menos umas duas dúzias de vilões... vai ser complicado sair daqui...
— Por que a gente tem que sair? Não podemos simplesmente esperar os profissionais chegarem? – pergunta Kei para Peter – mal começamos as aulas, não acho que seremos páreos...
— Talvez, mas acho que tem algo a mais nisso que só a invasão – Peter diz colocando a mão no queixo enquanto pensava – mas eu fico pensando no que o vilão vermelho disse; eles sabiam nosso horário e quem estaria aqui. Eles devem ter conseguido os arquivos escolares enquanto estávamos todos presos na saída do refeitório; os professores estavam ocupados tentando por a mídia para fora do terreno da escola. O que significa que eles estavam esperando a oportunidade perfeita para atacar... Como o Reyes disse que eles fariam...
— Ah, qual é, é do Homem-de-Ferro que a gente tá falando! – Kei diz se levantando da caixa onde estava – quando ele aparecer ele vai mostrar pra esses vilões o que que é bom pra tosse! – ele diz começando a coreografar golpes de karatê
— Realmente, mas... – Gwen começa a falar, passando a olhar para cima e pondo a mão no queixo – mas se eles realmente se preparam tanto, significa que eles conseguiram achar um jeito de matá-lo, certo? E pelo que o diabo lá falou, acho que a gente deveria se preocupar mais em não sermos capturados e torturados até a morte... – ela diz como se não soubesse o peso de suas palavras para o pequeno Kei
— Hahaha, beleza, isso é maluquice...- ele diz se aproximando de Peter e passando puxar sua camiseta – dizqueémaluquicedizqueémaluquicedizqueémaluquice...
Enquanto Gwen continuava tentando raciocinar e Kei surtava em um certo grau, Peter pensava consigo mesmo sobre toda aquela situação;
“A Gwen pode ter razão, se eles estão aqui pelo Homem-de-Ferro, eles devem ter uma maneira de derrotá-lo. Eles não planejariam esse ataque se não tivessem. Mas por que ele? Por que a sua própria existência desencoraja vilões e o mal? Por que ele é o primeiro e único símbolo de esperança e justiça? Na verdade, isso não importa” Peter então se lembra de todas as vezes que o herói lhe incentivara, todos os momentos que ele lhe havia ajudado, acreditado nele... e a imagem do tio Ben lhe vem a mente “Eu não ligo para quais são as motivações deles, eu tenho que focar! Eu tenho que encarar esse mal...de cabeça! Assim como o tio Ben me ensinou...”
—... com grandes poderes, vem grandes responsabilidades – ele diz para os dois colegas que lhe encaram – se eles podem derrotá-lo, então nós é que temos que para seja lá o que esses vilões estão tramando. Temos que trabalhar juntos e salvá-lo. Ninguém na M.A sabe o que está acontecendo aqui. É com a gente agora! Vamos ser heróis!
Zona de Deslizamento de Terra
Na área de deslizamento, que se resumia a diversas construções e outras coisas soterradas de terra em um barranco, um vilão atrás de outro era rapidamente enrolado e restringido por correntes de ferro. O garoto Reyes, responsável por elas, não havia mexido um músculo e já havia incapacitado meia dúzia dos supostos vilões, e agora os olhava com desprezo e irritação;
— Pelo amor de Deus, vocês são adultos! – ele diz nervoso, observando os supostos vilões enquanto sentia o mal em seus corações com sua Individualidade – se vão invadir minha escola então lutem de verdade!
Zona de Colapso
— AAAAAAAH!!! – Flash grita ao nocautear mais um vilão com suas garras negras em seu braço aumentado
Dentro de um dos prédios caídos na zona de colapso, Flash e Amadeus se colocavam de costas um para o outro, enquanto eram rodeados por vilões que bloqueavam todas as saídas. Pena que eles não sabiam que os dois jovens não estavam presos com eles, eles estavam presos com Flash, mas eles certamente descobririam isso logo.
Zona Montanhosa
Na área de montanhas artificiais, provavelmente feitas por meio de alguma individualidade, três heróis mirins estavam de costas um para o outro, ao estarem também cercados por vilões, formando um triângulo, cada um sacando sua arma e/ou ativando sua individualidade; Laura punha suas garras de osso para fora e se preparava para lutar, Nico tirava seu cajado do peito enquanto tentava analizar a situação para já pensar no feitiço ideal e Azari retirava seu cinto, o transformando em um bastão e ativando sua individualidade, cobrindo seu corpo de eletricidade.
Zona de Fogo
Em uma das duas áreas de clima interno próprio, a vice representante da sala, Ava, se colocava em posição de luta, ativando as garras de seu uniforme enquanto encarava três vilões em meio a uma, literalmente, cidade em chamas, com diversos prédios pegando fogo e focos de incêndio aleatórios pelas ruas.
Zona de Tempestade
Na segunda cúpula de clima próprio, Tyrone e Groot se colocavam de costas um para o outro ao estarem cercados por quatro vilões, sem tempo de pensarem como todo aquele local funcionava; vento e chuva erma sentidos dentro daquele local, que estava escuro e bastante frio.
Por fim, de volta a entrada, nem todos haviam sido teletransportados para outros locais; restando assim Danger, Pietro, Wanda, Kamala, Tandy, Luke e Danny, ainda encarando o homem avermelhado que havia feito seus amigos desaparecerem, todos prontos para o inevitável confronto.
E de volta ao centro do local, com o conflito já em andamento, após Demolidor ter nocauteado com sucesso outro vilão, ao puxá-lo para perto e ter desferido um chuto certeiro em seu rosto, o homem moreno suspira cansado e se vê obrigado a interferir na situação.
Na sala dos professores, um herói em específico passava por uma espécie de situação bastante incômoda e comum para a maioria das pessoas;
“Sua chamada está sendo encaminhada para caixa postal, deixe um recado após o...”
Tony desliga o telefone frustrado, não havia conseguido ligar nem para Danger e nem para Matthew...
— Não consigo contatar nem o Vermelho nem a Mulher de Lata... bem, eles estão dando aula, algo que eu, talvez, devesse estar fazendo também – mesmo não admitindo em voz alta, Tony sabia que gastar toda a sua energia de manhã com pequenos atos heróicos em todo lugar havia sido uma ação de amador. Ele então checa seu relógio para tentar ver o quanto de energia o reator iria aguentar – um pouco mais de 5%, isso deve me dar um dez minutos mais ou menos, acho que é tempo o suficiente para chegar com uma entrada triunfal – ele diz se colocando na armadura, a nanotecnologia rapidamente cobrindo seu corpo por inteiro, e se colocando de pé;
“É hora de me junta aos meus alunos e...” Tony tenta formular algo para falar dentro da armadura, mas ele instantaneamente sente uma falta de ar e um aperto no peito, rapidamente abrindo o visor do capacete e começando a tossir um pouco de sangue. Bem na hora que a porta é aberta
— Muito bem Stark, pode ir tirando o cavalinho da chuva – uma reconhecida voz diz ao abrir a porta, e Tony só consegue virar a cabeça ao se encontrar em um momento tão humilhante; Howard o Pato, o pato humanóide e falante vestindo seu terno vermelho e gravata vermelha – isso mesmo é o pato patati patacolá, mas o mais importante, sou o diretor e agora seu chefe também!
— Howard, mas quanto tempo – Tony diz voltando a se sentar e fingindo interesse em conversar com o pato falante – suas penas parecem bem lustrosas hoje
— O segredo é queratina, mas não vejo como isso pode lhe interessar Stark, então deixa de conversa fiada *quack* - ele diz e logo pegando de dentro do bolso de seu paletó vermelho um celular e abrindo em um site de notícias qualquer – olhe para as notícias, tem algo familiar aqui?
— Não sei, algum outro nobel que eu ganhei e não estou sabendo? – o herói diz fingindo desentendimento
— Não, é na verdade diversas notícias de como o Homem-de-Ferro resolveu três incidentes no espaço de uma hora – o pato diz vendo o herói número um cortar a linha de visão e suspirando – você pode até dizer que a real culpa são dos criminosos que ainda atormentam essa cidade mesmo com você por aqui. Mas admitamos que você tem que aprender a se controlar toda vez que ouve algum pedido de socorro, e principalmente limitar essa função da ‘Sexta-Feira’
—...- o herói não diz nada, mesmo estando recebendo uma lição de moral de um pato falante
— E ainda por cima você tem seu novo dever como professor, mesmo não querendo receber um salário, você insistiu em estar aqui para ficar de olho no garoto que “sem querer” é o sucessor de seu poder enquanto se mantém o símbolo da paz – o pato diz passando pelo herói e indo em direção ao sofá – e o único jeito de você conseguir se manter fora dos holofotes é dando aula, por isso lhe concedi esse emprego e... santa Patolino tá saindo fumaça sua armadura, isso não parece boa notícia... – o herói pato diz ao observar a armadura vibrando e fumegando, mas rapidamente Tony a desativa e volta a suas roupas largas padrão
— Hunf – Tony grunhe ao não ver mais escapatória do diretor da escola
— Pelo visto você vai ter que ficar aqui para descansar um pouco mais, mas que pena – ele diz não soando estar com pena de Tony – mas aproveitando que você está aqui, por que não passamos por algumas das minhas filosofias pessoais de ensino com um drink – o pato diz clicando em alguns botões na mesa que fazem duas taças aparecerem e se encherem de líquidos verdes – sem álcool para você é claro
“Agora eu tenho certeza que isso vai demorar...” pensa o herói ao aceitar a bebida e sentar na poltrona de frente para o diretor “mas eu ainda tenho essa pulga atrás da orelha de não conseguir contatar nem o vermelho nem a Danger...”
— Muito bem, que tal começarmos pela pedagogia do combate visto pelas lentes do uso ético das individualidades – diz Howard pronto para o sermão
— Isso vai demorar...
— Como disse?
— Nada não – o herói responde rapidamente e toma um gole de sua bebida, desejando um pouco de teor etílico para poder sobreviver as próximas horas
— Tandy, Danny, encontraram alguma coisa? – Danger pergunta para seus alunos, ao conhecer melhor suas capacidades individuais
— Tyrone está aqui dentro, isso eu tenho certeza – diz a loira utilizando sal luz para encontrar as trevas do parceiro – e acho que Groot está com ele também
— Ouço os outros em variadas localidades – diz Danny ao utilizar seu Chi para aumentar seus sentidos – eles ainda estão todos aqui dentro – ele diz, o que traz mais tranquilidade para a professora e para seus colegas
— O que fazemos então? O cara pelo visto se teletransporte rápido o suficiente para escapar de ataques – diz Kamala, um pouco desapontada por não ser a ideal para aquele confronto
—...- Danger para por um momento, analisando as possibilidades das individualidades disponíveis – Sr. Maximoff!
— Ah, sim? – responde Pietro
— Eu tenho um trabalho para você; corra até a escola e avise os professores sobre o que está acontecendo aqui! – ela diz com determinação sem tirar os olhos do vilão – os alarmes não estão soando e nossos telefones e rádios são inúteis no momento, e deve ser culpa de algum desses vilões. Mesmo com Demolidor cuidando de vários, é provável que esse em específico tenha se escondido logo que chegou aqui. Será mais rápido você correndo do que nós achando quem está embaralhando o sinal!
— Sim! Mas eu não posso, eu não vou abandonar vocês – ele diz com a voz tremendo um pouco
— Lá fora existem diversos alarmes, por isso estão nos mantendo presos aqui dentro – diz Luke tomando um passo a frente e levantando os punhos
— Caso você consiga sair eles não vão te seguir – diz Danny se prostrando ao lado de Luke, com os punhos começando a brilhar – use sua super velocidade pra escapar desse cara
— Use sua individualidade para salvar outros, seja um herói de verdade – diz Danger transpondo confiança para seu aluno
Mas de qualquer forma, Pietro se sentia inseguro, ele tinha prometido não correr de seus problemas, de seus amigos, de sua família; não depois de tudo que havia acontecido. Mas ao olhar para trás, ele é reconfortado por um par de olhos vermelhos e um novo par de olhos azuis claros.
— Vai – Wanda diz apenas ao afirmar com sua cabeça um pensamento interior de seu irmão, e Tandy ao seu lado fazendo a mesma coisa
— Okay, deixem comigo! – ele diz se colocando na posição de corrida, com as pernas um pouco flexionadas e as mãos encostando o chão, pronto para disparar
— Mesmo que essa seja sua única opção, vocês são tolos o suficiente para montarem uma estratégia na frente de seu inimigo!? – o homem vermelho diz nervoso, e com um movimento do braço, lança mais uma rajada de névoa vermelha e negra na direção do grupo, mas alguém já contava com esse movimento
— Não vai importar se você sabe ou não depois que eu fizer isso! – Danger diz ao se conectar novamente com a instalação e ativar uma de suas defesas/aparelhos de treinamento; abrindo automaticamente diversas comportas embaixo e ao redor do vilão, alto-falantes que emitem sons em alta frequência e alta intensidade, direcionadas de forma a criar um holograma sônico capaz de segurar objetos no ar – Raio Trator Sônico!
— Ok, se vamos enfrentá-los você por acaso tem algum plano? – Kei pergunta para Peter depois de se recuperar do seu estado de choque
— Ainda não... – Peter diz se agachando e voltando a por a mão no queixo para pensar – esses caras devem ter alguma vantagem aonde estão, o que significa que eles deveriam já saber o que havia na SPE antes de serem transportados para cá. Mas eu acho que eles têm um ponto fraco; eles não devem saber quais são as nossas individualidades
— Como você sabe disso? – pergunta Gwen – você é psíquico por acaso? Vai, rápido, no que seu estou pensando? – ela põe os dedos nas têmporas e passa a encarar Peter
— O que? Não! É que eles nos mandaram pra cá Gwen – ele diz e a loira agora passa a encarar Peter de uma forma mais séria, como se agora prestasse atenção no que o moreno falava – nossas individualidades são melhores em espaços fechados, em que podemos nos movimentar melhor do nosso jeito
— Verdade! Se soubessem disso, provavelmente nos teriam mandado para locais abertos
— Exato! O objetivo deles era nos separar em grupos menores e nos capturar mais facilmente, podemos usar isso ao nosso favor – Peter então levanta e olha pela janela – olha! Nenhum deles está tentando subir o prédio, pois ainda estão um pouco inseguros, por que, até onde eles sabem, nós três podemos ser super poderosos... Mas desse jeito eles não vão nos subestimar, eles estão sendo cautelosos e inteligentes, pelo menos por enquanto...
— Então temos de fazer uma estratégia com base em nossos pontos fortes – Kei conclui ao embarcar no trem do raciocínio – seria melhor se soubéssemos exatamente a individualidade de cada um...
— Deixa eu ir primeiro!?!?!? Por favor!!!!!!! – pede Gwen de maneira desesperada, como se aquilo fosse uma questão de vida ou morte
— Ã...ok – Peter diz não querendo contrariar a garota, e achando que seria melhor, já que ele não havia visto as outras lutas na aula do Homem-de-Ferro
— Eba! – ela diz levantando os braços, mas logo se voltando para os dois garotos – bem, minha individualidade me permite criar uma fenda no ar para outra dimensão, com ela eu consigo ultrapassar obstáculos daqui e percorrer distâncias maiores, pois a distância lá é equivalente ao dobro aqui. Mas eu tenho que saber a distância exata para onde vou e eu só consigo griar portais que apontem diretamente ao primeiro criado
— Uau, eu sabia que você era boa Gwen, mas isso é insano... – Peter diz tentando não dar uma de fanboy no momento e olhando para sua mão – eu tenho as mesmas habilidades de uma aranha; eu tenho força e agilidade aumentada, consigo escalar superfícies, tenho um sensor de aproximação e disparo teias orgânicas dos meus pulsos, mas esse último é limitado e me machuca um pouco – ele diz apontando para a gaze envolta de seu pulso
— Eu tenho a capacidade de invocar esses seis monstros que eu desenho – Kei então diz se aproximando mais dos outros dois e mostrando seu caderno, dessa vez aberto em páginas cobertas de esboços de diferentes criaturas, além de algumas anotações ao lado, provavelmente sobre as habilidades de cada um – eles tem algumas especificações; eu só posso invocar desenhos frescos, por isso pratico eles quase sempre, eles duram uns quinze minutos e podem ser invocados em dois tamanhos; pequeno e médio. O pequeno eles ficam com um metro de comprimento e aproximadamente 20 quilos, enquanto o médio eles tem dois metros e meio e alguns chegam a 200 quilos
— Uou, você tem quase um exército particular – Gwen diz com os olhos brilhando
— É, mas não acabou ainda; eu consigo manter um médio ou dois pequenos sem que eles desapareçam. Se eles morrem eles desaparecem e não podem ser invocados de novo até que e tenha dormido e eu ganho uma baita dor de cabeça quando eles morrem... – Kei se lembra do combate, quando ficou inútil depois que Fireclaw foi derrotado – ah, eu consigo invocar cinco pequenos por dia, mas apenas dois médios. Bem, acho que é só isso, eles também se comunicam comigo e eu com eles, mas dependendo do que eu pedir eles não vão obedecer dependendo da personalidade de cada um
— Pera aí, eles vêm com personalidades? – pergunta Peter tirando seus olhos dos desenhos e encarando o colega
— É claro que sim, que tipo de artista você acha que eu sou? – ele diz um pouco chateado e se encaminhando para lhe contar mais sobre cada um – Fireclaw é meu principal, ele tá sempre pronto pra uma briga e é bastante competitivo. O Slizzik também é bom de briga e sempre quer se mostrar superior e...
— E esse aqui? – Peter diz mostrando o desenho do que parecia ser uma espécie de lagarto musculoso com linhas azuis percorrendo seu corpo – o quão bem você consegue convecê-lo
— O Hi-Vo? Bem, ele é o menos inteligente, tanto que ele nem consegue falar, ele é basicamente um cachorro... por que?
— Eu acho que tenho um plano – diz Peter sorrindo, checando novamente se as características do monstro eram as que tinha lido anteriormente e estrategizado sobre – eu quanto tempo você consegue desenhá-lo?
— Hmmm... – o garoto coça a cabeça enquanto encara o desenho – me dá sete minutos!
— Ok, tempo perfeito pra eu contar os detalhes... – diz Peter com as ações prontas na cabeça
— Hehehe, os bebezões devem estar chorando pela mamãe uma hora dessas – comenta um dos vilões olhando para a janela quebrada – mal posso esperar pra pôr a mão neles
— Mas lembre-se, o Stane falou que não tem ideia dos poderes deles, eles podem fazer qualquer coisa – o mesmo diz então usando sua individualidade pra criar uma mão de terra que levantava no chão – mas é claro que temos vantagem aqui embaixo então eu não estou muito preocupado
— E aí pessoal!? – os vilões olha pra cima apenas para ver o garoto de cabelos castanhos e roupas vermelhas parado na lateral do prédio, se segurando por uma corda branca – uau, que caras feias, vocês tão ligados que não é hallowen ainda não né?
— Acabem com ele! – um dos vilões grita, preparado para lançar sua individualidade no garoto
— Ahhhh... – Peter para por um momento encarando aqueles vilões – os heróis foram para aquele lado – ele diz apontando para a direita, mas rapidamente pulando e desviando por pouco de uma rajada de energia que havia sido lançada em sua direção
— Atrás dele! – outro vilão grita ao irem na direção do garoto que disparava mais teias e ia se balançando pela lateral do prédio, os fazendo dar uma volta ao redor da construção
“Eles caíram na armadilha” pensa Peter ao virar no prédio e adentrar novamente, parecendo que tinha desaparecido aos olhos dos vilões, vendo também Kei preparado para a parte dois.
— E a´galera? – o pequeno garoto pergunta, e dessa vez os vilões não perdem tempo e disparam suas individualidades na direção do menino, como Peter havia previsto – vai Hi-Vo! – o garoto diz arrancando a página de seu caderno com o desenho fresco e o jogando no chão, e com um clarão azul, Hi-Vo toma forma.
O enorme e musculosos lagarto negro, com linhas azuis percorrendo seu corpo e com espinhos na cabeça e nos braços dianteiros, simplesmente abre a boca depois de ser invocado e passa a absorver as energias lançadas na direção de seu crirdor; fogo, eletricidade, energia, ele sugava e se abastecia como seu fosse um buraco negro. E enquanto os vilões de curta distância estavam ainda próximos do grupo de longa distância, uma garota loira surge ao lado deles, vinda de uma fenda no ar, e lança no meio do grupo uma granada com algo muito especial dentro, ela então dá uma risadinha e abre outro portal enquanto a granada explode;
— Mas que droga é essa!?
Todos os vilões então se surpreendem por estarem presos por uma substância branca e pegajosa que os prendia no lugar, não os deixando se mover. Peter então salta do primeiro andar do prédio, caindo ao lado do monstro e de Kei e dispara uma teia exatamente no meio dos vilões presos em suas teias também; rapidamente a tirando de seu pulso aberto e dando ao monstro preto e azul
— É com você garotão! – ele diz estendendo a teia
— Szzl-k-pop-pop! – ele diz e abocanha a teia, a prendendo em sua boca e ativando a eletricidade azul de seu corpo, a fazendo percorrer a teia e consequentemente os vilões. Que foram eletrocutados por tamanha energia e proximidade uns com os outros, até que eles caem no chão, desmaiados e ainda restringidos pela teia
— Aquilo foi incrível! – Gwen diz aparecendo do nada atrás dos dois meninos e quase matando os dois de susto – usar sua teia em uma das granadas e o grandão elétrico e...aiiii!!! – ela diz toda animada, puxando os dois garotos pelo pescoço, tendo assim que levantar Kei do chão, e lhes tascando um beijo na bochecha de cada um, manchando aquela área com seu batom cor de rosa
— Eu acho que tô apaixonado... – Kei diz com corações nos olhos enquanto vê a loira ir em direção a Hi-Vo e igualmente o abraçando e beijando
— Bem... – Peter começa um pouco corado e limpando sua bochecha com a manga do uniforme – mas é melhor irmos, isso ainda não acabou...
O garoto então passa a andar de volta a área central, e os dois colegas lhe seguem. Kei também liberta Hi-Vo, sabendo que o tempo limite excederia provavelmente, e ele não era o ideal quando o assunto era ser furtivo. Os três então caminham, prestando atenção a toda sua volta para terem certeza que não havia ninguém ao redor e que não estavam sendo seguidos.
— Ok, qual é o plano agora capitão? – pergunta Gwen parando por um momento e batendo continência para Peter e Kei a olhando e copiando o movimento também
— Ok, primeiro, parem com a continência – ele diz e ambos abaixam os braços – ok, conseguir ajuda deve ser nossa prioridade; se seguirmos pelos cantos da instalação iremos direto para a saída, e assim podemos evitar a parte central completamente
— Boa ideia capitão – Gwen responde de uma forma mais animada, mas logo voltando a um tom um pouco mais sério – assim não temos a chance de encontrar com os vilões que o Sr. Murdock está enfrentando... – ela diz parando para olhar na direção da parte central, em que barulhos de lutas e algumas explosões podiam ser ouvidas
“É, mas quanto tempo ele vai durar...” Peter pergunta mentalmente, não tendo certeza de quanto tempo seu professor duraria contra um grande grupo...
— Se ele não conseguir algum tipo de ajuda... – Peter começa a falar ainda encarando a área central – então ele vai apenas se esforçar excessivamente, e vai acabar sendo derrotado por aqueles vilões enquanto tentava nos proteger
— Pera aí, não vai me dizer que você tá sugerindo... – Kei pergunta, apreensivo pela ideia do colega – você tá querendo nos matar ou alguma coisa!? – o menino pergunta um pouco assustado ao encarar o moreno
— Eu não tô dizendo que a gente deveria pular de cabeça no meio do combate... – Peter diz tentando lhes mostrar seu ponto – mas, talvez a gente consiga achar um jeito de tirar um ou outro vilão do combate, para aliviar...
“Nós tínhamos acabado de ter nosso primeiro real combate e havíamos vencido, mas isso só havia nos dado falsas esperanças. Nos fez pensar que nossos poderes seriam páreos contra o inimigo, nós logo perceberíamos o quão errado estávamos...”
De volta a área de deslizamento, um peculiar moreno com um tufo de cabelo branco encarava a meia dúzia dos famigerados “vilões”, como eles se auto declamavam, completamente amarrados e imobilizados por suas correntes de ferro, deitados ou encostados em algum lugar, sem nada para fora a não ser suas cabeças e seus pés. O garoto em questão passa a raciocinar e mostrar sua decepção;
— Então o plano era nos separar e então nos matar – comenta Reyes encarando seus adversários – tsc, vocês estavam totalmente despreparados. Na verdade, pelo que parece, vocês não tiveram treinamento algum e não tem a mínima ideia de como usar suas individualidades... – ele diz passando a andar no meio dos vilões amarrados, com o objetivo de sair dali e ajudar seus colegas
— Esse poder, ele nos amarrou no instante que chegamos aqui... – um dos vilões comenta ao ver o garoto passar
— Esse garoto não é uma criança, é o diabo! – outro diz aterrorizado
— Tão apertado... – comenta outro se sentido sufocado pelas correntes
Robbie não escutava nada daquilo, ocupado em seus próprios pensamentos ao relembrar as palavras do jovem adulto que parecia ser o líder de tudo aquilo; “Como eles pensam em matar o Homem-de-Ferro? Primeiro eu pensei que eles fossem juntar um grupo de criminosos de alto escalão para simplesmente dominá-lo...”
Mas seus pensamentos são interrompidos quando ele vê mais um vilão surgindo de uma das rochas com uma espada em punhos e outra presença em suas costas. Mas antes que ele fosse atacado, uma corrente surge de trás do garoto e rapidamente se enrola no primeiro vilão, que cai no chão imobilizado, e então, o jovem saca uma adaga de ferro de dentro da sua jaqueta e se vira para descarregar um pouco de raiva no vilão atrás de si, mas o encontra completamente congelado, apenas com o rosto de fora e com seu bastão a poucos centímetros do rosto do garoto. Ele então olha mais para trás para encontrar uma de suas colegas;
— Hey Reyes! – a coreana Seol Hee diz saindo de trás do vilão congelado e andando até o garoto com os braços atrás do corpo
— Hee...– ele diz monossilabicamente, novamente guardando sua adaga na jaqueta – a quanto tempo está aqui?
— Cheguei ao mesmo tempo que você... – ela diz dando os ombros e olhando ao redor – mas você ficou com toda a diversão nos primeiros segundos, é como seu eu tivesse ficado invisível – e então ela aponta com o polegar para o vilão congelado – eu pensei que você precisasse de uma mãozinha
— Não precisava... – ele diz um pouco nervoso e volta a caminhar
— E eu pensando que só eu tivesse poderes de gelo... – ela diz baixinho e logo acompanhando o garoto – e qual o plano agora?
—... – o moreno para por um momento e olha ao redor, depois foca seu olhar no horizonte e começa a falar – não acho que o objetivo principal desses caras seja atacar Homem-de-Ferro com números...
— Olha só, ele fala mais que duas palavras – a garota diz sarcástica logo é silenciada por um olhar fulminante do garoto por ter sido interrompido – desculpa... – ela diz segurando o riso
— Esses caras são criminosos de baixo escalão, apenas peões, pelo que posso contar, devem ter umas três ou quatro pessoas realmente perigosas aqui... – ele diz voltando seu olhar para os criminosos imobilizados – se esse for o caso, o que precisamos agora é mais informação... – ele diz então indo na direção de um criminosos amarado e sentado
— Bem, nós temos a informação aqui – a garota diz cruzando os braços na frente do corpo – mas como vamos fazê-los falar?
— Eu tenho meus métodos... – ele diz agachando na frente do criminoso, que não o encara diretamente nos olhos. Reyes poderia esquentar as correntes, mas ele não usaria esse poder, e diminuir o espaço, esmagando-o poderia mata-lo rápido demais, ele então preferiu um método mais tradicional;
Tendo certeza que o corpo do criminoso estava bem preso e nem um pouco frouxo, não dando espaço para movimentos, ele pões a mão levemente na bota do homem. E então, encarando-o no fundo dos olhos, até que, com um movimento rápido, ele vira o tornozelo do homem em um ângulo não natural, no mínimo o torcendo, mas provavelmente estraçalhando as ligações do tornozelo do vilão. Seol vira de costas rapidamente pra não testemunhar a cena.
— AAAAAAAAAAHH – o criminoso urra de dor – C*RALHO, FILHO DA P*TA, TU QUEBROU MEU TONOZELO DESGRAÇADO!!!
— Escuta aqui, pra sua sorte eu estou querendo ser um herói, se não, eu já teria arrancado seu pé fora... – o menino diz pegando sua faca e enfincando na terra ao lado do pé do homem como uma forma de ameaça – e se você me disser como panejam matar o Homem-de-Ferro, eu não quebro seu outro pé... e aí? O que vai ser?
Nas montanhas criadas artificialmente dentro da SPE, três jovens mostravam toda as suas capacidades ao enfrentar os adversários. Azari rapidamente desvia de um golpe e rapidamente usa seu bastão para prender o pescoço de seu adversário e o jogar por cima de seu ombro em uma manobra de judô, juntamente eletrocutando o mesmo ao ter seu corpo envolto em eletricidade. Ele então dá um salto acrobático para trás para se juntar a sua companheira Nico. A mesma usava seu cajado para bloquear um ataque e rapidamente usa um feitiço para arremessar seu agressor para trás.
— Eles parecem não acabar – o representante de classe comenta para sua colega – temos que achar um jeito de atordoá-los ao mesmo tempo
— Você que tem poderes elétricos, não consegue eletrocutá-los para que possamos fugir? – pergunta Nico com uma certa irritação na voz
— Não é tão simples... – o jovem africano diz tentando manter a calma – eu consigo só cobrir meu corpo com eletricidade, focá-la em longa distância ainda é algo que tenho que trinar. Eu até conseguiria, mas acertaria você e ela principalmente – Azari termina apontando para a última integrante do trio; Laura Kinney.
A morena, logo que viu os vilões, entrou em um modo berserker imparável, com sua individualidade, lhe dando reflexos, agilidade, força, um fator regenerativo de dar inveja, a mesma tendo sido cravada por balas a pouco segundos, além de suas garras de osso de suas mãos e pés, que cortavam ferro como se fossem manteiga. Ambos Nico e Azari achavam impressionante que ela não estava matando ninguém, ela pulava pelo meio dos adversários, enfiando suas garras em pernas e os jogando no ar, destruindo armas e chutando lugares baixos com uma força tremenda. Ela era certamente uma força a ser temida, e uma garota a não irritar.
— Se eu conseguir trazer ela aqui e nos proteger, acha que consegue eletrocutar esses caras? – pergunta Nico para o representante que apenas assente com a cabeça, sem tirar os olhos de seus adversários. A garota então se concentra por um momento e então grita – Decifra as leis da natureza e a traga para mim!
Logo em seguida, raios surgem de dentro do cajado e uma onda de ar surge e recobre Laura, a levantando do chão e atrasando para perto de Nico;
— Mas que droga... – ela não tem tempo de questionar e voltar a ação, quando Nico põe um braço em sua frente e grita novamente
— Decifra as leis da natureza e nos proteja da eletricidade! – e então, uma parede de pedra se levanta do chão e cobre as duas meninas por completo – agora Azari! – seu grito é abafado pelas rochas, mas o garoto ouve e dá um pequeno sorriso.
O menino então bate seu bastão no chão, fechando seus olhos e concentrando sue poder. Os adversários usam esse momento e investem na direção do garoto. Mas então, antes de sequer tocarem no menino, o mesmo dá um enorme urro e uma onda, um verdadeiro pulso elétrico que percorre toda a extensão daquela área montanhosa, eletrocutando todos os vilões presentes, que caem no chão inconscientes.
As pedras então se soltam e as meninas se levantam para observar todos os inimigos no chão. Laura recolhe as garras, mas fica farejando o ar a procura de mais alguma coisa, enquanto Nico diminuía o tamanho de seu cajado e o colocava em um compartimento em suas costas, rapidamente indo até Azari, que se apoiava em seu bastão ofegante e parecendo bastante exausto.
Mal sabiam eles que faltava apenas um adversário enterrado no chão, esperando pelo momento certo de atacar.
— Parker, se tu fizer mais que só olhar pra ver como as coisas estão indo... – começa Kei tentando se mostrar um pouco ameaçador – eu mando pra todo mundo o desenho que fiz
— Uuuuu, manda pra mim por favor? – pede Gwen interessada
— Eu tô ligado, a gente vaza no momento que ficar perigoso... – o garoto diz tentando manter a compostura
Os três jovens estavam abaixados atrás de uma pequena mureta, com o objetivo de analisar como estava a situação do professor Murdock para ver se ele precisava de alguma ajuda ou não. Os três então levantam a cabeça para enxergarem e vem uma cena impressionante; diversos vilões desacordados e o Sr. Murdock ainda lutando com os que estavam de pé. Ele socava, arremessava, amarrava, ele certamente parecia abatido e cansado, ofegava abstante e tinha um pouco de sangue em seu lábio, mas ele não parava.
Depois de recolher seu bastão de mais um vilão agora desmaiado, ele percebe o jovem de cabelos castanhos, provavelmente o encarregado dessa operação começando a correr em sua direção com os braços abertos, o mesmo tinha acabado de limpar sua boca depois de comer uma espécie de pasta amarronzada.
— Chefão final! – Demolidor diz e arremessa a metade de seu bastão com o objetivo de restringi-lo, mas diferente dos outros vilões, esse parecia ser bem mais capaz, rapidamente pegando o bastão de Matt enquanto continuava a diminuir a distância entre os dois, até que o Demolidor consegue dar uma cotovelada na barriga de seu adversário, o que anima os alunos escondidos ali perto, mas isso não dura muito.
Dado sua fadiga, Matt não estava mais utilizando seu silvo ultrassônico para desestabilizar os últimos vilões, e ele não contava que esse seria seu erro fatal...
— Você é realmente muito habilidoso – comenta o rapaz cm sua voz jovial e sarcástica – mas admitamos, você é mais humano que muitos outros heróis, e se cansa mais rápido...
Matt então sente a mão de se adversário em seu cotovelo e de repente, seus sensores de calor disparam. Ele sente uma ardência tremenda na área do cotovelo, e rapidamente empurra o jovem para trás e se afasta. Então ele pode perceber a área envolta de seu cotovelo, com sua roupa completamente derretida e grudando em sua pele, e por baixo, carne viva quase que carbonizada, essa sensibilidade infelizmente dificultava sua visualização de seus arredores, mas ele sente uma presença;
Felizmente sua audição que era a mais treinada, e ele escapa por pouco de um ataque de outro capanga, abaixando e lhe dando uma rasteira enquanto segurava o braço com o cotovelo destroçado. Se levantando logo após, ele utiliza suas pernas em uma série de chutes para acertar os outros vilões, mas também tentava desviar do outros que se aproximavam, que tentaram se utilizar dessa abertura.
— Sua individualidade é certamente impressionante e deve ser muito útil em diversas situações – diz o moreno ao se levantar e perceber que tinha uma costela quebrada – mas uma delas não é aqui, um espaço aberto contra um grande grupo, não acha que está meio fora de seu elemento?
Se desviando de um ataque, ele sac seu cacetete novamente com o braço bom e amarra o pescoço do vilão que lhe atacara, rapidamente o jogando na direção de outro e utilizando chutes e o bastão para acabar com outros que se aproximavam
— É certamente impressionante te ver em ação – o jovem diz soando impressionado – olha só pra você, ainda de pé e lutando, você é tão maneiro – até que ele então sorri ainda mais e de um modo psicótico – mas só para constar, eu não sou o chefão final...
Matt pode então perceber uma presença ao seu lado, reconhecendo a grande figura que fora uma das últimas a sair do portal e que não havia entrado no confronto até então. Demolidor sentia a criatura ali, mas não ouvia batimento nenhum, aquela coisa não era um ser vivo... E com um golpe rápido, a criatura acerta o herói, quebrando seu capacete ao meio...
Peter olha aquela cena com nada mais que terror em seus olhos...
— Mas que interessante, e o que seria essa nova tecnologia, alguma espécie de raio trator? – o vilão avermelhado pergunta ao estar suspenso no ar, mas ainda assim mantendo uma face serena e calma – é uma arma muito impressionante, mas lass es uns nicht vergessen, não nos esqueçamos, você é uma heroína de resgate Danger, perita em resgatar pessoas de desastres, ou seja, você não tem muita noção de campo de batalha... – o vilão então consegue criar um pequeno portal embaixo de si mesmo e abre outro ao lado de Danger, impondo sobre ela a força do raio trator...
— AAAAAAH – a heroína grita ao ser surpreendida pela força do portal puxando seu lado esquerdo, ela até tenta se desconectar da interface que controlava a sala, mas foi tudo muito rápido. Com uma força imensa, seu braço esquerdo robótico, junto com parte de seu tronco, também cibernético, são arrancados pela força do raio trator, e ela começa a desligar – me desculpem, ele me pegou... – ela diz aos seus alunos antes de desligar e perder o controle do raio trator, libertando assim o vilão
— Danger! – grita Kamala preocupada com a professora
— Vai Pietro, vai logo! – grita Luke ao lado do velocista, essa era a única chance dele
Pietro até pensa em retrucar dizendo que não os abandonaria, mas as palavras de Danger voltam a sua mente, lhe dizendo que ele deveria usar sua individualidade para salvar seus colegas, ser um verdadeiro herói. Por fim a imagem de Wanda lhe vem à mente, concordando com a cabeça e esse era o único empurrão que ele precisava. Ele então se prepara para correr e dispara.
— Aceleração Mercúrio! – ele grita ao disparar, levantando uma onda de choque quando passa ao lado do vilão e segue em direção da saída
— Uma ovelha, tentando escapar dos lobos – o vilão diz ainda calmo, mas com um ar de irritação – eu simplesmente não posso permitir que isso aconteça! Se outros heróis aparecerem será mais difícil matar o Homem-de-Ferro – ele diz logo então começando a formar um portal no caminho de Pietro
Mesmo em alta velocidade, Peter pode ver o portal se formando rapidamente, exatamente em sua frente, caso ele continuasse, provavelmente ele seria teletransportado para outro lugar, acabando com essa chance de conseguir ajuda;
“Essa responsabilidade, foi confiada a mim!” o platinado pensa ao lembrar de seus colegas espalhados pela localidade, igualmente lutando por suas vidas “Meus poderes me trouxeram essa responsabilidade! Colegas, eu os manterei seguros!”
Mas quando Pietro estava prestes a frear para tentar desviar do portal, o mesmo simplesmente se dissipa e Pietro pode passar por ali sem problemas. Olhando para trás ele consegue ver o vilão com uma cara de dor, com um fragmento luminoso em seu ombro. Olhando mais para trás, o garoto vê a loira Tandy com um braço estendido e com outras adagas de luz em sua outra mão.
— Vai Pietro! – ela diz encarando o garoto nos olhos, o mesmo então assente e volta a correr
— Sua criança insolente! – ele diz com raiva, retirando o fragmento de luz e o esmagando em suas mãos, rapidamente sacando suas espadas – eu terei que cuidar de você eu mesmo! Para que você não pise do lado de fora dessas portas! – ele diz logo se envolvendo na névoa negra e vermelha, sumindo por um momento e reaparecendo no caminho de Pietro com suas espadas em punho. – Isso acaba aqui!
“Era isso, o mal que os profissionais enfrentavam. Nós tivemos nossa primeira visão, mas o pior ainda estava por vir”
— O que achou dele, Demolidor? – pergunta o jovem vilão ao observar o herói completamente imobilizado pela criatura robótica humanóide – ele é o artificialmente criado Anti Símbolo da Paz, mas você pode chamá-lo de Sentinela...
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