1. Spirit Fanfics >
  2. My only someone >
  3. "Decimo Oitavo Ato"

História My only someone - "Decimo Oitavo Ato"


Escrita por: Thouka-chan e Oscarchorro

Notas do Autor


Olá....

Vamos nos falar nas notas finais.

Boa Leitura meu povo lindo.

Até lá em baixo!

Capítulo 19 - "Decimo Oitavo Ato"


Fanfic / Fanfiction My only someone - "Decimo Oitavo Ato"

Após aquela bombástica noticia à tarde do mesmo dia, qual foram, todos os empregados mais antigos e confiscos do castelo, reunidos por Midorima.

O fatídico dia e semana haviam começado. Contando todos que estavam envolvidos na viagem, não davam mais que dez.

Criados, guardas e mordomos. Todos eles com a maior ordem já dada. Total sigilo. Nem mesmo para seus parentes ou para algum outro empregado do palácio. Todos tinham esse restringimento.

 

Correria à passos rápidos,   cochichos pelos cantos e muitos afazeres. Kuroko como mordomo pessoal tratava unicamente do que envolvia Akashi, ou seja, suas roupas, pertences, e o que de mais pessoal o ruivo queria levar. As cozinheiras fizeram inúmeros petiscos leves para a travessia e carpinteiros do próprio castelo fizeram os últimos ajustes na carruagem discreta e sem brasões do reino. A caixa de coloração amarronzada simples por fora e luxuosa por dentro, tendo bancos almofadados com veludo vermelho e cortina da mesma cor nas janelas, impedindo total vista de quem estava por dentro.

Todos sabiam que a jornada não era deserta, passariam por sete cidades até chegarem a famosa capital de Nayoro. Mesmo que o reino capitalista fosse subdesenvolvido e a maioria dos produtos viesse de Hokkaido, era conhecida por sua abundância e ostentação.  Mas tudo isso, todo esse luxo estava se esvaindo. Os rebeldes estavam fazendo realmente um belo estrago no que se referia a questão vandalismo. E estava mais do que visto pelo povo que sua principal ação era tomar o controle dos Três Grandes Reinos, bem, era isso que todos pensavam... Era nisso que os rebeldes arruaceiros queriam que todos pensassem e estavam conseguindo. E era, também, sobre isso que Seijuurou iria tratar com seu grande e literalmente grande amigo Atsushi Murasakibara, o Rei de Nayoro e dominante da capital.

 

***

Embora estivesse trabalhando dobrado todo esse tempo, Kuroko estava feliz, ganharia duas semanas de “Férias”. Sim, para seus sentimentos e o coração. Pois como seu senhor iria viajar, ele ficaria no castelo, felizardo não?

Pobre garoto.....

 

Ninguém tinha o contado sobre esse detalhe muito importante, e se soubessem que fora o príncipe que pedira por isso, esse segundo sigilo de Midorima que não ficara nada alegre com a noticia, já que seria responsável por, não uma, mas sim, duas vidas, além do que também se importava com o garoto azulado e sabia que ficar sozinho em uma carruagem por tanto tempo e naquele reino que memoriza coisas tão horríveis para o ruivo, ele não demonstrava, mas zelava pelo mordomo. Que a ingenuidade e inocência continuassem quando ele voltasse, pelos céus, que os Deuses o ouvissem.

  Já esse, que se aprontava para passar umas semanas de sossego ao lado do amigo e sua irmã, já bem melhor graças ao filho do imperador e ao médico, não deixando Misaki de lado, ela fizera uma lista de alimentos e um cardápio balanceado para Yori, e Kise nunca seguiu algo tão a rixa quanto seguia aquelas recomendações culinárias. 

Aos poucos sua vida voltava ao normal, como se aquela maldita doença já não existisse, e essa nova dieta fosse algo do seu dia a dia.   Não se importou quando saiu daquela sala branca, enlouquecedora, de mãos dadas com sua irmã. Agradeceu imensamente ao médico e ao príncipe, mas nada ao homem que lhe apoiou. Aquele pervertido que consolou-o, que o defendeu e distraiu nas horas de agonia antes e depois da tirada de sangue. Que conseguiu as ultimas palavras da irmã antes do demasiado sono ou que lhe trouxe uma maça quando não tinha comido nada. Ele fora um verdadeiro ingrato. Mas em sua cabeça, Kise acreditava fielmente que esse moreno queria somente seu corpo, teria só uma divida que cedo ou tarde teria que paga-la, daria seu corpo à ele, e assim, tudo estaria quitado. Sem sentimentos.

Para esquecer disso, que por hora, deixou olvidado de sua mente, focou em seu trabalho no Bataclan, tinha aglomerado muitas faltas, e as horas extras vinham o cobrando por mais tempo dedicado a si. Fora que, Kuroko vinha lhe dando uma noticia maravilhosa, o que visitaria com mais frequência nas próximas duas semanas. Que ajudaria a cuidar da loirinha e passaria mais tempo com Momoi e seu melhor amigo.

 

Alimentando uma esperança que claramente não vingaria....

 

***

 

Com o pouco tempo sobrando, quando os três se juntavam, era conversa jogada fora, Aomine e Midorina desfrutando de um vinho importado, da adega particular do rei, quem diria. Ultimamente Akashi estava com um bom humor surpreendente. Bem, levando em conta que levaria SEU mordomo, que conseguira o primeiro beijo dos intocados lábios e logo, tiraria o cru daquele corpo inocente. Tudo estava como em um sonho. E o problema que enfrentaria no Reino vizinho os deixaria para resolver quando chegassem lá.

Mas como tudo tem um porém, Aomine, já mais alterado com o vinho desprendeu a língua que a tempos estava parada. Despertando um assunto polemico.

 

- Claro que o primeiro beijo de Tetsuya fora meu. – declarou com um sorriso nos lábios, convencido do que dizia.

 

- Não acho que isso sege verdade. – comentou o garoto de olhos verdes bebendo mais um gole do vinho em sua taça.

 

- Não fique convencido, não é por que deu um beijo no garoto, que foi o primeiro dele. – debochou Aomine.

 

- Esta bem na cara que sabem de algo que eu não sei. – questionou-se pela forma que duvidavam de si.

A conversa estava realmente muito boa e descontraída para Akashi omitir seu feito, ele se vangloriava por saber que os lábios da Tetsuya tinham perdido sua virgindade com os seus próprios. Mas também tinha plenamente ciência que seus amigos escondiam algo dele.

 

- Ahh, Não acho que seu tão inocente mordomo sege assim... sem total experiência. – menoscabou novamente Aomine, rindo e memorando das palavras da mãe do garoto.

 

O ruivo arqueou uma sobrancelha, tudo bem que não ia com a cara dos amigos de Kuroko, mas.... Kise teria mesmo o beijado? “Não” repetia. “Ele não”

 

- Por favor – lufou o ar – ele é acanhado demais para beijar qualquer um. – voltou a trovar com os dois, impondo seu pensamento.

 

O moreno riu alto e Midorima já estava prevendo o rumo dessa conversa, se  esse generalzinho colocasse todas as suas rezas e vistorias dos signos a perder por uma palavra ele o mataria com suas mãos.

 

- “Qualquer um”?  Tá louco, ele tinha namor....ngh – o mais alto o calou com uma pisada em seu pé, deixando o futuro rei ainda mais encabulado.

 

- Ele quis dizer que Kuroko tinha alguém especial para si. – remendou a frase. E logo completou – Mas nós não sabemos quem é. – dou por encerrada. Não era segredo para ninguém que Akashi era bastante, para não dizer maníaco, por possessão. E o homem de olhos aspargo tremia só de imaginar o que esse faria se soubesse que o azulado já havia namorado.

 

- Ainda acho essa teoria um pouco contraditória. – comentou, contudo abismado, isso seria mentira, ou pelo comportamento dos amigo estava mais para uma verdade.

 

Após o míope se afastar do General que lhe olhava com um olhar mortal, e que por pouco não deu com a língua nos dentes, tentou mudar de assunto assim que viu Akashi estar com a taça vazia.

 

- Vem cá, e você? Quando irá contar para o garoto que ele irás contigo? – perguntou intrigado.

 

- Oras Shintarou, amanha de manhã. Então tirara o dia inteiro para arrumar suas roupas e pertences.

 

- Mas ai só faltara um dia. – Aomine se preocupou com a falta de semancol do príncipe. o menor teria que correr contra o tempo para fazer tudo relativo a si mesmo.

 

- Por isso mesmo. – falou como se fosse o obvio. – ele só poderá avisar a mãe, que ironicamente já sabe que ele irá comigo, fora isso, mais ninguém. – serviu mais um pouco do vinho no objeto de crista polido e vendo o liquido avermelhado ser despejado ali, sorriu. Seria divertido ver a expressão de aversão para com sua viajem.

E com essas palavras Daiki e Midorima se calaram, pois estavam abobados graças à maquiavelice de seu soberano. 

 

Com esse pensamento, fizera seu mesmo jogo de encenação o resto do dia. O pouco que se falavam, embora não houvesse nem uma indiferença entre eles, já era muito. Claro que sempre uma conversa com Seijuurou, resultava em olhares maliciosos e até tentativas de beijos frustradas, mas não é como se a relação avançasse.

Kuroko com muito cuidado para não se atrasar no horário novamente, pois, Reo o conseguiu deixar inseguro de seu posto, por mais que o mordomo de olhos jade tenha sumido um pouco e apenas aparecido para o jornal ou cartas, o azulado já não sabia dizer. Estava passando tempo de mais no quarto grandioso e de cores escuras para pensar no mundo a fora. Mas tudo isso passaria nas semanas seguintes.

 

Pensava ele....

 

No dia que se procedia, as 06:00 a.m como sempre, estava lá, ele arrumando o banho cheiroso com sais dos mais diversos como Akashi gostava.

Já o ruivo, em sua cama, com seu pijama habitual, camisa e cueca, exibia um sorriso no rosto, que invejaria o próprio Kise, além de saber que hoje contaria “A noticia”, tinha lido a carta que deixou por muito tempo esquecida e lhe dizia, de vera, o melhor informe. Aquele não estria no castelo. Sim, estaria visitando a família. Aquela praga não o importunaria e claramente não sabia de sua romagem. Só isso, acabava com mais de 95% dos problemas do dia. Agora era só comunicar...

 

- Tetsuya? – o chamou.

 

- Sim, Akashi-kun? –perguntou do banheiro que estava com a porta aberta.

 

- Tenho um comunicado para te fazer. – avisou preparando o terreno.

Ele levantou da cama e caminhou sem se importar com o frio que fazia longe de suas cobertas. Andando até a sala enevoada pela água quente, o menor lhe encarava esperando o aviso que viria. Sua calda dançava ao movimento suave e suas orelhas pontudas estavam bem erguidas.

O mais alto caminhou até ficar mais perto desse e se apoiou na banheira.

 

 - Amanhã você viajará comigo. – por fim sussurrou – só nos dois...

 

O garoto de cabelos ciano engasgou, ele não sabia se era pela forma que tinha sido dado esse informe ou pela própria noticia.

 

- O-oi? N-não.... Está brincando não é Akashi-kun. – perguntou tenebroso – Q-quer dizer, não tem como assim, tão em cima da hora. – sua voz denunciava seu espanto.

 

- O que foi? Acha que eu estou mentindo? Esqueceu que o mentiroso aqui é você? – achando a atitude desse garoto adorável, como ele poderia ser tão ingênuo. Se aproximou mais ainda. Esse continuava parado, não tinha digerido o que acabara de ouvir. – O que foi? O gato comeu sua língua?

 

Perto de mais, roupa de menos, gostoso de mais, raciocínio de menos.

 

O menor começou a descompassar, a voz, o sorriso, a aproximação, nada disso sortiu o efeito que surtiria em qualquer pessoa na sã consciência. Mas ele estava longe dela, estava bravo.

 

- Como assim, - deu um passo para trás empurrando o ruivo com a mão e franzindo o cenho ao olha-lo. – Eu tenho que avisar minha mãe, arrumar minhas roupas, decorrer doze horas viajando com você e ainda por cima, possuo menos de um dia para organizar tudo que levarei para passar duas semanas o servindo, sendo que meu dia se pagamento é amanhã. Estou certo?

 

O mais alto cruzou os baços no peito o fitando – Sim, está. – não gostou nem um  pouco de como o inocente se referiu a ele como “você” e tão desdenhoso. Ele iria fazer o menor implorar por sua companhia.

 

- Sem chance. – negou com a cabeça, desfazendo a carranca do rosto – Não tem como. Eu tinha outros planos...

 

- Ah... – fez-se de surpreso – então queria tirar férias de mim? – sorriu sabendo exatamente que era isso que o outro faria. – Mas não vai. Estará grudado há mim até minha morte. – ironizou.

 

- ou a minha...- murmurou baixo. Não dando para o outro lhe escutar.

 

- Sobre os empecilhos. Hoje o guarda lhe levará o pagamento do mês, sua mãe já sabe que tu iras comigo e já disse que o teu dia é de folga. Não irei te chamar para nada. Fique tranquilo. – falou tudo com a maior cara de pau, mostrando o quão fácil são as coisas.

 

O menor estava calado. Sua mãe sabia? E não lhe contou nada. O que aquela mulher o escondia? Claramente seu senso de mentir não veio dela, mas estava muito aturdido. Akashi tinha planejado tudo, nos mínimos detalhes, quantas pessoas sabiam que ele iria ir junto e riam em suas costas?

 

- Akashi-kun... – sussurrou ainda meio perdido. Tudo que o outro fizera era por que o queria perto de si? Gostava de sua companhia? Ele já estava por acreditar que sim. E talvez, mas só talvez, ele quisesse ir nesse viajem acompanhado do ruivo.

Sentimentos tão puros, alma tão ingênua que não acreditaria que tudo que Seijuurou fizera era para ver sua cara hilária de espanto, por ciúmes e despeito.  

 

Como contrariar uma ordem vinda diretamente do príncipe? Ele viajaria, não mostraria que até ficara entusiasmado com a ideia de sair do castelo, da capital e conhecer outros lugares. Porem, mais que tudo, estava bravo e indignado, tanto com o seu senhor quanto com sua mãe, se isso fosse um plano dela para ele ficar perto do ruivo, essa mulher tinha que tirar agora essa ideia da cabeça. Mas como já dito, aceitou...

Fora um dia corrido, tanto para ele que tinha muitas poucas roupas diferenciadas das vestes brancas e preto que iria levar, quanto camisas social e desportivas.

Afinal, o dia passou como o garoto de cabelos vermelhos prometera, não o chamou nem requisitou sua presença, ganhou o salário mensal do qual fora sua maior alegria, poderia gasta-lo um pouco na travessia, e reprimenda-ou sua velha Misaki por todo que havia feito.

 

Agora ele estava ali, na carruagem emadeirada, acolchoada ao lado do príncipe, com mais de três horas de viajem constantes.

 

 

Se arrependimento matasse, tetsuya já estaria morto. Ele, o amigo despreocupado com  despedidas, nunca conseguia avisar absolutamente ninguém, seus amigos eram prova disso.  “E minhas duas semanas de férias?” perguntava-se olhando para fora das janelas. “Kise-kun irá me matar.... Momoi-san irá me sufocar....” seus pensamentos o rondeavam.  O sol ainda não havia nem nascido, saíram bastante cedo do palácio para não pegarem movimentos nas ruas que ainda era madrugada, 03:30 a.m. para ser exato e a preguiçosa bola de fogo espacial não deu as caras, já sendo 06:24 a.m. Não precisava nem olhar para o lado que sabia, embora o silencio fosse confortador, ele não estava sozinho, tinha a douta que menos que 30 centímetros outra pessoa lhe acompanhava dormindo.

Kuroko não tinha a destreza de encara-lo, desde que estraram, ambos se sentaram um em cada janela, olhando atentamente o breu de fora. O frio era incomodo, mas os casacos quentes que ambos usava tudo mais aconchegante.

Com o balanço do andar acelerado da caixa com rodas e somente a respiração sendo ouvida pelos dois, Akashi “dormiu”, ou fingiu dormir para não intimidar o outro que estava tão calado aquela hora.  Também, quem gostaria de ficar tagarelando as 06:00 da manhã? Claramente não era o caso do menor.

Remexeu-se um pouco no banco, não negaria que era muito confortável. Refez a lista de coisas e acontecimentos desde a hora que acordou para embarcar até agora.

Tudo estava Okay.

 

Lembrou-se da mãe que lhe levara até a porta do veiculo que usaria como transporte e do beijo na testa recebido. Toda a malandragem na fala de ontem à noite tinha sumido.  Todas as insinuações e risadas dadas por ela agora deram lugar ao um ar preocupado. Kuroko não entendeu, estava longe de entender, pois não era responsável por uma vida em seus braços.  Ele desconhecia esse sentimento de saber que estar a perder algo que o pertence. Misaki, por outro lado, já enfrentara isso duas vezes, e agora assumia que seus criança estava crescendo e deixando seu ninho. Seus braços. Ela se repreendia, isso era proteção de mais, mas ver seu filhote crescer tão e caminhar para longe era doloroso. Por duas semanas ele não poderia voltar para seu quarto e afagar seus cabelos, nem reclamar se a coluna da mulher estava envergando, ele estaria por si só, vivenciando, não pela primeira vez, a liberdade de conhecer e fazer descobertas sozinho. Mas o que ela queria ignorar e não conseguia era a verdade. Aquilo não era um passeio. Era uma ida para o inferno. Onde os rebeldes atacavam dia e noite, tanto que precisaram chamar reforços, e tinham metido seu filho naquele campo minado.  Rezava ao seu Deus que tudo ficasse bem.

 

Por muitos minutos ele também se lembrava, aquilo não era um tour, ou um passeio turístico. Ele estava indo à, unicamente trabalhar. Servir  Seijuurou e todos seus fetiches. Tá bem, isso saiu com duplo sentido, mas em sua cabeça não havia como maliciar obrigações. Largou um suspiro.

 

- Ficara com olheiras o resto do dia. – resmungou baixo o príncipe. – deveria ter dormido.

 

- Não consegui.... – soltou mais uma vez o ar. – acho que estou ansioso. – declarou.  Akashi abriu os olhos que estavam fechados e o encarou.

 

- verdade. É sua primeira vez saindo da capital, certo? – Aquilo soou mais como uma afirmação, mas assim mesmo, ele confirmou.

 

O ruivo descruzou os braços e os esticou, mostrando que sua coluna estava cansada daquela posição. Olhou para fora por uma fresta da cortina.

 

- Logo, chegaremos a primeira cidade, mas essa contornaremos, ela é muito pobre, é quase como só um vilarejo, mas na próxima tomaremos nosso café. – Avisou.

Kuroko lhe olhou perdido, como diabos ele sabia o tempo que demoraria para chegar em algum lugar, sendo que nem relógio tinham e estava por acabar de acordar. O outro, percebendo a perdição, sorriu.

 

- Com a pastagem Tetsuya. Somente vilarejos tem essa pastagem mais seca, e também o sol, por sua altura e claridade. – explicou.

 

- Nossa. – comentou admirado, não sabia que era possível. Talvez alguns cientistas ou pesquisadores, mas não Seijuurou.

 

- Tenho muitos dotes – idolatrou-se – e você, algum “poder especial”?  - perguntou em tom de divertimento.

 

- Sei carregar duas bandejas com quinze taças de cristal cada uma, sem cair. – sorriu entrando na brincadeira.

 

- Incrível. – ironizou  - sei duelar com espadas – contrapôs

 

- Sei preparam um banho com sais, ótimo. – declarou rindo

 

- Sim, com isso eu concordo. Mas seria melhor se tivesse um Tetsuya de acompanhamento. – riu com o comentário e o menor corou. Era muito cedo para Akashi já começar com seus joguinhos de insinuação.

 

- Você estragou a brincadeira. – voltou a olhar para a janela. Vendo algumas árvores distantes e mato.

 

- Por que eu queria brincar com algo melhor. – provocou ainda mais, rindo da expressão deduzida que esse tinha, pois sua calda estava batendo nervosamente no estofado vermelho.

 

Como dito por Akashi, logo fora vista as casas do vilarejo, sim, era considerado uma cidade anã, esse era primeira, logo viriam mais seis. O ruivo já sentia seu estomago revirar, estava com fome e torcia para que não roncasse ou fosse percebido, odiava quando não conseguia controlar o estado do próprio corpo.

Admirava Tetsuya por sua imersão ao lado de fora, parecia um filme rodando naquela janela, que se perdesse algum pedacinho, não entenderia a história toda. E por segundos pensou, como seria passar dezoito anos de sua vida sem sair da mesma cidade onde morava? Como seria passar os dezoito anos sendo subordinado de seu pai? Dezoito anos sem... amar ninguém.... 

Olhou o menor de soslaio, prestando a atenção na aparência juvenil, nos olhos azuis que antes tão escuros com a penumbra, agora ganhavam a cor do mar. Ele já amara alguém? Fez-se está pergunta.

 

Com o passar das rodas na estrada, o amontoado de casas ficava para trás, o barulho era inaudível e o único cheiro que sentiam era terra molhada do sereno e pasto verde. Kuroko nunca havia sentido cheiro assim antes. E por mais estranho que pareça, deliciou-se com esse.

Com o sol já mais alto, ambos esperavam a chegada da segunda cidade, onde completariam 04:00 horas de viajem sem parar, e os cavalos precisariam de um descanso, tanto quanto os seres que ali estavam sentados.

 

- Tetsuya, posso te perguntar algo? – chamou Akashi com a voz distante em quanto o menos estava debruçado na janelinha contornando a madeira envernizada.

 

- Pode! – olhou-o com um sorriso logo o desmanchando. O semblante do ao seu lado estava serio, deduzindo que era algo importante.

 

Para falar a verdade, não é como se o príncipe tivesse esquecido aquela conversa com seus amigos, Shitatou e Daiki pregaram algo muito contraditório à sua mente. Ele escolheu deixar quieto, mas agora era a hora divida para isso. Para essa questão ter um fim.

 

- Nosso beijo –começou – fora seu primeiro?

 

O menor desviou o olhar, aquele assunto era particular demais para comentar. Mas já teria ele falado tantas coisas que não deveria. Essa seria só mais uma.

 

Que seria decepcionante....

 

 - Não. – respondeu – Não foi meu primeiro.

 

Estava resolvido, realmente aqueles dois sabiam de muito mais que ele. Akashi queria que nesta viajem ficasse sabendo muito mais que os dois juntos.

Confirmou com a cabeça e olhou para menor.

 

- Bem, não importa – falou menoscabado atraindo o menor de um jeito desorientado. – Sei que o meu foi o melhor.

 

- Diminua seu ego Akashi-kun. – revirou os olhos – Ele não ira caber na carruagem. – aconselhou batendo o rabo na perna e cruzando os braços.

 

Chegando na segunda cidade, tomaram o café e anotava, nunca comer na frente do futuro rei, Kuroko foi compadecido com repreensões sobre sua falta de entusiasmo para comer, já que Seijuurou não comeu menos que dois sanduiches incrementados e café, bastante café.

Assim que os cavalos descansados, seguiram viagem. O trote de ambos os dois garanhões era mais lento do que de inicio da alvorada. Agora o transito era mais intenso e até arriscaria, perigoso.

Não negou olhar para os olhos brilhantes de entusiasmo, nunca vira seu mordomo tão infantil. Com um sorriso que não cabia no rosto, o livro no colo nem lido era, pois o céu e plantações alvoroçadas chamavam-no mais a atenção.

A estrada pedregosa, em seguida iria ficando mais lisa e suave, isso devido o trafego de carruagem, cavalos e chuva. Sempre chovia muito esta estação do ano.

Assim que Tetsuya percebera que à segunda cidade não era nada comparada com a primeira, a terceira era muito maior que à segunda. Grandes plantações e muitos casarões onde recolhiam as sementes cultivadas e vendiam para o mercado.

Já o mais alto, como muitas vezes um bom professor, explicava as plantações e para que muitas daquelas inovações da época serviriam.

 

E assim passou-se mais, mais e mais algumas horas. Pararam novamente para que os cavalos descansassem e eles esticassem as pernas. O cocheiro que muito pouco dizia, informava que brevemente chegariam. Almoçaram alguns alimentos leves e o menor se esforçou para comer o que lhe era oferecido. Embora comer em estradas não agradasse nem um pouco o príncipe, percebia sua cara de desgosto por comer lanches. Ele era mais de parar em um restaurante ou cantina para se alimentar. Mas era perigoso ser visto perambulando por cidades vizinhas sem guardas por perto.  Já Kuroko se divertia com a citação nunca antes experimentada.

Nessa altura da jornada, eles já haviam atravessado a fronteira entre um Reino e outro, que era separados por um Rio extenso e volumoso. A entrada da ponte simplória era linda e a travessia era suave. O menor era como se quisesse fotografar essas imagem em sua mente para depois relatar à sua mãe.

 

Ah... Sua mãe. Como ela estaria agora?

Deixando esse pensamentos de lado, seguiu a lobrigar o lado de fora.

 

E quando menos esperava, após mais uma perpetua estrada pedrosa avistou os casebres de inicio. Animais gordos e fastuosos.

Mais meia hora e avistaram casas, o centro mais movimentado e ponteando logo ao norte, em uma elevação da capital de Nayoro, um castelo como os de antigamente. Telhados avermelhados e paredes marfim, portas monstruosas cores acobreadas. Era aquele o lar do rei Murasakibara, onde somente ele estaria o esperando.

 

- Bem vindo Tetsuya. – comentou tirando a atenção abobada do menor para com à paisagem. – Bem vindo a Nayoro.

 

 

 

Continua................


Notas Finais


Bem....
Olha eu aqui!!

Esse capitulo, eu estava trabalhando nele à algum tempo e como devem ter percebido, não saiu exatamente como e queria. Mas estava com problemas e isso resultou em um significativo atraso.

Não sou muito de prestar explicações, porém, acho que vocês merecem.

1º: Não esperava que o inicio das aulas fosse tão corrido, imaginava coisas leves e revisão de anteriormente. Mas não, vieram com um pedaço de pau e espinho batendo na lerda aqui e o raciocínio ficou para trás.

Eram muitas coisas que eu tinha para fazer, fora algumas tretas familiares, cês me entendem não é...

2º: Gente crise de criatividade é foda. Porra. Não saia nem uma frase se quer. Nunca havia passado por isso e agora sei como é....

3º: Se tiverem preguiça de lerem tudo isso e forem para o final, Eu estava em coma!!! hihihihih

Agora um assunto serio. O que acharam do cap? Eu sei que não é o que VOCÊS esperavam, mas era preciso. Como sempre.

Há.... e outra coisa, posso não postar com tanta frequência agora em diante, como duas vezes por mês ou uma, mas sempre irei arranjar um tempo o mais rápido possível para lhe entregar esse capitulo, por que nos próximos virá pegação...... quer dizer discussão.

heuheueh

Beijimmm e até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...