História My Selfish Little Monster - Trágico

  Thomas estava vestindo sua camisa social azul favorita, junto a um casaco preto, preto assim como seus olhos e do mesmo preto que seus pais iriam ter que enxergar para sempre. O caixão de ambos era colocado sobre a imensa cova, as pessoas passavam por Tom -Eu sinto muito, pela perda de seus pais, se precisar estamos aqui!- Palavras vazias que eram proferidas ao jovem garoto, queriam a herança deixada por seus pais, mas aquilo não seria decidido por Thomas, o testamento seria lido assim que a terra tampasse os corpos sem vida, vestidos de branco, enterrados juntos,como deveriam ser.

Thomas abraçou seus próprio corpo, estava enjoado, odiava a pena falsa dos outros, queria ir embora, queria ir para sua casa, brincar no jardim com os empregados, roubar os bolinhos recém feitos da cozinha, se deitar e deixar seus pais lerem uma historia e lhe abraçarem, queria que eles estivessem lá para dizer que tudo estava bem, mas nada estava bem, eles estavam mortos e nada mudaria isso e ponto final, aceitaria isso, como sempre aceitava as ordens dos mais velhos para ganhar doces e brinquedos.

Thomas havia sido chamado para uma sala que ficava na grande casa que se localizava no cemitério, a única coisa que passava pela cabeça de Thomas era: se alguém morava lá. Estava sentado na cadeira de madeira, balançando sua pernas, sem conseguir encostar os pés no chão. Um homem baixo e velho, de óculos fundo de garrafa, bigode branco, assim como seus cabelos, entrou na sala e se sentou na cadeira atras da escrivaninha velha, suspirou, parecia cansado.

-Sinto pela morte de seus pais, mas não estamos aqui para sentir, criança! Irei explicar os últimos desejos de seus pais, entendido, garoto? -O homem disse abrindo umas das gavetas e pegando duas cartas

Thomas engoliu em seco e apenas concordou com um -Sim, senhor…- baixo, quase como um sussurro. A primeira carta era branca e com um lacre de cera vermelho, e a outra, uma carta com o envelope preto e lacre de mesma cor do anterior, mas que fora deixada de lado naquele momento. O envelope branco foi aberto, o homem tossiu e com a mesma voz nada gentil resumiu a carta.

-Todos os bens de seus pais serão lhe entregues, assim que estiver na idade apropriada, quando você conseguir colocar ambos os pés no chão! -O homem riu, Thomas não gostava de comentários sobre a sua altura, entortando sua expressão como resultado -Desculpe, assim que fizer dezoito, ou seja, daqui oito anos, ira suceder o negócio de seus pais, ira herdar o nome deles, sua reputação. Aconselho-te a se esforçar, a vida é dura garoto! -Thomas engoliu em seco -Continuando, mas você não pode se cuidar sozinho e, segundo o testamente deixado por seus pais, sua guarda sera dada a um amigo muito próximo deles, Tord L. Não de muito trabalho, Thomas! Última coisa, essa carta foi deixada para você! -O homem disse entregando o envelope negro, onde continha o nome Thomas em tinta branca -Não se preocupe eu não li!

Um homem entrou na sala sem bater na porta,que havia sido aberta com força. O homem em si era alto, cabelos entre um tom diferenciado entre ruivo e castanho, que em situações normais, Thomas iria se maravilhar, seu olho, o único que Tom via, pois o outro estava tampado por um tapa-olho negro, mas apesar disso, o único olho era de um vermelho obscuro, que escondia muitos segredos e que o garoto de olhos escuros não havia simpatizado. O homem olhou para Tom, que se encolhia internamente de medo, mas nunca diria isso e nem demonstraria.

-Levante-se, vamos! -O homem disse saindo da sala

Thomas se levantou e olhou para o velho homem que apenas acenou, aquele era o homem que iria “cuidar”, se essas eram as palavras corretas para se usar, do pequeno garoto.