História My Personal CrossDresser - Prólogo

A música alta e as diversas luzes coloridas estavam deixando meus olhos ofuscados. Ainda não acredito que Zayn me arrastou até aqui, plena sexta feira trabalhei o dia todo e tudo o que queria era ir para casa e descansar. E ainda por cima o idiota me deixou aqui sozinho.
     Sentei em um dos bancos do bar, dando um longo e profundo suspiro. A última coisa que eu quero é encher a cara em uma boate, mas não me sobraram muitas opções. O barman é loiro dos olhos azuis, é ate bonitinho mas não faz meu tipo.
     - Dia difícil? - o vi colocar um copo sobre o balcão, é o encher com whisky.
    - Você não faz ideia. - entorno o copo de uma só vez. Aquilo desceu rasgando, essa é a consequência de quase nunca beber.
Coloquei o copo de volta no balcão. Ele voltou a encher, mas dessa vez ele colocou dois dedos a mais.
     - Se esse é o caso...
    - Você até que é gente boa - peguei o copo de novo, mas dessa vez não bebi de uma vez.
     - Vou levar isso como um elogio.
     - Leve como bem entender.
     Ele deu de ombros voltando sua atenção ao palco, onde uma dançarina semi nua se retirava. A Música mudou para algo mais lento e excitante
     Um garoto usando bandagens pretas sobre os olhos, deixando a mostra somente um pequeno vão, onde os olhos azuis mais vividos e bonitos que já ví se sobresaiam. Ele usava uma única pesa, uma calcinha de renda preta.

Ele começou a rebolar a bunda farta, acompanhando a música em um ritmo sensual, mostrando bem suas curvas, e a cintura fina.
    Haviam cinco cadeiras no palco, ele dançava em volta de uma sensualizando, outros dançarinos foram entrando no palco e todos sentaram nas cadeiras e rebolavam, mas meus olhos não saiam do garoto, ele era o único que usava venda, me pergunto se é para manter a identidade desconhecida, ou só mais um sexy appeal.
      Meu corpo inteiro estremeceu. Eu tinha vontade de apertar sua bunda redonda, é deixar as marcas dos meus dedos em sua cintura. O que é estranho já que pessoas desse tipo me enojam profundamente.
Sem que eu percebece soltei um gemido baixo. Mas alto o suficiente para o barman loirinho escutar de onde estava.
     - Para o seu azar ele não faz programas, ele vem e dança mas é só. - o olhei espantado, muita gente deve querer esse garoto para, para o barman chegar a essa conclusão, ou será que deixei tão na cara assim.
     - A não, eu não estava pensando em... - Seu olhar fez eu me calar, o desdém em seus olhos, era tamanho que tive certeza de que ele sabia, sabia que eu estava mentindo. - Tudo bem, eu estava pensando, mas não passa disso.
     - E por que não? Lou pode te dar um serviço especial, você é bem bonito. - seus olhos passaram por meu corpo até onde foi possível.
     - Não obrigada. Eu nem queria estar aqui, fui arrastado.
Ele assentiu e se virou para servir outros clientes. Eu voltei meu olhar para o palco, o garoto de lindas curvas já havia terminado seu show. Bebi mais um pouco, e logo fui embora, com certeza vou matar Zayn por me largar aqui sem carro e sem carona, e agora com uma ereção, vai ser maravilhoso pegar um taxi assim.

Eu podia estar em casa dormindo, mas não eu estou na porra da minha impressa entrevistando pessoas para uma vaga de emprego que eu nem sabia que estava aberta. Liam deveria estar aqui, não eu, mas ele me disse que não poderia vir sem dar mais explicações. Sinceramente eu preciso arranjar amigos novos, e demitir todos eles, nem parece que eu sou o chefe dessa merda toda.
Melhorando meu sábado muito maravilhoso, eu não conseguia parar de pensar naquele garoto de ontem, e principamente naquela bunda gigante.
     Olhei os currículos em minha mesa, faltavam apenas seis pessoas, suspirei e mandei entrar a próxima. Era uma mulher loira e esguia, usava uma saia justa e uma blusa decotada que valorizava bem seus seios.
    - Sente-se - apontei, e ela prontamente o fez - qual seu nome?
     - Taylor - ela me olhova tanto que eu já estava só os ossos.
     - Certo, Taylor vamos ao que interessa.

De todos os os candidatos a mais complacente é Taylor. Ela tem um jeito oferecido, mas parece trabalhar bem. Acho que vou contrata-lá, esse é meu desejo mas infelizmente ainda tenho um candidato para entrevistar.
    - Entre - o tédio em minha voz já era perceptível.
      A porta se abriu e um garoto que não devia ter mais que 1,65 entrou. Ele usava um terno preto como o meu, e os olhos azuis me eram muito familiares.
      - Qual seu nome garoto? - ele se sentou a minha frente, parecia um pouco nervoso, é também transpirava.
     - Louis Tomlinson, senhor - sua voz é tão suave. Esse garoto me intriga.