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História My ruin - Make things right


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Sei que está curto, mas prometo compensar!

Capítulo 39 - Make things right


-Ela vai acordar logo, o médico já falou! Será que você pode ficar quieto? -Escutei uma voz feminina impaciente soar de longe.

Senti como se a consciência estivesse sendo drenada de volta para meu corpo, enquanto acordava lentamente. Pisquei algumas vezes, tentando me adaptar a forte luz.

-Olivia! -Ouvi a família voz de Justin ao meu lado, enquanto piscava diversas vezes, tentando acostumar minha visão.

Minha primeira reação foi tentar me sentar, mas a dor em meu corpo vez com que eu me arrependesse imediatamente.

-Merda. -Murmurei, me deitando novamente. Pareciam mil facas sendo cravadas em mim ao mesmo tempo.

Senti uma mão quente sendo colocada sobre a minha. Quando abri meus olhos novamente, Justin tinha os seus fechados.

Sua boca estava entreaberta, e ele respirava com dificuldade. Sua expressão era de completo alívio.

-Eu achei que ia ter perder, Olivia. -Falou, abrindo seus olhos para me encarar.

-Esta tudo bem, Justin. Eu estou bem agora. -Falei, sorrindo para ele. 

Sei que meu rosto deve estar completamente desfigurado, mas nada mais me importa nesse momento. Eu só quero sair desse lugar e esquecer tudo o que aconteceu nos últimos dias.

Sua mão livre foi até meu rosto e ele colocou algumas mechas de meu cabelo para trás, descendo para minha bochecha, se inclinando para frente e depositando um beijo suave em meus lábios.

-Vai dar tudo certo agora, Liv. -Ele disse, perto do meu rosto. -Nós concertamos tudo.

Levantei meu rosto para olhar Veronica, que estava do outro lado da sala. Seu rosto ainda estava completamente ferido e ela parecia apreeensiva.

-Sinto muito, Olivia. -Falou. -Nunca imaginei que elas seriam capazes de algo assim.

Fiquei em silêncio, enquanto observava sua expressão. 

-Não é culpa sua, Veronica. -Falei. 

Ela concordou com a cabeça, enquanto encarava o chão. 

-Preciso falar com Olivia Parker e um responsável. -Uma médica alta e loira disse, aparecendo pela sala.

Veronica acenou com a cabeça a cabeça para mim antes de sair pelo corredor, com a mesma expressão séria em seu rosto.

-Bem, senhora Olivia. -Ela disse. -Assalto a mão armada. 

Fiquei em silêncio, enquanto via ela ler a ficha médica com informações falsas.

-Apesar de todos os danos, você terá uma recuperação tranquila. -Falou. -Precisará ficar sobre nossos cuidados até amanhã de noite, então vai ter alta. Já foi feita uma transfusão de sangue, o que regulou a sua situação. 

Ela virou a folha mais uma vez, lendo um última registro. Seu rosto, antes sereno e despreocupado, se transformou em uma careta de dor.

-Sinto muito pela sua perda. -Falou, levantando seus olhos da prancheta para me olhar.

Franzi minha testa.

-Você deve estar se enganando, senhora. -Falei. 

Ela abaixou os olhos novamente, parecendo checar o que leu.

-Você não sabia, querida? -Perguntou. -Você estava grávida. Estava na primeira semana, mas estava.

Abri minha boca para tentar falar alguma coisa, mas um bolo se formou em minha garganta. A mão de Justin apertou a minha com mais força, mas não tive coragem para olhá-lo.

Eu nem sabia o que estava sentindo, por que um turbilhão de emoções estava me atravessando ao mesmo tempo.

As lágrimas queimavam e eu tentava me esforçar para não deixá-las sair, até que não pude fazer mais nada. As deixei cair, sentindo que meu coração se afundava em meu peito, e eu nem sabia por que.

Eu não quero um filho. Não posso ter um filho. Minha relação com Justin nem sequer é tão estável assim. 

Mas eu estava grávida. E essa criança morreu por minha culpa. Por que eu não consegue e não pude me defender.

Meus olhos estava embaçados, mas consegui ver quando a médica saiu da sala, deixando eu e Justin sozinhos.

Ele se abaixou do meu lado, mas eu não tinha forças para olhá-lo nos olhos. Eu nem sequer me lembrei que não tínhamos usado preservativo na última vez.

-Liv, está tudo bem. -Ele falou, passando seus dedos pela minha bochecha enquanto me puxava para um abraço.

Voltei a chorar, me deitando em seu ombro.

-Não está, Justin. -Falei. -Como você pode dizer isso? 

Ele não respondeu, e eu chorei mais ainda. 

-Quero ficar sozinha. -Falei, depois de algum tempo, o empurrando pelos ombros.

Ele me encarou, franzindo sua testa. 

-Não vou deixar você sozinha. -Falou.

-Você vai sim, Bieber. -Falei, me controlando para não gritar. -Qual parte de quero ficar sozinha você está com problemas para entender?

O olhar em seu rosto mudou completamente. Ele parecia confuso e ao mesmo tempo enfurecido.

-Como você pode me mandar embora, Olivia? Depois de tudo? -Ele disse, se afastando de mim.

As lágrimas caíram ainda mais pelo meu rosto.

-Por favor, Justin. -Murmurei.

-Como você quiser, Olivia. -Falou, se virando de costas e saindo do quarto.

...

-Você vai fazer isso mesmo? -Veronica me perguntou, me entregando meu telefone que, por sorte, eu tinha deixado na casa de Caitlin antes de ir atrás de Lexie.

Concordei com a cabeça, abrindo meus contatos e ligando para Cassie.

-Olivia! -Ela atendeu, dando um grito. -Você tem noção de que eu estava prestes a acionar a polícia? Como você fica dias sem me falar nada?

Respirei fundo.

-Eu fui sequestrada. -Falei rápido, não dando tempo para que ela me interrompesse. -Mas estou bem, e volto hoje de noite mesmo para aí. 

-Como assim? -Ela gritou, tendo um ataque histérico.

-Me busque no aeroporto em cinco horas, certo? Vou te falar tudo.

Desliguei o telefone, por que não estava com paciência para escutar os gritos de Cassie mais uma vez. 

-Você arrumou minhas coisas? -Perguntei para Veronica, me sentando na cama. 

Ela concordou com a cabeça, apontando para a pequena mala que eu tinha trazido, que estava no canto do quarto. 

-E de quem é aquela? -Perguntei, apontando para uma grande mala dourada. Ela revirou os olhos.

-Minha, é claro. -Falou. -Eu vou com você. 

-Olha, eu quero muito que você vá, mas não sei por quanto tempo você vai conseguir morar no meu apartamento, por que está meio lotado. -Falei, e ela riu.

-Eu tenho um apartamento em Nova York, Liv. -Falou. -Eu estou precisando recomeçar, sabe. Agora que a gangue acabou e que Caitlin e Lexie... bem, acho que não vou vê-las tão cedo.

Concordei com a cabeça.

-Fico feliz. -Falei.

-Já comprei nossas passagens, para daqui duas horas. Você deve receber alta nos próximos trinta minutos.

Concordei com a cabeça e me deitei de novo na cama. Eu tive tempo para pensar sobre tudo no dia de hoje e decidi que esse é o melhor que posso fazer, por nós dois.

Precisamos de um tempo. Preciso processar tudo o que aconteceu e sei que Justin também precisa. Se ficarmos juntos agora, vamos brigar de novo e eu odeio brigar com ele, com todas minhas forças.

Mas não posso continuar aqui. Tenho que voltar a minha vida de antes. Tenho que continuar minha faculdade, continuar meu trabalho. Me dedicar às coisas normais.

Talvez tenha que esquecer que estou com meu chefe, e que ele comandava a maior gangue do país. Que eu estava grávida, com 21 anos, mas que perdi meu filho por que fui sequestrada e espancada. Que entregaram a gangue para me salvar e que talvez agora tenhamos a chance de termos uma vida normal.

Que a ex dele está voltando para casa comigo e que ela com certeza vai ser tornar uma das minhas melhores amigas, por que ela é uma das melhores pessoas que eu já conheci. Sua fama não tem nada a ver com ela de verdade.  

-Olivia, eu não quero ser chata. -Veronica disse, se levantando e vindo até meu lado. -Mas você tem certeza de que não quer falar com Justin antes de ir?

 Fiquei em silêncio, enquanto ela me encarava.

-Sabe, ele sacrificou tudo por você. -Falou. -Você deveria ter visto como ele estava. Passava o tempo todo chorando.

Fiquei em silêncio mais uma vez, olhando para um ponto fixo na parede, pegando meu telefone.

Não teria coragem para ligar para ele. Não teria coragem de ouvir sua voz rouca no telefone sem largar todos meus planos e voltar para seus braços, mandando tudo a merda. 

Então fiz a maior covardia, mas a única coisa que tive coragem. Digitei uma mensagem de texto.

 

“Justin. Antes de tudo, quero que você saiba que eu te amo, caso você já tenha tido alguma dúvida disso. Eu sempre te amei, desde que derramei aquele maldito café em seu terno caro. Nunca vou poder explicar o quanto você é importante para mim, mas nós dois sabemos que precisamos disso. Precisamos de tempo. Eu vou arrumar minha vida. Vou voltar ao meu emprego, não na sua empresa, vou voltar a estudar. E quando estiver tudo certo, quando eu estiver bem com tudo o que aconteceu, eu vou atrás de você. Então nós vamos arrumar nossa vida. Vamos ser felizes.”

 

Fechei meus olhos antes de apertar o botão enviar e bloqueei a tela, não querendo ver o que ele responderia tão cedo. Não estou pronta para isso.

 

-Olivia Parker, a sua alta foi concedida. -Uma enfermeira disse, entrando pela porta, e me entregando alguns papéis para que eu assinasse. 

Concordei com a cabeça e fiz o que ela pediu, pegando minha mala e atravessando o corredor do hospital com Veronica ao meu lado.

 

“Eu te amo, Liv.”

Sorri olhando para a mensagem, por que sabia que ele entenderia. 

Vai ficar tudo bem, de verdade dessa vez. Vou concertar as coisas e fazer dar certo.


Notas Finais


A história está chegando ao final pessoal, mas prometo muitas emoções no próximo capítulo!


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