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História My ruin - No more secrets


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Desculpem pela demora, não me matem!

Capítulo 32 - No more secrets


Soltei um murmúrio e tentei puxar mais o lençol em volta de meu corpo, sem sucesso. Justin tinha um braço em volta da minha cintura, me prendendo contra ele, e tinha se enroscado no lençol durante a noite, me deixando tremendo de frio.

Depois de nosso banho de mar, nós nos enrolamos em toalhas e dormimos no sofá da varanda da casa, de frente para o mar.

Puxei seu braço com toda a minha força, conseguindo puxar um pouco do lençol de seu corpo. Soltei uma risada, encarando sua expressão enquanto dormia. Seus lábios estavam formando um biquinho e sua testa estava franzida.

Passei meus dedos pelo seu cabelo, que caia por seu rosto, e ele soltou um murmúrio.

-Bom dia. -Falou, lambendo seus lábios.

-Você fica adorável quando dorme. -Falei, quase como se tivesse deixado um pensamento meu escapar.

Ele deu uma risada.

-Eu sou adorável o tempo todo.-Falou, me puxando pela cintura e dando um selinho lento em meus lábios.

Ele colocou meus cabelos para trás da minha orelha, passando seus dedos suavemente pela minha bochecha. 

-Vou fazer o café. -Ele disse, se levantando, ma dando uma visão privilegiada da sua maravilhosa bunda.

Soltei uma risada, me enrolando na toalha e passando quase correndo pela varanda. Não é como se tivesse alguém para me ver, por que nós estávamos literalmente no meio do nada.

Subi as escadas de madeira até o quarto e liguei o chuveiro no quente, entrando de baixo da água e começando a lavar meu cabelo.

Eu queria sentir que estava tudo bem agora. Que tudo estava no lugar em que deveria estar, mas eu sei bem que não é assim. Justin ainda está escondendo alguma coisa de mim.

Terminei meu banho e me enrolei em uma enorme toalha branca, andando até o roupeiro de Justin e pegando uma blusa e uma bermuda, que ficaram ridiculamente grandes em mim. 

Penteei meu cabelo e desci as escadas, já sentindo o cheiro do café e panquecas invadindo o lugar. Justin tinha colocado uma cueca e usava um avental, que cobria seu peitoral.

Ele encarava as panquecas com uma expressão séria, quase como se elas fossem um desafio. Vi meu telefone começar a vibrar  em cima da bancada e corri para atende-lo, vendo que era Cassie.

-Alo? -Atendi.

-Por que você não mandou notícias? -Ela falou rapidamente, quase como se estivesse aliviada.

-Bom... foi um dia bem agitado. -Falei, olhando Justin enquanto ele colocava as panquecas no prato.

-O que aconteceu? -Ela perguntou, preocupada.

-Eu e Justin... bem, eu estou na casa dele. -Falei, e ela soltou um grito de empolgação, me fazendo revirar os olhos.

-Transar com saudades sempre é melhor! -Ela gritou, me fazendo soltar uma risada. -Mas vocês conversaram? 

Mordi meu lábio com força.

-Ainda não, Cass. Escuta, está tudo bem. Nós precisamos de um tempo sozinhos, só isso. -Falei baixo, para que Justin não escutasse. 

Ela ficou em silêncio por alguns segundos.

-Ele tem que te contar o que aconteceu. Você tem direito de saber. -Ela disse, séria e eu sabia que ela tinha razão.

-Eu sei, Cass. Eu preciso ir. -Falei.

-Se cuida, Olivia. -Ela disse, antes de desligar.

Larguei o telefone na bancada de novo, andando atrás de Justin até a mesa, que já estava com o café pronto.

Me sentei na cadeira em silêncio, na frente de Justin, que colocou café na minha xícara antes de começar a comer as panquecas.

Tomei um gole de café, vendo que minhas mãos estavam tremendo um tanto, e eu sabia exatamente por que. Eu sei que essa maravilha não vai durar para sempre. Eu sei que temos muitos problemas.

-Está tudo bem? -Ele perguntou, me fazendo olhar para seus olhos.

-Eu... Justin. -Falei, largando a xícara e fechando meus olhos com força. Eu odiava querer chorar o tempo todo. -Eu não consigo continuar fingindo que está tudo bem. 

Apoiei minha testa com a minha mão, conseguindo abrir meus olhos sem que as lágrimas escapassem.

Ele tinha uma expressão séria em seu rosto, suas mãos cruzadas na frente de seu rosto.

-Eu vou te falar, Liv. -Ele disse, com o tom de voz mais sério que eu já vi ele usar. -Vou te falar por que eu espero que você me deixe. 

Arregalei meus olhos, esperando que ele desse uma risada a qualquer segundo, mas ele continuou sério. O buraco que tinha se formado no meu coração quando ele se foi parecia estar aumentando mais ainda agora, quase como se me sugasse.

-Eu não consigo suportar a ideia de ser culpado por qualquer coisa acontecer com você. -Ele falou, puxando alguns fios de seu cabelo para trás nervosamente. -Mas se você decidir ficar, eu prometo que vou cuidar de você com a minha vida.

Fiquei em silêncio, por que eu estava começando a ficar apavorada, de verdade. 

-Eu não vou deixar você, Justin. Eu já falei isso. -Falei, esticando minha mão por cima da mesa e pegando a dele, entrelaçando nossos dedos.

Ele apertou minha mão de volta, mas eu conseguia ver o conflito dentro de seus olhos. Justin não tem medo de nada, mas ele parecia estar apavorado.

-Minha família tem um histórico no crime. -Ele falou, de uma maneira que parecia o machucar. -Foi assim que a empresa foi construída. Com dinheiro do tráfico.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, enquanto ele me encarava, parecendo tentar analisar minha reação. Eu estava apavorada.

-Meus pais foram assasinados quando eu tinha desseseis anos, e eu herdei tudo. A empresa, o esquema de tráfico deles... tudo. 

Apertei a mão dele com ainda mais força. Meu coração batia tanto que parecia prestes a quebrar minhas costelas. Justin é um criminoso.

-Agora as pessoas que mataram meus pais estão atrás de mim. -Ele falou, ficando sério. 

Eu nem sabia o que estava fazendo com meu corpo, quase como se eu tivesse entrado em modo automático. Me levantei, soltando a mão de Justin.

Por um segundo, consegui ver a tristeza em seus olhos. Como se ele esperasse que eu fosse embora.

Andei até ele, ficando em pé na sua frente, e o puxei contra mim com toda minha força, fazendo com que ele colocasse sua cabeça em meu ombro.

Ele abraçou minha cintura e eu beijei o topo da sua cabeça, sentindo o seu cheiro invadir minhas narinas. Eu não me importo com mais nada.

Não me importo se ele é um criminoso. Se isso é perigoso. Não me importo nem que eu possa morrer. Eu não vou deixá-lo. Ele não me deixou quando eu precisei dele.

Eu o amo.

-Eu não vou deixar você. -Falei no seu ouvido.

-Eu vou te proteger. A gente vai sair dessa. -Ele falou, e eu concordei com a cabeça, me afastando para olhar seu rosto.

Rapidamente ele me puxou pelas coxas, me fazendo sentar com as pernas em volta dele, em seu colo.

Soltei uma risada enquanto ele beijava meu pescoço e se levantada da cadeira, me carregando junto.

-Se nós vamos morrer, pelo menos vamos transar o maior número de vezes possível. -Ele disse, me colocando na bancada da cozinha e se encaixando nas minhas pernas. 

Dei um tapa no seu ombro enquanto ele tirava o calção das minhas pernas, o jogando para longe.

...

Eu nem sabia ao certo por que eu estava tão nervosa quando chegamos na casa de Caitlin, que fica a quase uma hora de viagem da casa de praia isolada de Justin.

O portão abriu automaticamente quando Justin apertou o interfone, e eu enfiei minhas mãos dentro do bolso do casaco que Justin tinha me emprestado, por cima da roupa que eu tinha usado na festa, na outra noite.

A noite estava começando a chegar, fazendo com que a agradável brisa do mar se transformasse em um vento congelante. Faz tão pouco tempo desde que estive aqui com Justin, quando viajamos por conta da empresa.

Mas parece que se passou uma eternidade, quase uma vida inteira. Foram tantas coisas que aconteceram. 

Seguimos o caminho até a sala, e assim que entramos, todos os olharem foram direcionados a nós. Não sei o que eles esperavam, depois de termos tido uma briga na boate e depois termos saído juntos. 

Talvez que Justin tivesse me obrigado a ir embora?

Caitlin, Veronica, Chris e Ryan estavam sentados em um sofá.

-Ela sabe de tudo. Nós estamos juntos. -Justin disse, antes que alguém fizesse alguma pergunta.

Não consegui evitar olhar para Veronica por que, por mais que eu odeie admitir, ela me intimida. Mas ela tinha uma expressão de indiferença em seu rosto.

Justin disse que ela é fria, e eu realmente acho que ela não tem mais nenhum interesse nele. Ela não parece uma garota que precisa se arrastar pelo ex, de qualquer maneira.

Todos ficaram em silêncio, parecendo não se importar nem um pouco. 

-O que vamos fazer hoje? -Veronica perguntou, enrolando uma mexa de seu cabelo comprido com seus dedos, com um sorriso malicioso em seus lábios.

-Estamos tentando rastrear uma ligação. -Chris disse, bufando e se inclinando para trás, fechando seus olhos.

-Bem, eu não sei vocês, mas eu e Caitlin vamos encher a cara. -Ela disse, dando um tapa na coxa de Caitlin, a fazendo rir. -Você vem, Olivia?

Senti Justin ficar rígido ao meu lado, e precisei me esforçar para não me virar e encarar a expressão em seu rosto.

-Estou um pouco cansada, acho melhor não. -Respondi, sorrindo. Parte de mim estava feliz por ela e Caitlin estarem tentando me agradar.

Ela deu de ombros, puxando Caitlin pelo pulso e subindo as escadas com ela.

Me virei para olhar Justin quando escutei o barulho da porta do quarto de fechando. Ele abaixou seu olhar para me encarar, bufando alto.

-Veronica e eu não temos mais nada, e você sabe muito bem disso. -Ele falou. -Mas não quero você andando com ela e com a Caitlin.

Franzi minha testa, e ele olhou para cima.

-Veronica não guarda ressentimentos quanto a mim, mas ela e Caitlin tem um estilo bem... selvagem. -Ele falou, me fazendo reprimir uma risada. -Tipo drogas, essas coisas.

Fiquei em silêncio, por que era um tanto engraçado ver Justin assim, parecendo um pai querendo proteger as filhas de más influências. 

...

Acordei quase pulando, ouvindo um som alto ao lado da minha cabeça. Justin soltou um murmúrio e me puxou mais contra seu peito. O empurrei com todas as minhas forças, o fazendo resmungar.

-É o seu telefone. Vai acordar todo mundo. -Falei, já que estamos no quarto de hóspedes da casa de Caitlin.

Ele resmungou mais uma vez antes de esticar a mão e pegar o celular.

-Alô? -Ele disse, com a voz rouca de sono. -Fala devagar.

Justin se sentou na cama rapidamente, me fazendo ficar apavorada.

-Cait, fique calma. Vou mandar alguém te buscar, não saia daí. -Ele disse, se levantando e vestindo sua bermuda.

-O que ouve? -Perguntei, sentindo meu coração acelerar.

-Caitlin e Veronica. Ela foram atacadas.


Notas Finais


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