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História My Only One - A nice couple


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


Curtam o capítulo, bebês!
Beijinhos e nos vemos nas notas finais, feshow?

<3333.

Capítulo 11 - A nice couple


Fanfic / Fanfiction My Only One - A nice couple

- Harper White. Pov. On. –

- Eu não vou! – Já fui dizendo, antes que sobrasse pra mim. – Detesto me molhar, gente...

- Larga de ser chata, Harper. Dá um tempo! – Meu pai sorriu. – Vamos aproveitar que hoje não está tão frio e tomar um banho naquela cachoeira. Justin vai gostar. – Completou, encarando meu “namorado”.

- Eu topo. – Bieber sorriu, só pra me sacanear. Desgraçado.

- Ótimo! Nós saímos depois do almoço, meninos! - Holly bateu palmas, toda animadinha.

Revirei os olhos. Estava fadada à ficar molhada e incomodada pelo resto daquela tarde. O almoço aconteceu poucos minutos depois da nossa conversa na varanda e continuamos curtindo à companhia um do outro, conversando com o pessoal, rindo, comendo horrores...

- Eu vou me trocar. – Minha madrasta avisou. – Vem comigo, Harper.

- Não, valeu. Eu me troco depois. – Respondi, inocentemente.

Holly me lançou um olhar assustadoramente engraçado, me dando uma espécie de sinal. Quê?

- Vem, Harper White. Agora. – Ela enfatizou, rindo no final da frase.

Franzi a testa e me levantei, indo com Holly até o segundo andar da casa. Estava curiosa para saber o que essa doida aí estava aprontando, porque eu sei que ela está me escondendo alguma coisa!

- Eu te comprei uma coisa. – Holly se sentou na cama.

Me sentei ao seu lado e ela tirou de debaixo da cama uma caixa. Sabia...

- Sabe que eu detesto presentes fora de época, né? Nunca sei como reagir! – Eu ri.

- Você vai gostar. Eu garanto. – Ela piscou, convencida.

Então, abri a tal caixa e, debaixo das sedas macias e os papeis cor de creme, havia uma belíssima lingerie. Meu Deus. Era vermelha, cor de sangue. Toda trabalhada em renda, cheia de detalhes. Isso aqui deve ter custado uma fortuna, caralho!

Mas, era realmente linda. Eu nunca usei uma coisa assim. Nem sequer me imaginei usando.

- Mas... – Nem soube o que falar. – Mulher?! Por que me comprou roupa íntima, hein?

- Garota, eu não sou boba. Sei que você e Justin já...se divertem, e muito. – Ela riu. – Então, eu a comprei pra você fazer uma surpresa pra ele, na ocasião em que achar melhor. Também comprei uma bem parecida, mas é azul, pra eu usar com o seu pai no nosso aniversário!

- Ok, chega! Me poupe dos detalhes! – Fiz careta de nojo e nós rimos. – Porém, acho que não vou ter coragem de usar isso aqui pra ele. Justin vai me matar de vergonha. – Ri mais ainda.

- Ele vai é ficar louco, isso sim. – Holly rebateu. – E então, me conte! Como foi isso?!

- Isso o quê? – Eu, lerda como sempre, não entendi a pergunta. Ela riu de novo.

- Esse namoro relâmpago, caramba! – Ela disse. – Quando foi sua primeira vez, filha?

- Tem umas...duas semanas, eu acho. – Dei de ombros.

- E como foi? Você gostou? Ele foi carinhoso? – Minha madrasta me enchia de perguntas.

- Foi...muito bom. De verdade. Justin foi incrível. – Fui sincera.

- Eu sei que é tudo muito recente, mas querida, você está tão diferente! Até comentei com o seu pai, durante o jantar de ontem. Você chegou radiante aqui em Baltimore! E...Justin olha tanto pra você, toda hora. Dá pra ver nos olhos dele o quanto ele gosta de você. – Ela dizia.

A piada, meu Deus.

- É claro! A gente...se gosta demais! – Engoli em seco. – Justin é muito carinhoso mesmo!

- Você estava certa. Ele é um rapaz muito bom. Sua avó também gostou dele... – Holly sorriu.

Meu peito doeu conforme Holly falava aquelas coisas. Saber que era tudo mentira e que eu estava enganando à todos fez eu me sentir uma pessoa péssima. Eles não merecem isso.

Definitivamente eles não merecem.

- O que foi, filha? – Ela perguntou, me tirando do transe. – Você está triste?

- Não. Estou bem. Relaxa. – Forcei um sorriso. – Fico feliz que tenham gostado do Justin.

- Céus. Acho que você cresceu rápido demais, sabia? – Holly negou com a cabeça. – Minha garota agora faz faculdade, tem namorado, tem uma vida própria. Não estou preparada pra te deixar partir, Harper. Juro que não estou. – Ela completou, meio chorosa.

- Ah, sua boba. Vem cá. – Sorri, a puxando pra mim.

Senti no abraço de Holly o amor de uma mãe de verdade. O amor que a minha mãe não me deu. E, sinceramente? Eu nem me importo mais! Se aquela mulher foi embora, que continue muito bem aonde está!

Não tenho raiva, mas...também não tenho nenhum amor por ela.  

Holly sempre me tratou como uma filha. Ela respeita o meu espaço, me dá carinho, esteve ao meu lado quando eu dei meu primeiro beijo, quando eu decidi fazer jornalismo, quando descobri sobre a vida. Holly cobriu o buraco que a minha mãe deixou no meu coração.

Holly estava ao meu lado quando eu mais precisei dela.

E é por isso que eu simplesmente me odeio por estar mentindo tanto pra ela.

XXX

Era isso. EU ESTAVA PELADA na frente de metade dos moradores de Baltimore!

Holly me convenceu à usar um biquíni que mais parecia ter ido pra Guerra do Vietnã, cheio de fitas e laços, com um decote bem generoso e a bunda então...puta que pariu. Que vergonha. Me cobri com uma camiseta larga do meu pai e coloquei chinelos. Prontinho.

Arrumei uma bolsa com meus itens de emergência e desci as escadas, rapidamente. Encontrei com Justin, Marcus e Holly, todos sentados na sala e me esperando. Dei um sorrisinho irônico pra eles.

- Já podemos ir. A princesa terminou. – Pisquei.

- Droga, Harper! Essa era umas das minhas MELHORES camisetas! – Meu pai reclamou.

- Isso aí. Ela era, papai. Era. – Sorri. – Vamos ou não?

Passei por eles, ignorando seus olhares confusos e um tanto curiosos. Eu precisava demonstrar algum bom-humor, caso contrário, deixaria todo o meu nervosismo transparecer e tudo ficaria ainda mais esquisito! Justin me alcançou lá na varanda e me puxou pela cintura, com força.

- Justin! Cuidado, porra... – Rosnei, assustada.

- Tu tá com um chupão enorme no pescoço, nervosinha. – Ele disse, rouco.

- Obrigada pelo aviso, amigão. – Rebati, sarcástica.

- Mas que porra tá acontecendo contigo, hein? - Bieber me puxou outra vez, mas agora, foi pra ficar frente à frente com ele.

Bati meu peito contra seu tórax e arregalei meus olhos, no susto. O loiro me agarrou mais forte, possessivo.

- Não gosto de mentiras, Justin. – Confessei. – Não gosto de mentir pra minha família, cara!

- Mas, foi tu que inventou essa merda pra eles, caralho. – Ele retrucou, irritado.

- Eu só inventei isso porque você começou com as mentiras primeiro! – O acusei, puta da cara.

- VOCÊ ACEITOU FAZER ISSO, HARPER. – O loiro perdeu a paciência.

- EU NÃO TIVE OUTRA ESCOLHA, CACETE! VOCÊ PRATICAMENTE ME OBRIGOU À ACEITAR ESSA DROGA, JUSTIN. – Gritei com ele também e vi Bieber revirar os olhos, tão puto quanto eu.

Fizemos silêncio enquanto meus pais se aproximavam, só pra não notarem nossa calorosa discussão. Holly e Marcus foram até a grande caminhonete e nos avisaram que nós poderíamos ir atrás no carro deles, se quiséssemos. Eu estava tão estressada com tudo que quem respondeu foi o Bieber. Então, fomos até o carro e entramos, SEM NOS FALARMOS.

Acho que eu seria capaz de arrastar a cara do Justin no asfalto se olhasse pra ele agora...

XXX

O loiro estacionou o carro e, quando eu estava prestes à sair, o homem simplesmente travou as portas! Respirei BEM fundo e tombei a minha cabeça no banco, sem nem saber o que falar.

- Com essa tua cara de morte aí, os teus pais vão notar que tem coisa errada.

Justin falou, sério.

- Tá tudo uma merda, Justin! Eu não sei lidar com isso. Me desculpe. Se eu já estou surtando com a minha família, quem dirá com a SUA! Eu vou...colocar tudo à perder. – Engoli em seco.

- Eu tô ligado que é essa porra é muita pressão pra ti, Harper. Sei que tu é uma boa garota. E sei que você não mente. Sobre nada. Nunca. – Ele dizia, pausadamente.

- Se meus pais descobrirem, vão ficar super magoados comigo. – Mordi meu lábio. – Mas, eu sei que assumi um compromisso sério com você e eu não sou do tipo que volta atrás! Então...

- Então o quê? – Bieber franziu a testa.

- Eu vou dar um jeito nisso. – O encarei. – Me desculpe por descontar tudo em você, ok? Você está sendo muito legal e todo mundo aqui adorou você. Está fazendo a sua parte. – Terminei.

- Só tô sendo profissional, Harper. – Justin deu de ombros.

Sendo profissional. É isso. Nada aqui é real, Harper White. Entenda.

- De qualquer jeito, eu te agradeço. – Disse, sem conseguir olhar pra ele. – Vamos.

Descemos juntos do carro e fizemos a ceninha de “casal feliz” enquanto caminhávamos até a majestosa cachoeira. Marcus e Holly foram na nossa frente e já pularam na água, animados. Eu encarei aquele lugar e aspirei o ar fresco e gostoso. Haviam muitas árvores ali, flores bonitas e uma bela queda d’água que fazia um barulho relaxante e confortável para os meus ouvidos.

- Amor? – O chamei, entrando no meu personagem. – Me ajuda com isso?

Justin se virou, ainda tentando entender se o “amor” era pra ele mesmo. Jesus Cristo, como é lerdo!

Entreguei minha bolsa pra ele e tirei a camiseta, ficando apenas de biquíni e chinelos. Bieber desceu seu olhar pelo meu corpo, sem a mínima vergonha. O loiro estava levemente vermelho por conta do sol escaldante e me ofereci pra passar protetor nele. Meus pais nos encaravam ao longe, só observando nosso carinho completamente falso e recíproco. Ah, que piada!

- Sua bunda tá me deixando maluco, porra. – Ele rosnou, de costas pra mim.

- Vou levar isso como um elogio. – Sorri, envergonhada.

Passei o produto nas costas largas e tentadoras dele e depois, nós invertemos nossos papeis. Bieber passou mais protetor nas minhas costas, desceu para a cintura e...

- EI! – Gritei, com aquelas mãos enormes dele apertando a minha bunda.

Justin riu, maldoso.

- Se vira. – Ele disse, ignorando minha raiva.

Fiz o que o abençoado me pediu e Bieber desceu suas mãos cheias de protetor pelos meus ombros, colo, seios (nessa parte ele fez questão de demorar mais, só pra me estressar) e desceu para a cintura.

- Já tá bom, amigão. Obrigada pelo seu empenho, ok? – O afastei, rindo.

Fui direto para a grande cachoeira, só pra acabar com essa tortura de uma vez! Já fui me molhando por inteira e Justin veio logo atrás de mim, fazendo comentários nada discretos sobre a minha bunda. O ignorei e cheguei até um ponto onde eu tinha água na altura do tórax e Justin, no meio de sua cintura. Nós ficamos frente à frente, mas num silêncio até confortável.

Tentei inclusive boiar, mas eu morria medo de acabar me afogando ali! Imagina só, que tragédia?

Meus pais não pareciam  estar prestando atenção na gente agora. Marcus estava se acabando nas cascatas de água e Holly tirava várias fotos, pra atualizar seu Instagram.

Eles são muito fofinhos, né?

Bieber jogou seu cabelo molhado pra trás e eu me perdi por alguns segundos. Ele é gostoso pra caralho. Meu Deus. Os músculos e as tatuagens eram a cereja do bolo, sem dúvidas. Senti seus braços me rodeando e uma de suas mãos apertando a minha bunda, com força. Céus...

Desci uma mão por seu abdômen e cheguei aonde queria. Dei um apertão na bermuda de Justin e ele sorriu, de lado. Ah, isso aqui não vai prestar!

- Tá afim de... – Lutei contra a minha vergonha interna. – Fazer alguma coisa?

- Se for foder você, com certeza eu tô afim. - Ele sorriu, malicioso. Sorri de volta.

Fomos vagarosamente até a parte de trás da cachoeira. Bieber me puxou com firmeza e me sentou numa área de pedras, com pressa. O loiro veio por cima de mim e nos entrelaçamos. Troquei as posições e me sentei em seu colo, me aconchegando nele. Justin chupava meu pescoço, me mordia. Segurei sua nuca e o beijei. Que delícia de beijo.... Bieber brincava com a minha língua, apertava minha bunda e me puxava pela coxa, cada vez mais gostoso. Eu estava fora de mim, meu corpo estava em chamas e Justin estava duro, dava pra sentir pela bermuda.

- Vai rápido! – Rosnei, morta de medo de alguém pegar a gente.

Justin abaixou sua bermuda e afastou o tecido fino da minha calcinha do biquíni, esfregando seu membro em mim. Eu estava muito molhada, em todos os sentidos... O abracei e senti ele me penetrando, certeiro e forte. Mordi seu ombro pra não gemer. Bieber segurava minha nuca, enquanto nos beijávamos.

Eu subia e descia, conforme sua outra mão me guiava. Céus...

- Gostosa. – Ele sussurrou no meio ouvido, baixo e rouco.

- Ah.... Meu Deus! – Revirei os olhos, tombando minha cabeça pra trás.

Eu poderia fazer isso o dia todo com ele. Posso garantir que eu nunca enjoaria.

XXX

Nós voltamos na MAIOR CARA DE PAU DO MUNDO para a cachoeira e nos divertimos bastante com meus pais. Marcus e Holly estavam sentados na grande cascata, enquanto a água caia sob suas costas. Justin e eu estávamos mais afastados. Estava com as minhas pernas enlaçadas nele e com meus braços em torno do seu pescoço.

Bieber brincava com o laço do meu biquíni, embaixo da água. Eu ri, baixinho.

Safado demais!

- Ah, que foto mais linda... – Holly disse, apontando seu celular pra gente. Ela havia tido uma foto nossa escondido, abraçados na cachoeira. Justin e eu sorrimos.

Nos beijamos de novo, mas paramos quando sentimos a presença de Holly e Marcus atrás de nós. Ficamos nadando em grupo, Justin e meu pai começaram à conversar e Holly me puxou de canto.

- Hoje tem festa da colheita, querida. O que acha de darmos uma passadinha lá, à noite? Você podia levar o Justin e aproveitar, como despedida. Que tal? – Ela sugeriu.

Eu gostava demais dessas festas, quando era mais nova. A comunidade toda se reunia, tinha música alta, muita comida gostosa, era realmente demais. E, já que eu e Bieber vamos embora pela manhã, vai ser legal irmos pra uma festinha como despedida, né?

- Fechado. Nós vamos. – Eu sorri.

Ficamos ali por mais algum tempo. Bieber e eu tiramos algumas fotos juntos e depois fomos pro carro. Ele parecia um camarão agora, todo vermelho. Mesmo depois de passar o protetor. Eu tinha ficado um uma marquinha legal do biquíni. Bem...sexy, eu diria.

- Vamos pra uma festa hoje á noite? – Perguntei, enquanto colocava o cinto.

- E tem alguma festa nesse fim de mundo aqui?

 Ele rebateu, me fazendo rir.

- É só uma coisa simples que o pessoal daqui gosta de fazer. É divertido. – Expliquei.

- Se tu quiser, a gente vai então. – Justin disse, ligando o carro.

Sorri simples e seguimos caminho.

XXX

Baltimore, Maryland.

- À noite. -

Ok. Talvez a Holly e a Nancy tenham se empolgado nessa história de quererem me vestir. Puta que pariu, eu parecia uma espécie de prostituta country, com botas pretas até os joelhos, um body com estampa de algum bicho selvagem e um short jeans que mais parecia uma calcinha!

É isso aí, senhoras e senhores. Esse é o look que minha família quer que eu use.

- Eu não vou sair assim, misericórdia! – Comecei a rir, em choque. – Tô parecendo uma doida!

- Uma doida muito estilosa. – Nancy piscou, bem-humorada.

- Gente, qual é? Harper White não usa essas coisas. – Revirei os olhos, rindo. – Um belo jeans e uma camiseta vão servir e muito bem, ok? Eu vou me trocar. – Completei.

Fui até a minha mala, mas Holly pulou na minha frente, me impedindo de abri-la. Maluca.

- Mas você está tão linda, minha filha! É a garota mais bonita desse mundo! Seu namorado vai adorar te ver assim, toda produzida. E é a sua última noite aqui! Por favor... – Minha madrasta implorava.

- Acabei de sofrer um ataque do coração, Harper. Não me faça ter mais um! – Nancy rosnou.

- Fazer chantagem é CRIME. Vocês sabiam disso?

- Não quando se é por uma boa causa. – Minha vó rebateu, sorridente. – Para de ser boba, vai?

- Só porque eu não quero entristecer uma velhinha recém infartada, ok?! – Sorri, falsa. – Está certo, garotas. Eu vou com essa roupa escandalosa então. Vocês venceram! – Terminei, rindo.

Holly logo foi se trocar para a festa e Nancy foi tirar um cochilo em seu quarto, já que ainda está debilitada, infelizmente. Eu passei o que sabia de maquiagem na cara e escovei meu cabelo. Acho que vou deixar ele como está. Liso, comprido e...normalzinho. Nada demais.

Droga, acho que preciso ver alguns tutorias de penteados na internet, hein?

- Harper?

Era a voz do meu pai.

- Pode entrar.

Marcus adentrou o cômodo e fechou a porta, logo depois. O encarei, sorrindo, mas a expressão do meu pai não estava nada boa. Ele parecia meio aflito, desconfortável, sei lá!

- Que cara é essa, homem? – Perguntei, desconfiada.

- Eu nem sei como vou te contar isso, mas... – Meu pai respirou fundo. – Aqui vai. Sua mãe me procurou. Ela conseguiu meu número sei lá com quem, porém, não é o que importa. – Ele dizia.

- Como assim?! Aquela louca nunca sequer fez questão de falar com você, pai! – Rosnei.

Isso só pode ser algum tipo de brincadeira comigo. Que porra é essa agora?

- A Emily quer te ver, Harper. E é óbvio que eu disse que isso seria impossível! Deixei bem claro que você nunca iria querer se encontrar com ela depois de tudo que aconteceu. – Marcus suspirou. – Só que a mulher está decidida à ter essa conversa com você. Então, fique atenta.

Aquela mulher acha mesmo que pode conversar comigo sem mais nem menos? Sério?

- Emily está morta pra mim, pai. Eu estou muito bem assim, sem nenhum contato com ela. É EXATAMENTE ASSIM QUE EU VOU CONTINUAR. – Enfatizei, decidida. – Ela que fique bem longe de mim, caramba!

- Harper...sabe que uma hora ou outra, você terá que ver aquela mulher. Nem que seja no velório da doida da Emily, mas ainda assim você vai se encontrar com ela! – Meu pai rebateu.

- Eu não pretendo topar com aquela lá nunca mais, pai. Ela escolheu a si mesma no divórcio de vocês, não foi? Pois bem. Agora eu estou escolhendo à mim. – Sorri, me levantando.

- Harper...

- Nada de Harper, pai. Aquela mulher que vá pro inferno! – Retruquei.

Não deixei meu pai dizer mais nada e já saí daquele quarto, pra não ter que continuar com aquela discussão boba e inútil. Não vou mudar de opinião, não importa o que Marcus me diga.

Desci as escadas da fazenda e fui direto para onde Justin estava. Ele conversava com o Nick e o nosso vizinho, Willy. Não disse nada e apenas o abracei, forte. Nem sei o porquê de ter feito aquilo, na verdade. Bieber também não entendeu, mas retribuiu ao abraço.

- Vamos? – Sussurrei, ainda sem me soltar ele.

- Vamos. – Justin respondeu, sereno.

Nick viu que tinha alguma coisa errada, mas também não perguntou. Fomos juntos até o carro e entramos, em silêncio. Aquela conversa realmente tinha me abalado, isso era óbvio!

Depois de tantos anos, aquela mulher insensível ainda me machuca. Como pode?!

XXX

 

A festa estava simplesmente incrível. O salão de Baltimore estava todo decorado, repleto de arranjo de flores, folhas, comida caipira e gostosa, pessoas à caráter e muita música boa. Nós chegamos e fomos logo pra uma mesa, nos sentar. Marcus foi pegar as bebidas e a Holly foi cumprimentar alguns conhecidos, enquanto isso, Bieber e eu ficamos lá, ainda calados.

- O que aconteceu, Harper? – Justin quebrou nosso silêncio.

- Nada. – Forcei um sorriso. – Nada demais.

- Tu tá muito bonita hoje. – Ele elogiou, me olhando fixamente. Eu ri. – O que foi?

- Tô me sentindo um salame embalado, cara! – Soltei e nós dois rimos. – Você também tá muito elegante. – Completei, sorrindo. – Elegantemente caipira. Igual à mim. – Rimos alto!

Justin estava com uma camiseta branca e lisa, e por cima dela, uma camisa xadrez em vermelho e preto, jeans e All Star. O cabelo loiro estava arrumado num topete despojado e dava pra ver algumas das tatuagens dele através da camiseta. Ele sempre fica atraente.

Até vestido de caipira ele fica gato. Inacreditável.

- Vem cá. Bora dançar essa música ridícula, anda. – Justin me puxou, rápido.

Fomos pra área de dança e imitamos alguns passinhos do pessoal dali. Eu ria tanto que minha barriga doía, achei que fosse infartar, cara! Isso aqui é incrível! O Bieber me girava de um lado para o outro no salão, ele já tinha pegado bem o ritmo.

Eu, pelo contrário, mais atrapalhada impossível, né?! PAREÇO A PORRA DE UMA GARÇA!

E lá vieram mais passinhos, Holly e Marcus se juntaram à nós, depois foi a vez de Nick. Finalmente eu peguei o jeito. Agora sim...trocamos de pares, Holly foi com o Justin e eu, com o meu pai.

- Está gostando, sua reclamona? – Marcus brincou, me girando de novo.

- Por mais incrível que pareça, eu estou! – Pisquei, rindo.

- Sabe de uma coisa? Holly estava certa. Ele te fez bem, Harperzinha. – Meu pai sorriu. – Você está muito mais alegre, rindo à toa. Bem mais tranquila. E, mesmo eu achando aquele garoto meio suspeito, com todas aquelas tatuagens e o jeito metidão, eu gostei dele... – Completou.

Meu coração falhou uma longa batida.

Eu realmente não cogitei a probabilidade do meu pai gostar tanto assim do Bieber.

- Fico feliz, pai. – Engoli toda a minha tristeza interna pra responde-lo. – Justin é incrível.

- Ele é. Seu namorado estava me ajudando com um baita trabalho de marcenaria hoje de manhã, antes de você acordar. Ele cortou aquela madeira do celeiro com uma precisão que até me chocou! – Ele arregalou os olhos, rindo. – Justin sabe consertar, sabe montar à cavalo, sabe sobre investimentos da bolsa de valores, garota! Que partidão! – Marcus brincou, rindo mais.

Eu não sei o porquê, mas senti uma vontade imensa de chorar ali. E saber que toda essa situação não passava de uma mentira e eu só estava ajudando Justin à se vingar da ex-mulher dele, ou tentando reconquistá-la. Nem eu sei direito o que aquele doido quer com isso tudo!

Eu era uma peça. Uma contratada. Estávamos atuando. Apenas.

- Ei? O que foi? – Marcus me conhecia bem.

E isso era uma droga.

- Tudo bem. Eu só não esperava que vocês gostassem tanto assim dele... – Sorri, sem dentes.

- Ah, a sua madrasta tá pagando pau pro Justin desde o segundo que viu ele! Tá insuportável ficar com aquela mulher, Harper. Santo Deus. É toda hora me dizendo: “Você viu como o Justin olha pra ela, Marcus”?, “Viu o carinho dos dois? Não é lindo”?, “Eles não são uma gracinha”?!

Meu pai imitava a voz de Holly, fazendo caras e bocas. Eu ri alto!

- Você é tão bobo. – Revirei os olhos. – Eu te amo.

- Eu também. – Marcus sorriu.

Vi de rabo de olho o Justin dançando com a Holly, poucos metros à frente. Ele estava com seu típico risinho sacana, arrasando na pista de dança. Nossos olhares se cruzaram e os nós dois trocamos de pares e voltamos à dançar. Bieber me guiava, como se fosse incrivelmente fácil.

Merda. Parece que ele é bom em tudo mesmo.

- Sua mãe é uma idiota. E se eu fosse você, mandava ela pro inferno. – Justin disse, sério.

- Como é?!

- A Holly me contou. Por isso tu tava esquisita, não é? – Ele rebateu, sem parar de dançar.

Minha madrasta e sua dificuldade de guardar segredos. Puta merda!

- É estranho ver alguém que pouco de fodeu pra você querer contato, do nada. – Respondi.

- Entendo você. Mas, só se lembre que quem saiu perdendo nisso tudo foi ela. Tu tá bem pra caramba, tem uma família legal pra cacete, tá construindo uma vida. E ela? O que fez na vida além de ter sido uma puta de uma cretina, hein? – Bieber indagou, me fazendo sorrir.

- Obrigada... – Falei, vendo ele sorrir também.

Ficamos ali por pouco tempo, porque Justin recebeu uma ligação e saiu pra atender. Fui tomar um ar, enquanto esperava por ele. Estava conversando com o Nick, quando Justin apareceu.

- A gente tem que ir, Harper. – Ele avisou, com uma cara nada boa.

- Ir? Ir pra onde?! – Rebati, confusa.

- Voltar pra Atlanta, tô com uns problemas no trabalho. – Bieber respondeu, na lata.

Eita porra.

XXX

Estávamos arrumando as malas, na fazenda, quando Justin saiu por mais alguns minutos, por conta de outra ligação. Pela voz rouca do outro lado do telefone, soube que era o Chaz na linha. Terminei de arrumar minhas costas e fui arrumar as dele, no automático. Dobrei algumas camisetas e sem querer me peguei sentindo o cheiro do loiro em uma delas. Ô HARPER, MULHER!

Que porra é essa, minha filha? Tá maluca?! EU HEIN!

Coloquei a camiseta de volta na mala e, sem querer, minha mão sentiu alguma coisa pesada embaixo dela. Minha maldita curiosidade não se conteve e, eu agarrei o que quer que fosse.

Puta que me pariu.

Era uma arma. Uma puta de uma arma. Com um silenciador atrás dela, estilo nos filmes mesmo. Eu nunca tinha visto uma dessas na vida. E era ainda mais amedrontador do que eu imaginei!

Era muito pesada. Como alguém consegue atirar e segurar isso ao mesmo tempo?

No meio dos meus pensamentos, Bieber voltou para o quarto dele e me pegou, NO FLAGRA.

- Harper... – Ele alternou seus olhares entre mim e a arma.

- Tá lembrado da minha regrinha sobre não saber com o que você trabalha? – Justin concordou com um aceno de cabeça. – Eu acho que a gente vai ter que descumprir ela. – Terminei.

Coloquei a arma de volta na mala, a fechando.

- Eu acho melhor tu se sentar, Harper White.

 

 

 


Notas Finais


Harper senta logo aí porque o Justin quer ter uma conversinha contigo... KAKAKAKAKAK
Ah, como não se apaixonar pelo casal mais fofo e falso desse mundo né?
Justin agradou todo mundo. Será que a Harper vai agradar também, lá no Canadá?
O que o Bieber quis dizer com "problemas no trabalho"?! Eita...
Barraco, confusão e gritaria!

Beijos, meus amores!
Até o próximo capítulo!
<3333


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