História My Rent Boy - Betrayal

~ Natsu Povs ~

_ Mais um ponto para mim. – Jude-san se aproxima da Layla-san e a levanta em seus braços.

_ Aw meu querido. Você é um ótimo jogador de golfe. – Luce estava emburrada ao meu lado.

_ Não é justo. Papai já fora um jogador de golfe muito famoso. É claro que ele vai ganhar. – Ri.

_ Eu também sei jogar golfe Luce.

_ Mas não igual ao meu papai.

_ Isso foi um insulto? – Ela ri e se aproxima de mim, colocando seus braços sobre meu pescoço e depositando um beijo na ponta do meu nariz. Minhas mãos circulam sua cintura e trazendo para mais perto de mim.

_ Não foi um insulto, afinal sei que você é bom em tudo o que faz. – Ela sorri. _ Vamos ganhar esse jogo amor. – E me manda uma piscadinha.

_ Vamos sim, minha princesa.

_ Oe oe, dá para pagar de se pegarem aqui? – Olhamos para o lado onde o grupo de amigos da Luce vinham.

_ Deixa de ser invejoso Gray. Vá arranjar uma namoradinha para você dar uns pega também.

_ Cala a boca! – Ele lhe mostra o dedo do meio e ela ri. Nos soltamos. _ E então, o senhor Jude está humilhando todo mundo outra vez?

_ Sim.

_ Deveria ser proibido deixar ele jogar, ou coloca-lo como ‘café com leite’.

_ Até parece que meu papai aceitaria.

_ Dragneel! Sua vez! – Jude-san me chama.

_ Claro Jude-san. – Vou até ele e recebo o taco que estava em suas mãos. Ele dá um leve tapinha em meu ombro.

_ Boa sorte.

_ Obrigado. – Mirei para o buraco que estava a mais ou menos uns 50 metros de distância. Eu precisava acertá-lo para igualar meus pontos com os de Jude-san.

Me concentro e olho fixamente para a bola, traçando o melhor caminho para que ela vá sem nenhum problema para o buraco.

_ Boa sorte meu amor!! – Olho de canto para Luce que pulava e sorri. Apenas sorri e assenti com a cabeça.

Droga! Como vou me concentrar com esse sorriso dela? Balanço a cabeça negativamente. Não é hora para isso. Apenas se concentre no que tem que ser feito.

Ergo o taco e acerto com força a bola, fazendo-a voar com uma velocidade impressionante.

Todos ali param o que estavam fazendo para seguirem o trajeto da bola com o olhar. Sou presunçoso e quis acertar o buraco mais longe.

E claro, acabei acertando realmente.

_ Aê!!! Ele acertou! Ele acertou!! – Luce vem correndo em minha direção e me da um abraço apertando e vários selinhos em meu rosto.

_ Eu te falei que também era bom nesse jogo. – Ela sorri.

_ Eu sabia. – Nos separamos quando Jude-san e a Layla-san vem até nós.

_ Parabéns Natsu. – Ele me estende a mão, aceito seu cumprimento na mesma hora. _ Não sabia que era tão bom no golfe também.

_ Pratiquei diversos esportes.

_ Minha filha realmente teve sorte ao encontra-lo Natsu. – Layla-san estava toda sorridente. _ E então, quando nos darão netinhos? – Luce estava se refrescando com uma garrafa de limonada, e ao ouvir aquilo sendo dito por sua mãe ela se afoga e cospe toda a bebida para fora.

_ M-Mamãe!! – Ela tossia. Mas não era apenas a Luce quem estava assim. Jude-san estava tossindo também por ter se afogado com a água que tomava. E devo dizer que ele parecia estar pior que a Luce.

_ L-Layla! Céus, não diga essas coisas assim do nada mulher! – Os dois se acalmavam aos poucos.

_ Oras, o que eu falei de tão ruim? Apenas questionei quando terei um netinho. – Soltei um riso. _ Está vendo? Natsu está tranquilo, só vocês dois que estão apavorados. – Luce aponta para a nossa frente. Era Laxus que havia acabado de chegar com sua noiva Mira, e Lisanna...

Apertei os punhos assim que a vi se aproximar, toda sorridente e aquela carinha de inocente.

Minha vontade fora de manda-la ficar longe de nós, ficar longe da Luce. Mas não podia fazer isso.

_ Está atrasado Laxus.

_ Foi mal Jude-san. Essas duas aqui demoraram uma eternidade para se arrumarem. – Ele apontava para Mira e Lisanna ao seu lado.

_ Moo Laxus, você também demorou para escolher uma roupa e arrumar esse cabelo. – Luce se aproxima de Lisanna e a pega pelo braço.

_ Estava com saudades Lis. – Ela é correspondida com um sorriso.

_ Eu também Lu. – Mentirosa! Todo aquele teatrinho estava me deixando enojado.

Mas quem sou eu para falar de teatro? Pois é isso que estou fazendo aqui também. Atuando como o namorado da Luce. Isso também enojaria qualquer um.

_ E então, sobre o que estão falando? – Laxus pergunta a nós.

_ Quando a Luce ficará grávida. – Laxus arregala os olhos após ouvir a resposta de Layla-san, que agora ria com a situação.

_ L-L-Lucinda?? V-Você está g-g-grávida??? – O rosto de Lucy atinge uma coloração extremamente vermelha.

_ C-Claro que não Laxus-nii! A mamãe que quer que eu engravide logo e--- -

_ V-Você está grávida! Ah céus, eu não acredito! – Ele me aponta. _ V-Você é o pai!? Ahh ele vai nascer com o cabelo rosa? – Ele não me deixava responder, então apenas ria com isso. _ Foi por isso que desmaiou ontem? Os sintomas de gravidez. Como não pude perceber?

_ Desmaiou? – Jude-san questiona. _ Que história é essa Laxus? Eu não estou sabendo disso.

_ Papai, não é nada demais. Apenas tive uma queda de pressão e desmaiei.  

_ Por que não nos disse antes Lucy? Você precisa ir ao médico!

_ Já consultei o médico ontem mesmo. Ele disse que foi apenas a minha pressão que abaixou. Eu estou bem. – Layla-san se aproxima de Luce e coloca sua mão sobre sua testa.

_ Você está bem mesmo filha? Sua saúde e bem estar é nossa prioridade querida. – Luce sorri.

_ Eu estou bem mamãe. Não se preocupe. – Eles pareceram mais aliviados com a resposta dela.

_ Então a Lucinda não está grávida? – Neguei com a cabeça.

_ Não Laxus-san. Não seremos papais ainda. – Luce me olha e sorri, e junto com o olhar dela vejo o de Lisanna, que parecia me olhar como se suplicasse por algo, e eu sabia o que era.

O medo de eu contasse algo para a Luce estava estampado em seu rosto.

_ Que alívio. – Ele se aproxima de mim e dá um tapa relativamente forte em meu ombro. _ Então vamos jogar. – Assenti com a cabeça.

[...]

O jogo finalmente tinha acabado, depois de quase três horas.

Jude-san havia ganho de lavada sobre nós. Fiquei em segundo lugar, mas ainda sim com uma pontuação alta.

Neste momento estava deitado sobre a cama verificando meus e-mails no celular. Estava lotada de mensagens, e todas eram de compromissos que teria a partir de semana que vem.

Essa ‘profissão’ não me dá descansos, férias ou pausa.

Luce tinha ido ao shopping com sua a Layla-san. Disseram que era o dia de mãe e filha. Jude-san estava no escritório trabalhando, então não tinha nada de interessante para se fazer, além do mais eu não conheço nada por aqui, e sem a Luce como minha guia não me arriscaria sair da mansão.

~ TRIM TRIM ~

Olho para o meu celular que mostrava no visor quem ligava.

_ Tsc. – Revirei os olhos. O que ele queria dessa vez?

Deixei o celular tocando e fui até o toalete. Precisava de um banho.

**

~ Lucy Povs ~

_ Aw como é ótimo fazer compras com a minha filhinha. – Mamãe me abraçava enquanto chegávamos onde estava o carro estacionado.

_ Sim mamãe, foi ótimo mesmo. – Olho para as nossas mãos que estavam lotadas de sacolas de diversas lojas. _ Mas acho que exageramos. – Rimos.

_ Dinheiro é feito para se gastar. – E ela me manda uma piscadinha. _ E então querida, ainda não tivemos oportunidade para batermos um papo entre mãe e filha. – Entramos no carro. Aquela grande caminhonete que ela fazia questão de repinta-la com uma cor brilhante.

_ Sobre o que quer conversar? – Coloco o cinto.

_ Natsu Dragneel. – Ela também coloca o cinto e em seguida liga o carro.

_ Imaginei.

_ Ele é belíssimo filha. Dê muito valor. É raro achar garotos tão belo como ele. – Ri.

_ Claro senhorita. Darei valor. – Literalmente falando, afinal darei dinheiro para ele.

_ E então, já dormiram juntos? – Aquela era minha mãe. Sempre direta.

_ Sim mamãe.

_ Kyaaaa! E como ele é? Digo, na cama. – Ri.

_ Mamãe! Isso não é coisa que se pergunte do namorado da sua filha.

_ Moo, não seja chata. Apenas me diga, ele é bom?

_ Sim mamãe, ele é ótimo. Agora chega. É estranho falar com minha mãe sobre isso. – Ela ri.

_ Boba. Estamos em pleno século 21, é normal falar essas coisas.

_ Só se for para você.

_ Mas eu estou feliz Lucy. Fiquei feliz ao vê-la com o Natsu, feliz ao ver que está seguindo em frente. Sabe, desde quando o Sting fez aquilo com você eu achei que você não iria mais querer nenhum relacionamento, ou iria ficar lésbica. – Ri. _ Mas ao vê-la toda sorridente me apresentando seu namorado, eu fiquei feliz querida. – Sorri.

_ Obrigada mamãe. Sting é passado, ele não interfere em mais nada na minha vida.

_ Isso é ótimo. Natsu é bem mais lindo que o Sting. – Rimos.

_ Com certeza mamãe. Bem mais lindo, romântico, carinhoso. Ele é perfeito.

_ Você realmente está apaixonada por ele Lucy. – Ri sem graça.

_ S-Sim. Muito. – Virei o rosto. Mentir olhando cara a cara era extremamente difícil. _ Que tal irmos a uma lanchonete? Estou faminta. – Queria mudar de assunto.

_ Ótimo. Vamos!

[...]

Finalmente já estava na mansão.

Mamãe se empolgava quando saia, principalmente comigo. Se fosse por ela ficaríamos até de madrugada fazendo compras. Eu estava exausta.

Entro no meu quarto e lá estava ele dormindo sobre a minha cama.

 Sorri.

_ Voltei Natsu. – Sussurrei para não acorda-lo.

Peguei uma toalha, uma roupa qualquer e fui ao toalete. Ainda hoje teríamos outra fez. Essa seria uma espécie de pré festa para o casamento, que acontecerá amanhã.

Adentro o toalete e encosto a porta, sem trancá-la.

Tiro minhas roupas, ligo a torneira da banheira e espero enche-la. Enquanto isso espalho alguns sais de banho sobre a água.

Um banho de espuma seria ótimo para tirar esse cansaço.

**

~ Natsu Povs ~

Acordo com alguns barulhos vindo do toalete. Levanto-me da cama e encaro a porta que estava apenas encostada.

Era a Luce que havia voltado.

Olho para o relógio ao lado e já eram quase 19:00. Se não me engano teríamos outra festa daqui uma hora.

A torneira da banheira é desligada, e segundos depois a porta se abre revelando aquele corpo escultural em volto a toalha felpuda rosa. Ela me olha e sorri.

_ Bom dia Bela Adormecida. – Sorri de canto.

_ Deveria ter me acordado.

_ Impossível. Você parecia tão confortável. – Ela se aproxima da cômoda. _ Já tomou banho? – Nego com a cabeça. _ Então é melhor se apressar. Sairemos logo. – Me levanto e vou em sua direção. Ela olhava atentamente para sua cômoda onde estavam suas lingeries.

_ Está em dúvida em qual escolher? – Ela me olha com um sorriso de canto nada inocente.

_ Estou. Quer me ajudar? – Sorrio de volta.

_ Claro. – Me aproximo dela, que ainda estava só de toalha. Faço questão de ficar atrás de si, com minha respiração quente batendo em seu pescoço nu e molhado, e isso já lhe causava arrepios. _ Qual tal aquela? – Apontei para uma lingerie branca com bolinhas pretas e com alguns laços.

_ Hm, infantil demais. – Ri.

_ E o que está procurando Luce? – Minhas mãos já estavam em sua cintura segurando-a com delicadeza.

_ Algo sexy, que enlouqueça qualquer homem.

_ Está querendo enlouquecer algum homem? – Sussurro bem próximo ao seu ouvido, fazendo-a tremer em meus braços.

_ Quem sabe? Apenas quero estar preparada. Afinal hoje a noite será longa. – Ri. Aponto para uma das ultimas lingeries em sua gaveta.

_ Aquela vermelha... com certeza enlouquecerá qualquer homem. – Ela pega na lingerie que disse.

_ Vermelha?

_ Minha cor preferida. – Ela ri.

_ Certo. Usarei ela. – Retiro minhas mãos de sua cintura e me afasto.

Pego a toalha que já estava pendurada no cabideiro e vou ao toalete.

[...]

Rio ao olhar para baixo e ver o quanto meu membro estava feliz.

_ Essa garota ainda irá me enlouquecer. – Aumento a água da ducha para ver se amenizava o que Luce havia causado.

**

~ Lucy Povs ~

Depois de algumas horas nos arrumando finalmente chegamos a festa. A festa ‘pré casamento’.

Viemos juntos com papai e mamãe.

_ Filha, venha aqui. Me deixe arrumar seu batom. – Mamãe se aproxima e começa a mexer em meu rosto.

_ Mamãe, já está bom.

_ Você tem que ficar linda.

_ Ela já está linda Layla. – Papai vem até nós.

_ Só ela está linda? – Papai a abraça.

_ Você está belíssima Layla. – E os dois selão um beijo.

_ Ah não façam isso na frente da filha de vocês. – Pego na mão do Natsu. _ Vamos Natsu. – Ele ri.

Adentramos o salão e os fotógrafos enlouqueceram com seus flashs em nossa direção.

_ Faça uma cara bonita. – Olho para ele que estava sério. _ Droga! Você é bonito de qualquer jeito. – Ele sorri de canto.

_ Já disse que não terá descontos por elogios Luce.

_ E eu já disse que não pagarei por nada Natsu. – Nos dóis nos encaramos e rimos no final. _ Vamos logo. Estou faminta. – Ainda de mãos dadas nos direcionamos ao centro do salão, onde nossa mesa estava reservada. Como éramos da família pegamos os melhores lugares.

“Lucy Heartfilia / Natsu Dragneel”

A plaquinha em cima da mesa indicavam nossos lugares.

Logo nos sentamos e fomos atendimentos por diversos garçons que traziam petiscos e bebidas.

Olho para a mesa ao lado onde estavam meus queridos amigos.

Gray, Erza, Jellal, Levy, Juvia. Eles acenam para mim, faço o mesmo.

_ Desde quando conhece eles? – Encaro Natsu que havia feito aquela pergunta.

_ Quem? – Ele aponta disfarçadamente para a mesa ao lado. _ Alguns desde criança, outros na adolescência.

_ Entendo.

_ Posso saber o por que desta pergunta? – Ele apenas sorri, aquele sorriso que era o mesmo que dizer ‘não responderei esta pergunta’. _ Okay, okay. Não precisa dizer mais nada. – Me viro para frente e vejo a outra plaquinha sobre a mesa.

“Lissana Strauss”

Sorrio.

_ Aw que ótimo. A Lis também vai se sentar aqui. – Natsu encara a plaquinha a sua frente e esboça uma expressão nada amigável.

_ Luce, vou ao toalete. – Ele se levanta. _ Já volto. – Assenti com a cabeça.

Natsu se distancia.

Olho para a frente e suspiro.

_ Ahh odeio esse tipo de coisa. – Realmente odiava. Desde criança era obrigada a frequentar esses tipos de evento, e sempre odiei.

_ Somos dois. – Olho para trás esboçando um sorriso.

_ Voltou rápido Natsu. – Mas não era ele... tiro o sorriso rapidamente.

_ Não é o seu namorado. – Viro para frente enojada.

_ Preferia que fosse um demônio do que você. – Ele ri. _ O que você quer Sting?

_ Conversar com você. – Ri.

_ Não tenho nada para falar com você.

_ Mas eu tenho. – Ele se abaixa, o suficiente para se aproximar de meu ouvido e falar em um tom mais baixo. _ Por favor Lucy. Vamos conversar. – Ele estava diferente. O encaro.

_ Só dessa vez Sting. – Ele assenti com a cabeça. – Me levanto e pego minha bolsa.

_ Vamos ao terraço.

_ Claro, afinal não quero que ninguém me veja com você. – Ele sorri de canto.

_ Certo.

**

~ Natsu Povs ~

Depois de alguns minutos no toalete retorno a mesa. Estranhei pois Luce não estava lá, mas ela estava, com aquele sorriso em seu rosto.

_ Boa noite Nat-kun.

_ Me chame de Natsu, Lisanna. Onde a Luce está? – Ela aponta para a porta que dava acesso ao lado de fora do salão.

_ Sting a chamou para conversar.

_ Sting? – Apertei os punhos. Aquele maldito! Dou meia volta e tento ir para onde eles estavam, mas sou impedida pois alguém segurava meu braço. Era Lisanna.

_ Não vá Natsu. Deixe-os. Eles precisam ter essa conversa há muito tempo. – Ela solta meu braço.

_ Ele quer a Luce de volta, e você vai deixar? Depois de tudo que vocês dois fizeram a ela? – Ela olhava assustada para os lados. Tinha medo de que alguém ouvisse o que eu falava.

_ P-Por favor, vamos conversar. – Ela aponta para a cadeira onde eu estava sentado anteriormente. _ Sente-se. – Sentei-me. _ Acho que nós dois precisamos conversar também. – A encaro.

_ Por que todos sabem da sua traição com a Luce?

_ Porque eu contei a eles.

_ E o que eles fizeram? Entraram num acordo? – Ela ri.

_ Mais ou menos isso. – Ela alisa sua bochecha esquerda. _ Isso depois de Erza e Levy me pegarem de jeito e me darem várias bordoadas. A Mira também fez o mesmo.

_ E o Laxus, como agiu?

_ Bom, isso você deve perguntar para o Sting, mas acredito que tenha agido do mesmo modo que as meninas agiram comigo, afinal Sting ficou três dias internado no hospital com um braço quebrado. – Não aguentei e soltei um riso baixo. _ Então pense duas vezes antes de magoar a Lucy, ou terá que enfrentar o mesmo castigo que Sting passou.

_ Não tenho nenhuma intenção de magoá-la. – Até porque daqui um dia seremos completos estranhos novamente.

_ Natsu, ao contrário do que você pensa eu realmente me sinto mal pelo que fiz. E isso jamais vai passar. Quando olho para a Lucy vejo minha traição estampada em seu rosto, e isso me faz me sentir um monstro.

_ Então por que fez o que fez?

_ Eu sabia que era errado, muito errado. Mas Sting e eu não conseguíamos parar. Tentamos por diversas vezes, mas o que sentíamos um pelo outro era maior. Achávamos que tudo não passava de uns beijos, de caricias e de uma transa, mas descobrimos que o que sentíamos era amor. Amávamos um ao outro, e mesmo ele sendo o namorado da minha melhor amiga eu não consegui evitar esse sentimento.

_ Já que se amam tanto por que não estão juntos ainda? – Ela ri de canto.

_ Me pergunto isso todos os dias. – Cruzo os braços.

O barulho do microfone sendo ligado faz a minha atenção ir ao palco da frente, onde Laxus e Mira estavam.

_ Olá? Testando 1,2. – Ele pigarreia. _ Ér, sejam bem vindos a festa de casamento, quer dizer, a festa antes do casamento. – Todos riem. _ Enfim, fiquem a vontade. Só queríamos dar as boas vindas. Então, agora a banda irá tocar. – Ele aponta para os músicos que ajeitavam seus instrumentos. _ E é isso. – Laxus dá o microfone na mão de um dos músicos, o qual julguei ser o vocalista.

_ Essa é a Banda Primords, e iremos deixar o ambiente mais legal para vocês. – Todos aplaudem.

Logo eles começam a tocar.

Olho para a porta do salão com esperança de vê-la voltando, mas nada vi.

_ Apenas curta o show Natsu. – Lisanna sorria. _ A Lucy está bem, não se preocupe. Sting jamais faria mal algum a ela. – Ri sarcasticamente.

_ O que mais ele poderia fazer além de destruir o coração dela? – Lisanna desfez o sorriso.

Luce... eu não posso intervir nisso.

**

~ Lucy Povs ~

 _ Aqui está ótimo. – Sting aponta para um dos bancos próximo a piscina que tinha ali.

Fomos até o banco e sentamos. Para minha sorte não havia quase ninguém ali.

Ser vista com o cara de me chutou depois de anos seria um tanto vergonhoso.

_ Sting, sem enrolação. O que você quer? – Ele ri.

_ Você me odeia tanto assim mesmo?

_ Você não imagina o quanto.

_ Eu não te magoei apenas. Também lhe fiz muito feliz Lucy.

_ Mas a merda que você fez por ultimo me fez esquecer as coisas boas. Enfim, seja breve. – Ele suspira.

_ Lucy, você algum dia pensou no por que te deixei?

_ Se eu já pensei no por que você me deu um pé na bunda depois de todos aqueles anos que me dediquei inteiramente a você? – Sorrio para ele. _ Não, não pensei. Mas como você mesmo me disse em uma mísera mensagem, você encontrou alguém ‘melhor’.

_ Eu não tive coragem de falar isso pessoalmente...

_ E me dar um fora por uma mensagem de texto foi a ideia mais brilhante que teve? – Bati palmas. _ Uau. Meus parabéns pela ótima ideia Sting. Foi o melhor fora que já levei em toda minha vida.

_ Lucy, dá para ser um pouco menos sarcástica?

_ Não Sting, não dá. Agora diga logo o que quer.

_ Por que? Está com medo do seu namoradinho ficar com ciúmes? – E o que eu mais queria finalmente aconteceu. Ele envolveu Natsu na conversa.

_ Só não quero deixar aquele pedaço de mal caminho sozinho por ai. Você sabe como as garotas enlouqueceriam para ao menos se aproximar dele. Afinal Natsu é maravilhoso. – Ele ri e olha para baixo.

_ Isso foi para tentar me humilhar? Pois se foi, me desculpe querida, mas não funcionou. Afinal eu sei bem que te proporcionei coisas que o rosinha lá não vai conseguir. – Ri.

_ Um fora e um par de chifres? É, com certeza o Natsu não vai me proporcionar isso. – Olho para a piscina atrás de mim. _ Mas eu me perguntei várias vezes o motivo de você ter feito isso Sting. Sabe, você que se dizia ser apaixonado por mim e coisa e talz. – O encaro. _ O que aconteceu para isso mudar?

_ Eu não te merecia Lucy. Quer dizer, ainda não te mereço.

_ E por que não me merece?

_ Eu te trai. – Ri de canto.

_ Isso eu já sabia. – Ele me olha surpreso. _ Eu já sabia, mas o amor por você era tanto que eu tentei ignorar. – Ri. _ Eu era uma tremenda idiota. – O encaro. _ E quem foi a pessoa que te fez trair a namorada pela qual você era terrivelmente apaixonado? – Nossos olhares estavam tão conectados que nem ousava piscar. O clima estava tenso e o ar úmido e gelado fazia meu sangue congelar. Esperar a resposta para esta pergunta era angustiante.

_ Lisanna Strauss... – Ouvir e ver a boca de Sting pronunciar tal nome fez com que o tempo ao meu redor parasse.

O barulho que vinha do salão cessou, a música ficou muda, o barulho da cascata de água da piscina tinha acabado.

Eu só conseguia ouvir minha respiração e a de Sting, que junto vinham as lágrimas.

_ H-Hã? – Foi a única coisa que pude dizer. Por que ele disse o nome de Lisanna? Eu não conseguia entender.

_ Eu me apaixonei pela Lisanna. Me desculpe Lucy. – Eu não havia entendido nada errado.

A tristeza em meu coração explode em formas de lágrimas que escorriam sem parar pelo meu rosto. Minhas mãos tremiam em cima de meu colo e o som ao redor finalmente retorna.

Sting se levanta.

_ Lucy, nós queríamos te dizer, mas não sabíamos como. – Me levanto em seguida, e a única coisa que pude fazer fora levar minha mão com toda força em seu rosto lhe acertando um tapa, que fora tão forte que ecoou por todo o terraço.

Os braços de Sting tentam me abraçar mas o empurro com força para dentro da piscina causando surpresa a todos ali, inclusive a algumas pessoas do lado de dentro do salão, pois os vidros eram transparentes.

Meu mundo havia desmoronado em questão de segundos.

Minha melhor amiga, a que eu mais confiava e acreditava me traiu. Roubou o garoto que eu mais amava, a quem era capaz de oferecer minha vida.

E eu só conseguia chorar igual uma criança...

**