A introdução de Seasons Of The Heart começou a tocar me despertando do meu sono.
-Alô! –falei um pouco rouca, pois acabara de acordar.
-Oi amiga. Desculpa, eu te acordei?
-Sim, mas não tem problema. O que você quer?
-Só queria avisar que vou ficar aqui no Channie hoje.
-Tudo bem. – me sentei na cama.
-Era só isso, ate amanha.
-Ate, beijo, manda pros meninos também.
-Ok, beijo! – ela desligou a ligação.
Olhei no visor do celular e já eram 20 horas. Bocejei. Nossa, eu dormi demais! No visor marcava quinze chamadas perdidas do Suho. Resolvi ignorar por enquanto. Lavei meu rosto no banheiro, e fui para cozinha, estava morrendo de fome. Coloquei um pedaço da lasanha que havia comprado para meu almoço no microondas para reaquecê-la. Ouvi meu celular tocar, olhei o visor e era o Suho.
-Alô! – falei sem animo.
-Ate que enfim, estava começando a ficar preocupado.
-Com o que?
-De algo ter acontecido contigo, você não me atendia nunca.
-Hum... Eu só estava dormindo.
-Você pode vir aqui para casa?
-Não! – disse seca.
-Porque não?
-Eu estou muito cansada, esses dias têm sido complicados, eu vou jantar e voltar a dormir.
-Porque não vem dormir aqui em casa? Eu faço o jantar e a gente pode conversar.
-Suho, eu já estou terminando de esquentar a lasanha de hoje cedo, e eu estou morrendo de sono, ate me arrumar para chegar a sua casa, vai demorar muito, e eu não estou disposta para isso.
-Mas eu queria conversar contigo, sobre hoje mais cedo.
-O que quer que você queira me dizer hoje, pode muito bem ser dito amanha. – Estava estressada demais para querer conversar com ele sobre qualquer coisa.
-Nossa... Está tão chateada assim?
-Suho, eu tenho que desligar, você tem mais alguma coisa pra falar? – ele ficou em silêncio por alguns segundos.
-Não! Você está nervosa demais para conversar hoje, amanha a gente se fala.
-Ok!
-(S/n)?
-O que?
-Eu te amo! – meu coração balançou nesse momento, mas estava irritada demais para ceder.
-Boa noite! – desliguei o telefone. Jantei e voltei a dormir.
(...)
Cheguei à sala de aula e ela já tinha alguns alunos, ele me olhou quando entrei.
-Bom dia (s/n)! – ele sorriu, o ignorei e fui direto para meu lugar. Meu celular vibrou. Olhei o visor e era uma mensagem dele.
-Ainda está zangada? – ele me olhava.
-Quem disse que eu estou zangada? – o olhei.
-Você com toda a sua delicadeza de ontem no telefone.
-Não, mas eu não fui grossa. Você merecia coisa pior por ter feito o que fez ontem.
-E o que acha que eu fiz?
-Não sei, você me expulsou da sua casa ontem, não consegui ver. – ergui uma sobrancelha o encarando.
-Para com isso, eu não fiz nada.
-Se você diz...
-Vai comigo para casa hoje? – Suspirei – Por favor? – olhei para ele que fazia um beicinho muito fofo que me fez sorrir. – Eu vi um sorriso?
-Sorriso? Que sorriso? – ele riu alto chamando a atenção dos poucos alunos que estavam no local, ele pigarreou e ajeitou a postura. – Se controle!
-Só se você prometer ir embora comigo. – ele ficou me encarando, rolei meus olhos.
-Ok, eu vou.
-Só mais uma coisa...
-O que?
-Diz que me ama? – ele fez uma carinha fofa, fiquei o olhando quando ia responder ouvimos batidas na porta e viramos para olhar, e lá estava ela. Essa praga não desgruda?
-Sr Kim, o senhor tem um minuto? – ele me olhou brevemente, e me viu bufar. Guardei meu celular, quando ele se retirou da sala para falar com ela.
-Por favor, não pense besteira. – olhei a mensagem, e bloquei meu celular o ignorando, e comecei fazer desenhos aleatórios nas ultima folha do meu caderno.
-Tenho que te dizer que você perdeu uma bela refeição ontem. – Baek chegou sorrindo, e beijou meu rosto, antes de se sentar a meu lado. Olhei brevemente para Suho e ele nos olhava irritado.
-Posso imaginar... – sorri para ele. – o que vocês fizeram? Sanduiches e suco?
-Não engraçadinha, Channie e eu pesquisamos umas receitas e fizemos algo realmente bom.
-Não sei se acredito.
-É serio pode confiar. Pergunta para Yujin.
-Ela é suspeita, tudo que o Channie faz ela gosta.
-Isso é verdade. Mas é serio da próxima vez você tem que ir com a gente.
-Pode ter certeza que eu vou. – ficamos conversando ate a aula começar, ignorei todas as mensagens que Suho me mandou.
(...)
-Eu comprei para você. – Suho me entregou uma caixa de bombons quando entramos na sua casa.
-Você acha que vai me comprar com uma caixinha de bombons? – fiquei o olhando.
-Não, mas sei que chocolate é a única coisa que te acalma quando você está com TPM.
-Eu não estou com TPM!
-(S/n) nós estamos juntos há pouco tempo, mas eu te conheço muito bem.
-Rum. – peguei a caixa e me sentei no sofá, abrindo a e comendo um, ele ficou me olhando. – Anda, estou esperando? –se sentou a meu lado.
-Posso pegar um? – apontou para os bombons
-Não, você me chamou aqui para se explicar, não para comer meu chocolate?
-Eu não fiz nada de errado fica tranquila.
-Isso é a primeira coisa que alguém culpado fala. – mordi outro bombom.
-É serio!
-E o que ela estava fazendo aqui?
-Viemos terminar de fazer o que o Sr Jung nos pediu.
-Quer dizer que agora o Sr Jung é cafetão? – perguntei fazendo Suho rir.
-Para com isso.
-Mas precisava ser aqui na sua casa?
-Eu tinha esquecido a planilha aqui em casa, e para não ter que vir aqui buscar e voltar para a faculdade ela sugeriu que terminássemos aqui mesmo, eu não vi mal algum nisso e a trouxe.
-Tão inocente você, é obvio que ela falou para vocês virem para cá pra ficar a sós com você e fazer você sabe bem o que.
-Mesmo que essa tenha sido a verdadeira intenção dela, eu não aceitaria. Sabe por quê?
-Por quê? – o olhei.
-Porque eu te amo. – ele veio me beijar, mas virei o rosto.
-Muito conveniente dizer isso agora. – ele rolou os olhos.
-(S/n), por favor, acredita em mim. Você realmente acredita que se eu tivesse mesmo a intenção de te trair eu viria logo para casa, sabendo que você tem a chave e poderia me pegar no ato? – ele me olhava nos olhos.
-Não, - suspirei - mas nunca se sabe, quando você está excitado você não pensa nas consequências.
-Meu Deus, quantas vezes vou precisar dizer que nós só estávamos trabalhando? – falou olhando nos meus olhos.
-Trabalhando com roupa ou sem?
-Com roupa, óbvio! Jagiya, para com isso, por favor, se não eu vou ficar chateado. – mordi outro bombom olhando para ele – Eu já dei algum motivo para você desconfiar em mim? – Neguei com a cabeça – Pois então, confia em mim, eu não confio em você quando você diz que o Baekhyun vai dormir na sua casa?
-Mas o Baek é diferente.
-Diferente como?
-Eu o conheço desde quando cheguei aqui, somos amigos e você sabe disso, e essa daí apareceu agora, nem eu, nem você sabemos nada sobre ela.
-Eu sei disso, mas como você não tem nada com o Baekhyun eu também não tenho nada com a Sekyung.
-Já chama ela pelo nome. Sem formalidades? – balancei a cabeça.
-Ah não, não vamos recomeçar, achei que o ciumento aqui fosse eu.
-Eu não estou com ciúmes, só quero cuidar do que é meu.
-Sei... – me olhou desconfiado.
-Só mais uma coisa.
-O que?
-Não quero que deixe ela ficar encostando em você, toda vez que eu vejo vocês juntos ela arruma um jeito de tocar o seu corpo e eu odeio isso.
-Tudo bem, você tem razão, eu também não gosto quando ela faz isso.
-É, mas você não faz nada para impedir. Tanto que meus amigos acham que vocês são um casal. Principalmente Yujin e Baekhyun.
-Eles acham isso? – ele franziu o cenho.
-Sim, e acho que toda faculdade acha o mesmo. – rolei meus olhos.
-Pode deixar eu não vou mais deixar ela fazer essas coisas.
-Acho bom mesmo. Até porque eu nem deveria ter que te pedir isso.
-Ok, mas agora vem cá, - ele me puxou para seu colo. – Esquece ela, e me dá um beijo.
-Não!
-Só um beijinho. – ele envolveu meu pescoço com seu braço e aproximou seu rosto do meu, fechei minha boca escondendo meus lábios. – Para de graça. – ele riu e tentou me beijar, mas não deixei. – Não vai me beijar? – neguei com a cabeça, ele fez um beicinho. Não resisti a sua carinha fofa e dei um selinho nele, que sugou meu lábio. – Gostinho de chocolate. – ele sorriu e eu sorri junto, e nos beijamos. -Fala que me ama?
-Não sei se está merecendo. – virei meu rosto, e fiquei olhando minhas unhas.
-Serio? – ele beijou meu pescoço.
-Estou brincando, é claro que eu te a... – ouvimos a campainha tocar. -Está esperando alguém?
-Não. – ele se levantou e foi ate a porta e voltou coçando a nuca – Jagiya, você pode subir um pouco? – pediu baixo.
-Por quê?
-Ela está aqui. – ele fez uma careta
-O que ela está fazendo aqui? – perguntei irritada.
-Eu não sei. Mas por favor, me espera no quarto? – bufei e fui pegar minhas coisas. Mais uma vez a campainha tocou.
-Já estou indo! – falou alto para que Sekyung o ouvisse. - Não fica com raiva.
-Não enche! –subi para seu quarto.
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