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História My salty passion - O amor tem gosto de bacon (Gijinka) - Meu apoio


Escrita por: SouTapioca

Notas do Autor


Último capítulo do ano!
Quem diria que chegaríamos até aqui? :o
Obrigada a todos ♥

Capítulo 37 - Meu apoio


 

_Mikão_

 

Para mim entender as pessoas era um trabalho simples, assim como estar a par de tudo que acontece ao meu redor. Primeiro por ser muito simpático, segundo por ser indubitavelmente neutro. Mas claro que minha arma principal era ser extremamente atento e observador.

Ao perceber que Baconzitos estava apaixonado por alguém, quando o comportamento dele começou a mudar bastante desde que nos conhecemos, no começo tive minhas dúvidas, porque não parecia ser ninguém da escola nem nada do tipo. Apostei em um amigo de infância, mas não fazia sentido por ter sido muito... de repente. Então por menos sentido que fizesse, as peças começaram a encaixar devagar quando encontramos por coincidência a Nutella em sua casa.

Nem Lays nem Fofura sabiam, mas eu conhecia Nutella de não muito tempo atrás, e ao contrário da maioria das pessoas, sabia que ela era amiga do Doritos. Como? Porque eu mesmo já havia ficado com ele, quando provavelmente nós dois ainda estávamos sem muita certeza do que queríamos ou quem queríamos, mas de qualquer jeito, não foi nada demais. Mesmo. O mais provável é que ele nem se lembre de mim.

Além do que, não preciso dizer que tudo isso foi antes do meu triângulo amoroso com Lays e Fofura. Triângulo porque eu não posso negar que um dos motivos para não investir em Lays é por saber que meu amigo, apesar de aparentemente não estar interessado nessas coisas, nutria uma paixãozinha pelo loiro de óculos.

A vida das pessoas sempre me pareceu uma boa distração, e as vezes até provoca algum ciúme no nerd, o que era apenas um bônus. Eu sei que pareço querer compensar algo com o romance alheio, e que até soa meio ridículo, mas quantas pessoas não leem e assistem reportagens sobre a fofoca das vidas dos famosos e se interessam por cada curiosidade e segredo revelado? A maioria delas realmente não têm moral para me julgar.

Então claro que, assim que fiquei sabendo, me dei conta de que essa fofoca não devia ser contada para o Baconzitos como apenas mais uma fofoca, pois o afetaria diretamente... se ele realmente gostasse do Doritos como eu supunha... ele ficaria mal e sem reação.

Lays me observou voltando do corredor em que fui conversar com Baconzitos, Fofura parecia um pouco preocupado.

- O que você foi falar com ele?  – perguntou, percebi que seu lanche continuava intocável.

- Ah, nada demais – sorri, o mais alto era muito orgulhoso para insistir no assunto. Além disso, desviei meu olhar ao perceber Ruffles passando para o banheiro com uma sacola marrom na mão.

- Eu acho que não vou querer jogar hoje – Fofura comentou – acabei deixando acumular alguns trabalhos de biologia.

- Que bom – o outro concordou – você precisa de ajuda?

- N-não... – suspirou.

Rapidamente, Ruffles surgiu na porta do banheiro com um casaco felpudo com estampa de onça rosa e preta, estava longe, muito longe de ser uma peça discreta... ou masculina.  Mas essa visão era como mel para todas as pequenas abelhas espalhadas pela escola.

Para todos que estavam sentados, em pé, conversando, ou apenas dando uma volta, de qualquer esquina do pátio principal aquela roupa podia ser vista. Houve um silêncio profundo, entre olhares chocados e bocas semiabertas, o que durou até o momento em que Ruffles desapareceu em um dos corredores diretos.

Ao contrário das outras pessoas, com seus comentários quase imediatos, meus amigos permaneceram quietos e pensativos. Esperando alguma reação minha, quem sabe? Eu senti meu celular vibrando e dei um longo suspiro. Era óbvio que aquele pequeno desfile funcionava como um apoio ao amigo, e também, de forma ainda mais efetiva, para desviar atenção das pessoas. Um pouco tolo, um pouco esperto. Com certeza os comentários aumentariam, mas talvez de uma forma menos negativa.

....Embora eu me perguntasse se isso afetaria o Baconzitos de alguma forma.

 

_Ruffles_

 

Passar pelo pátio com um casaco ridículo não tinha sido muito sofrimento, se comparado aos meus sentimentos vendo o rosto de Doritos no início do dia, durante as primeiras aulas. O clima estava todo pesado e todo mundo o encarava em silêncio, o que na verdade era uma das piores coisas a serem feitas. Sem dúvidas que ele preferiria que as pessoas estivessem rindo para que assim tivesse algum motivo visível para brigar com elas.

Quando a Nutella mandou uma mensagem pra mim hoje de manhã, falando que ele não havia respondido se era pra buscar ele ou não para irem juntos para a escola, eu realmente pensei que ele não iria, então respirei fundo e coloquei o casaco numa sacola na minha mochila. O que eu iria fazer, iria fazer de qualquer jeito. Porém, o alvo das fofocas não só foi para a escola, como chegou cedo, muito cedo. Quando cheguei as pessoas já comentavam sobre como o Sensações tinha se aproximado para falar algo com ele e fora rechaçado com apenas um olhar hostil do laranja. Perguntei-me se teria algum motivo por trás, mas também poderia ser só por causa da pressão que estava sofrendo.

Dori estava escondido na sala de espera da enfermaria, com um olhar vago e pensativo, bom, já era melhor do que a mistura de raiva e frustração do começo do dia. A enfermaria era antes do pátio e da bagunça de pessoas, então eu entendi sua escolha. Sentei do seu lado, colocando minha mão na sua. Ele virou o rosto na direção contrária do meu, resmungando:

- Você realmente fez isso? – eu continuei em silêncio como uma resposta afirmativa – não era necessário, mais cedo ou mais tarde eles vão parar de falar sobre isso.

- Eu não entendo o motivo disso tudo, mas não é tão ruim como você acha.

- Como não? – ele perguntou, finalmente virando para mim, parecia um pouco ofendido.

- As pessoas tiraram um pouco o foco da... hum... da sua sexualidade, e estão comentando mais sobre como qualquer roupa fica bonita em você e sobre como você deveria estar usando a roupa de uma das suas muitas ficantes – eu revirei os olhos na última frase, mas ele não riu nem esboçou nenhuma reação diferente – a maioria está apostando que você deu PT.

- Humf – ele riu de forma sarcástica.

- O que, pela sua idade, não deveria ser possível – eu suspirei – mas eu já até imagino que não esteja muito longe da verdade.

- Você veio aqui pra me consolar ou pra me dar lição de moral? – ele perguntou – na verdade, você veio aqui pra quê? Ponto. Eu pensei que tinha sido você que havia me ignorado ontem.

- Doritos, você é um imbecil sobre tudo, sobre tudo que acontece ao seu redor. Eu espero que tenha noção disso – eu me coloquei de pé na sua frente, o encarando. Era difícil me controlar quando ele agia dessa forma, mesmo sabendo que ele precisava de apoio. Arrependi-me um pouco, tentaria ter mais calma.

- Eu tenho – ele cuspiu as palavras. Mas seu olhar parecia triste. O garoto respirou fundo, fechando os olhos – Mas mesmo assim eu quero pedir desculpa... de novo. Eu tenho a impressão de que é só isso que eu faço, pedir desculpas, mas eu...

- Tudo bem... – eu interrompi – você só precisa dizer que não vai mais tentar me beijar.

Ele finalmente riu – nem na bochecha? Não... claro que não, né?

- Melhor não – franzi o nariz, sorrindo – não sabia que te xingar era tão efetivo para fazer você pedir desculpas.

- Não é o melhor jeito... Mas hoje você fez mais que isso, não? E mesmo assim, você não precisava.

- Eu quis – respondi. Ele olhou para minha roupa mais uma vez.

- Se fosse azul teria combinado mais com seus olhos.

- Claro – eu ri, sentando de novo ao seu lado – mas sério, como foi que isso aconteceu? Quer dizer, e porque você está com raiva do Sensações? Eu juro que quando vi a mensagem senti muito ódio, e a pessoa é uma covarde por espalhar a fofoca dessas forma anônima. Se eu soubesse quem é....

- Você não faria nada.

- O que? – perguntei, chateado – sabe, não doeu tanto passar pelas pessoas com essa roupa... Para mim, te ver para baixo... estava me incomodando mais.

- Ruff, você... sempre faz muito por mim. Mas eu continuo fazendo várias coisas erradas sozinho, então deixe que seja lá quem esteja com raiva de mim, tenha raiva apenas de mim, só de mim. Eu não ligo muito para essas fofocas, mas eu fiquei pensando bastante, faz muito tempo, sobre o que eu quero e...

Ouvimos o sinal tocar, era o último sinal para irmos para a sala. Ele olhou para mim e pareceu lembrar de alguma coisa, franzindo a testa levemente.

- Eu posso ir na sua casa para a gente terminar de conversar – sugeri, ficando em pé. Dori pareceu pensar um pouco, mas respondeu com uma expressão muito mais tranquila.

- Seria bom.

- Acho melhor a gente ir pra sala.

- Pode ir na frente, eu vou... no banheiro. Antes. É.

- Tá certo então – comecei a tirar o casaco para ir assistir a aula, Doritos segurou minha mão brevemente.

- Obrigado – ele disse, ficando em pé também. Por um momento pensei que ele faria o que sempre faz, que é me beijar sem aviso e talvez pensando que um beijo melhoraria as coisas entre a gente. No entanto, as coisas já estavam... boas. Eu finalmente aceitava a sua amizade e apenas ela. Dori sorriu pra mim e disse obrigado mais uma vez, antes de sair correndo para algum lugar que eu suspeitava não ser o banheiro masculino. 


Notas Finais


Obrigada muito, muito mesmo por estarem comigo até aqui! :o
Eu realmente estou chocada com tanta coisa escrita, acho que nunca dediquei tanto tempo para escrever um conteúdo só!
Claro que o apoio de vocês é tipo... fundamental ♥ E eu realmente espero que vocês continuem palpitando, etc, etc etc.
FELIZ ANO NOVO MEUS MORES!
QUE SEJA GOSTOSO COMO (COLOQUE AQUI SEU SALGADINHO PREFERIDO) ♥


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