1. Spirit Fanfics >
  2. My ruin >
  3. Fucked

História My ruin - Fucked


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Oi amores!
Estou muito feliz com todos favoritos e comentários, amo mt todos vocês!
Boa leitura💖

Capítulo 3 - Fucked


Chequei o horário mais uma vez em meu relógio de pulso, me sentindo uma idiota por ter repetido estar ação dez vezes nos últimos cinco minutos.

Faltavam exatamente dez minutos para a reunião com Bieber, como Hannah tinha me falado.

Respirei fundo algumas vezes antes de tomar coragem suficiente para me levantar da confortável da cadeira do escritório de Jack, que no momento é meu.

Peguei a pasta com o projeto e uma folha com algumas anotações minhas, arrumando tudo embaixo do meu braço, andando para a saída da sala.

-Me deseje boa sorte. -Murmurei para Hannah, que estava sentada atras do balcão.

Ela me lançou um sorriso de piedade.

-Boa sorte. 

Apertei o botão do elevador com uma força enorme, descontando minha raiva nele.

Minhas pernas estavam tão trêmulas que era um tanto difícil me equilibrar nos sapatos de salto, e eu me sentia uma idiota por isto.

Eu jurei que não deixaria ele ter nenhum efeito sobre mim, mas só de pensar que eu estaria sozinha em uma sala com ele em alguns minutos, me fazia ficar a beira de um ataque cardíaco.

Entrei no elevador, dando um meio sorriso para o senhor engravatado que estava apoiado na parede do fundo.

Apertei o botão do último andar, me encostando na parede esquerda e respirando fundo.

-Andar do Bieber, hum? -Ele falou baixo, me fazendo levantar o olhar para encara-lo. 

Concordei com a cabeça, e ele riu.

-Não sei por que um rapaz da idade dele assumiu uma empresa deste tamanho. -Falou. -Dizem que é algo na família dele, mas nunca comenta.

-Ele é rude. -Murmurei involuntariamente, corando depois de perceber o que tinha falado.

-Eu sei, já tive experiência com ele. Este é o meu andar. -Ele disse, assim que o elevador parou, descendo. -Boa sorte, menina.

O lancei um meio sorriso, enquanto a porta se fechava e o senhor sumia.

Nunca tinha parado para pensar nisto, mas realmente é estranho Justin ser o dono da empresa. 

Ele com certeza é mais velho que eu, mas aposto que não passa muito dos trinta anos.

Provavelmente herdou da família, mas por que seus pais não comandavam a empresa?

Estremeci quando escutei o barulho do elevador parando, e soube que tinha chegado no último andar.

Precisa encarar esta merda.

Respirei fundo, arrumando minha saia justa na altura dos joelhos, e desamassando minha camisa social vermelha. 

Andei em passos surpreendentemente firmes até a recepção, onde Megan estava sentada atrás do balcão, falando no telefone.

-Pode se sentar. -Ela murmurou, sem desligar o telefone ou ao menos olhar para mim.

Fui em silêncio até as cadeiras, me sentando na mais distante possível do balcão.

Entrelacei minhas mãos, apertando uma contra a outra com força enquanto repassava todo meu plano elaborado durante a madrugada em minha cabeça.

Não trema, não gagueje, não chegue muito perto, não o olhe nos olhos, não deixe suas mãos esbarrarem quando for lhe passar um papel, não erre nada...

Soltei todo o ar de meus pulmões de uma vez só, tentando aliviar a pressão dentro de mim.

Meu coração batia muito rápido e eu suava um tanto frio.

A vontade que eu sentia era de correr de volta para meu apartamento e me enfiar embaixo de minhas cobertas, para nunca mais sair.

-O senhor Bieber está lhe aguardando na sala de reuniões. -Megan gritou do balcão.

Me levantei rapidamente, segurando a pasta e minha folha com força embaixo do meu braço, tentando controlar meu nervosismo enquanto passava pela enorme porta.

Da última vez, com Jack, já tinha sido horrível. Hoje será dez vezes pior.

Sacudi minha cabeça com força enquanto andava pelo corredor, tentando afastar estes pensamentos de minha cabeça.

A porta do final estava aberta, e logo ouvi uma voz séria e rouca.

-Eu não estou nem aí. -Bieber falou alto, em um tom tão furioso que me fez gelar e estremecer. -Você errou, você concerte.

Será que ele está sempre xingando ou discutindo com alguém?

Me aproximei mais um pouco da porta, conseguindo ter uma visão dele. Estava no mesmo lugar que da última vez, parado de costas na frente da janela.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, parada a dois passos de distância da porta, enquanto ele parecia escutar o que a pessoa do outro lado da linha falava.

Observei cautelosamente seus músculos ficarem rígidos por baixo do terno que vestia, lhe dando uma aparência ainda mais intimidadora.

-Eu não repetirei o que disse. -Falou, desligando o celular em seguida e se apoiando na janela a sua frente, bufando alto. -Pode entrar, Olivia. -Falou, em um tom calmo, mas que ainda me soava agressivo.

Entrei na sala respirando fundo, sentindo o cheiro de seu perfume invadir minhas narinas.

Eu não sabia mais o que fazer. Eu devia apertar sua mão e agir como profissional, mas parecia difícil nesta situação. 

Por mais que odeie admitir, me sentia apavorada.

-Bom dia, senhor Bieber. -Murmurei, parando próxima à mesa de reuniões.

Ele riu com certo desdém, me fazendo gelar. Certo, o que eu tinha feito de errado agora?

-Senhor? -Falou um tanto baixo, quase como se estivesse pensando em voz alta. -Pensa que sou um idoso, Olivia?

Ele se virou de frente para mim, me fazendo ficar paralisada, enquanto agarrava com força a pasta que tinha em meus braços.

Abri minha boca para falar algo, mas não saiu um som sequer. 

Meu coração estava acelerado e minha cabeça girava, e eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

Ele riu novamente, seus olhos cor de caramelo queimando sobre os meus, que estavam ligeiramente arregalados.

-Vou repetir minha pergunta. Você acha que sou um idoso? -Falou em um tom extremamente calmo, dando alguns passos em minha direção.

Respirei fundo, me obrigando a sair de meu estado de transe. Eu precisava fazer o que tinha planejado.

Não posso deixar que ele me intimide.

-Será que poderíamos iniciar nossa reunião, senhor Bieber? -Perguntei em um tom alto, o encarando nos olhos.

Pude ver imediatamente o quanto ele tinha ficado surpreso com minha atitude. Ele arqueou uma sobrancelha levemente, enquanto um sorriso debochado se formava em seus lábios.

-Quem dá as ordens por aqui sou eu, senhora. Aliás, como foi sua noite? -Falou, mantendo seus olhos fixos sobre os meus.

Engoli em seco, sabendo que ele se referia a nossa troca de olhares do último final de tarde. Respirei fundo, me obrigando a me manter concentrada.

-A faculdade estava excelente, se é disso que quer sabe, senhor. -Murmurei, vendo ele rir, enquanto se apoiava com uma mão na grande mesa.

Ele me analisou dos pés à cabeça, fazendo com que eu me encolhesse, corando um tanto.

Quando seus olhos voltaram a se fixar no meu ele parecia um tanto curioso.

-Está no segundo semestre de administração, estou certo? -Perguntou, e eu apenas concordei com a cabeça. -Vi em seu histórico que pediu transferência da faculdade de sua cidade natal.

Meu corpo congelou no lugar enquanto eu observava aqueles olhos caramelo que pareciam analisar minha alma.

-Me pergunto, o que ocasionou sua transferência? -Ele murmurou em um tom rouco, fazendo com que eu me arrepiasse.

Juntei todas as forças dentro de mim para conseguir pensar em uma resposta racional.

-Sem querer ser rude, mas minha vida pessoal não é de interesse do senhor. 

Pensei que ele ficaria com raiva, mas não foi o que pareceu. Ele soltou uma risada um tanto sarcástica, me indicando uma cadeira com a mão.

-Sente-se. -Falou, e assim eu fiz.

Larguei minha pasta e papéis sobre a enorme mesa, puxando minha saia para baixo e colocando alguns fios de cabelo que caiam por meu rosto atrás da orelha. 

Deixei suspiros involuntários escaparem de meus lábios algumas vezes, enquanto organizava meus papéis e anotações. 

Quase como se fosse instinto, observei cautelosamente o homem, pelo canto do meu olho.

Ele estava sentado na minha frente, na outra ponta da mesa, enquanto analisava cada movimento meu com cuidado.

A este ponto eu já deveria estar mais vermelha que um tomate.

Tomei cuidado para que nossos olhares não se cruzassem, enquanto respirava fundo um última vez antes de tomar coragem para pronunciar alguma coisa.

...

Engoli em seco, enquanto observava os movimentos cautelosos de Bieber.

Mesmo lendo algumas folhas de papéis, seus movimentos eram tão precisos que ele parecia estar fazendo uma cirurgia.

Sua testa se franziu e eu senti o suor frio escorrendo pela minha testa.

Ao menos a pior parte já tinham passado. Eu tinha conseguido apresentar o projeto de Jack sem gaguejar uma única vez ou ter um ataque de pânico, o que era bem surpreendente.

Bieber tinha se mantido em silêncio durante o tempo todo, o que foi um alívio para mim. Mas seus olhares intimidantes não cessaram.

Sua expressão era sempre um tanto indecifrável, o que me deixava apavorada. Eu não saberia dizer se ele tinha odiado ou amado.

Um longo suspiro escapou de seus lábios carnudos, e só quando ele levantou seu olhar por trás das folhas, eu percebi que estava o encarando.

Tentei manter minha expressão neutra, mas era impossível. Tinha certeza de que meus olhos estavamum tanto arregalados.

Ele se levantou cuidadosamente da cadeira, com um sorriso cafageste em seus lábios. 

Andou em passos curtos até onde eu estava, fazendo com que eu ficasse grudada na cadeira, sentindo meu coração acelerar tanto que parecia que sairia pelo meu peito.

-Estava me encarando, senhora? -Murmurou, debochadamente. 

Fiquei em silêncio, o olhando nos olhos, sentindo meu rosto queimando.

-O que achou do projeto? -Murmurei, mas a firmeza em meu tom de voz já tinha sumido completamente.

-Tentando se manter profissional? -Ele falou em um tom baixo e rouco, fazendo com que eu me arrepiasse. -Eu sei o que você está sentindo.

Se eu já me encontrava apavorada, a situação piorou muito mais. Agora minhas mãos tremiam, de verdade. 

-Eu... do que você está falando? -Falei tremulamente, me levantando em um pulo da cadeira.

Minha situação só piorou no entanto, pois ele estava parado na minha frente, me deixando encurralada contra a mesa.

-Você se sente intimidada, sente... um magnetismo. Tenho este efeito sobre as mulheres. -Murmurou, dando uma risadinha, que preciso admitir, foi um tanto sexy.

Senti um calor dentro de mim, que podia ser facilmente confundido com raiva. Mas alguma coisa em mim sabia que não era.

Encarei seus olhos, que, preciso admitir, eram hipnotizantes. 

-Mas você é diferente. Qualquer uma teria caído aos meus pés. -Murmurou, dando mais um passo.

Agora sua perna tocava minha coxa levemente, me deixando um tanto desnorteada.

-Admita que me quer dentro de você, Olivia. Isso tudo pode se tornar mais interessante.

Seu rosto me analisou, e percebi que ele iria se aproximar mais.

Quase em um reflexo tentei empurra-lo para longe, mas ele nem se quer moveu um músculo. 

Percebi que ele estava surpreso, enquanto se afastava, me dando espaço para ir para longe dele.

Uma risadinha escapou de seus lábios, e ele me olhou de cima a baixo. Ele não parecia se sentir ofendido ou rejeitado, muito pelo contrário.

Era quase como se tivesse ainda mais interesse agora.

Ele gosta de jogos.

-Seu projeto está aprovado, aliás. De meus parabéns a seu chefe.

Bufei alto, me virando e andando rapidamente pelo longo corredor. Eu não sabia ao certo se sentia raiva e vontade de socar a sua cara por ser tão abusado, ou se o odiava por outro motivo.

Por ele estar provavelmente falando a verdade.

Não, merda, isto não vai acontecer.

Além de ele ser ele, eu jurei que nunca mais me envolveria com algum homem desta maneira.

Nunca mais deixaria que fizessem comigo o que fizeram novamente.

Enquanto me afastava, conseguia sentir seu olhar queimando em minhas costas. Mais especificamente, em minha bunda.

Merda, eu deveria saber que era isso que ele queria. Por que ele encararia daquela maneira se este não fosse o motivo?

Ele quer sexo, e eu sou a estagiária ingênua.

Mas por que logo eu? Uma garota desajeitada, que não sabe se comportar direito, do interior, que está no começo da faculdade.

Existem centenas de mulheres nesta empresa que fariam qualquer coisa para ouvi-lo falar o que ele tinha acabado de me falar.

Mulheres mais bonitas, mais sexy, mais inteligentes, mais... experientes.

Passei direto pelo balcão onde Megan estava, não fazendo questão nenhuma de dizer algo a ela.

Apertei o botão do elevador com certa raiva, bufando alto quando vi que o mesmo se encontrava cinco andares abaixo.

Bati meu pé repetidas vezes no chão, escutando o barulho dos saltos ecoando pelo piso de granizo.

Soltei um suspiro longo que estava entalado em minha garganta a muito tempo, entrando no pequeno espaço e apertando o botão do meu andar,

Fechei meu sonho olhos, respirando fundo diversas vezes.

Bem, ao menos o projeto de Jack tinha sido aprovado. Mas, por outro lado, eu sei o que isto significa: mais algumas reuniões ao lado dele.

Merda, Jack só tem que voltar de uma vez.

Logo o elevador parou e eu sai do mesmo, soltando o ar de meus pulmões. Me senti um tanto aliviada por estar de volta ao meu escritório.

-Como foi? -Hannah perguntou, arregalando seus olhos castanhos. 

Ela devia saber da fama de rude e arrogante de Bieber, e provavelmente acha que eu me saí muito mal.

-O projeto foi aprovado. -Falei, forçando meu melhor sorriso, que pareceu convencê-la.

-Jack vai ficar muito orgulhoso de você. Ele sabe que não é fácil lidar com... o Bieber. -Murmurou.

Concordei levemente com a cabeça, evitando deixar qualquer expressão em meu rosto transparecer o que tinha acontecido.

-Você já falou com ele? -Perguntei por impulso, me amaldiçoando mentalmente depois.

Eu só precisava saber como ele é, com todas outras mulheres.

-Sim, uma única vez. Fui assistente em uma reunião com ele. -Ela murmurou. -Quero dizer, eu entregava os cafés. A maneira com que ele tratava os outros me deixava apavorada.

Dei um risada sem humor, concordando com a cabeça.

-Você pode avisar Jack sobre a aprovação do projeto, por favor? -Perguntei, e ela concordou rapidamente com a cabeça.

Agradeci com um sorriso e entrei na sala de Jack, que no momento é minha.

Fechei a porta, largando a pasta e os papéis em cima da bancada, me sentando na confortável mesa.

Eu devia estar orgulhosa de mim. Qualquer um estaria.

Não posso deixar as idiotices dele me afetarem desta maneira.

Peguei meu celular em minha bolsa, discando o número de Cassie rapidamente. Ela provavelmente está em um plantão no seu estágio no hospital, ou na faculdade.

-Alo? -Ela atendeu.

-Cassie, você pode falar? -Perguntei rapidamente.

-Caralho Liv, você me liga no meio do meu plantão na emergência e ainda me pergunta se eu posso falar? 

Soltei uma risada. 

-O projeto de Jack, que eu apresentei para o Bieber hoje, foi aprovado. -Falei, ouvindo ela dar um gritinho do outro lado da linha.

-Eu sabia que vocês conseguiria convencer o velho rabugento! -Ela falou, me fazendo gargalhar alto.

Imagino a reação dês Cassie se ela visse Bieber na sua frente. Ela provavelmente seria uma das mulheres que se jogam aos seus pés.

-Certo, eu preciso ir. -Ela murmurou. -Estão me chamando. Mas não pense que vai me escapar. Hoje nós vamos comemorar!

Ela desligou o telefone rapidamente, me fazendo rir.

Bem, hoje é sexta feira. Mas a ideia de diversão e comemoração de Cassie me assusta um pouco, preciso admitir.

Arrumei minhas coisas em minha pasta, checando o horário na tela do computador. Já era meio dia, e hoje só trabalho meio turno, pois tenho aula de tarde.

Desliguei o monitor, arrumando minha bolsa em meu ombro, trancando a porta do escritório.

-Tchau, Hannah. -Falei, acenando para ela, que estava mexendo em alguns papéis concentradamente.

-Só um segundo, já ia me esquecer. -Ela falou, e eu andei até ela, que procurava alguma coisa no balcão. -Aqui.

Ela me alcançou um lindo convite dourado. Era o baile anual de caridade da empresa, para o qual só os funcionários e executivos importantes eram convidados.

-Vou repassar para o Jack, obrigado. -Murmurei, fazendo ela rir.

-Jack está fora da cidade, Olivia. Quem vai é você.

Engoli em seco, arregalando meus olhos.

-E sugiro que começa a procurar um par, por que o tema deste ano é uma noite romântica em Veneza, e todos convidados precisam levar um par. -Ela falou, me fazendo bufar.

Ótimo, ainda terei que arrumar um par para ir. Será que Cassie conta como uma opção?

-Merda! -Xinguei baixo, vendo Hannah soltar uma risadinha contida. -Obrigado, Hannah.

Dei um sorriso amargo para ela, me virando e apertando o botão do elevador.

...

Bati meu lápis contra minha folha de fichário mais uma vez, me sentindo completamente perdida.

Eu escutava o que o professor Hastings falava, mas sua voz era como um eco muito distante em minha mente.

Eu tentava associar todos os eventos que tinham acontecido relacionados à Bieber não minha cabeça, o que só me fazia sentir mais raiva de mim mesma.

-Senhorita Parker? -Uma voz distante ecoou, me fazendo acordar de meus pensamentos.

Dei um pulo na cadeira, percebendo o quanto eu estava perdida em meus pensamentos. Olhei para isso lados, vendo que a aula já tinha acabado.

Restavam apenas dois estudantes, que arrumavam seu se materias, e o professor.

-Me desculpe, senhor Hastings. -Murmurei, organizando meus materiais dentro de minha bolsa.

-Sempre no mundo da lua. Dizem que os melhores inventores e negociantes são assim. -Ele murmurou, me dando um sorriso simpático. 

Ele é um velhinho gordinho de cabelos grisalhos, que sempre tenta ser legal com todo mundo. 

Retribui seu sorriso, me levantando para sair da sala.

-Será que podemos discutir seu último trabalho? -Ele perguntou, e eu concordei com a cabeça, indo até seu lado na mesa.

-Preciso fazer alguma alteração? Tem algum erro ou algo que eu possa melhorar? -Perguntei rapidamente.

-Está excelente, querida! -Ele falou, me fazendo dar um largo sorriso. -Mas gostaria de uma coisa.

Concordei com a cabeça rapidamente.

-Claro, qualquer coisa. -Falei.

-Soube que está fazendo um estágio em uma grande empresa. Ouvi falar do atual proprietário dela, Bieber. -Ele falou, e eu engoli em seco, concordando com a cabeça. -Queria saber se ele poderia ler seu projeto e assinar.

Respirei fundo, sentindo minhas mãos suando frio.

-Não acho que seria uma boa ideia, senhor... -Murmurei. -Ele é bastante arrogante e rude, duvido que faria algo deste tipo.

-Que pena. Este seu trabalho poderia lhe garantir uma bolsa integral na faculdade. 

Respirei fundo, tentando raciocinar. As coisas têm andando bem difíceis, e eu realmente não sei por mais quanto tempo conseguirei me sustentar com meu salário de estagiária.

Poderia pedir alguma ajuda a meu pai, mas seu salário de aposentado da marinha é baixo, e ele ainda precisa cuidar da minha irmã.

Esta pode ser minha única chance de terminar a faculdade e garantir um bom futuro.

-Eu conseguirei. -Falei em um tom firme, e ele sorriu.

-Sinto muito por lhe pedir para fazer isto, mas estou tentando te ajudar a conseguir a bolsa. O conselho está bem exigente. -Concordei com a cabeça.

-Obrigado. -Falei.

-É minha obrigação ajudar uma jovem talentosa como você.

Lhe agradeci novamente antes de sair da sala, atravessando o longo corredor rapidamente.

Merda, eu não acredito que realmente precisarei fazer isto.

Cassie já me esperava na frente do portão, em seu carro.

-Demorou! -Ela murmurou assim que entrei no carro, fechando a porta.

-O senhor Hastings queria conversar comigo sobre meu trabalho. -Falei, enquanto ela arrancava com o carro.

-Então, ele conseguiu a bolsa? -Ela perguntou, parecendo estar tão nervosa quanto eu.

-Ele disse que o conselho está muito exigente, e que ele só vai conseguir se eu tiver a assinatura de alguém importante da área. -Murmurei com desgosto, e Cassie franziu a testa sobrancelha.

-E da onde você vai tirar isto? -Ela perguntou.

-Bieber. Vou ter que pedir para Bieber. -Falei, e ela riu alto.

-Você está fudida mesmo! -Cassie falou, me fazendo bufar com raiva.

Estou muito mais fudida do que ela imagina.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não deixem de comentar e favoritar!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...