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História My Only One - He chose her


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


Meus amores, eu acho que reescrevi esse capítulo aqui umas duzentas mil vezessss!
Sempre quero acrescentar alguma coisa nova e aí vira um monstro de capítulo de quase 7.000 palavras! Não foi fácil! KKKKKKKKKKKKKKK

Espero que curtam esse capítulo mais do que movimentado e nos vemos nas notas finais, ok?
Beijinhosss!
<333

Capítulo 32 - He chose her


Fanfic / Fanfiction My Only One - He chose her

- Harper White. Pov. On. –

Ok. Eu realmente não acredito no que eu acabei de fazer aqui.

Nem em um milhão de anos eu poderia acreditar que impediria um casamento em pleno “fale agora ou cale-se para sempre” e ainda por cima sendo a madrinha da noiva! Gente do céu! Acho que tô no ápice de uma adrenalina MUITO DOIDA!

- Harper, você está completamente maluca! – Helena me olhou, desacreditada.

- Primeiro estágio de uma mentira descoberta: a negação. – Zombei. – Conta logo toda a verdade, Helena! Já deu desse teatrinho sujo!

- Ô Justin! Será que você pode por favor controlar a sua namoradinha pra eu poder me casar em paz? Mas que droga está acontecendo aqui?!– Nathan disse, olhando diretamente para o loiro.

- Harper! – Bieber me chamou, indignado. – Para com isso, caralho! Que chilique todo é esse?!

- Harper nada! Se ela não quer falar, eu mesma falo. – Dei três passos à frente, chamando ainda mais a atenção dos convidados pra mim. – Escutem, senhoras e senhores. Helena Belmont está me fazendo de palhaça na própria minha cara e se recusa à confessar que é uma baita de uma...uma sem vergonha! – Contive minhas palavras pelo bem de todas as mulheres. – Helena não é mulher o suficiente pra assumir que não ama o própria noivo e está confusa por causa do ex-marido dela, que aliás, ESTÁ COMPROMETIDO. – Enfatizei essa última parte.

Os convidados alternavam seus olhares entre mim, Helena, Nathan e Justin. A cena seria cômica se não fosse totalmente trágica. O sussurros aumentaram ainda mais e se tornaram um verdeiramente caos. Pattie olhava pra mim, completamente surpresa, o pobre do Vernon não estava entendendo nada e toda a família Bieber estava à ponto de infartar naqueles bancos!

- CHEGA, HARPER. – Justin gritou comigo, descendo do palanque dos padrinhos. – Mas que merda você tá fazendo?! Olha o tamanho dessa cena, porra! PARA! – Ele me agarrou pelo braço.

- ME LARGA. – Gritei de volta. – E você, sua cobra, merecia era muito mais! – Fuzilei a Helena.

- Já chega. Eu...e-eu preciso sair daqui...não dá. Desculpem. – Aquela mentirosa fez a ceninha do século e simplesmente saiu correndo da igreja!

Ela largou seu buquê de flores no chão e saiu em disparada dali, aos prantos.

Eu mereço uma safadeza dessas, meu Deus?! MAS NÃO É POSSÍVEL!

- Helena! – Nathan a chamou, incrédulo, mas foi em vão.

- Merda. Eu não acredito que tu teve coragem de fazer isso, Harper. Puta que pariu. – Justin largou o meu braço e me lançou um olhar mortal antes de simplesmente sair correndo atrás dela.

O QUÊ?

- Mas...Justin! JUSTIN NÃO SE ATREVA! - Berrei, revoltada. – Não vê que é isso que ela quer?! Essa doida tá conseguindo justamente o que ela queria desde o começo! A SUA atenção! – Falei.

- A única doida que eu tô vendo aqui é você, Harper. Continua aí dando o teu showzinho ridículo, aproveita que tem uma plateia inteira pra te aplaudir. Pode curtir. – Justin rebateu, me encarando com uma frieza absurda.

Então, é isso. Foi somente eu desmascarar as verdadeiras intenções da ex-mulher dele e automaticamente eu já me torno a vilã. Que maravilhoso. Acho nunca me senti tão péssima em toda a minha vida.

Eu nem conseguir responder aquilo. Vi Justin sair à passos firmes atrás daquela santa do pau oco, sem nem olhar pra mim. Nathan ficou parado feito uma estátua, no altar, e eu senti uma mão, ou melhor, dois pares de mãos me abraçando. Eram a Samantha e a Pattie.

- Vem cá, amiga. Tá tudo bem. – Samantha me abraçou com força, eu não aguentei mais e desmoronei. Comecei à chorar feito uma criança. – Ei...eu tô aqui...não chora. – Ela me consolava.

- Eu...e-eu não acredito que ele teve coragem de sair desse jeito!...meu Deus, eu sou tão burra...Uma BURRA! – Gritei, abraçando as duas.

- Vamos embora daqui, Harper. E, quanto à vocês... – Pattie olhou para os convidados. – Até tudo isso aqui se resolver, vou pedir para que vão até o salão Moonlight e aguardem. Com casamento ou sem casamento, vai ter festa sim! E acabou! - Disse, com um tom decidido na voz.

Vi Jeremy ir até o Nathan e o abraçar forte, em forma de consolo. Ninguém estava entendendo nada daquela situação e eu não os culpava. A culpa era minha, toda minha. Não devia ter me intrometido. Não devia nem sequer estar aqui!

Essa merda toda foi uma ideia ruim desde o começo, Harper. E você sabia disso.

- Venha, querida. Vamos pra casa, ok? Lá você me explica tudo... – Pattie me puxou pela mão, enquanto sentia todos aqueles os olhares julgadores de todos aqueles convidados queimando sobre mim. Engoli em seco.

Samantha encarou todos eles de volta, com sua típica cara de má. Eu não tinha lá muitas amigas, mas eu tinha a Sam. E ela valia por mil.

- Tão olhando o quê, bando de curiosos?! Vão caçar um lote pra carpir! Eu hein! – Samantha esbravejou com todo mundo.

Eu só queria sair daqui o mais rápido possível. E sumir pra sempre.

 

XXX

- Justin Bieber. Pov. On. –

Mas que porra foi aquela, caralho?!

A HARPER TÁ SURTADA DE VEZ. Que coisa mais ridícula, porra! Pra quê dar um vexame daqueles?! Humilhar a Helena daquele jeito?! Aonde aquela idiota estava com a cabeça pra fazer uma coisa absurda dessas?!

- HELENA, ESPERA. – Gritei, quando a vi cruzando a esquina. – PARA DE CORRER, CARALHO!

- Me deixa em paz, por favor! Vai embora, Bieber! – Ela respondeu, sem parar de correr.

- Vamos conversar! – Continuei correndo atrás dela. – Eu não vou parar de te perseguir. A gente vai ficar correndo até amanhã então, não tem problema. – Falei, praticamente a alcançando.

- Você devia estar lá com a Harper! Acho que você e ela tem assuntos bem pendentes, isso sim! Então, fica longe de mim! – Ela rosnou, quase desmaiando de tanto correr. – VAI EMBORA!

Helena se cansou e apoiou as mãos no vestido, respirando de um jeito ofegante. Ela olhou pra mim e olhou pro chão de novo, depois, tirou seu véu e jogou no chão, num surto de fúria. Essa mulher é teimosa pra cacete. Estou me lembrando do quanto já passei raiva com ela.

- Vamos pra um lugar distante, vai? Longe de todo mundo, que tal? – Dei a ideia.

- Qualquer lugar que seja longe o suficiente dessa cidade eu já estarei aceitando. Quero entrar num buraco e morrer. Nunca vou superar a vergonha que eu passei hoje! – Ela fechou os olhos por alguns segundos, tentando digerir as coisas.

- Se lembra da cabana que a gente costumava ir no inverno? – Perguntei. – Fica há poucas horas daqui. A gente vai pra lá e fica o tempo que você quiser. E aí? Topa? – Olhei em seus olhos.

- Você não devia estar aqui, Justin. Só vai dar mais razão à ela. – Helena devolveu meu olhar.

- Eu sei. Mas eu tô aonde eu preciso estar. – Respondi.

Helena esboçou um sorriso leve e depois, me acompanhou até o meu carro, que estava estacionado em frente à igreja. A Harper vai me matar, isso aí é óbvio. E depois o Nathan com certeza vai aprontar um circo do caralho e vai jogar toda a merda no ventilador, mas, eu tô pouco me fodendo pra isso. Pra tudo isso, na verdade.

Em nome de tudo que a gente já teve um dia, eu não posso deixar Helena na mão agora.

 

XXX

- Harper White. Pov. On. –

Depois de terminar de explicar tudo à elas, desde as fofocas absurdas que rolavam entre as madrinhas até o barraco do século lá no altar, a Samantha me ajudou à trocar de roupa e aí, fomos pra casa da Pattie pra eu tentar esfriar minha cabeça e entender toda essa loucura.

Quando nós chegamos lá, Pattie me levou até o sofá de sua casa e me lembrei da noite que passei com Justin na casa dela. Pronto, já bastou pra eu voltar a chorar que nem uma trouxa de novo.

- Você vai acabar se afogando de tanto que chora, cara! – Samantha se irritou! – Você não fez nada de errado! NADA! Tá me entendendo?! – Ela segurou meu rosto, enfatizando.

- Se eu não tivesse feito, o Justin não teria reagido daquele jeito e me largado lá feito uma louca idiota. Eu me sinto um lixo, Sam. – Confessei, limpando as lágrimas no moletom cinza que usava.

- Se sente um lixo por ter feito o que ninguém teve coragem de fazer? Por ter sido corajosa e seguido o seu coração? Vê se me escuta, Harper. – Pattie segurou meu queixo, me fazendo olhar pra ela. – Você não é o lixo aqui. Está bem?

- Eu só quero ir pra casa. – Disse, tirando os meus óculos. Eles estavam embaçados e eu não conseguia enxergar mais nada. – Eu quero ir pra casa. – Repeti, engolindo meu choro. Por favor.

- Harper... – Sam a dizer alguma coisa, mas desistiu.

- Querida, não faça isso. Não dê razão à ela! Helena não é a vítima aqui! A vítima é você! – Pattie argumentou.

- A pessoa com quem eu mais me importava não acredita em mim. Então, não faz sentido lutar pra ter razão ou não. Eu...eu quero ficar em paz. Longe dessa gente. Essa merda de contrato idiota foi uma ideia tão estúpida...eu não acredito que topei fazer isso! NÃO ACREDITO! – Gritei.

- O quê? Que contrato? – Pattie franziu a testa.

Num ímpeto de coragem, eu me levantei do sofá e taquei o foda-se pra tudo isso!

Já chega de tanta mentira! Eu não sei mentir e não sei conviver com nada isso dentro de mim. Sinto que está me sufocando. Não dá pra carregar mais essas mentiras, essa maldita culpa e todos esses fardos. Eu tô exausta disso tudo.

- Seu filho me procurou pra fingir ser a namorada dele quando ele viesse pra cá, para o casamento da ex dele. Isso aí, Pattie. Foi tudo um grande enganação desde o início. Nós somos dois mentirosos que inventaram toda essa palhaçada pra ele poder se sentir invencível e jogar suas conquistas vazias na cara da Helena e do Nathan. Foi tudo uma novela. Foi falso. E foi muito cruel. Eu não sou uma boa menina como vocês acham. Sou só uma garota muito burra que caiu na própria mentira! Pronto. Já chega disso... – Coloquei tudo pra fora. Cada palavra.

A mãe de Justin não tinha nem o que dizer. A coitada engoliu em seco, de olhos arregalados. Em seguida, se levantou e começou à andar de um lado para o outro, claramente num surto interno.

- Acho que não esse foi o momento certo pra jogar tudo pra fora, mana. – Samantha sussurrou.

- Foi sim. – Respondi. – Ela merecia saber a verdade! Todo mundo merece!

- Olha Harper... – Pattie olhou pra mim, com os olhos levemente marejados. – Nenhuma garota fria e mentirosa choraria desse jeito por um rapaz que só é um mísero parceiro de contrato. Seja lá que idiotice vocês dois combinaram de fazer aqui, acho que...que realmente deu certo! Todos acreditaram! Até vocês acreditaram! – Ela falava, olhando diretamente nos meus olhos.

- Não, Pattie. Eu acreditei. Sozinha. – Ri, sem humor. – Quando Justin precisou escolher qual lado ele iria ouvir, ele escolheu o lado que queria. O lado dela. – Completei.

- Você não pode afirmar isso, Harper! – Patricia o defendeu.

- É a verdade. Com quem Justin está agora, hein? – Indaguei. – Ele escolheu, Pattie.

- Jesus...eu me sinto numa novela mexicana. – Samantha nos encarou, reflexiva.

- Façamos assim. Meu filho vai chegar logo e vocês dois vão poder conversar e conseguir se acertar. Vai dar tudo certo, Harper! E, contanto que você não conte essa história de contrato pra mais ninguém, eu também não vou contar. – Ela sorriu, pegando na minha mão e a acariciando.

- Você é um presente, Pattie. Te considero muito. Obrigada pelo apoio. – Sorri de volta, a abraçando.

- Não vou deixar minha melhor nora escapar, garota! Não importa como a história de vocês dois começou, só importa como vai acabar. – Pattie respondeu.

E ela estava certa. Justin vai chegar e nós dois vamos conversar. E aí, eu vou acabar com a raça dele e vou embora daqui. E não tem quem me faça voltar atrás.

 

XXX

- Justin Bieber. Pov. On. –

- A chave está embaixo do tapete, Justin. – Helena disse assim que chegamos na cabana.

Era relativamente afastada de Stratford, numa comunidade canadense chamada de Willow Springs. Pouca gente mora por aqui, ou seja, um fim de semana nesse lugar é uma paz inigualável.

Peguei a chave debaixo do tapete da entrada cabana e ri com esse costume que Helena ainda tem. Lá em Atlanta essa história de largar chave embaixo de tapete não daria certo nunca. Os caras de lá iam roubar até as janelas da casa, se duvidar.

Abri a porta e dei passagem pra ela entrar. Estava tudo praticamente igual. A cozinha pequena, a sala com a lareira no meio, a porta do quarto estava fechada e vi que até a cor da pintura das paredes ainda era a mesma.

- Parece que eu entrei num túnel do tempo. – Suspirei. – Porra...

- É... Já faz um bom tempo que eu não venho aqui. Desde que você foi embora, na verdade. Eu peço pra alguém vir tirar a poeira uma vez por mês, desde então. – Helena se sentou no sofá.

Essa cabana era da família dela. A gente vinha aqui só pra transar e às vezes ficarmos de porre, quando éramos mais novos. Depois de nos casarmos, a gente veio no inverno e ficamos uma semana curtindo pra caralho. Eu me amarrava nesse lugar.

- Nunca trouxe o Nathan aqui?

- Não. Disse pra ele que eu tinha vendido a cabana depois do divórcio. – Respondeu.

- Por que tu mentiu? – Indaguei.

- Porque...era um lugar só nosso, Justin. Eu não queria que fosse de mais ninguém. Esse lugar me traz muitas lembranças boas e que quero que fiquem comigo. – Ela olhou pra mim enquanto dizia.

- Então, é verdade? Aquilo tudo que a Harper explanou? – Me sentei do lado dela.

- E que diferença isso faz agora?

- Faz toda a diferença, porra! – Revirei os olhos. – Tu não pode se casar com aquele otário psicopata, Helena. Quer ser uma coitada infeliz pelo resto da tua vida?! Acorda! – Falei.

- Acontece que eu não sei ficar sozinha, Justin. Não sei lidar com a solidão. Você sabe que eu não sou boa sozinha! E...desde que a gente terminou...eu achei que o Nathan era a minha melhor opção. – Ela explicou. – Mas, quando você voltou esse medo voltou à me assombrar. Tenho medo de fazer a escolha errada, tenho medo de me arrepender, e também tenho medo de não ter ninguém. Eu só estou tentando fazer o que é melhor pra mim, entende? – Terminou.

- E tu acha que passar a vida do lado de um cara que tu não ama é o melhor pra ti? – Rebati.

- Se eu não posso passar a vida do lado do cara que eu amo, é melhor ficar com o que eu não amo, mas gosto da companhia. Não concorda? – Helena respondeu, tirando seus saltos.

Eu realmente saquei que aquilo era uma indireta. A porra de uma indireta que fez a minha cabeça explodir. Puta que pariu, cara. Caralho. Eu não tava preparado pra escutar isso.

- Sempre tem mais uma opção. – Disse. – A de aprender a viver sozinha, sem precisar de ninguém. Eu consegui fazer isso por anos. Você também consegue, não é ruim. Acredite.

- É diferente, Justin. Eu não sou um homem. Não posso sair com um homem diferente à cada noite e ainda sim me vangloriar por isso e ser aplaudida por todo mundo. Sou uma mulher com quase trinta anos, criada por uma família tradicional, de cidade pequena, que não pode sonhar tão alto assim. Eu tenho que me casar, ter filhos, uma família! Já fui morar em Ottawa, Vancouver, e acabei ficando em Toronto. Uma cidade grande, cheia de oportunidades. Mas, eu não consigo deixar de ser quem eu sou. Eu sou isso. Caipira, com sonhos de dona de casa e sem muitas ambições. E eu quero ser isso. – Eu não tinha resposta pra isso. Então, calei a boca.

Um silêncio mortal apareceu ali. Porra, eu nem sabia o que falar!

- Se eu dissesse que ainda sinto algo por você, alguma coisa mudaria? – Ela perguntou.

Fodeu. Fodeu pra cacete.

- Helena...não fode com a minha vida de novo. É sério. – Fechei meus olhos. – A gente tá aqui pra conversar sobre você, não sobre...a gente. Só deixa o passado no passado! – Respondi.

- Eu não posso! Você sabe que o que a gente teve NÃO morreu! E você fugiu pra não ter que lidar com tudo isso! Me deixou na mão, pra juntar todos os pedaços sozinha, Justin! Você não vê que o que aconteceu entre nós nunca teve um fim?! – Helena se levantou, parando na minha frente, enquanto gesticulava com as mãos. – Eu ainda te amo! – Confessei. – Meu Deus, Bieber!

- Não fala isso. Nunca mais. – Respondi, seco. – Tu teve sete anos pra vir com essa, caralho. Não mete uma coisa dessas pra cima de mim agora. Eu não a porra do teu brinquedo. Não sou retardado pra acreditar nisso de novo, Helena. Então, para. – Rosnei.

- Mas é a verdade! E que se foda todo mundo! EU NÃO LIGO, BIEBER! Você sabe que eu iria embora com você! Agora mesmo, se você quisesse! Eu iria embora para os Estados Unidos com você e nós nunca mais voltaríamos pra cá. Começaríamos tudo de novo. Do zero, como era pra ter sido. Eu não vou mais mentir pra mim mesma e nem pra ninguém, Justin. E doa à quem doer, eu ainda te amo... – Ela dizia com lágrimas escorrendo por seu rosto. Porra do caralho.

- Cala a boca, por favor. Não repete isso. Tu não sabe o que tá dizendo! – Retruquei, puto da cara.

Como ela tem coragem de jogar tudo isso pra cima de mim agora?! Que merda, eu já reconstruí a minha vida, e nunca quis ter a Helena de volta nem nada disso. Eu segui em frente depois de nós, por pior que tenha sido. Eu amei muito essa mulher, nunca escondi isso de ninguém, mas eu não quero mais! A gente não dá certo. Nunca demos certo. Era uma relação cheia de erros e toda fodida desde que eu me lembro de nós. Só amor e tesão não mantém duas pessoas juntas pra sempre. É impossível! E eu finalmente percebi isso. Só...não é pra ser.

Assumo que esperei ouvir isso dela por muitos anos. Mas, agora eu percebi que nunca quis ouvir de verdade. O meu ego queria. Mas, eu não.

- EU AMO VOCÊ. Amo, Justin. Eu sempre amei você! – Helena me puxou pra ela, me fazendo levantar do sofá e ficarmos frente à frente. – Eu não quero me casar com o Nathan, mas eu quero me casar com você. Eu quero ficar com você! Me escuta! – Ela insista, firme nas palavras.

- Para. Pelo amor de Deus. – Fechei os olhos. Eu precisava ficar forte. – A gente acabou, Helena.

- Mas não precisa ser assim! – Ela insistiu.

Helena me segurou pela nuca e me beijou, nem me dar tempo pra pensar em mais nada. Puta merda. O beijo dela era exatamente como eu me lembrava. O jeito delicado que ela tinha com as mãos, a forma de beijar e colar o corpo dela no meu todas as vezes. Era como eu me lembrava mesmo. Uma coisa insana entrou na minha cabeça e aí, nós estávamos ali, nos beijando. Joguei ela naquele sofá e Helena arrancou parte do vestido sozinha, mas eu mesmo arranquei o resto. A gente se atracou no sofá e coloquei ela em cima de mim, foi quando tudo aquilo tudo pegou fogo. Eu fiquei cego de saudade e de tesão por ela. Era quase animalesco.

- Me faz sua. Agora. – Helena sussurrou no meu ouvido, enlaçando suas pernas em mim. – Eu quero ser sua, Justin...não quero mais esperar. – Mordeu o lóbulo da minha orelha, dizendo.

- Eu tô fazendo merda. Merda pra caralho. – Disse pra mim mesmo, mas já era tarde pra pensar em muita coisa ali. Ela estava usando uma lingerie branca, toda de renda, que obviamente era coisa demais pra alguém tão imbecil quando o Nathan aguentar na noite de núpcias...

Helena estava ainda mais gostosa do que eu me lembrava. O corpo perfeitamente esculpido pra mim. Cada parte do corpo dela implorando pra ser tocada. Estava quase tendo um infarto de ver tudo aquilo bem na minha frente depois de tanto tempo. Caralho...

Continuamos nos beijando, quando peguei ela no colo e fomos pro quarto. Abri a porta com uma mão, segurando a cintura dela com a outra. O beijo da Helena era uma droga que eu sempre fui viciado, desde moleque. Ela desceu do meu colo e foi pra cama, com um sorriso malicioso pra mim. Sorri de volta e a segui, subindo em cima dela na cama. Helena tirou meu smoking e foi desabotoando os botões da camisa social, até chegar na bravata borboleta.

- Que belo nó...foi o Jeremy quem deu? – Helena riu, tentando tirar. – Está difícil de soltar!

Não. Não foi o Jeremy. Foi a Harper.

Cacete, a Harper.

Mas que porra que eu tô fazendo aqui?!

- Para. – Olhei pra ela. – A gente não pode...merda, eu não posso. Não vai rolar. – Saí de cima dela, na mesma hora, fui abotoando minha camisa de novo enquanto ela me olhava, confusa.

- O quê? Por que não?! – Helena olhava fixamente pra mim.

- Você acabou com o teu noivado, mas eu não quero acabar com o meu namoro. – Respondi.

Puta merda. Cara, mas que caralho que eu tava fazendo ali?!

- Justin?!...mas...mas nós... – A interrompi.

- Eu amo a Harper, Helena. E não vou fazer uma covardia dessa com ela. Ela não merece passar por isso. A Harper não merece nada de ruim da porra desse mundo, tá me ouvindo?! Então, me perdoa. Mas, eu não posso fazer isso com ela. – Falei, o pegando meu smoking do chão.

A mulher à minha frente estava de olhos arregrados, sem reação nenhuma. Helena estava totalmente em choque. Ela muito bem sabia que, em circunstâncias normais eu nunca negaria ela! Se isso tivesse acontecido antes de tudo, cacete, eu já teria tocado o foda-se pra geral e feito de tudo com ela nessa cama! Porém, eu não tava brincando quando me envolvi com a Harper. Eu não tava blefando quando disse que a amava. E eu não tô afim de jogar tudo fora pela Helena.

Eu não dou pra trás no que eu faço. Eu tô com a Harper White agora. E quero ficar com ela.

- Você não me ama, é isso? – A morena olhou nos meus olhos, ainda confusa.

- Eu sempre vou te amar, Helena. Não duvide disso. Mas, amor de homem e mulher, de querer ficar junto a porra do tempo todo, tentar levar adiante, eu quero ter com ela. Eu quero ficar com ela! – Falei. – Fica aqui e esfria a tua cabeça um tempo. Eu já tô indo. Preciso resolver umas coisas.

Saí andando feito um doido por aquela cabana. Joguei as almofadas do sofá no chão e achei meu celular, já fui logo mandando mensagem pros caras, avisando aonde eu tava. Eu tô na porra do meio do nada, né?!

Vou demorar até chegar em Stratford, mas preciso dar um sinal de vida.

- Justin?.... JUSTIN?! – Helena alterou seu tom de voz, me chamando, mas à essa altura eu já tava do lado de fora da cabana.

Fingi que nem escutei e fui logo para o meu carro. Entrei na correria e liguei logo o motor, saí cantando pneu dali o mais rápido que eu consegui! Porra. Caralho, mano. Quase que eu fiz uma burrada sem tamanho. Meu Deus do céu. Essa aí foi por pouco.

Muito, muito, MUITO POUCO.

 

XXX

- Harper White. Pov. On. –

As horas não paravam de passar enquanto eu continuava sentada no sofá da Pattie. De repente já era de madrugada e Justin simplesmente não chegava. Eu via as cenas em câmera lenta. Pattie falando no telefone, Samantha falando sem parar do meu lado, tentando me distrair, mas eu não conseguia prestar atenção em nada. Chaz também se sentou ali, tentando insistentemente me fazer rir. Ele era um amor, mas mesmo assim não funcionou. Nolan disse que Justin havia mandado mensagem pra eles, dizendo que já estava voltando, mas isso fazia horas. Desde então, mais nada.

A festa ainda acontecia no salão Moonlight, com todos os convidados da igreja tomando bastante champanhe e apreciando a banda contratada, até mesmo o Nathan estava lá! E, pelo jeito, ele estava pouco se fodendo para o sumiço da noiva cretina dele. E eu ali, imóvel no lugar.

- Ele te disse aonde estava? – Encarei o Christian, assim que esse passou pela porta da casa.

- Eu não quero me meter nesse rolo de vocês não, gata. Me deixa de fora, por favor. – Ele respondeu.

- Vocês precisam ser sinceros comigo, gente! – Olhei para os três. – Aonde Justin estava?!

- Harper, princesa...tu não precisa saber disso. Ele já tá chegando, fica tranquila. – Chaz sorriu.

- Ele estava com ela, né? Aonde eles estavam? – Perguntei, na lata. – Por favor, digam a verdade!

Os três se entreolharam, como se dissessem alguma coisa com olhar. Algo do tipo “a gente conta e toma um pau depois ou cala a boca e deixa a coitada aí sofrendo”? E isso durou por longos segundos.

- Por favor. – Suspirei. – Eu preciso saber, meninos. Por favor. – Os encarei.

Olhei na tela do meu celular e já marcavam quase 2h da manhã. E nem sinal daquela vaca da Helena, muito menos do Bieber. Nolan respirou fundo, olhando pros garotos, e depois olhou pra mim.

- Quer mesmo saber, Harper?

- Não quero. Mas, eu preciso ouvir. – Respondi.

- A Helena tem uma cabana bastante afastada da cidade, a gente ia lá na época que os dois eram casados e tal. Fica à leste e é num lugar bem isolado. Eles foram pra lá, mas o Bieber já tava voltando. Certeza que aconteceu alguma merda. O carro dele quebrou. Sei lá, porra. Mas, alguma coisa aconteceu! – Ele tentava defender integridade do amigo à todo custo. Eu ri.

- Aconteceu que ele caiu na cama dela e não conseguiu mais voltar. – Sorri, sem humor. – Se me dão licença, eu vou dormir. São 16h de viagem até Seattle, preciso estar descansada. Boa noite.

E o prêmio de corna do ano vai para...HARPER WHITE!

Venha aqui buscar seu prêmio, sua otária.

- Qual é, Harper! – Chaz me chamou. – Ele não faria isso contigo. O Drew é doido por ti! Acredita!

- Eu tenho certeza que aconteceu alguma coisa, gata. Olha a neve caindo lá fora! – Christian apontou para a janela e fiquei olhando os floquinhos brancos caindo. – Deve ter tido um acidente na estrada, um engarrafamento! Nem tudo é o que parece... – Ele me encarou, dizendo.

- O que tá parecendo é que eu sou uma imbecil que precisa ir pra casa, isso sim. Parem de justificar o óbvio. Eu sou jovem, mas não sou burra. – Enfatizei, vendo os três se calarem. Eles sabiam que eu tinha razão. – Algum de vocês pode me dar carona amanhã de manhã?

- Harper, pensa direito cara... – Chaz disse, tentando me fazer mudar de ideia.

- Se é isso mesmo que tu quer, eu te levo amanhã. – Nolan respondeu. – Mas, promete que vai dormir e refletir sobre isso aí, Harperzinha? Só dá um tempo, eu tenho certeza que amanhã o Drew vai aparecer por aqui e vai poder te explicar tudo isso, fechou? – Ele olhou pra mim.

- Eu já tomei minha decisão. – Respirei fundo.

Samantha pegou suas coisas e eu peguei as minhas. Me despedi da Pattie com um abraço longo, enquanto seu olhar triste denunciava que ela estava arrasada com a situação. Mas, a Pattie também sabia que não havia mais nada a ser feito ou falado. Justin já deixou tudo bem claro.

Já fui humilhada o suficiente. Me recuso à ficar aqui pra, quando ele chegar, terminar de acabar comigo. Eu não mereço passar por isso.

No trajeto, Samantha pegou um caminho alternativo, que passava pelo salão Moonlight. Queríamos ver o movimento de lá e, quando passamos em frente dele, vimos as pessoas lá dentro dançando, Nathan inclusive estava dançando com a prima da Helena, bem coladinho. Queria sofrer por ter sido otária assim que nem ele, sabia? Porque olha...

- Ei?! Aonde tu pensa que vai, maluca?! – Samantha arregalou os olhos, me vendo tirar o cinto.

- Já volto. Deixa o carro ligado. – Avisei, antes de descer e correr pra dentro.

- Harper! Não!

Já era tarde, saí correndo pela escadaria e entrei no salão, com tudo. Música alta, gente comendo, se divertindo, dançando. Acho que a cidade toda estava aqui. Algumas pessoas me reconheceram do barraco de mais cedo e ficaram me encarando, surpresos. Eu nem liguei. Fui direto no Nathan e o puxei pelo smoking, vendo Sasha dar um passo pra trás e Nathan franzir a testa ao me ver.

- Harper?! Tá fazendo o quê aqui?! – Nathan falou, desconfiado.

- Sua noiva foi para uma cabana com o meu namorado. Só queria te deixar a par de tudo. Já que somos dois cornos idiotas, nada melhor do que sermos sinceros um com o outro, né? – Falei.

Nathan suspirou, ficando em silêncio por algum tempo. Sasha me encarou com certo pesar.

- Eu sinto muito por tudo isso, Harper. De verdade...

- Relaxa. Uma hora ou outra isso ia acabar acontecendo mesmo. – Dei de ombros, fingindo não ligar. Porra, eu tava arrasada por dentro. Queria bater a cabeça na parede até a dor passar.

- Você sabe que eu sei, né? Do plano todo de vocês. Bem, na verdade eu não sabia, mas juntei algumas informações e apenas associei as coisas. A sua conta recheada, o seu apartamento novo, tudo isso. Justin te pagou pra estar aqui, não pagou? – Nathan perguntou, mas já sabia a resposta. Fiquei muda.

Merda.

Não consegui dizer nada e Nathan entendeu meu silêncio mortal como um sim. Sasha arregalou ainda mais seus olhos, totalmente desacreditada.

- O quê?! Como assim?! – Ela perguntou, em choque.

- Foi isso aí. Eu fui paga por estar aqui. Mas, aí eu fui burra o suficiente pra acreditar que uma mentira poderia se tornar verdade se nós dois quiséssemos. – Fui sincera. – Foi um contrato que fizemos, de comum acordo. Eu precisava do dinheiro, precisava de um novo lugar pra ficar e me pareceu ser a oportunidade perfeita. Ah, se eu soubesse... – Ri, sozinha. – Que furada, pessoal.

- Harper?! Volta pro carro! Tá fazendo o quê?! – Samantha já entrou me gritando.

Nathan a encarou e depois, seu olhar voltou pra mim. Sasha disse que nos daria um espaço e se afastou.

- Eu vou contar isso pra todo mundo, Harper. Não é nada pessoal, mas depois do que o desgraçado do Bieber me fez hoje, eu preciso devolver na mesma moeda. – Nathan respondeu.

- São quase três da manhã, Nathan. Conta pra todos eles amanhã, antes do café. Eu saio ás oito, se quiser a minha presença na hora do show. – Falei, o vendo concordar com um aceno de cabeça.

Já estava saindo, quando ouvi sua voz me chamar de volta. O encarei.

- Gostava mesmo dele, né?

- Pior. Eu amava. – Suspirei.

- Se quiser se vingar, a minha oferta de aliança ainda está de pé, Harper White. Sabe que nós podemos acabar com esses dois filhos da puta! A gente pode foder com a vida deles. Não precisamos sair de coitados nessa história! – Nathan tentou me convencer, mas eu neguei.

- Mesmo se eu quisesse me vingar, ainda assim não me uniria à você. Não posso sair de perto de um traidor e me unir com outro, Nathan. Vocês são farinha do mesmo saco. Têm o mesmo sangue. E se odeiam justamente porque são iguais. Vocês são egoístas, obstinados à fazer maldade, usam as pessoas quando convém e sempre querer competir por absolutamente tudo. E eu também não gosto de você, só pra constar. – Completei, virando as costas e saindo dali.

A cara de pastel com que ele olhou pra mim foi tudo.

- Mas que porra foi aquela?! – Samantha gargalhou. – Você escorraçou o Nathan, amiga!

- Ele precisava ouvir umas verdades na cara. Muita gente aqui precisa, Sam. – Respondi.

 

XXX

- Justin Bieber Pov. On. –

Puta que me pariu. De todas as merdas que poderiam acontecer comigo, essa está sendo de longe A PIOR DE TODAS!

Eu não consegui nem andar 20 KM de carro direito e topei com a porra de uma nevasca sem precedentes vindo em direção à estrada em que eu estava. A ponte para Stratford estava praticamente interditada e tinha federal até na casa do caralho mandando todo mundo dar meia volta, já que aquele tanto de neve só ia ser removido pela manhã. Tentava ligar pra Harper, pro Chris, pro Chaz, pro Nolan, pro Butler, até pra minha mãe eu tentei, mas nesse fim de mundo não tem sinal! As mensagens não chegavam, já estava escurecendo e eu realmente não tinha o que fazer. Podia até chamar um helicóptero, mas de qualquer forma, levaria horas até ele chegar aqui. Vou ter que esperar essa neve toda passar, caralho, não tem outro jeito!

A Harper deve estar achando tanta merda agora...só de pensar eu fico maluco.

Encontrei um Hotel qualquer pela estrada e fiquei por lá mesmo. Tomei um banho quente pra tentar relaxar minha mente, mas é lógico que não funcionou. Olhava paras as janelas do quarto de cinco em cinco minutos, vendo aquela porra de neve aumentando à cada meia hora. Cacete, eu tô fodido. É isso. Fodido de verdade.

Por um milagre, escutei meu celular tocar e corri pra pegar ele de cima de cama. Era o Nolan.

“ – CARALHO! Aonde que tu tá, hein Drew? Não atende essa porra de celular nunca”?!

“ – Tô no inferno, cara. Não tem sinal nessa merda, tô tentando ligar pra todo mundo tem horas e nada”. – Respondi, suspirando. – Cadê a Harper? Fala que eu quero falar com ela”.

“ – Então mano...isso aí vai ser foda. A Harper quer te ver morto à essa hora. Não deu mais pra segurar e a gente teve que contar aonde tu tinha se metido, né?! A mina tava surtando fazia um tempão e pressionou geral aqui até um de nós abrir a boca e contar. É lógico que ela pensou em ti e na Helena fazendo insanidades e surtou de vez! Ela meteu o pé, fiquei sabendo que foi até atrás do Nathan e dedurou tudo pra ele! Fora que agora a tua amada tá arrumando as malas dela, decidida de que vai embora. Tá um caos, mano. A cidade inteira tá atrás de ti e da Helena! – Nolan falava tudo rápido, como se a ligação tivesse tempo máximo de duração.

Tudo que eu mais precisava nesse momento. Harper White tendo seu momento de surto incontrolável. Que ótimo.

Eu pouco me fodia pra o que todo mundo estivesse pensando agora, mas eu precisava que a Harper acreditasse em mim, porra. Não posso perder ela por causa de uma coisa dessas, cara!

“ – Eu tô chegando, não sei quando, mas tô. Manda um jato nosso pra cá o mais rápido que tu conseguir e, se tu aguentar conter o furação, segura a Harper até eu chegar, mano. Fico te devendo essa”. – Respondi.

“ – Boa sorte, Drew. Tu vai precisar”.

Já peguei meu celular, aproveitando esse lapso de sinal que havia conseguido. Mas, como eu conheço a garota com quem eu tô junto, logo vi que a Harper tinha me bloqueado de tudo. Ela não atendia minhas ligações, minhas mensagens sequer chegavam e, morto de ódio, arremessei o meu celular na parede, vendo ele se espatifar no chão. Porra do caralho!

Pronto, agora ficou perfeito.

 

XXX

- Harper White. Pov. On. –

- Dia seguinte. –

Stratford, Ontário. – Canadá.

 

Terminei de descer todas as minhas malas com a ajuda de Samantha e os garotos. Nolan veio com um papinho furado de que aquele filho da puta do Justin estava preso na nevasca na puta que pariu e que era tudo um grande mal-entendido, disse que ele não estava com aquela vaca e que estava voltando pra cá. Inventou que ele estava sem sinal, que sei lá o que, um monte de besteira!

Sério isso? Será que eu sou tão burra à ponto tentarem me fazer acreditar que ele não transou com ela?! Pelo amor de Deus, está na cara. E eu não vou ficar aqui pra ser ainda mais humilhada!

- Essa é a última, amiga. – Samantha me entregou minha mochila de Bob Esponja.

- Obrigada, gente. – Sorri, disfarçando o quanto eu estava devastada por dentro.

- Quanto quiser, eu tô pronto pra te levar. Já que tu, pelo jeito, não vai mudar de ideia. – Nolan disse, suspirando com pesar. Esses aí defendem o cretino do amiguinho deles até o fim mesmo.

- Valeu, Nolan. Pode ligar o carro. Já vou. – Sorri, em agradecimento.

Fui até a cozinha e encontrei a família Bieber todinha reunida, depois que tomaram um porre em homenagem à solidão do Nathan, lá na festa. Jeremy tomava café, Erin fazia torradas para Jaxon e Jazmyn, que estavam sentados nas banquetas, enquanto Chelsey ninava a Bay.

Meu coração doeu ao ver todos ali reunidos. Como posso ter me apegado tanto?

- Gente... – Respirei fundo. – Eu...já estou indo. – Avisei.

- O quê? – Jeremy largou a xícara de café na hora. – Que negócio é esse, Harper?! Vai pra onde?!

- Eu pensei que estivessem mortos de ódio de mim depois do vexame de ontem. – Confessei, olhando pra eles. – Não queria ter causado todo aquele estrago, sei o quanto o dia de ontem era importante.

- Menina, para com isso. – Chelsey me repreendeu. – Se fosse mentira, Helena não teria fugido!

- Chelsey! – Jeremy a olhou feio. – Seja lá o que foi o surto maluco de ontem, eu ia justamente convocar uma reunião familiar pra poder entender aquilo. Todos vocês sumiram, Justin não atendia o celular, Pattie não queria deixar ninguém chegar perto de você e aí, pra completar, Nathan veio com uma ideia absurda de que meu filho tinha pago você pra fingir sem a namorada dele. Pra você ver como o coitado estava fora de si ontem, Harper... – Ele riu, nasalar. – Por favor! Só...espere um pouco mais, ok? – O pai de Justin insistiu. – Não vá, querida. Precisamos esclarecer tudo isso!

- Acho que Justin, Helena e o Nathan podem fazer isso muito bem sem mim. – Respondi. – Peço desculpas por ir embora desse jeito e também por todo o transtorno, mas eu não posso olhar nos olhos do Justin depois de tudo. Seria demais pra mim. – Expliquei.

Senti uma presença forte atrás de mim e, de repente, Jeremy arregalou seus olhos e Jaxon e Jazmyn olharam rapidamente pra pessoa que estava atrás de mim. Podia ouvir sua respiração forte batendo contra o meu cabelo.

Merda.

- É sério que tu ia ter coragem de ir embora sem nem conversar comigo, Harper?

Seu tom ríspido atingiu meus ouvidos na mesma velocidade com que eu me virei, em choque.

 Mas...como...como esse vagabundo consegue ser cara de pau desse jeito, meu Deus?!

- Não só ia como eu vou. Dá licença! – Rosnei, me desviando dele. – Foi um prazer conhecer todos vocês. Agradeço por todo o carinho e tenham certeza de que vou levar todos no meu coração pra sempre. Obrigada por tudo, de verdade. – Sorri para a família do Bieber, porém, o ignorando. – Vocês são pessoas maravilhosas. Não queria que acabasse assim, mas eu realmente preciso ir...e...me desculpem mais uma vez! – Respirei fundo.

- Harp... – Jazmyn me chamou, vindo até mim e me dando um abraço. – Não vai!

- Jaz, me desculpa, tá? – A abracei de volta. – Mas, você tem meu número! A gente poder se ligar por vídeo todos os dias! E, se você quiser ir pra Seattle algum dia, te levo pra conhecer tudinho lá. Você também tá mais que convidado, Jaxon. – Pisquei pra ele, que sorriu. – Eu te adoro...

- Eu também te adoro. – Ela sorriu, tentando disfarçar a tristeza.

- Harper, olha pra mim. – Justin rebateu. Ignorei ele de novo. – A gente tem que conversar! Tu tem que me ouvir, cacete! Para com essa cena toda! – Ele veio andando atrás de mim pela sala.

- Por favor, eu não quero fazer um barraco horrível na frente da sua família. – Fechei os olhos.

- E nem precisa. Vamos só...lá fora conversar, pode ser?!

Bieber segurou minha mão, forte.

Nem deu tempo de dizer mais nada, pois nesse momento todos nós vimos o Nathan passar pela porta, com sangue nos olhos.

Ele travou seu olhar quando olhou pro Justin, antes de sorrir com pura maldade.

- Vejo que cheguei à tempo do café...que ótimo! – Nathan debochou.

Sempre dá pra piorar, definitivamente.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


O tempo fechou de verdade, gente do céu.
Tô até sem palavras pra debochar aqui nas notas finais, sério. Como será que isso tudo vai terminar, hein?!
Comentem suas teorias e opiniões aqui nos comentários, porque eu amoooo saber tudo o que vcs estão achando! <3333

Beijinhos!
Nos vemos no próximo capítulo, amoresss!
<3333


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