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História My Only One - My only one


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


Meus bebêsssss, eu dei uma olhadinha nos comentários do último capítulo e a turma do quarta e sexta ganhou! Era pra esse capítulo fabuloso ter saído ontem, mas como eu tive uns probleminhas com a net, só tô conseguindo postar agora.

Enfim, espero que vocês adorem MUITO esse cap, porque olha...gente, TUDO PRA MIM, sem palavrassss! <3
Nos vemos nas notas finais, meus amores! Tenham todos uma leitura maravilhosa desse capítulo fofíssimo!

Gente, era só pra ter 3.000 palavras, MAS EU SEMPRE ME EMPOLGO! KKKKKKKKKKKK perdão!
É isso, beijinhos!
<33333


Obs: boa parte desse cap e da fanfic toda em si é inspirada na música My Only One, do Sebastián Yatra com a Isabela Merced, então, se vcs quiserem ler escutando essa preciosidade em forma de música, muita coisa da história vai se encaixar direitinho! <3

Capítulo 44 - My only one


Fanfic / Fanfiction My Only One - My only one

- Harper White. Pov. On. –

- Um mês depois. –

 

Eu vivi uma verdadeira lua de mel com o loiro nesse último mês. Praticamente não paramos em casa nesse tempo, queríamos aproveitar todo o nosso tempo perdido. Cada segundo que nós ficamos separados foi reparado!

Fomos pra vários bares conhecidos de Atlanta, tantos restaurantes que eu até perdi a conta, até em algumas boates também! Nas horas vagas do trabalho dele, Justin me ensinou à redigir contratos empresariais e até me deu algumas aulinhas de economia básica enquanto me fazia o café da manhã. Ele é definitivamente o caro mais inteligente que eu já conheci.

Minha boca ainda dói de tanta risada que dei com o loiro nesse mês.

Estar com Justin é estar em casa.

Tudo estava indo muito bem, até eu pensar na nossa inevitável e futura “separação” por causa do meu grandioso estágio dos sonhos. Bieber nunca tocou sequer nesse assunto no nosso período de diversão, então, eu também não quis estragar as coisas conversando sobre isso.

Mas, quando mais o tempo passa e o verão se aproxima, meu medo só aumenta.

No tempo em que fiquei aqui, meus pais voltaram pra Baltimore e levaram meu Gregory com eles. O doguinho safado está simplesmente adorando a vida na fazenda, perseguindo vacas no pasto e tocando o terror entre os cavalos. Aquele pinscher é um arruaceiro!

Inclusive, faz tudo isso com a nova roupinha de tricô colorida que Holly fez pra ele.

O Greg fica um luxo naquela roupinha!

- Já terminou aí, Harper White? – Justin entrou no quarto, arrumando seu boné vermelho.

- Acabei. – Fechei a mala preta dele, que agora é minha, e a coloquei no chão.

Arrumei o notebook novo que ganhei de aniversário do loiro dentro de uma bolsa de mão. Justin fez uma festinha íntima aqui no apartamento no sábado em que eu completei 21 anos. Samantha, os garotos e o Benson, namorado dela, vieram pra cá e a gente fez uma farra sem fim! Com direito à muito bolo, bebidas e balões cor de rosa. Eu me diverti tanto.... aquela foi a festa mais animada de todas! A Sam me deu uma linda bolsa de marca, que deve ter custado bem caro, viu? Diz a própria que aquela bolsa vai me servir muito lá em NY, já que eu vou carregar um milhão de pastas e cadernos dentro dela o dia todo e, de acordo com a própria, eu ainda vou ficar super chique enquanto faço isso. Seu irmão Nolan me deu um Whisky Jack Daniels de aniversário e eu acho que ri por uns dez minutos quando abri seu embrulho. Nolan sabe que eu não bebo! Enquanto isso, Chaz me deu um relógio de pulso e Ryan me deu 500 dólares dentro de um envelope amassado e escrito: “parabéns, cunhada”.

E, é claro que eu não posso me esquecer do Chris, que chegou às 3h da manhã de mãos vazias e uma cara de pau sem limites. Esses caras são demais.

- Graças à Deus que tenho roupa de sobra lá na vovó Nancy, porque eu não aguento mais repetir as mesmas roupas. – Ri ao me lembrar disso. Só uso jeans e camiseta, jeans e camiseta, todo santo dia. Não que eu ligue muito, mas variar às vezes é bom, né?

Só sei que eles vão fazer uma baita festa em Baltimore em homenagem aos 72 anos da mãe da Holly e sua recuperação do ataque cardíaco. É realmente um grande motivo à ser comemorado!

E, logicamente, Justin e eu vamos marcar presença. Eu não vejo a hora da gente chegar lá. Todos estão radiante desde que souberam que eu voltei com o Justin. Eles sempre foram os fãs N° 1 do loiro.

- Bora de uma vez Harper, tô ansioso pra reencontrar os teus parentes caipiras. – Bieber me puxou pela cintura e eu gargalhei alto, enquanto saíamos do quarto.

- Você adora meus parentes caipiras, bocudo!

- São gente boa, isso é verdade. Mas, a tua avó é meio taradinha, né? Não teve uma vez naquela outra viagem que ela não aproveitou pra passar a mão na minha bunda. Eu não escapei nem depois da oração da janta, porra! – Ele disse, bem-humorado, e eu ri alto.

Vovó Nancy é mesmo uma safada...

 

XXX

- Baltimore, Maryland –

Algumas horas depois...

 

- É A HARPER! GENTE! HARPER WHITE CHEGOU! – Bryson, um dos funcionários da vovó, já foi me gritando da cerca principal da fazenda, acenei de dentro do carro do meu pai. Marcus e Holly foram nos buscar novamente no aeroporto, vieram o caminho todo falando sobre detalhes da festa, os convidados selecionados e, principalmente, que eu e Justin éramos era uma das surpresas da noite, já que Holly não disse que eu viria de fato.

Nancy pensa que estou em Atlanta com Justin e não pudemos vir por conta do trabalho dele.

- Cala essa boca, homem! – Meu pai reclamou. – Esqueceu que a Harper é a surpresa, meu Deus?!

- Não briga com ele, pai. – Rebati e continuei acenando pro Bryson, que tirou seu chapéu em forma de cumprimento, acenando de volta pra mim. Eu adoro as pessoas daqui. Ainda não achei um conhecido da vovó ou alguém que fizesse bicos aqui na fazenda e não fosse um amor de pessoa.

- Aquele cabaço ainda vai estragar tudo Holly, eu tô te falando. O Bryson não sabe deixar a língua dentro da boca. – Marcus suspirou, negando com a cabeça. Minha madrasta riu.

- Não seja tão ranzinza, querido. Ele só está animado! – Holly sorriu.

Acenei pro Nick e sua irmã mais nova, Arizona. Ela é a versão feminina dele. Os dois estavam carregando algumas cadeiras e sorriram de volta pra mim e pro Bieber. Depois disso, vi a Camila, a nova funcionária da floricultura dos meus pais, ajudando com alguns arranjos rústicos da festa. A Zoe estava levando os cavalos de volta pro celeiro, o Jacson estava pendurando varais de luz na entrada da casa e o Ben segurava a escada pra ele. 

- Uau! Vocês não estavam brincando quando falaram que ia ser um festão! – Ri.

- Isso porque você ainda não viu a fonte de chocolate que eu encomendei lá no centro, Harper White. – Meu pai se gabou, todo orgulhoso. – O rapaz chega daqui a pouco pra montar, aí as crianças vão poder passar frutas debaixo dela e comer. – Completou.

- Sogrão não tá poupando grana nessa festa, hein? – Justin brincou e Marcus riu.

Descemos do carro e levamos as poucas malas lá pra dentro. Tudo do jeitinho que estava da última vez. A velha casa da fazenda continuava tão charmosa como nunca. Cumprimentamos todo o pessoal e Justin e eu nos separamos, cada um foi ajudar em algo. Holly me designou pra cuidar dos arranjos junto com Camila e Justin foi com o Nick e o meu pai para buscarem a grande mesa. Com o passar das horas, fomos vendo a área de frente tomando forma até estar tão decorada e bonita que faria qualquer um suspirar. As pessoas foram chegando pouco a pouco e nos ajudando a acabar tudo.

- Chamaram Baltimore inteira, né Holly? – Disse ao ver aquele mundo de convidados chegando sem parar.

- Sua avó tem muitos contatos. Não existe uma pessoa num raio de 40 KM que não conheça ela por aqui. – Ela piscou, passando por mim com um caixote amarelo nas mãos.

- Dá uma mãozinha, Harper? – Arizona me chamou para carregar o bolo temático de Nancy e tirá-lo dentro do carro. A garota só tem 13 anos e já dirige uma caminhonete desse tamanho! É doido como o pessoal do interior aprende tudo tão cedo... – Meu Deus! Esse bolo deve pesar uns 20 quilos! – Ela riu.

- Pra esse tanto de gente, não era pra menos. – Sorri.

- Eu soube do lance com o seu namorado lá em Nova York. Você foi muito corajosa Harper, sério mesmo! – Arizona disse, olhando pra mim conforme carregávamos o monstro de chantilly. – A gente ficou assistindo tudo na TV por umas três horas seguidas, vimos das negociações até a saída de vocês. Nancy quase teve outro infarto. – Ri, nasalar. – Fico feliz que tudo acabou bem!

- Eu também. Foi um susto e tanto. – Suspirei.

- É verdade que foi o primo dele? – Arizona acenou com a cabeça em direção ao Justin, que terminava de carregar uma das mesas. Concordei. – Que família mais doida é essa?! Jesus Cristo!

- Nem me fale... – Neguei com a cabeça.

- Não leva a mal não, Harper. – Ela riu, dando de ombros. – Mas o que o seu namorado faz pra ter tanto dinheiro assim, hein? – Arregalei os olhos, sem saber o que dizer. – É que a Holly e a Nancy vivem contando por aí que você arrumou um bonitão endinheirado que é dono de empresa. Será que ele não arruma um emprego pra mim?! Por favor? – Arizona perguntou, toda esperançosa.

Pai amado!

O que eu falo agora? Não posso contar pra menina que a empresa do Bieber é fachada pro mercado ilegal, né?! Pelo amor de Deus!

- Que emprego o quê, Arizona! Não tem nem idade pra sair ainda, quem dirá ter emprego! E pode parar de encher a Harper de perguntas! – Nick surgiu atrás de nós, repreendendo a irmã.

- Não tem problema, Nick. Ela só estava curiosa... – Sorri.

- Vai lá ajudar o Jacson com as toalhas, vai. – Ele disse e a irmã o obedeceu na mesma hora. – Ela é assim mesmo, enche todo mundo de pergunta. Desculpe pelo interrogatório. – Nick sorriu de volta.

Marcus passou por nós com um monte de balões e nos pediu ajuda pra enchê-los. Nick e eu cortamos o assunto e arregaçamos as mangas, enchendo os balões, amarrando nos fios de nylon e os amarrando nos caixotes. Eu ficava olhando o loiro de rabo de olho e às vezes ele me devolvia uma piscadela quando me pegava encarando ele. Metido.

 

XXX

Quando a noite caiu e tudo ficou pronto, fomos nos arrumar. Vovó Nancy esteve a tarde toda fora se arrumando para sua grande noite, então nós teríamos no máximo mais 30 minutos. Foi uma correria do caralho dentro daquela casa, fila pra tomar banho, gente se trocando no meio da sala e mais convidados terminando de chegar e se sentando nas mesas lá de fora.

Tudo que tive tempo de fazer foi tomar um banho de 2 minutos e colocar um vestido florido que encontrei entre as roupas que deixei aqui. Estava um pouco mais curto (devo ter usado ele quando tinha uns 15 anos, estourando), mas não era nada demais. Penteei o cabelo, passei um gloss, coloquei os óculos e rasteirinhas no pés.

Estava um inferno de quente hoje! Misericórdia!

Agora é torcer pro bolo de chantilly não começar à derreter lá fora.

Escutamos uma falação alta lá na frente e vi faróis de um carro apontando na entrada da fazenda. Era ela! Então, todo mundo correu para seus devidos lugares e nós apagamos todas as luzes do local. Um breu em completo silêncio. Nos abaixamos atrás das mesas, fazendo o máximo pra não entregarmos a surpresa de cara. A mãe da Holly desceu do carro, vindo lentamente em direção a entrada, apoiada em sua muleta. Vê-la andando de novo fez meus olhos marejarem. É tão bom ver a Nancy voltando a ativa! Ela é uma guerreira.

Meu coração explodiu de alegria.

- Ué? – A senhorinha coçou a cabeça, desconfiada. – Não falaram que ia ter festa? – Indagou.

- Festa? – Eu ri, saindo de trás da porta. Nancy arregalou os olhos. – Festa eu não sei, mas...que tal isso aqui? – Acendi o interruptor e o varal enorme de luzes se acendeu, todo mundo pulou gritando “surpresa”, soltando confetes para o alto. Minha avó estava em choque. – Feliz aniversário, vovó!

- Meu Deus! – Ela tapou a boca, incrédula. – Harper, querida! Que saudade... – Nos abraçamos bem forte, cheias de saudade uma da outra. Minha avó beijou minha bochecha, toda contente. – Que coisa mais linda, muito obrigada! Não precisava disso tudo, pessoal! – Nancy disse, rindo.

- Claro que precisava, mãe. – Holly abraçou Nancy. – Não é todo dia que se completa 72 anos!

- Ela tem razão. – Marcus se aproximou de nós, sorrindo. – Você merecia muito mais, Nancy.

- Seus dois vagabundos! – Minha avó rosnou. – Vocês disseram que a Harper não viria! Mentiram pra mim! Que coisa horrorosa! – Todo mundo riu do estresse dela, enquanto Nancy continuava fazendo cara de brava pros meus pais. – Sabem como eu fiquei triste?! Isso não se faz!

- Foi uma mentirinha boa, vai? – Pisquei pra ela. – Senti muito a sua falta. – A abracei de novo.

- Tá bom, querida. Cadê o seu bonitão loiro, hein? – Minha vó fez pouco caso do meu abraço, varrendo os olhos pelo local e procurando pelo Justin. Não teve quem não riu. – É ele que eu quero abraçar!

Justin veio até nós com um sorriso cafajeste no rosto. Dona Nancy nem piscava direito enquanto olhava pra ele, babando na cara dura pelo Bieber. Vê se pode!

- Parabéns, Nancy. Felicidades pra ti, muitos anos de vida. – Ele piscou pra mim, abraçando a velhinha, que se ajeitou toda contra o corpo dele, o apertando. Nancy não vale nada mesmo.

Que velha safada!                                                         

- Isso que é homem... – Ela o abraçou mais forte, fazendo o loiro cair na risada.

- Vó, pelo amor de Deus! – Eu não estava acreditando naquilo.  – O namorado é meu, mulher!

- Uma casquinha nunca matou ninguém, Harperzinha. – Nancy retrucou, largando o Bieber depois de séculos de melação. Não consegui segurar a risada alta. – Agora, vamos comemorar!

Escutamos um coro estridente de gritos e palmas, Nick ligou o som e terminamos de ligar as outras luzes. Minha avó foi cumprimentar todos os outros convidados dela enquanto Justin e eu nos sentávamos na grande mesa do jantar. Eu tô é azul de fome, meu povo!

- Tu tá uma gata nesse vestido, Harper White. – Bieber disse, em tom mais baixo.

- Obrigada, amor... – Sorri.                                                                                           

- Tô doido pra arrancar ele daqui à pouco. – Seu tom maldoso me fez arregalar os olhos.

- Se comporta, homem! Estamos na festa de aniversário de uma idosa! Cadê o respeito?!

O repreendi e rimos juntos.

Enquanto esperávamos pra comida ser liberada, fiquei apresentando o loiro pra alguns parentes da Holly e amigos da família que ainda não o conheciam. Todo mundo perguntava sobre o atentado que Justin sofreu e nós contamos a história toda com o Nathan umas 20 vezes, no mínimo. Pelo jeito, a vovó Nancy contou a situação pra cidade inteira. Mas, o Justin nem ligou, pelo contrário, levantou a camiseta e mostrou até a marca do tiro pros convidados! Ele contava todos os detalhes como se fosse a primeira vez. O loiro sempre adora ser o centro das atenções.

- Rapaz, isso que eu chamo de família complicada! – Um dos tios da Holly disse, desacreditado.

- Acontece nas melhores, né? – Justin brincou.

- Todo mundo por aqui acompanhou o jornal direto nesse tempo, a gente ficava vendo todas as notícias, torcendo pelo melhor de vocês. A dona Nancy fez até novena pra vocês dois lá na igreja do padre Jonas. Deve ter acendido umas mil velas! – Sandy, da fazenda vizinha, nos contou.

- Graças à Deus que vocês ficaram bem, meninos... – Uma outra senhorinha disse. Sorrimos.

- Eu sei que foi pelas minhas orações! – Ouvi a voz da Nancy atrás de mim. – Fiz tanta promessa que só vou conseguir pagar na próxima vida. Mas, foi necessário. Minha neta demorou 20 anos pra arrumar um homem descente e aí, quando ela consegue, tentam matar ele?! Não, não, não!

Minha vó e sua mania de acabar com a minha dignidade. Nada de novo sob o sol.

- Vocês dois vão me dar bisnetos tão lindos! Eu mal consigo esperar! – Nancy sorriu, toda animada. Justin e eu nos olhamos na mesma hora, rindo. Nunca tocamos nesse assunto de filhos.

Dei glórias para Jesus Cristo quando anunciaram que a comida estava servida e puxei Justin pra longe daquela mesa, antes que a minha vó me obrigasse à engravidar logo dele ou coisa parecida. Eu preciso admitir que meu namorado estava um gostoso hoje, viu? Camiseta branca e lisa, camisa xadrez por cima, jeans claros e um all stars clássico e preto. E não vamos nos esquecer do boné pra trás!

Que homem maravilhoso. Nossa senhora.

Já na mesa da comida, eu peguei logo duas espigas de milho, purê de batata, três tipos de carne e uma massinha pra complementar meu prato. Justin estava logo atrás de mim, rindo.

- Nem começa, caralho. Eu não peguei tanta comida assim! – Rosnei.

- Isso tudo aí no teu prato dá pra uma cinco pessoas fácil, sua esganada. – Justin provocou.

- Eu sou uma mulher que tem muita fome, isso é crime?! – Rebati.

- Só tô tirando uma contigo, bebê. – O som malicioso da voz dele no pé do meu ouvido me fez arrepiar de leve. O loiro realmente tá mal-intencionado hoje...

- Palhaço. – Beijei ele.

 

XXX

Depois dos dois copos de suco de melancia que eu tomei, precisei de uma pausa pro banheiro. Entrei na casa e sorri para algumas pessoas que estavam entrando e saindo de lá, tudo por aqui estava um caos de convidados e parentes!

Fechei a porta do meu quarto e fui direto pro banheiro. Fiz o que precisava fazer, prendi o cabelo num coque improvisado e alguém abriu a porta.

Justin Bieber.

- Já ficou com saudade, cara? – Ri. – Só vim fazer xixi!

- Sabe como é, gata, não resisti. – O loiro chegou por trás, cheirando meu pescoço enquanto eu lavava as mãos e passava um hidratante de morango. – Que cheiro mais gostoso que tu tem, hein... – Disse.

Justin tá todo romântico hoje, perceberam? Ah, mas aí tem coisa!

- Vamos logo pra não perdermos o parabéns! – Falei e já sai andando, mas Justin me segurou.

Aqueles olhos cor de mel me encarando com malícia, as mãos grandes segurando a minha cintura, os músculos e as tatuagens tentadoras dele, caralho. Quem resiste à isso? Bieber escorou minhas costas no balcão do banheiro e me deu impulso pra subir em cima dele. Emaranhei minhas pernas nele e trilhei beijos por seu pescoço, conforme suas mãos desciam para as minhas costas e brincavam com o laço do meu vestido florido.

Olhei em seus olhos antes de beijá-lo, com carinho. A língua do loiro brincava com a minha, sem pressa. Ele segurou minha nuca, guiando nosso beijo. Eu amo o jeito que ele me beija. Se me dissessem há seis meses que um cara como o Justin entraria na minha vida e deixaria tudo tão louco quanto está agora, eu ia rir na cara de quem me falasse um absurdo desses!

Ele é tudo pra mim. Literalmente.

Não posso perder Justin de novo. Quando pensei que tinha perdido, entrei num posso de tristeza tão grande que não via mais alegria em nada na vida. É por isso também que a dúvida sobre Nova York me assusta tanto. Justin jamais me pediria pra fazer qualquer coisa que ameaçasse o meu sonho, assim como eu jamais obrigaria ele à abandonar a empresa e as coisas dele por mim.

Não somos assim.

É fato consumado que a gente nasceu pra ficar junto. Não existe mais ninguém nesse mundo com quem eu imagine ficar. Eu quero ser a pessoa que vai estar com ele quando tudo parecer uma merda e quero que Bieber esteja comigo nos meus piores dias. Nunca existiu alguém que me fizesse sentir tudo isso. Ele é o único.

O meu único.

Se a nossa história fosse um livro, daqueles engraçadinhos, com um clichêzinho no meio, um ápice de gelar a barriga e um final tão gostoso que dá vontade de reler tudo outra vez, eu colocaria o nome de My Only One.

Até porque, tudo fica bem mais chique em inglês, né amores?

- Terra chamando Harper White. – Justin disse, me fazendo voltar para a órbita.

- Voltei. – Ri.

- Tu parece preocupada com algo. – Ele parou de me beijar. – Tô notando isso faz uns dias já.

- Impressão sua. – Eu não queria tocar nesse assunto justo agora.

- Tu é uma péssima mentirosa, sabia?

- Não é nada demais. Vamos voltar lá pra baixo, vai? – O segurei pela nuca, sorrindo.

Justin não me respondeu, mas me segurou forte ao mesmo tempo que me beijou de novo. Fechei meus braços em torno do pescoço dele, correspondendo seu beijo. Ficamos assim por mais um tempinho, e até queríamos evoluir pra algo à mais, porém, alguém ia acabar nos procurando e...ficar conhecida como a neta desalmada que transou durante o aniversário de 72 anos da avó não está nos meus planos de vida!

- A gente termina mais tarde, fechou? – O loiro falou, acabando com o beijo.

- Vamos, eu quero chegar na frente pra pegar um pedaço bem grande do bolo! – Respondi, vendo os olhos dele se arregalarem e em seguida, Bieber rir feito um condenado. – O que foi?

- Será que tu não enche nunca, cacete?! – Ele não parava mais de rir de mim.

- Olha aqui seu otário, todo mundo adora comer bolo, tá bom?!

Revirei os olhos e sai daquele banheiro, deixei o Justin pra trás antes que eu largasse logo um tapa na cara dele, que coisa!

Entre tapas e beijos. É o lema do meu namoro com esse cara.

 

XXX

- Justin Bieber. Pov. On. –

Enquanto a briguenta tava puta comigo porque me assustei com a quantidade de comida que ela consegue ingerir sozinha numa noite só, fui até o pai dela, o Marcus, me certificar do nosso trato de algum tempo.

- E aí, sogrão. Tudo na boa? – Arqueei a sobrancelha, só pra ele ter certeza do que eu tava falando. Marcus passou seu braço por meu pescoço, enquanto tomava mais um gole de cerveja.

- Você tem certeza disso, filho? Porquê...olha! É uma puta de uma decisão! – Ele riu, nasalar.

- Eu sei que parece insano, mas, depois de tanta coisa que aconteceu nos últimos tempos, eu não vejo um motivo bom o suficiente pra me fazer esperar mais. Tenho certeza. – Respondi, dando de ombros. Já tava tudo mais que decidido na minha cabeça há semanas.

Desde que eu acordei numa quarta de manhã e vi a Harper dormindo do meu lado com o óculos torto, ela tinha esquecido de tirar antes de dormir. Tirei ele do rosto dela e coloquei na mesa de canto, voltando a olhar pra ela. Eu senti que queria ver isso todo dia.

Nunca senti essa porra tão forte do jeito que eu sinto agora.

Não tem motivo pra adiar o inadiável.

É ela. Sempre foi ela. A Harper White me tem na palma da mão dela desde o dia que a vi chorando lá no banheiro na casa do Nolan. Não tem um dia depois daquilo que eu não tenha pensado nessa garota, sinceramente. É tudo sobre ela, porra, chega a ser meloso!

Eu virei um otário de 1° categoria depois da briguenta. Não presto pra merda nenhuma. Nem eu me reconheço. Perdi o rumo da minha vida toda. Eu sou totalmente fascinado por ela.

- Vocês ficaram juntos durante todo esse mês, cara. Não dá pra ter noção de uma vida à dois melhor do que isso. Então, se é o que quer, tem a minha benção e o meu apoio. – Ele sorriu, me dando um breve abraço. – Só uma observação. Ela é e sempre vai ser a minha garotinha delicada, então, se você ousar magoá-la outra vez, Justin, eu juro por Deus te caço até no inferno e acabo com você. Me entendeu bem? – Concordei, de olhos arregalados. – Ótimo. Saiba que eu já te considero um filho. Bem-vindo à nossa família! – Nós dois rimos.

- Agora, só falta a parte mais difícil de todas. – Sorri, falso. – Se a tua filha me disser não, eu me mato, Marcus, na boa mesmo. – Escutei a risada alta dele do meu lado.

- Justin, a Harper é doida por você. Ela não diria não nem se não quisesse! – Ele sorriu. – E, pensando em Nova York e em quanto tudo agora vai mudar, acho que vai ser uma boa decisão.

- Também acho. – Respirei fundo. Porra, eu tô nervoso pra caralho agora! Já fiz isso uma vez e acabou numa merda do cacete, disso geral já sabe, mas é óbvio que eu só tô tendo um flashback psicológico perturbador aqui. Eu sei a Harper não é a Helena. Nem de longe.

E eu não sou o cara de sete anos atrás. Então, nada será como antes.

Eu não vou deixar isso dar errado nem fodendo.

 

XXX

- Harper White. Pov. On. –

Olhando pra essa festa incrível, vendo a felicidade da Holly e do Marcus, Nancy, o Nick, todo mundo estava tão alegre, rindo e se divertindo! Caramba, isso me fez pensar na loucura foi esse ano. O quanto tudo mudou da água pro vinho tão rápido! A vida é uma coisa imprevisível demais.

- Querida, já vamos cantar o parabéns pra sua avó. – Holly veio até mim, falando. – Mas, antes disso, eu preciso que você vá até o celeiro e pegue uma caixa que eu esqueci lá! É uma pequena e bonitinha, você encontra rápido. – Ela sorriu, me abraçando de lá. – Pode fazer isso pra mim?

- Claro! – Sorri. – Já volto!

Abri caminho entre as pessoas da festa, avistando o celeiro vermelho clássico um pouco mais afastado da casa. Nós havíamos feito um caminho com varais de luzes até ele, decoração da festa mesmo, que deixou o local simplesmente deslumbrante. Quando cheguei nas portas marrons da construção, vi um ramo de flores amarelas em cima de um caixote.

Flores amarelas são as minhas favoritas.

Alguém deve ter deixado aqui por engano, acho que tinha que estar em um dos arranjos de mesa junto com as outras flores. Então, o peguei.

Quando abri as portas do celeiro, eu dei de cara com um breu sem fim. Não dava pra enxergar nada lá dentro. Eu não me lembrava de onde ficava o interruptor, então, fiquei tateando as paredes de madeira por um tempinho até finalmente encontrar. Assim que todas as luzes se acenderam, arregalei meus olhos e tapei a boca, no susto. AI MEU DEUS! Eram flores, arranjos e pétalas que simplesmente não acabavam mais, gente! O local estava simplesmente decorado do chão ao teto, com flores brancas e rosadas, numa mescla perfeita de tons pelo chão e pelas paredes. Observei um tapete branco e cumprido, estendido pelo chão de feno, e, ainda sem saber direito o que estava acontecendo ali, resolvi seguir a trilha de pétalas. Eu não conseguia parar de olhar pra tudo aquilo! Era a coisa mais linda desse mundo. Passei a mão por alguns dos arranjos posicionados pelo caminho e senti o cheirinho gostoso de flor fresca. Era inacreditável!

O longo tapete me levou até o que seria o estábulo dos cavalos, mas agora, estava totalmente irreconhecível. Todo decorado, florido e repleto de velas amareladas, médias e pequenas, deixando um clima de encontro romântico ali. Continuei andando por ele, impressionada com tudo aquilo. Quem quer que tenha feito isso aqui, teve um trabalho do caralho! PODE APOSTAR!

As pétalas pelo chão me fizeram olhar pra alguns caixotes, estavam no final da trilha e, entre flores e caules, eu notei algo que brilhava em cima de um dos caixotes. Era dourado e brilhava conforme a luz batia sobre ele. Franzi a testa, me aproximando mais. Vi que era uma pulseira. A minha pulseira! Foi aquela que Justin me deu lá em Stratford e, quando a gente terminou, eu deixei com ele, porque não queria nada que me lembrasse de tudo aquilo. Segurei entre os meus dedos, com um sorriso bobo no rosto.

Esse otário sabe mesmo como amolecer meu coração. Impressionante.

- Tudo isso só pra devolver uma pulseira? – Gargalhei, falando sozinha. – Justin, você é doido!

Primeiro, Bieber planejou um jantar romântico à dois naquele terraço, e agora isso?! Olha, eu não sei o que o coma fez com esse cara, mas eu não quero que mude nunca mais, juro!

- Doido não. O pai é criativo pra caralho, Harper White. Me respeita.

Mordi meu lábio inferior, me virando na direção da voz masculina atrás de mim.

- Você não existe, homem. Não existe! – Fui até ele e lhe dei um selinho, sem conseguir parar de sorrir feito uma idiota. – Mas...pra quê tudo isso?! Eu sei do seu lado grandioso e tal, mas isso aqui...– Olhei em volta. – É insano, cara! Você deve ter gastado uma fortuna nesse tanto de flor! – Ri.

- Uma coisa eu descobri com isso aqui, gata, é que flor é uma coisa cara pra caralho. – Rimos juntos. – Mas, era uma ocasião privilegiada, né? Acho que merecia essa atenção. – Ele sorriu de volta, sem mostrar os dentes. Franzi o cenho.

- Ai merda! É nosso aniversário de namoro e eu esqueci?!

Perguntei, toda preocupada. Justin riu, negando com a cabeça. Fiquei mais confusa ainda!

O que seria tão importante pra uma coisa tão grandiosa dessas?

- De namoro não. Mas, pode virar aniversário de outra coisa, Harper White. – Justin respondeu, com sua expressão maliciosa. Eu sabia que ele tava armando alguma coisa! Sabia!

- O que você dizer? – Meu tom de voz se tornou desconfiado.

- Não que eu seja bom nessa parada de memorizar datas, mas acho que dessa aqui eu vou lembrar. – Ele riu, nasalar. – Até porque, não é todo dia que a gente fica noivo num celeiro, né?

Minha boca ficou seca como nunca na vida, e tossi alto, batendo no peito. Eu esqueci como se respirava e, por um momento, pensei seriamente eu sair correndo pra procurar minha bombinha de bronquite aguda. Dei um passo pra trás, em choque.

- Quê?! – Eu ouvi coisas. Só podia ter ouvido coisas.

Harper, tu tá muito doida.

- Teu estágio novo já começa no início do verão, e quem você ama tá aqui, a gente tá aqui, então, pra mim era a oportunidade perfeita. Genial, né? Eu sei. – O loiro se gabou. Vi ele ameaçando se ajoelhar na minha frente e comecei a chacoalhar minhas mãos sem parar, numa crise. Eu vou morrer, porra. – Relaxa aí, Harper. Não é o fim do mundo. Tu só vai se casar comigo. Vai dar certo. Ou alguma coisa perto disso. – Ele sorriu, realmente se ajoelhando. Bieber tirou algo do bolso do jeans, meus olhos identificaram uma caixinha pequena e azul, com um laço em cima. Ele abriu a tampa e...eu vi o anel mais lindo desse mundo na mão dele. Era prateado e fino, com uma pedra beeeem generosa em cima e duas pequenas de cada lado dele, como pontinhos de luz. Era a minha cara. Não dá pra explicar!

Mas, eu senti automaticamente que ele era meu.

- Você não tá brincando com a minha cara não, né? Porquê, se for uma palhaçada sua, a gente termina agora, Justin Bieber! Tô te falando! – O ameacei. Ele riu de novo. – ...Tá falando sério?

- Sério. Sério tipo um ataque cardíaco. – Justin piscou. – Então, Harper White, no meio de um celeiro em Baltimore, numa fazenda que nunca na minha vida achei que fosse descobrir que existia, que eu tô te pedindo pra ficar comigo. É mais do que ficar. Ser minha, de papel passado. O meu histórico com casamento não é lá dos melhores, mas como dizem, a gente acerta é na segunda vez mesmo. – Eu ri alto. Como é idiota... – Falando sério agora. Não achei que fosse querer me casar de novo nunca mais. Foi um erro que eu nem fodendo queria repetir. Mas você tem esse dom de virar a minha cabeça do avesso e me deixar todo retardado. Fazer o quê. Eu sou retardado por ti, é uma nova definição do amor. – Eu ri outra vez. – Eu sei que eu já dei uns vacilos bem feios contigo, já fiz muita merda, te enfiei naquele plano ridículo de dar balão na minha família e, funcionou tão bem, que eu dei balão em mim mesmo. Me apaixonei pela garota que eu contratei. É de foder, né? – Sorrimos juntos. – E quer saber? Ainda bem que eu fiz aquilo, caso contrário, eu não teria tido a sorte grande de ficar contigo. Tu sabe que eu não gosto de dar muita palestrinha, mas no teu caso, eu me esforço. Eu quero que tu saiba que eu não sou mais aquele idiota de meses atrás. Aquele cara que não queria saber de ninguém, só dele mesmo. Tu conseguiu tirar o melhor de mim, me fez sentir coisas que nem achava que fosse capaz de sentir. E eu não me orgulho do que fiz antes, mas me orgulho de ter insistido pra você topar. Foi a melhor coisa que eu fiz na vida, Harperzinha. Não dá pra imaginar a minha vida sem ti, na real mesmo. Tô sabendo que a gente não começou do jeito certo, mas podemos acabar do jeitinho que manda o figurino. E é por isso, e por outros mil motivos que eu vou omitir desse pedido, que eu quero muito te perguntar isso. Pra cacete mesmo. – Os olhos cor de mel lindos dele se fixaram os meus e ele segurou minha mão direita, a acariciando. – Harper Marshall White, tu quer se casar comigo?

Puta que me pariu.

EU NÃO TÔ NEM VESTIDA PRA UM EVENTO DESSES, GENTE! PELO AMOR DE DEUS, CARALHO!

O que eu posso responder depois disso?!

- Você fode com a minha vida, Justin Bieber. Você deixa tudo uma bagunça, me faz morrer de ódio de você, de amor e de preocupação, tudo ao mesmo tempo. Te conhecer foi quase ter um filho! E olha que o meu maior medo até hoje era ser mãe! – Ouvi a risada alta dele. – Mas, sinceramente? Eu quero muito passar esse nervoso com você. Devo ser masoquista. – Ri. – Eu te amo, Justin. Não existe um mundo onde eu não queira me casar com você! – Sorri, sentindo uma lágrima idiota escorrer pelo meu rosto.

É que me deu uma nostalgia doida, sabe? De tudo que a gente passou pra chegarmos aqui, e definitivamente não foi nada fácil, mas se serviu de qualquer coisa boa que seja, então eu não mudaria nada. Porque, se nada daquilo tivesse acontecido, nós não seríamos quem somos hoje.

Esse é meu momento Love Me Like You Do, dona Ellie Gouding. Me deixa!

- Tô preso contigo desde o dia que te eu vi naquele banheiro, Harper. – Ele encaixou o anel na minha mão. Lógico que serviu perfeitamente. – Não teve a porra de um dia sequer que tu não tenha ficado na minha cabeça. Um dia em que eu não tenha pensado, falado ou ficado em função de ti. E eu tô disposto à fazer o que for preciso pra gente dar certo. Eu vou lutar por isso até não dar mais, porque eu sei que é o certo. Tu foi feita pra mim, sua chata. Perfeitamente feita pra mim. Eu vejo um futuro muito foda pra nós. – Justin se levantou, ficando frente a frente comigo. – Eu te amo, Harper White. Dos pés à cabeça. Cada detalhe seu é tão perfeito que me faz sentir o filho da puta mais sortudo do mundo. Não dá pra acreditar. – Senti mais lágrimas vindo. Droga, eu devo estar com uma cara horrível de choro agora. – Eu te amo, garota. – Ele sussurrou contra a minha boca, limpando algumas das minhas lágrimas com seu polegar.

- Não vejo a hora de passar o resto da minha vida com você... – Sussurrei de volta. – Obrigada por me pedir em casamento hoje. Foi perfeito. – Sorri, fungando baixinho.

Fazer o quê? Eu sou uma Maria chorona. Se abrir a torneira, eu choro até amanhã.

Para, né gente. EU VOU CHORAR ATÉ ME DIZEREM CHEGA! Eu só queria um acústico do The Weekend aqui pra deixar esse celeiro mais maravilhoso ainda. Ou o Jeremy Zucker, a Julia Michaels, até o fofo do Lewis Capaldi, qualquer um que só de abrir a boca já me faz chorar igual uma pateta.

Como eu amo esse cara. Mais do que tudo no mundo.

- Obrigado por aceitar. – Ele riu, me dando outro selinho.

- Acho que precisamos falar sobre NY, amor. – Sussurrei. Eu não tinha nem voz pra nada agora, mas era preciso falar disso. – Com você lá em Atlanta, a gente pode fazer ligação de vídeo todos os dias, mandar mensagens de voz toda hora. Não me importa quanto tempo demore ou o esforço que eu tenha que fazer, não quero te perder de novo nunca mais. Nós podemos nos ver duas vezes por mês, ver seus pais no Natal, os meus no feriado de 4 de julho e tirarmos férias na páscoa. Vai dar certo. Prometo. – O abracei bem forte, colocando minha cabeça no peito dele.

- Era isso que tava te preocupando esse tempo todo, né? – Odeio quando ele lê a minha mente.

- Talvez... – Justin riu da minha resposta.

- Harper, se nem um tiro de UZI separou a gente, não vão ser mil e poucos quilômetros de merda que vão fazer isso. – Sorri, o apertando mais forte contra mim. – Vai dar tudo certo, sua chorona.

- Tá... – Ri, sem conseguir soltar ele.

Ouvi alguns suspiros e sussurros ao nosso redor e, quando olhei em volta, tinha uma baita plateia observando a gente ali. Aparentemente, TODO MUNDO DA FESTA já sabia dessa surpresa do Bieber pra mim, MENOS EU! Ri sozinha, acenando pra eles. Os convidados de Baltimore toda estavam aqui, inclusive, meus pais e minha avó. Todos estavam sorrindo e vibrando por nós dois. Sentia meu estômago desesperado com todas aquelas borboletas agitadas lá dentro. Isso tá mesmo acontecendo, Harper White. Não é só na sua cabeça.

Você realmente tá sendo pedida em casamento pelo homem da sua vida, no meio de um celeiro cheio de flores, velas e pessoas desconhecidas moradoras de Maryland.

Tem como ser mais incrível que isso? Ah, eu aposto que não.

Justin se levantou, segurou a minha nuca e me beijou com tanta vontade que meu pai precisou coçar a garganta pra gente parar! Eu ri, cortando o beijo. Os olhos cor de mel estavam fixos nos meus.

- DEUS SEJA LOUVADO! COMO EU PEDI POR ISSO! JÁ POSSO ATÉ MORRER EM PAZ! – Vovó Nancy gritou, agarrada na filha dela, e a perna do nada ficou tão boa que ela até largou a muleta no chão, Justin quase morreu de rir daquilo. – Eu vou ter bisnetos, Holly! Ouviu isso?! Minha única neta vai se casar! Que aniversário mais feliz! – Ela sorria de orelha à orelha. Eu amo essa doida.

A gente se beijou mais umas cem vezes, só pra se certificar de que estava selado.

Eu tô noiva. HARPER WHITE TÁ NOIVA, MEU POVO! Dá pra acreditar?!

Que se dane Nova York, Atlanta, ou o medo da distância e todo o resto! Eu sei que a gente vai dar um jeito! A gente sempre deu um jeito! Se o Justin tá se jogando de cabeça, eu vou pular desse penhasco junto com ele e nós vamos ser parceiros nisso até o final.

Justin estava certo quando disse que não se trata de como começa, mas sim de como termina.

Essa é simplesmente a melhor noite de todas.

 

XXX

- Na manhã seguinte. –

 

A animação da noite anterior foi tanta que até deixaram a gente dormir no mesmo quarto! Justin se mudou para o meu e nós tivemos a nossa própria festinha particular depois do pedido dele de casamento. Foi perfeito. Maravilhoso. Muito mais do que tudo que eu pudesse ter sonhado!

Nesse momento, estava olhando ele dormir tranquilão do meu lado. Esse homem é muito gato.

- Ei... – O abracei, carinhosa. – Precisamos ir tomar café, já são quase 10h. – Falei.

- Mais uns minutinhos só, babe. Tá tão bom aqui. – A rouquidão matinal dele acaba comigo.

- Vamos ou todo mundo vai vir aqui buscar a gente. Você conhece a minha família. – Ri.

Foi só eu acabar de falar e nós ouvimos batidas fortes na porta. Escondi meu rosto nos travesseiros, já prevendo a baderna que esse quarto viraria. Justin riu baixo e segurou minha cintura, colando nossos corpos. Nós demos um selinho rápido de bom dia.

- Bom dia, casal apaixonado! Nós trouxemos o café até vocês! Podemos entrar? – Era a voz da minha madrasta, toda contente.

- Cafezinho na cama? Assim eu fico mal-acostumado, Holly.

Justin riu, depois de falar pra eles entrarem.

- Sabem, meninos...é que eu e Marcus estávamos pensando, né Marcus?! – Holly deu um empurrãozinho no marido, que concordou. – Já que a Harper vai mesmo pra Nova York no início do verão e vocês já estão noivos, porque não se casam de uma vez?! – Disse, sorrindo sem parar.

Engasguei na mesma hora com o café que eu tinha acabado de dar um gole e Justin precisou bater nas minhas costas pra minha tosse amenizar. Meu Deus do céu.

- “Casar de uma vez”? Como assim?! – Perguntei.

- Pra que esperar mais? Fiquem por aqui mais um tempinho e se casem nesse fim de semana! Que tal? É uma ideia maravilhosa, querida! Todo mundo por aqui adorou! – Holly comemorou.

Justin e eu nos entreolhamos, de olhos arregalados.

Puta merda.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


KKKKKKKKKKKKKKKK E COMO SEMPRE, A FESTA VIRA UM DESESPERO!
Se não fosse assim não seria os dois. Simples assim.

Justin, se vc quiser me pedir em casamento no meio de um celeiro, a tia aceita tb, tá bom?
Harper, eu te amo muito, porra kkkkkkkkkkkkk cada palavra que sai da boca dessa mulher é uma obra de arte, gente. Ela vem da parte mais engraçada do meu cérebro! Sem condições!

Nossos encrenqueiros estão noivinhos. Pattie e Jeremy vão infartar de felicidade...
Harper White é tipo nosso bebê que mal saiu do ninho e do nada tá quase casada! Gente, que que eu perdi? <3

Como eu atrasei pra postar esse cap amores, não se preocupem! O capítulo de amanhã vai sair normalmente, tá?
Provavelmente de noitinha! E TÁ BABADO!

Beijinhos, xuxus! Até amanhã!
<333333333


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