1. Spirit Fanfics >
  2. My Professor - Imagine Suho - EXO >
  3. 115

História My Professor - Imagine Suho - EXO - 115


Escrita por: Juniverse

Notas do Autor


Oi manas!

Voltei, minha criatividade, tinha ido dar uma volta e só voltou ontem a noite e hoje, e para compensar a demora fiz capítulo um tanto quando grande. Espero que esteja coerente ao menos, e que vocês gostem.

Boa leitura!!

OBS: gente, sei que não tem nada a ver com kpop, muito menos com a fic, mas vão ouvir Want You Back do 5SOS
Desculpem o surto de uma 5SOSFam

Capítulo 115 - 115


Fanfic / Fanfiction My Professor - Imagine Suho - EXO - 115

A ideia do Baekhyun de ligar o ar condicionado me pareceu ótima no momento sugerido, meu corpo estava tão quente, que parecia que pegaria fogo, apenas por ter pela milionésima vez a visão de seu tronco perfeito. Era tão estranho esse desejo quase incontrolável de me entregar para o meu melhor amigo.

Tudo bem, já fazem quase dois meses que me separei do Suho, e desde aquela maldita noite da festa, o único contato com o sexo oposto que tive foi exatamente com meu amigo na festa em que eu quis abusar dele. Teve também o lance com o Lay, mas isso eu prefiro esquecer. E para alguém que ficou mal acostumada a ter várias noites de prazer durante a semana, ficar quase sessenta dias sem, não é algo muito tranquilo.

O mais engraçado é que já passei por períodos de seca bem maiores e isso nunca me incomodou, ou pelo menos quando me incomodava, eu poderia ver o Baekhyun da mesma forma que ele está aqui hoje que não tentaria nada, mas agora algo mudou, eu não sei por qual razão, mas sempre que olho para ele sinto uma vontade enorme de atacar seus lábios e roubar mais de seus beijos deliciosos.

Maldito Chanyeol, porque tinha que colocar essa possibilidade em minha cabeça?

Desde a nossa noite juntos, essa ideia não sai da minha cabeça, e o pior é que fica cada dia mais difícil resistir ao jeito doce e espontâneo do Baek.

Eu não sei o que aconteceu comigo, mas eu quero voltar ao normal!

É muito estranho olhar para o Baek da forma que estou o olhando, me sinto uma pessoa suja, como se quisesse cometer um crime. Eu sei que isso é totalmente sem sentido, mas Baek é meu amigo, quase como um irmão. Não posso desejar seu corpo. Sem contar que ele me ama, eu estaria apenas usando ele, e isso ele não merece, de maneira alguma. Ele já sofreu demais por desilusões amorosas, e eu já causei sofrimento demais para ele, não quero abrir mais uma ferida em seu coração. Não posso fazer com ele, o que não gostaria que fizessem comigo.

Fechei meus olhos tentando esvaziar minha mente e enfim conseguir pegar no sono. Mas a ideia da Yujin, me ecoou em minha mente.

Uma amizade colorida, talvez não seja assim tão ruim ou seria?

Não, é claro que não é uma boa ideia, o Baekhyun merece muito mais do que apenas sexo. Está decidido eu não farei isso. – disse isso para mim mesma com toda convicção que pude reunir dentro de mim. Mas isso não durou muito mais que dez minutos.

A temperatura do quarto parecia ter caído para menos dois graus Celsius, eu estava com muito frio, então me encolhi embaixo dos lençóis tentando me manter o máximo aquecida possível, e foi então que senti seu corpo se encostando ao meu e seu calor ser transmitido para mim. Se não o conhecesse, diria que está fazendo isso de proposito apenas para me provocar. Mas Baek sempre fazia isso quando dormíamos juntos. Ele sempre me abraçou, seja para me aquecer ou para me passar segurança quando tinha um pesadelo. Esse abraço noturno era algo natural entre nós dois.  Me aninhei em seu peito e puxei seu braço para faze-lo me abraçar mais apertado contra seu corpo.

Eu lutei, e lutei mais, fiz isso por muitos minutos para ignorar os arrepios que sua respiração, quente e calma, provocava em minha nuca. Criei milhares de possibilidades sobre o que poderia e não poderia acontecer caso eu propusesse  a tal amizade colorida a ele, mas acho que demorei demais, pois quando me virei para falar ele já havia pegado no sono. Respirei fundo com a frustração.

Fiquei o admirando dormir, seu rosto estava tão sereno e um pequeno sorriso se formava em seu rosto.

Com o que será que ele está sonhando?

Fiz um breve carinho em sua bochecha e olhei sua boca rosada, mordi meu lábio antes de criar coragem para lhe roubar um selinho. Selei nossos lábios por alguns segundos, e senti um arrepio percorrer meu corpo.

Desde quando você se tornou tão irresistível, Byun Baekhyun?

Lhe roubei mais um selinho, antes de voltar a posição que estávamos e finalmente pegar no sono.

(...)

A manhã seguinte foi menos constrangedora que imaginei, talvez pelo fato de quando eu levantei o Baek já não estava na cama e quando eu finalmente o encontrei, ele já estava pronto para aula, não menos sexy do que a noite anterior, mas preferi afastar esse tipo de pensamento da minha cabeça.

Channie e Yujin vieram nos buscar, e pelo retrovisor podia ver o olhar sugestivo do Chanyeol para mim, achei aquilo estranho, mas não questionei. Talvez ele quisesse se gabar de algo que a Yujin e ele fizeram a noite e queria que eu perguntasse, mas resolvi ignorar. Durante toda aula Yujin me pareceu inquieta, mas hoje os professores capricharam nos conteúdos, não tínhamos tempo para conversas. Quando nos encontramos no intervalo, o Channie voltou a olhar para nós dois da mesma forma que no carro.

-Baekhyun, você pode vir aqui um pouco. – Seokwoo chegou a nossa mesa.

-Mas eu vou comer agora. – Baek o olhou com preguiça.

-É só levar sua comida para nossa mesa. Vem logo.

-Já estou indo. – ele se levantou e acompanhou o amigo.

-Agora que ele saiu me conta. – Channie falou.

-Contar o que? – perguntei comendo.

-Rolou ou não rolou? – o olhei sem entender – vocês transaram ontem? – arregalei meus olhos e por sorte não tinha mais comida na boca ou me engasgaria.

-Que tipo de pergunta é essa?

-Não negue que você queria isso, a Yujin me contou tudo. – a olhei com raiva.

-Desculpa amiga, mas ele já chegou me perguntando se o que ele te disse deu  resultado e eu apenas confirmei que estava a meio caminho andado. – ela deu de ombros – mas nos conte, vocês transaram?

-É claro que não.

-Como não? – ela me olhava confusa.

-Não transando ué. – falei sem graça.

-Que decepção! – Chanyeol falou negando com a cabeça.

-Você não queria? Porque não falou com ele sobre o assunto?

-Eu até pensei, mas ele estava dormindo. – suspirei – Eu não sei se vou levar isso adiante.

-Porque não?

-Eu já disse, não posso usar o Baek desse jeito.

-Você não vai usar ele! Amor, fala para ela o óbvio. – Channie tocou o braço na namorada e me apontou.

-Amiga acorda, o Baek é louco para ter uma amizade colorida contigo, pra que enrolar tanto?

-Eu não estou enrolando.

-Não, imagina. Só te digo uma coisa, seja rápida ou você pode perder a chance.

-Ela tem razão. E se outra propor isso a ele primeiro? – Channie me olhou.

-E quem seria essa?

-Sooyun. – fiquei séria, havia me esquecido dela, afinal desde que a vi na casa dele, ele nunca mais falou dela para mim.

-Baek não ficaria com ela. Ele me disse que são apenas amigos.

-Vocês também são e nem por isso um não deixa de sentir desejo pelo outro. – ele rebateu.

-Aish, que hoje você tem resposta para tudo né? – ele apenas riu.

O intervalo acabou e Baek se juntou a nós, enquanto íamos em direção a nossas salas.

-O que o Seokwoo queria? – Yujin perguntou.

-Eles só me chamaram para sair, eles vão se encontrar com algumas garotas e uma ficou sozinha então... – ele sorriu sacana, e o casal me olhou como se quisessem dizer que estavam certos.

-E quando seria esse encontro? – perguntei tentando saber quanto tempo teria para tomar minha decisão.

-Nesse final de semana.  – ele me olhou.

-Você não vai né? – perguntei parando.

-Porque eu não iria? – ele se virou para me encarar.

-Eu vou fingir que não fiquei ofendido com o fato do meu melhor amigo ter esquecido meu aniversário, mas tudo bem, eu supero. – Channie fez drama e Baek arregalou os olhos se dando conta de seu erro.

-Nossa, Channie, desculpa eu realmente esqueci desse detalhe.

-Tudo bem, eu não sou tão importante assim. Você pode sair com uma garota que nem sabe  quem é e dispensar minha companhia no dia em que completo mais um ano de vida.

-Eu não vou sair com ela! Desculpa, mas faz tanto tempo que não fico com uma garota que eu esqueci disso. Me desculpa cara.

-Só desculpo se prometer sair com a gente.

-Eu não perderia seu aniversario por nada. – Baek falou e o grandão o abraçou.

-Então eu te perdoo. – falou fazendo o amigo rir.

-Ok, agora podemos ir para sala?

-Devemos. – Yujin falou e eles começaram a andar, Channie me segurou pelo braço.

-Ultima chance, vê se não desperdiça. – ele sussurrou em meu ouvido – Até depois gente. – mandou beijo no ar e seguiu para sua sala.

(...)

-Vejo vocês mais tarde.

-Aonde você vai? – perguntei ao Baek quando estávamos saindo da sala.

-Eu vou para casa do Seokwoo, eles me chamaram para testar um jogo novo.

-O Channie vai junto? – Yujin perguntou.

-Acho que sim. – ele sorriu – Quando eu sair de lá passo na casa de vocês. Tchau. – ele beijou minha testa.

-Tchau! – fiquei o olhando ate ele se encontrar com os amigos e suspirei.

-Oi, meninas! – Luhan falou ao se aproximar, quando me virei ele me olhava desconfiado.

-Oi Lu! – o abracei. – O que faz aqui?

-Vim ver você, fiz mal?

-Não. – sorri e Chanyeol se aproximou.

-Vamos para casa? – ele perguntou indo para o lado da namorada – Oi. – ele acenou para o Luhan que sorriu.

-Não vai para casa do Seokwoo com os outros? – Yujin perguntou.

-Não, eu estou me sentindo enjoado, prefiro ir para casa.

-Então vamos logo para eu poder cuidar do meu bebê. – ela falou fazendo o Luhan sorrir.

-Você vai com a gente? – ele olhou para mim e depois para o Luhan.

-Na verdade eu vim chamar você para almoçar comigo. – ele me olhou – Aceita?

-Claro. – sorri.

-Então nós vamos para minha casa. –ele falou e a namorada assentiu − Até depois. Foi bom te ver cara.

-Tchau! − Luhan se despediu.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntei quando o casal saiu de perto da gente.

-Não, mas... – ele parou de falar – Eu preciso falar com o meu irmão antes da gente ir, tudo bem por você? – assenti e fomos juntos em direção a sala de professores, mas encontramos o Suho antes de chegarmos lá, e para variar ele estava com a namoradinha dele.  – Já volto. – ele sorriu para mim e foi todo empolgado falar com o irmão, fiquei de longe observando os três e pude notar que a loira azeda não gostava muito da presença do Luhan, e ele parecia se divertir com isso. As vezes o Suho me olhava mas eu fingia indiferença. Peguei meu celular e chequei minhas mensagens e vi algumas dos meus pais. – Então é isso, talvez eu não durma em casa hoje, ou talvez eu chegue de surpresa. – ele falou e piscou. Me surpreendi com a proximidade deles, nem ao menos tinha ouvido os passos dos três para mais próximo de mim – Vamos irmãzinha? – quando ia responder ela me cortou, com uma resmungo. – O que disse? – ele a encarou.

-Ainda não entendo a razão de trata-la como uma irmã.

-Pelo simples fato de que quando a conheci o coração dela já pertencia a alguém que eu prezo muito. E nunca seria capaz de roubar o amor da vida dele. – falou simples fazendo Suho e eu nos entreolharmos nervosos por breves segundos – E também porque a gente nasceu para sermos irmãos e não namorados, não é, (s/n)?

-Exatamente, oppa! – falei sorrindo, e ele gargalhou após me ouvir chama-lo daquele jeito.

-Eu convidaria vocês para almoçar com a gente, mas não queremos ter uma indigestão. – não me aguentei com a cara de pau que Luhan tinha, e dei uma risada alta, já me policiando em seguida. – Vamos? – ele estendeu o braço para mim e saímos rindo.

-Você é incrível, Luhan!

-Eu sei que sou.

-Ainda bem que você gostou de mim, não aguentaria meia hora do seu lado se você fosse comigo como é com aquela coisa asquerosa. 

-Tá falando disso? – ele riu – É porque você não viu como eu a trato quando o Suho cisma de leva-la para casa dele. – meu sorriso se desfez. – Desculpa, não deveria ter dito isso.

-Tudo bem, eu já imaginava isso.

-Mas fica tranquila, eles nunca transaram, caso isso tenha passado pela sua cabeça.

-Nunca? – perguntei surpresa. – Mentira!

-Foi ele mesmo quem me confessou isso. E vou torcer para que continue assim.

-Acho meio difícil, mas... – olhei para o nada pensativa.

-Onde quer almoçar? − ele perguntou para desviar daquele assunto.

-Já foi a uma churrascaria tipicamente brasileira? – ele negou com a cabeça – Então devo te apresentar ao Copacabana Grill.

-Estou ansioso. – ele passou a mão na barriga – e faminto também.

-Vou te apresentar a duas bebidas famosas no Brasil.

-O que estamos esperando? – saímos da faculdade e pegamos um taxi até o local, era um pouco longe, mas valia a pena. Ali era um dos poucos lugares que eu conseguia matar minha saudade da comida do meu país, comendo algo realmente gostoso e com um bom preço.

O restaurante não era muito grande, mas era popular, sempre estava com bastante gente, e a noite as vezes era difícil conseguir uma mesa sem reserva. E não era apenas brasileiros que se rendiam ao sabor daquele local, mas muitos coreanos e pessoas de varias nacionalidades.

-É um lugar interessante. – ele falou quando nos sentamos enquanto observava a decoração. Com alguns quadros de jogadores, bandeira do meu pais e alguns quadros.

-Sim, mas garanto que você irá gostar ainda mais da comida. – sorri, e logo um garçom veio nos atender. Pedi o almoço para nos dois, que vinha com arroz, farofa de bacon, maionese e vinagrete. Fora as carnes que vinham através de um rodizio. E para beber, resolvi começar com um guaraná.

­Ah como eu amo esse lugar!

-Qual o nome disso? – ele perguntou quando servi o refrigerante para ele.

-Guaraná! É uma fruta típica da Amazônia. É uma delícia, pode provar. – tomei um grande gole do meu e fechei meus olhos.

-Guaraná. – ele repetiu com um sotaque muito fofo antes de provar, ele arregalou os olhos depois do primeiro gole e tomou mais – Isso é realmente muito gostoso. Porque nunca provei isso antes? – ele tomou tudo e foi pegar mais, mas a latinha já estava fazia, chamei o garçom e pedi mais um.

-Ei, não se encha de refrigerante. – pedi o olhando encher o copo de novo.

-Mas é muito bom. – ele falou me fazendo rir. Não demorou para o garçom trazer nossa comida.

-Vocês comem areia no Brasil? – ele perguntou mexendo na farofa.

-Isso não é areia. É farofa. Uma mistura de farinha de mandioca com bacon, cebola, manteiga e nesse caso algumas ervas.

-Não me parece ser gostoso.

-Mas é bom. Prova. – ele fez uma careta.

-Não sei se quero.

-Deixa de ser besta, Luhan.  – e ele provou meio a contra gosto.

-Não é tão ruim, mas prefiro o guaraná. – ri do jeito fofo que ele pronunciava. Comemos em quase completo silencio por algum tempo, só falava quando o Luhan tinha alguma duvida ou comentário sobre algo novo que experimentava. O garçom levou o pouco que sobrou de nossa refeição e por escolha do Luhan ficamos mais um pouco para continuar aproveitando o rodizio. Então achei que era hora de apresentar a ele a caipirinha.

-Essa eu conheço de nome, mas nunca provei. É muito forte? – ele perguntou enquanto mexia o canudo no copo.

-Eu acho, mas tem gente que toma varias. – ele cheirou e tossiu.

-Pelo cheiro já vi que é bem forte. Mas vamos lá – tocamos nossos copos e tomamos um pouco.  – Nossa! Isso é forte demais. – ele falou e tomou mais – Mas é gostoso. Eu gostei! – disse e tomou mais. – Acho que vou sugerir ao Kyung, para vender isso no bar dele. Acha que faria sucesso?

-Eu acredito que sim. 

-Agora me diz uma coisa. – o olhei enquanto tomava mais um pouco – B, te mandou mais alguma coisa?

-Eu vi um buquê, mas disse ao Sr Bang para não me entregar mais nada que viesse dessa pessoa, e nem me avisasse caso voltasse a acontecer.

-Você está doida? Precisamos ter uma noção do que essa pessoa te manda.

-Porque?

-Como porque? Para saber se ele tem te mandado ameaças em seus cartões. Não podemos ser descuidados (s/n), não sabemos se essa pessoa é perigosa. 

-Você está certo, eu não pensei nisso, só não queria se incomodada de novo.

-Então pedirei ao Sr Bang que me avise sempre que chegar algo novo, e que que sempre guarde todos os cartões. – falou pensativo − Quando eu te levar para casa darei meu numero para ele fazer isso.

-Tudo bem então. – o olhei.

-Pede outro desses para mim? − assenti, e não demorou para outro ser servido. – Você tá interessada no Baekhyun? – ele disparou depois de tomar metade do copo.

-O que? – ri nervosa, por sua pergunta inusitada.

-É isso que ouviu, você está ficando interessada no Baekhyun?

-Porque está me perguntando isso? – respondi com uma pergunta, porque seu olhar curioso me deixava sem graça.

-Eu vi a forma como você olhou para ele hoje, e nunca a vi olhar para ele desse jeito.

Como ele é bom observador.

-E não adianta negar isso, eu sei quando uma pessoa está mentindo. – respirei fundo.

-Não nego que estou sim com um certo interesse nele, mas não me pergunte o motivo disso porque eu não sei. – apoiei o rosto nas mãos – Mentira, eu sei sim. Eu...

-Você? – levantei meu rosto e ele me encarava curioso.

-Eu estou carente. Tipo muito carente mesmo. – falei e ele assentiu.

-Imagino que sim, meu irmão não te dava sossego, eu lembro.

-Pois então, já são quase dois meses sem ninguém e eu tenho minhas necessidades.

-Eu entendo, mas porque o Baekhyun? Você não sempre disse que nunca teve esse tipo de interesse por ele? – Luhan me olhava nos olhos.

-E nunca tive mesmo. – fui sincera e ele percebeu isso.

-Então? – ele me questionou depois de um tempo de silencio meu.

-Eu não sou de ficar por ficar,  nunca curti sair com alguém, ir para cama e depois cada um para seu lado. Mas também não quero entrar em um relacionamento nesse momento. Então como poderia matar minha vontade e não ter que ir contra quem sou? − ele continuava com o olhar fixo no meu – Acho que foi ai que me cérebro despertou para algo, que nem eu mesma sabia que existia. De repente um desejo enorme pelo Baekhyun surgiu dentro de mim. Isso é estranho, porque antes ele sempre ficou sem blusa na minha frente, mas eu nunca me importei, deitava com ele, dormia abraçada nele e nada, nem um simples arrepio. Mas agora eu o vejo sorrir, e já sinto meu corpo esquentar. – suspirei − Eu não queria que isso tivesse acontecendo, mas não consigo me controlar. Ontem dormimos juntos e se ele não tivesse pegado no sono, eu acho que me entregaria para ele.

Luhan apenas me olhava enquanto eu contava a ele sobre minha confusão. Deveria ser muito estranho contar essas coisas para o Luhan,  por ele ser irmão de quem é, mas o Lu me passava uma confiança e amizade tão forte e sincera que eu não conseguia esconder as coisas dele.

-Eu acho que entendi tudo.

-Entendeu? – ele assentiu – Então por favor me explica, porque eu vou acabar enlouquecendo.

-Pelo que eu vejo você apesar de estar muito carente, não consegue ir contra seu caráter e ficar com um cara qualquer apenas para matar seu desejo. E então seu corpo que já está desesperado por um toque mais intimo do sexo oposto, projetou no Baekhyun todo desejo que vem queimando dentro de você. Porque você conhece o caráter dele e tem certeza que ele não te usaria apenas e depois fingiria que não te conhecia; ele também não seria capaz de magoar você caso algo além do sexo viesse a acontecer, e não durasse tanto. Fora que você o ama e ele a ama também, então ele é quem teria mais chances de te fazer feliz de novo.

Luhan era incrível, ele havia entendi o que se passava em minha cabeça, melhor que eu mesma.

-O quão vadia eu sou por querer usar o meu amigo dessa forma?

-Você não é uma vadia, é apenas uma mulher com desejos, e não deve resistir a eles. Se acha que o Baekhyun pode te fazer feliz, então porque resistir tanto?

-Não quero que ele se magoe. Baek nutre uma paixão por mim a muito tempo, não quero dar a ele esperanças de um futuro juntos e acabar sendo apenas sexo para mim, não seria justo com ele.

-Mas isso você só pode ter certeza se tentar.

-Ai que está o problema, eu não tenho coragem de falar sobre isso com ele.

-Como não? Vocês são melhores amigos a tanto tempo, é só dizer a ele o que está sentindo e como gostaria que as coisas acontecessem.

-Eu sei, mas com o desejo veio também a timidez. Eu tenho medo de como será a reação dele.

-Não tenha medo, você sempre foi uma garota de atitude, não vai fraquejar agora né? Ou tem outro motivo para esse medo?

-Que seria? – o olhei.

-Meu irmão?!

Bingo!

-Também. E se um dia acabarmos voltando? Como o Baek fica nessa história?

-Vamos por partes. Então você ainda tem esperanças de voltar com meu irmão?

-Eu queria não ter. Já fiz de tudo para esquecer seu irmão, mas ele não quer sair de dentro de mim. – ele me olhou um pouco espantado.

-Desculpa minha surpresa, mas achei que depois que devolveu o colar para ele, tinha colocado um ponto final na relação de vocês.

-Como sabe que devolvi o colar? Ele te contou?

-Não, mas o vi segurando outro dia, e ele estava pensativo, com um sorriso bobo no rosto, e depois secou uma lagrima antes de guardar em sua gaveta.

-Isso é novo para mim. – respirei fundo – Mas sentir saudades não significa que ele vai voltar.

-Nisso você tem razão. Voltando ao assunto, já o Baekhyun, ele terá tido a chance dele, e os dois poderão descobrir se funcionam melhor como amigos ou como um casal. E uma chance é melhor do que nunca ter nada.

-Então você acha que devo dar essa chance ao Baek? – o olhei confusa, afinal ele está me dizendo para seguir em frente e tentar esquecer seu irmão. Ele terminou de beber a caipirinha de seu copo.

-Eu não queria te dizer isso, mas meu irmão me disse que está tentando seguir em frente, então não acho que você deva se guardar e esperar uma atitude dele. Viva sua vida sem pensar no que ele vai pensar de você. Eu só quero minha irmãzinha feliz. Eu já te disse isso.

-Jura que não vai ficar com raiva de mim, se me ver junto com o Baek?

-Eu nunca teria raiva de uma mulher solteira que está tentando ser feliz. – sorri, como ele consegui ser tão maravilhoso?

-Eu te amo, Lu!

-Eu também te amo. – ele sorriu. – Agora você pode pedir mais uma? − assenti – Eu adorei ouvir você falar em português, sua voz fica diferente. – Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios. Depois do quarto ele já estava ficando meio alto. E o Luhan bêbado era engraçado. − Eu quero mais um.

-Luhan acho que você já bebeu demais, ainda está cedo para um porre não acha?

-Eu prometo que será o último.

-O último! – entreguei o copo a ele. – Eu vou ao banheiro e já volto.  – Quando voltei ele estava dançando sozinho, enquanto olhava a tv do local que passava alguns vídeos de musicas brasileiras. Depois de olhar para a tv, descobri que ele estava tentando sambar, mas aquilo estava ruim demais. Por sorte a maioria das pessoas naquele local não estavam dando atenção ao showzinho que meu amigo dava.

-Vem (s/n), vamos dançar. – sua fala estava um tanto enrolada.

-Sem chances. Eu acho que já deu por hoje né? – ele fez um beicinho.

-Mas eu queria pedir mais uma. Eu até treinei para pedir eu mesmo. Escuta! Me dá uma caipirinha, por favor? – ele pediu em um péssimo português carregado de sotaque, o que me fez rir. Mas sem chances de deixar ele tomar mais daquilo.

-Não, chega de álcool por hoje. Agora eu vou pagar a conta para a gente ir para casa.

-Não, eu faço questão de pagar. – ele falou e pegou o cartão em sua carteira. Mas antes pediu algumas latinhas de guaraná, para levar para casa.  Peguei o celular para chamar  um uber, e só então me dei conta que ficamos muito tempo naquele restaurante, já eram quase seis da noite.

O carro parou a nossa frente e entramos no mesmo, dei o endereço do Suho para o motorista e Luhan apoiou a cabeça em meu ombro, e ficou de olhos fechados.

-Acho que estou bêbado. – ele suspirou depois de falar.

-Você só acha, Lu?

-É! Eu tenho essa impressão. – falou aninhando seu rosto em meus pescoço e me abraçou. Segurei meu riso. – Paguei o uber e o ajudei a descer, com um pouco de dificuldade o retirei de dentro do carro e o carreguei até a porta da casa do Suho. Era estranho estar ali depois de tanto tempo.

-O que está fazendo?  - perguntei enquanto ele enfiava as mãos no bolso.

-Procurando minhas chaves.

-Não, nada disso. Não vou entrar na casa do seu irmão e correr o risco de ver ele com aquela loira azeda.

-Tem razão, não seria algo muito bom de se ver. – ele fez um gesto como se quisesse vomitar, eu ri da cena antes de tocar a campainha. Luhan se encostou  na parede ao lado da porta, e eu toquei a campainha mais uma vez e nada.

Será que ele não está em casa?

Toquei mais algumas vezes, e ele finalmente abriu a porta já reclamando. Dei de cara com ele sem blusa, apenas com sua calça social e sapatos. Aquela visão seria maravilhosa, se não fosse por seu cabelo bagunçado,  sua boca e corpo cobertos pelo batom daquela professora de quinta. Ele me olhou irritado, provavelmente por eu ter atrapalhado eles no meio de suas preliminares. Senti um misto de nojo e vontade de rir, até porque já sofri com isso quando estava do outro lado. Me senti brevemente vingada.

Parece que o jogo virou, não é mesmo Moon?

-O que está fazendo aqui? – ele perguntou ríspido.

-Vim trazer seu irmão. – apontei para o Luhan.

-E ai irmãozinho. – ele sorriu.

-O que fez com ele? – perguntou indo para frente do irmão, segurando seu rosto.

-Nada, eu apresentei a ele um drink brasileiro e ele exagerou nas doses, só isso.

-Só você Luhan para ficar bêbado uma hora dessas. – ele deu apoio para o irmão para leva-lo para dentro.

-Eu já vou indo. Tchau, Lu! – ia sair, mas parei – Aqui, já ia me esquecendo. – entreguei a sacola para o Suho.

-O que é isso?

-É um refrigerante brasileiro que ele gostou.

-(S/n), fica aqui comigo! – Luhan pediu.

-É.. Luhan, eu não posso. – olhei brevemente para o Suho.

-Não, por favor fica comigo, eu quero que você cuide de mim. – ele insistiu e Suho me olhou sério.

-Eu gostaria de fazer isso, mas preciso realmente ir para minha casa.

-Não, (s/n), fica aqui, o Suho não sabe cuidar de mim. − ele pediu manhoso e continuou insistindo, até que Suho perdeu a paciência.

-Tudo bem ela fica, mas só até você pegar no sono.

-Obrigado, irmãozinho. – ele veio para cima de mim, jogando todo seu peso para cima de mim, que cairia se não fosse pelo Suho, que segurou a nós dois. Ficamos nos encarando até que ele ergueu seu irmão, e eu desviei meu olhar.

-Não jogue o peso nela! Ela não aguentaria te carregar sozinha. – ele pôs o braço do irmão envolta do pescoço dele. – Leva isso, por favor. – ele me devolveu a sacola, entramos e eu tranquei a porta enquanto ele ajudava o irmão mais velho subir as escadas.

Ah que saudade eu estava dessa casa. Olhei brevemente o lugar e senti um aperto no peito. Eu adorava passar meus dias aqui. Não só pelo sexo, já que fizemos em quase todos os cômodos desse lugar, mas pelas risadas, as conversas, os beijos, abraços, as refeições e principalmente de ficar abraçados no sofá. Mas essa não era mais a minha realidade, não adianta ficar fantasiando algo que não irá se repetir. Sai dos meus devaneios e os segui até o quarto de hospedes.

-Junmyeon porque está demorando tanto? – a loira apareceu no corredor sem blusa e só faltou explodir de raiva quando viu o Suho carregando o irmão bêbado, sendo seguidos por mim.

-Ai noona, vá se vestir! Não sou obrigado a ver esse tipo de coisa. – Luhan disparou quando passou por ela. Prendi meus lábios e coloquei a mão sobre a boca, para não rir alto. Ele realmente não facilitava a vida dela.

-Eu preciso cuidar do meu irmão. – Suho falou indo em direção ao ultimo quarto do corredor.

-E o que essa garota está fazendo aqui? – ela apontou para mim.

-Ela está comigo, não fale dela. – Luhan voltou a falar.

-(S/n) pode abrir a porta para mim? – Suho pediu e eu fiz o que ele pediu. – Sekyung me espera no quarto. – a ouvi reclamar antes de entrar no quarto e bater a porta.

Isso é pelas vezes que você nos interrompeu.

Suho colocou o irmão na cama, e eu deixei as latas do refrigerante, no criado mudo.

-Acho melhor dar um banho nele. – falei olhando Luhan, que nos encarava sorrindo.

-Quantas doses ele tomou para ficar assim? – Suho estava com os braços cruzados de frente para o irmão.

-Foram cinco, não achei que ele ficaria tão mal.

-Que tipo de bebida é essa? − Suho perguntou enquanto ia até o armário pegar uma roupa para o irmão.

-Caipirinha. Eu disse para ele que era forte, mas ele não me ouviu. – falei enquanto desabotoava a blusa do Luhan.

-Que lugar é esse que vende algo tão forte essa hora do dia.

-Fomos a um restaurante brasileiro. Eu juro que não fiz por mal.

-Eu acredito em você. Luhan é teimoso demais.  – terminei de tirar a blusa do Luhan, quando ia me desfazer da calça dele, Suho me impediu – Deixa que eu mesmo faço isso. – apenas me afastei. – pode preparar um café enquanto eu dou banho nele?

-Não quero um homem dando banho em mim. – Luhan reclamou.

-Não vou deixar ela te ver pelado. – Suho falou sério e seu irmão sorriu.

-Eu já volto com o café. – falei.

-Eu ficaria de cueca. – Luhan rebateu.

-Eu não deixaria ela te tocar de qualquer jeito. – consegui ouvir ele disse antes de me afastar da porta.

Fui até a cozinha e preparei o café bem forte para ele. ainda enrolei um pouco mais para ter certeza que ele já estaria vestido quando eu voltasse. Bati na porta e Suho disse que eu poderia entrar.

-Aqui! – entreguei a xícara a ele – Eu fiz bem forte. – falei e parei ao lado da cama, o lado oposto que o Suho estava. Me senti incomodada ao ver os arranhões que aquela criatura havia feito nas costas dele.

Que nojo!

-Isso tá ruim demais, você não sabe fazer café, irmãzinha?

-É para ser forte mesmo, para de reclamar e toma tudo. – Suho respondeu.

-Achei que eu fosse o mais velho aqui.

-É, mas está parecendo uma criança nesse momento.

-(S/n), aqui o Suho brigando comigo. – ele fez uma carinha fofa e esticou os braços para mim.

-Haja paciência viu? – Suho reclamou rolando os olhos, e saindo de perto.

-Vem cá. – falei indo para o lado dele e me sentando na beira da cama, ele me abraçou, depois de por a caneca no criado mudo. Ele ficou falando um monte de coisas sem sentido, fez queixas do Suho até que pegou no sono. A essa altura o Suho já havia saído do quarto, porque não aguentou a falação do irmão. O cobri e beijei seu rosto antes de sair do quarto.

-Ele dormiu? – ele perguntou quando me viu descer as escadas.

-Finalmente. Acho que cansou de falar e pegou no sono. – falei rindo, e ele me acompanhou, depois ficamos em silêncio. Aquilo estava estranho – Eu não sabia que o Luhan ficava desse jeito quando fica bêbado, da ultima vez que saímos para beber, ele não teve essa reação.

-Porque aquela noite ele não bebeu muito, mas quando ele exagera ou toma algo novo e forte é dai para pior.

-Eu percebi, eu me afastei um pouco dele e quando voltei, ele estava tentando sambar. – falei olhando o nada lembrando da cena.

-Que vergonha.

-É engraçado ver ele desse jeito.

-Engraçado porque você vai para casa e ele vai ficar aqui comigo me perturbando a noite toda. – ele falou irônico.

-Eu me ofereceria para cuidar dele, mas enfim. – ele me olhou e rapidamente desviou o olhar. Respirei fundo. – Eu já vou indo. Diz para ele, que amanhã eu ligo para ele.

-Eu aviso.

-Obrigada! – fui em direção a porta e ele abriu para mim.

-Obrigado por ter se preocupado em trazer ele para casa. – falou me fazendo virar para ele.

-Era o mínimo que eu poderia fazer. – forcei um sorriso e sai. Meu celular descarregou então fui para um ponto de ônibus que havia perto da casa do Suho. Fiquei sentada esperando meu ônibus, quando vi a Sekyung sair da casa dele, soltando fogo pelas ventas.

É, parece que não foi dessa vez.

(...)

No dia seguinte Luhan me ligou para se desculpar pelo comportamento dele, e acabamos rindo da situação. Ele me fez passar o recado dele para o Sr Bang, para que ele guardasse tudo e o avisasse sempre que chegasse mais.

O resto da semana passou voando, e eu ficava fugindo da Yujin e do Channie, sempre que eles retornavam aquele assunto.

Finalmente a noite do aniversário do Chanyeol chegou. Ele estava muito animado e depois de muito discutirmos sobre onde iriamos comemorar o aniversario de 24 anos dele, por meio de um sorteio, o local escolhido foi um Noraebang.

-Ainda acho que um Noraebang será chato. – Baek falou, enquanto esperávamos o casal aparecer na sala para irmos.

-Porque seria chato? Cantar e se divertir com seus melhores amigos, não é o suficiente? – o olhei depois de tirar um fio solto do rasgado da minha calça preta.

-Sim, mas vai faltar a bebida.

-E quem disse que não vamos beber lá? – Yujin apareceu na sala.

-Todo mundo sabe que é proibido beber lá dentro.

-É proibido vender álcool lá dentro, mas vamos levar escondido.

-Como assim? – ele a olhou curioso.

-Embaixo da caixa do bolo e na minha bolsa, tem algumas garrafas de Soju.

-Você pensou em tudo né Yujin?

-Mas é claro.  – ela sorriu.

-Pegaram tudo? Já podemos ir? – concordamos – Não esqueceram o principal né?

-Os soju estão aqui, bebê; - Yujin, bateu em sua bolsa.

-Eu estava falando dos brigadeiros amor.

-Estão comigo Channie. Já podemos ir.

Optamos por ir de taxi, afinal depois de sete garrafas de soju, ninguém ali estaria apto para dirigir. Quando chegamos ao Noraebang, Channie e Baek foram na recepção pagar pelo tempo que pretendíamos usar uma das salas e seguimos para elas. Eles alugaram a sala por três horas.

A sala era maior do que a que costumávamos ficar, ela era toda branca com um globo giratório de luzes coloridas. Um grande sofá e uma mesa de centro, que para nossa sorte era grande suficiente para por o bolo e os doces que trouxemos. Também tinha alguns biscoitos e doces  e bebidas que vinham como cortesia da sala.

Enchemos nossos copos de soju para brindar ao aniversariante. Cada um fez um breve discurso sobre ele que já estava com os olhos marejados.

-Eu me sinto o cara mais sortudo do mundo por ter vocês como amigos, − ele nos apontou com seu copo − e ter encontrado você para ser a minha parceira para a vida. Eu te amo muito. – Disse olhando a namorada que como eu também estava chorando. – Eu amo cada um de vocês, para sempre.  – Ele falou e lagrimas rolaram de seus olhos.

-Oh Channie, nós também te amamos. – falei e nós três abraçamos ele ao mesmo tempo.  olhei para Baekhyun que também não conseguia segurar a emoção. Yujin puxou o rosto do namorado e selou seus lábios por longos segundos. Antes de virarmos nossa bebida.

-Agora chega de lagrimas, que viemos aqui para curtir. – ele falou e secou seu rosto – Quem vai primeiro?

-Acho justo o aniversariante começar. – Baek falou.

-Então sentem-se, ou não, e curtam o show. – ele piscou e foi escolher sua musica.

Ficamos por algumas rodadas reversando quem cantava, bebíamos, comíamos, e a essa altura três garrafas já tinham sido esvaziadas.

-Amiga escolhi um dueto, para você e o Baek. – Yujin falou, e o Channie nos entregou os microfones. Olhei para a tv e a música escolhida era Lucky do Jason Marz.

Nossa Yujin, teria como ser um pouco menos sutil?

A fuzilei com o olhar e ela apenas piscou para mim, e o Channie sorria enquanto comia alguns brigadeiros. Baek sorria alheia a intenção dos nossos amigos, e as minhas. Cantamos e diferente do que o casal esperava não teve um beijo no final da musica. O que eles pensam que eu sou? Não consigo ser tão cara de pau assim.

-Porque desperdiçou essa chance? – Channie me perguntou.

-Isso foi golpe baixo.

-Você ainda não viu nada. – ele mordeu um pedaço do brigadeiro e levou a outra metade a minha boca, comi e mordi o dedo dele de proposito. – ai! – ele reclamou de dor, antes de chupar o dedo. – sorri e me sentei, esperando a Yujin cantar a musica dela.

Mais uma garrafa tinha sido esvaziada e já estávamos rindo atoa, e quando Chanyeol resolveu inventar moda.

-Eu tenho uma aposta para fazer com vocês. – Chanyeol falou.

-Que tipo de aposta? – Yujin perguntou, antes de jogar um brigadeiro na boca.

-Vamos nos dividir em duplas. Baek e eu, contra vocês duas. E a dupla que tirar a menor nota paga um preço.

-E que preço seria esse? – perguntei me sentando no braço do sofá.

-Se nós perdermos, vocês podem dar um tapa forte em nossa bunda.

-Gostei disso. – falei rindo.

-Mas e se a gente perder? – Yujin perguntou.

-A gente ganha um beijo. – Channie falou simples. Baek o olhou surpreso, mas isso não me chocava. Esse cachorro, mesmo estando bêbado ele não perde a chance de me fazer criar coragem para ficar om o Baek.

-A gente aceita. – Yujin foi mais rápida e tratou de apertar a mão do namorado.

-Tudo bem por você? – Baek me perguntou parando do meu lado.  – Se não quiser não precisa aceitar.

-Não tem problema. – falei tentando não parecer nervosa. – Além do mais, nós vamos ganhar. – pisquei e me levantei. – Vamos Yujin.

Ela se levantou e pediu para escolher a música que cantaríamos. Ela foi no catalogo e pôs a musica Crazy, do 4Minute. Cantamos e dançamos como nunca, queríamos ganhar, ou perder, ainda não sei ao certo. Eu só sei que demos o nosso melhor. No final tiramos 92.

-92? Aposto que se eles vissem vocês dançando, a nota seria maior. – Baek falou me olhando.

-Eu concordo. – Channie falou e eu ri.

-Quero ver vocês baterem essa. – falei cansada por ter cantado e dançado como se fosse a própria k-idol.

-Vamos lá amor, eu confio em você. – ouvi Yujin dizer para o Channie, enquanto o Baek escolhia a musica deles. Ele então escolheu If You Do do Got7. Yujin e eu cantávamos e dançávamos em volta deles. Enquanto eles faziam o mesmo.

Tenho que dizer que olhar o Baekhyun dançando essa musica, não é nada fácil.  Sete garotos no grupo e ele me dança logo como o JB? Agora eu tenho certeza que quero perder essa aposta.

-Virei o resto do soju que ainda tinha na garrafa, e esperei a musica acabar. Todos ficaram na expectativa para a nota, e quando saiu foi um 95.  É eles haviam nos vencido. E eu terei que beijar o Baekhyun.

Ai meu Deus, eu vou beijar o Baekhyun!

-Ganhamos! – Chanyeol sorria, eu sabia que sua alegria era saber que eu teria que beijar o nosso amigo. –Agora cadê meu prêmio? – ele falou segurando a namorada pela cintura e ela o puxou pela nuca para um beijo. Suspirei e vi o Baek se aproximar.

-Como eu disse, você não precisa fazer isso, caso não queira. – ele falou quando parou na minha frente.

-Tudo bem, aposta é aposta. – sorri nervosa.

-Se você diz. – ele se aproximou mais e segurou meu rosto com uma mão, alisando minha bochecha com o polegar enquanto seu rosto se aproximava mais do meu. Umedeci meus lábios antes de sentir os seus sendo colados aos meus. Fechei meus olhos e depois de alguns segundos dei espaço para sua língua encontrar a minha.  Senti cada pelo do meu corpo se arrepiar, a mão dele deslizou para a minha nuca e eu cruzei os meus braços em volta do seu pescoço, enquanto aprofundávamos o beijo.

Eu não sei quanto tempo ficamos ali nos beijando, eu só sei que quando nos separamos os lábios dele estavam um pouco inchados e vermelhos, devido as mordidas que inconscientemente eu dei em seu lábio inferior. Olhei para o lado e o casal nos olhava com um sorriso sugestivo. Respirei fundo, tentando recuperar meu folego e caminhei para o sofá.

-De quem é a vez agora? – perguntei comendo um brigadeiro. Chanyeol e Yujin foram cantar e Baek e eu ficávamos nos olhando. Tomei mais um pouco da bebida, precisava de um pouco mais de coragem para continuar com aquilo.

Quando iria me virar para ele, senti seus lábios serem pressionados mais uma vez contra os meus. Ele voltou a segurar minha nuca, como se tivesse medo que eu me afastasse dele. deixei uma de minhas mão sobre sua coxa, enquanto o beijava.

Pela lógica, o sabor do Soju, misturado ao chocolate do brigadeiro, deveria resultar em um sabor estranho, mas na boca do Baekhyun se transformou em um sabor delicioso, que eu não queria parar de provar nunca mais.  Dessa vez o beijo foi rompido pelo susto que levamos quando Chanyeol comemorou sua nota 100 ao lado da namorada. Olhei para o Baek e rimos, antes de tirar a foto para o Chanyeol, que exibia sua nota perfeita para nós.

A recepcionista, veio nos avisar que nosso tempo estava acabando, e Channie comprou mais uma hora.  Ele não queria que essa noite terminasse, estava se divertindo demais ao lado de quem ama. Dividimos as ultimas duas garrafas entre os casais, e para falar a verdade, eu acabei bebendo bem mais que o Baek.

Chegou a hora de cortar o bolo e depois de cantar o clássico Saengil Chukhahamnida. Comemos bastante da pequena torta que Yujin comprou para o namorado. E quando estávamos satisfeitos pelo menos metade daquele doce maravilhoso havia sobrado, estava pegando a caixa para guarda-lo, quando o Channie pediu para pegar mais um pedaço. Esperei ele cortar e ao invés de cortar apenas um pedaço ele cortou todo o bolo e pegou duas fatias, não entendi sua atitude, mas esperei ele terminar para guardar o resto. O que eu não sabia, é que ao invés de comer ele esfregaria uma das fatias em meu rosto, me sujando toda com o recheio de chocolate e o chantilly que tinha nele.

-Bebê o que você fez? – Yujin perguntou, enquanto eu limpava meu rosto. E ele esfregou a outra fatia no rosto da namorada.

-Que isso? – Baek perguntou sem entender, já que estava recolhendo todo lixo que deixamos pelo chão.

-O Channie, fazendo criancice. Mas agora ele vai ver só. − falei e peguei uma das fatias e fui acertar o Channie, mas ele se abaixou e pegou no rosto do Baek.

-Ah é assim? – Ele limpou o bolo de sua bochecha e comeu.

-Baek foi sem querer, foi tudo culpa dele.

-A minha culpa? – Channie perguntou.

-Sim, toda sua. – Baek pegou um pedaço do bolo vindo lentamente em minha direção. – você não vai fazer isso comigo, vai? – o olhei e ele assentiu, e antes de me acertar, ele sujou seu amigo.

-Guerra de comida! − Ele gritou, e começamos a tacar tudo que sobrou da  festa um nos outros. Estávamos agindo como crianças, sujávamos um ao outro e riamos feito bobos. Mas estávamos bêbados demais para nos importarmos com esse detalhe.

-Acho melhor sairmos antes da recepcionista vir aqui, olha a sujeira que fizemos. – Falei quando todos cansamos da nossa pequena guerra.

-Você tem razão. Eu sei que o certo era limpar, mas estou bêbado demais para fazer isso. – Channie falou. –Juntamos o máximo que deu e escondemos as garrafas dentro da bolsa da Yujin. 

Saímos rapidamente, para ela não ver nosso estado e corremos até virarmos a esquina.  Esperamos um uber e decidimos, que Channie e Yujin desceriam primeiro e ficariam na nossa casa, e eu iria para a deles com o Baek, que era mais distante.

Ficar dentro do carro com o Baek indo no banco da frente sem poder tocar nele foi difícil, parece que o caminho se triplicou naquela noite.  Quando chegamos ao prédio dos meninos eu não me aguentei e ataquei o Baek. Mal as portas do elevador se fecharam e eu já estava novamente grudada em seus lábios tentadores. Baekhyun me puxou contra seu corpo e suas mãos foram descendo até chegarem a minha bunda e ele aperta-la com força, gemi baixinho contra seus lábios. E ele sorriu. novamente a porta se abriu e fomos até a porta de sua casa.

Baekhyun tinha pressa, tanta pressa quanto eu de entrar logo em sua casa, e parece que a chave dele, estava querendo nos atrapalhar, já que pareceu se esconder. Enquanto ele caçava aquele maldito pedaço de metal nos bolsos de trás eu enfiei as mãos nos bolsos da frente procurando, mas a única coisa que encontrei foi sua ereção. Baek arfou, antes de me mostrar que havia encontrado a chave. E tratou de abrir a porta e tranca-la assim que passamos por ela.

Pulei em seu colo e senti nossos sexos se chorarem ele agarrou minha bunda e me levou para seu quarto parando antes e me pressionando contra uma parede. Puxei sua blusa para cima me livrando daquele pano desnecessário naquele momento. Baek sorria entre os beijos e aquilo me deixava ainda mais louca por ele.

Obrigada Yujin por ter levado aquelas garrafas escondidas para o Noraebang, e obrigada Chanyeol por fazer uma aposta tão boa. Porque sei que sem o incentivo da aposta e de todo esse álcool correndo em minhas veias eu não estaria fazendo o que estou prestes a fazer.

Entramos em seu quarto e ele me sentou em sua cama. Beijei seu abdômen e ele o contraiu. Me livrei de seu cinto, e abaixei sua calça. E pude ver com um pouco mais de clareza sua ereção marcando em sua boxer. Minha boca salivou vendo todo aquele volume preso. Enfiei as pontas dos dedos no cos de sua ultima peça, mas ele me impediu de tira-la.

-Ainda não. – ele sorriu sacana e entendi que ele queria, me despir primeiro. Então tratei de tirar minha blusa e desabotoei minha calça. Ele voltou a me beijar, antes de me empurra para deitar na cama e ele conseguir tirar minha calça.  Quando aquele jeans apertado saiu dos meus pés, subi um pouco mais na cama e abri minha pernas, para ele se encaixar sobre mim, pude vê-lo abrir um lindo  sorriso, antes de subir na cama e beijar meu corpo.

Baek deu um breve selar no meu sexo por cima do pano, já úmido, da minha calcinha. Seus beijos foram subindo por minha barriga, passou por entre meus seios, tive que morder meus lábios com força para impedir que gemidos altos fossem ouvidos antes da hora. Ele continuava a sua trilha de beijos por meu colo, pescoço, onde ele deixou um chupão. Até encontrar novamente minha boca.  Seu beijos, era intenso, e feroz. Mais uma vez nossos sexos se choraram quando ele se posicionou entre minhas pernas, ergui meu quadril com aquele toque e ele agarrou minha bunda a apertando com força. Gemi entre seus lábios, e ele mordeu e sugou meu lábio inferior. Minhas unhas arranhavam as costas dele, enquanto ele se roçava em mim.

Ele se deitou do lado do meu corpo e puxou uma de minhas pernas para o lado e desceu suas mãos para o minha intimidade, meu corpo se estremeceu com aquele toque. Como era bom ser tocada ali de novo. Não resisti e gemi seu nome baixinho, ele me olhou e sorriu.

-Geme meu nome de novo, (s/n). – ele sussurrou em meu ouvido enquanto me tocava de forma lenta e torturante. – ele beijou meu pescoço, desferindo mordidinhas em minha pele.

-Ahh... Baek... não me torture assim. – o olhei suplicante e ele aumentou a intensidade de seus toques. Minhas pernas tremiam, e eu me contorcia tentando buscar alivio, mas ele apenas intensificou seus toques.

Ele tirou os dedos de mim e me beijou brevemente antes de descer na cama e se ajoelhar na beira da mesma, me puxando para a ponta da cama pelas pernas, ele não retirou minha calcinha, mas isso nem importou. Abriu minhas pernas com suas mãos e beijou a parte interna da minha coxa esquerda, antes de morder de leve.  – me apoiei nos cotovelos, porque queria muito ver aquilo. Seus dedos, puxaram minha calcinha para lateral, e pude ver o brilho em seus olhos, ao encarar aquela parte minha pela primeira vez. ele passou a língua por seus lábios, antes de tocar minha intimidade com ela.

Sua língua percorreu cara canto meu antes de se concentrar em meu clitóris. A essa hora meus gemidos já poderiam ser ouvidos da esquina. Eu não conseguia e nem queria segurar nenhum deles. Baek estava me proporcionando um prazer gigantesco e queria que ele soubesse o quanto estou gostando.  Deixei meu corpo cair sobre a cama e agarrei os lençóis quando ele me penetrou com dois de seus dedos. Minha respiração estava pesada, eu me contorcia enquanto ele alternava suas investidas entre rápidas e lentas, ou quando ele fazia uma troca entre seus dedos e sua língua para invadir meu intimo.

Agarrei em seus cabelos empurrando ele mais para mim, eu estava chegando a meu máximo que queria mais, eu precisava de muito mais daquilo. Baek voltou a me penetrar com seus dedos cumprimos e seus movimentos eram muito rápidos, eu tentei segurar o máximo que pude, mas não tive muito sucesso, e me desfiz nos dedos do rapaz, gritando seu nome alto. Ele tirou seus dedos de mim, e lambeu meu sexo, limpando todo meu liquido, e me beijou rapidamente antes de se levantar. E olhar em sua gaveta. O vi negar com a cabeça antes de olhar a outra gaveta.

-O que foi? – perguntei quando o vi se afastar da cama.

-Eu já volto. É só um segundo. – ele sorriu, e saiu do quarto. Assenti, e fechei meus olhos, aproveitando o orgasmos que foi me dado a poucos instantes.


Notas Finais


Conseguiram chegar até aqui??? Estão vivas?? O capítulo além de grande é finalizado logo agora?
Mas eu não consigo não ser má com vocês, me desculpem por isso.

Espero que tenham gostado.

Gestem eu estou muito atrasada em relação a responder comentários, mas vou fazer o máximo para responder todos, principalmente do capítulo de um ano. Então não pense que eu estou dando uma de famosinha não, é porque é muita coisa e eu sou meio lerda.

Beijos, amo vocês!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...