História My prince - AU - O plano de liberdade

*Sebastian:

Acordo cedo, hoje será um longo, longo e complicado dia.

Reviso meu plano mentalmente, novamente antes de ligar para takashi, um dos meus amigos do antigo colegio.

"Vocês estão prontos?" - pergunto a ele, por ligação ainda no meu quarto.

"Sim cara, pode vim quando quiser"- ele responde entusiasmado, a personalidade dele não mudou nada.

"Sério, muito obrigado"- digo sincero, nem todo mundo aceitaria fazer oque lhe pedi.

"Nah, não precisa agradecer, você já fez muito por nós só estamos devolvendo o favor " - Ele responde gentil

"Ok, passo ai no final das aulas, fiquem no passeio para que eu veja logo vocês"

"Ok, bye"- Ele desliga.

Após me arrumar, e tomar café vou ao Colégio, onde de tão ansioso nem me importei com as importunações, ou mesmo com as aulas, mas ninguém nessa escola liga mesmo, nem os professores, sem ao menos falar ou ver Ciel, saio da sala e logo depois do Colégio, pego um ônibus que passava no ponto a um quarteirão, desembarcando no meu antigo Colégio a alguns bairros de distância.

Não tinha mudado nada, não era tão ruim, mas tava longe de ser ótimo, era pequeno comparado ao meu atual Colégio, as cores eram simples e a tinta meio desgastada, e os estudantes eram normais como eu, não tinham todos aqueles adereços e requintes mas eram sorridentes e gentis, bem nem todos, mas com certeza mais do que os do que da Phantom, isso me deu um pouco de nostalgia e saudade, até queria cumprimentar todos os meus amigos mas não tinha tempo a perder.

Ao lado de fora sentados na calçada estavam Hiro, Ryou, Haru e o Takashi que foi o primeiro a levantar e me dar um caloroso abraço.

- E então, como estão? - pergunto a todos

- Beeeem, senpai- eles respondem em uníssono.

Eles eram alguns estudantes mais novos e delinquentes, que eu ajudei a passar de ano quando estudava aqui, já que sempre ficava em primeiro no resultado dos exames, desde então sentem que me devem um favor, e chegou a hora de"cobrar", eram bons garotos, só eram mal compreendidos, na verdade acho que não teriam coragem de machucar ninguém.

-E então, quem nós vamos assustar?- o Haru fala em tom de riso e se levanta ficando ao lado de Takashi e sendo seguido pelos outros dois que antes também estavam sentados conversando.

Tiro meu blazer com o brasão do Colégio, para não levantar suspeitas e começo a falar o plano sendo escutado pelos garotos com muita atenção.

~Algumas horas depois~

Com todos de gorro, roupas pretas, tacos ou barras de ferro na mão apenas esperávamos aquela mulher sair de casa, como não sabíamos nada sobre ela, observavamos a casa para ver quando a cobra sairia do ninho, e bingo ela saiu, esperamos ela se distanciar um pouco da casa antes de a abordarmos ela.

Dado a distância, vamos atrás dela que depois de um tempo sendo seguida parecia incomodada, chego mais perto com eles atrás de mim e a viro contra gosto a empurrando na parede com a mão em seu ombro, a rua estava vazia e escura logo ela não poderia pedir ajuda de forma alguma.

-Eu não tenho nada que vocês possam levar, se querem dinheiro melhor irem assaltar outra pessoa.

-Ah por favor, não queremos o seu dinheiro- Respondo.

- Oque você quer então? - Ela começa a encarar todos nos como se estivesse nos contando e medindo, notando que estava em desvantagem e se encostando mais na parede.

-Quero que me fale o quê está fazendo com a família Phantomhive, RAPIDO, NÃO TENHO A NOITE TODA- Engrosso a voz e falo num tom mais forte, ela se assusta.

-Não sei do que está falando - Ela responde olhando pro lado, franzindo o cenho se fazendo de desentendida e cerrando o punho.

- Você não sabe é?- falo baixinho, e ela consente com a cabeça- Então vou te fazer lembrar, segurem ela -Dou sinal para os dois garotos ao meu lado que acatam.

Eles seguram os dois braços dela, ela tenta relutar puxando os braços com força, quase como um animal sendo enjaulado, eu pego o taco batendo o mais forte possivel na parede perto de sua cabeça na parede, o contato da madeira com a parede faz muito barulho e ela me olha perplexa e assustada mordendo o labio.

-CONTINUA SEM SABER, AH? -bato de novo, gritando forte a intimidando- AINDA NÃO SABE? NÃO SABE CERTO? NA PROXIMA EU POSSO NÃO ERRAR...

-Se você tocar em mim eu...- Ela se banca de forte mas começa a tremer- me soltem- Ela sacode o braço.

- Então me responda, oque quer com a familia Phantomhive? e oque esta fazendo com Ciel Phantomhive? porque está aqui? - pergunto me aproximando ainda mais dela, que me encara com raiva e temor, mordendo ainda mais forte o labio e cerrando ainda mais o punho.

-EU NÃO...- Ela tenta responder gritando, Eu dou um chute na parede do lado dela E ela se joga no chão em choque, ainda sendo segurada pelos pulsos pelo Haru e por Ryou.

-NÃO? TEM CERTEZA?- levanto o queixo dela com o taco- an? - A olho de cima, e ela range os dentes não podendo desviar o olhar do meu.

-Esta bem, eu falo, só não faça nada comigo...- Abaixo o taco e ela abaixa a cabeça por um momento escondendo o rosto com seu cabelo platinado.

-Estou ouvindo - Dou um play no celular, que estava localizado no bolso da minha calça.

- Eu... só... pedi uma coisa em troca de outra ao filho deles.. só isso...

-Como? - A ameacei sabendo que ela estava omitindo informações, não poderia ser aquilo nunca, estava muito suspeito- você SABE que a qualquer momento eu posso te fazer uma pequena visitinha, NE? - Ela me encara e vê que não hesito nem um pouco nas minhas palavras ou expressão.

- Tsc, ele teria que me conseguir um pouco de grana se não seus pais passariam pelo mesmo que ele, foi só isso que eu disse juro - Ela começa a me encarar e eu fico perplexo- você deve saber, né? saiu em alguns jornais a algum tempo "as crianças torturadas" um exagero, não acha? aquelas crianças imundas só não aguentavam umas palmadas, bem, quem se importa não passavam de lixo sem passado muito menos presente e futuro... mas por que se importa tanto com isso? ele é só um moleque podre e dramático que deu muita sorte, se ele está tendo essa boa vida deveria ser grato a mim, só estou pegando de volta oque é meu por direito, ele deve ter muito mais do que oque estou pedindo, por que se mete nisso? - Ela range pra Mim, começando a sorrir como uma louca, aquela mulher não tinha a minima noção de nada, era um recipiente de desgraça, odio e impiedade, nada mais residia seu coração além de um oco , sua alma era poluida- Está apaixonado por ele por acaso seu vi-a-di-nho? - Ela fala com puro escarnio

Não podia acreditar no quão podre um ser humano podia ser, não acreditava nas palavras daquela maldita mulher, tinha vontade de se vingar de tudo que aconteceu com meu Ciel, naquele monstro, meu corpo todo pegou fogo, meus olhos pareciam brasas, pego o taco e enfurecido ataco aquela coisa na minha frente com toda força sendo segurado por takashi aquele que me impediu de cometer uma loucura.

-Vocês prometeram me soltar quando falasse a verdade, não iam fazer nada comigo lembra? - Ela fala com deboche e certo desespero, takashi faz sinal para os dois garotos que a soltam e ela sai correndo como um rato.

-Calma, plano deu certo mano, vamos- Takashi me contêm, e eu recobro os sentidos aos poucos.

-Certo, obrigado- Agradeço sincero.

~de manhã no dia seguinte~

*Autora:

Hannah desce as escadas da mansão Phantomhive como já estava se acostumando a fazer em todas as manhãs, notando que tinha alguém na sala de refeições tomando chá, achando ser a familia que habitava o local apenas se dirigiu normalmente se deparando apenas com um garoto de cabelos negros e olhos castanho avermelhados sentado a mesa.

-Ah, bom dia Hannah, o sol nasce até para pessoas como você.

-Quem é você? - Ela pergunta estranhando e fanzindo o cenho, os phantomhive não costumavam levar estranhos a casa, muito menos deixa-los soxinhos nos comodos.

-Que cruel, não lembra de mim,?passamos a noite passada juntos...- Sebastian fala com tom de brincadeira e faz cara de desprezo.

- N...Com o gorro... era v-você? - O moreno assente com a cabeça e ela fica boquiaberta - C-como?

-Eu falei que poderia fazer uma visitinha, não me diga que está surpresa. - Ele levanta com o taco na mão em um meio sorriso.

-Oque Quer? - Ela fala recuando, dando um passo para trás preparando- se para correr.

- Sua vida- Fala Sebastian se aproximando dela que tenta correr mas sem sucesso, escorrega no tapete e cai.

-Alguém me ajude, socorro! - Ela grita por ajuda em desespero.

Nesse momento os Phantomhive que só observavam a cena, ja sabendo de tudo entram na sala pela outra porta na qual apenas esperavam.

-Como alguém como você ousa entrar na nossa casa e nos iludir dessa forma? não tem a minima decência de um ser humano? sabe oque ja nos fez passar?- Diz Vincent com expressão de pura raiva, e desprezo por aquela mulher que causou tanto sofrimento a seu filho e sua familia.

-Não adianta, um monstro como esse não deve nem saber oque é isso, coragem é muitos, decência para os que procuram ter,- Ela fala com cara de nojo e odio se aproximando de Hannah- Se eu pudesse eu mesma dava um jeito em você... SUA...- Vicente segura os ombros de Rachel tentando acalmar sua esposa, por mais que a outra merecesse, não queria que sua mulher se envolvesse ainda mais com isso.

Ciel que observava paralisado vai para perto de Sebastian o abraçando e escondendo seu rosto cheio de lagrimas e seu rosto vermelho no peito do mesmo, estava exausto, também sentia odio da mulher e nunca poderia perdoa-la por seus feitos e sabia que ela era um perigo para todos a sua volta ou não, mas não podia deixar de pensar que aquele monstro era a mulher que lhe deu a vida, e a mesma que tentou a tirar, e não so a sua como a de sua familia.

-Vá para o esgoto, de onde nunca deve sair, e nunca mais nem pense em chegar perto novamente- Diz Sebastian e logo depois a policia que já havia sido contatada, entra na casa pra levar o monstro platinado que resistia com toda a força mas que nunca mais voltaria a incomodar a familia sendo uma criminosa procurada por outros paises e por diversos crimes inclusive trafico de pessoas.

Hannah foi pega graças ao plano de Sebastian de ameaçar Hannah até que ela falasse a verdade, gravando em seu celular já preparado em seu bolso, revelando aos pais de Ciel para que enfim pudessem saber da verdade sobre a situação, da qual Hannah havia manipulado totalmente e tirar a familia de perigo, pondo aquilo na cadeia, e tirando Ciel de suas garras finalmente.

Toda a familia, inclusive Sebastian que sem duvidas era um membro muito especial, vai para a porta ver a cena daquilo sendo arrastada, era uma sensação de angustia e raiva que todos sentiam, mas principalmente de alívio e de revitalização.

-Eii, para de chorar, você finalmente está livre, me desculpe não te proteger antes, primeto te proteger eternamente ao seu lado - Diz Sebastian sorrindo para o garoto chorando ao seu lado.

Ciel enxuga as lagrimas com a palma das mãos e puxa o maior pela gola da camisa para falar mais de perto e na mesma altura, mesmo que um pouco corado, e deixando o outro rubro também.

-Sim, você realmente me resgatou, meu sonho estava certo, o destino previu isso, você pode não ser perfeito como nos contos de fada- ele sorri- mas ainda é MEU PRINCIPE- ele puxa o moreno para um beijo, Sebastian o abraça e o suspende girando e beijando o garoto que tanto amava, e que finalmente estava ali, em sua proteção e em seus braços, selando todo o conturbado episodio com um beijo;

Um beijo calmo e quente como uma manhã ensolarada;

Leve mas intenso;

Um beijo de ternura e proteção;

Simples e com sentimentos complexos apenas entendidos pelos dois envolvidos, que ficava mais forte a cada dia;

Um beijo que não foi programado por eles, mas por algo muito maior, o destino;

Um beijo derivado de uma paixão tão forte quanto eles;

Um beijo de amor verdadeiro.