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História My Soundtrack - 2 Temporada - A caminho da reconstrução


Escrita por: justineirajdb

Notas do Autor


Olá, apareci!

Foto do Steve no cap. Ah, e pf, olhem as notas finais.

Boa leitura <3

Capítulo 68 - A caminho da reconstrução


Fanfic / Fanfiction My Soundtrack - 2 Temporada - A caminho da reconstrução

 

Eu nunca, e nem em um milhão de anos imaginária meu pai ali, no hospital, me contando que iria me representar e mover céus e mares para me tirar daquela situação. Estava surpresa e muito aliviada. Meu pai havia feito faculdade em Nova York, passou sua estadia e começo da  vida adulta em solo americano, ele sabia tão bem das leis daquele lugar e eu não poderia estar mais aliviada. Carlos me contou que estávamos em San Diego, outra cidade, próxima de Los Angeles. 

- Mamãe está aqui também? - pergunto

- Não, ela não veio comigo dessa vez. Com tudo isso acontecendo, sua mãe preferiu ficar no Brasil. Mas em todas as vezes ela veio comigo, Kimberly. 

Penso no quanto deve estar sendo difícil para a minha família tudo isso. Minha mãe gosta de manter as aparências, sempre muito dedicada a família e devota ao padrão perfeito. Com certeza não foi fácil para ela encarar tudo isso, e de uma forma ou de outra, isso me deixa mal. Eu era a maior decepção deles. 

- Bom, eu superei as decepções do Alberto, né? Pelo menos ele deve estar feliz por não ser mais o erro da família sozinho. 

- Filha, não fala isso. Alberto e você são diferentes, cada um dos meus filhos são. E eles estão tão preocupados, só hoje me ligaram umas três vezes - ele ri, mas percebe que eu não fiz o mesmo - Vamos acabar com isso e voltar pra casa. 

- Você acha que eu vou voltar? 

Ninguém até agora tinha falado sobre o meu futuro depois da minha recuperação ou sobre qualquer novidade do mundo lá fora, do meu processo e julgamento. 

- Claro. Mas antes tem as condenações, o julgamento, o depoimento no caso do Justin, tem muita coisa para acontecer. E eu acredito que você possa cumprir uma pena pequena a julgar por todo esse plano, toda essa perseguição e ameaça que ele fez com você. 

- E… onde ele tá? 

- Justin está preso, ele e alguns colegas. A Pattie faleceu na madrugada de ontem, mas os policiais conseguiram diversas plantas e número de contas envolvendo políticos e esquemas corruptos. 

- Meu Deus - exclamo, chocada. Eles eram muito perigosos. 

- Kimberly, agora você precisa se recuperar. O julgamento ainda será marcado, e primeiro, você precisa melhorar. 

- Pai, eu vou ficar presa quando sair daqui? - pergunto. 

- Eu estou resolvendo isso. Mas acredito que não, a julgar pelo seu estado, é muito provável que liberem você para prisão domiciliar. 

Respiro fundo, aliviada. Eu achei que iriam me colocar numa prisão de segurança máxima ou algo assim. Agora, eu me sentia bem melhor sabendo que estava com meu pai e ele faria o possível para me tirar daquela situação. 

- E o Matt? Ele está doente! - digo

- Pois é… foi o que eu soube. Ele está preso em prisão domiciliar. Já está na casa dele há algumas semanas. O julgamento dele foi marcado para o mês que vem, devido a condição que está,  e diferente do Justin ele tem menos penas, mas muita coisa está em jogo, como a herança e a participação em jogos. 

Eu havia me esquecido completamente da herança do Matt, de todo aquele dinheiro e as pedras. O que aconteceria agora? 

- Esqueci do dinheiro - sussurro. 

- Ele está no seu nome e dependendo do julgamento do Matt e sua declaração, o dinheiro e a mina será transferido para o devido dono. 

- Isso é possível? Eu posso ter o aval sobre o dinheiro? 

- Kimberly, você não teria legalmente. Mas assinou um contrato de autorização de posse e bens. Como um casamento, você tem direito a todos os bens do Matt e propriedades. Agora, com o julgamento, haverá algumas perdas devido a dinheiro sujos e títulos, mas acredito que nada tão trágico. 

Era muita coisa para absorver, eu estava ansiosa para o que poderia vir e queria resolver tudo o quanto antes. Meu pai me explicou que enquanto eu estava no hospital, desacordada, Justin foi detido e encaminhado para um prisão em Los Angeles, lá ele ficará até o julgamento, e dependendo do resultado, será encaminhado para outro lugar. Carlos disse que existe a possibilidade dele ser levado para o corredor da morte, mas como o Justin tem dinheiro, pode contratar um bom advogado. Pode ficar anos na cadeia e se livrar da pena de morte ou pode ter o que merece. Dificilmente sai impune nessas situações e eu torci que independente do resultado, eu só quero ele que ele sinta o peso do que fez.

- Nas próximas semanas você vai ficar aqui, fazendo fisioterapia e se recuperando. Assim que melhorar, veremos o que irá acontecer, mas no mais… Peço que fique tranquila, filha. Você é a vítima disso tudo, nunca se esqueça disso. O que não falta são provas e mais provas do que aconteceu com você. 

Meu pai insistia em frisar isso, e eu sabia que ele tinha razão. Mas um parte de mim, uma pequena parte ainda me deixava nervosa. Ainda teria o julgamento e…. eu ainda teria que encarar o Justin e dizer o que aconteceu. Ainda teria que dizer e provar, mesmo com tantas provas e depoimentos, que eu havia sido abusada psicologicamente por ele, teria que convencer o júri. É claro que eu queria isso, muito, mas não significava que eu não iria ficar nervosa, já estava. 

- Filha, está tarde, você tem que descansar. Vou chamar a sua amiga, ela disse que iria ir para casa e voltava, deve estar esperando lá fora - diz

- Você está hospedado aqui perto? - pergunto, curiosa. 

- Na verdade, eu aluguei um apartamento em Los Angeles, mas quando soube do seu paradeiro, aluguei um aqui na cidade também. 

- Obrigada , pai. Obrigada por não desistir de mim. - digo, já emocionada.

- Jamais, filha. - ele se levanta e beija o alto da minha cabeça, enquanto eu enxugo o rosto. Ele me olha, o mesmo olhar que direcionava pra mim quando eu ainda morava no Brasil - Sabe, ainda teremos tempo, você ainda tem que me contar sua história, mas eu to feliz em saber que minha filha conseguiu sair desse problema como uma guerreira. A porcentagem de pessoas que tentam escapar e conseguem, é quase nula, e você foi uma delas. 

Ele sorri para mim e, como se estivesse se segurando, diz:

- Kimberly, eu tenho que ir agora. Não se preocupa, filha. Amanhã á tarde, eu volto, Parece que a Interpol vai vir aqui, falar com você, estarei aqui para lhe orientar tudo certinho. Descansa e dorme bem. 

Ao sair pela porta pensei no que meu pai me disse e por mais que não me desse muitos detalhes ao longo da nossa conversa, eu sabia que lá fora tudo estava um caos, que todos sabiam do que aconteceu, e que se eu saísse do hospital seria monitorada e minha vida poderia não ser tão normal quanto eu desejo. Talvez ele tenha razão, eu consegui, certo? Sai viva, agora tudo está exposto, e por mais que eu não me sinta bem agora, sei que tudo vai ficar, e um dia eu vou melhorar. Logo a Nancy entrou, com uma roupa diferente e com um livro em mãos. Assim que me viu observando o livro, o levantou e eu traduzi mentalmente ‘Eu e você até o fim do mundo’:

- Romance? - chutei, a julgar pela capa e pelo título. 

- Um bem juvenil. - reviro os olhos - Ah, dá uma chance. É legal, eu li essa semana. 

- Não quero ler nada. Quero saber mais coisas, quero saber do Steve. Ele até agora não veio me ver, você disse que ele viria. 

Ela se senta na minha cama e cutuca meu pé. 

- Ele disse que viria. Mas está trabalhando - disse, dando de ombro. 

- Em San Diego? Steve não conhece ninguém daqui. - digo. Vejo que ela parece meio tensa e isso me preocupa - Nancy, o que está acontecendo?

- Já disse, ele vai te dizer pessoalmente. - ela levanta e liga a TV - Vamos nos distrair, tá? Você acabou de conversar com seu pai, que eu nem sabia que existia e que era advogado, provavelmente deve ta com a cabeça a mil. E eu não quero me meter entre você e o Steve. 

- Ele tem outra? - sim, eu fiz essa pergunta ridícula e pela expressão da Nancy, fiquei morrendo de vergonha. 

 

Nancy ri, claro. Mas sabendo que eu estava pirando e preocupada por saber de todo mundo, menos do cara que prometeu estar comigo, ela tentou me tranquilizar. 

 

- Não, sua boba. O Steve só tem olhos pra você. Ele se esforçou tanto para melhorar, ficou até afastado do trabalho por umas semanas, mas assim que soube do seu paradeiro, jogou tudo pro ar e veio correndo te salvar. - ela, percebendo que não havia me convencido, ficou mais séria, e meio sem paciência, continuou - Amélia, o Steve está resolvendo uns assuntos que eu sinceramente não me sinto no direito de te contar. Parece estranho, tudo está estranho, você está segura, essa sensação pode ser estranha depois de tanto tempo de angústia, mas você está bem e não á nada com o que se preocupar agora. 

 

Assenti me sentindo ainda um pouco insegura. Por mais que todos me trouxesse essa tranquilidade, eu precisava de mais. Talvez ela estivesse certa, talvez eu não me sinta tranquila realmente há tanto tempo que agora tudo e qualquer sentimento é desconfiado. Se o Steve disse que viria, ele vem. Terei muito tempo para o encontrar, isso eu prometi. 

 

- Me dá esse livro logo - peço. E ela abre um sorrisinho e me entrega o livro. 

 

Enquanto eu leio a sinopse, percebo que ela arruma um sofá que está ao lado da janela. Logo ao lado, não havia percebido que continha lençóis dobrados e um travesseiro. Ela estava me ajudando tanto. 

 

- Ei, Nancy - ela vira pra mim - Obrigada. Obrigada por tudo e por… continuar sendo minha amiga mesmo sabendo de toda minha bagagem. 

- Só sou sua amiga porque sua bagagem supera a minha, tá? - ela diz piscando, o que me faz rir. 

- Ah, cala boca e apaga a luz. 

 

Ouço ela falar uma besteira e ligo a luz do abajur, enquanto ela se ajusta no sofá. Abro o livro e mergulho em outra história, uma mais leve, mais simples, sem grandes conflitos, uma vida da qual eu almejo um dia. 

 

Acordo com a Nancy saindo do banheiro e batendo a porta. 

 

- Bom dia - sussurro. 

- Tive um pesadelo horrível. 

- Hã? - tento me levantar, ainda grogue, mas sinto uma dor no ombro que me faz gemer de dor. - Como foi?

- Eu sonhei com uma casa pegando fogo, parecia tão real. - ela olha pro nada e eu me arrepio. 

- Que horror! Foi só um sonho. - digo. 

- Aham - ela pega o telefone do estava ao lado da minha cama - Vou pedir seu café da manhã e tentar burlar o sistema para ter o meu também. 

- Você fez isso por todo esse tempo? - pergunto, tentando me sentar sem sentir dor. 

- Por que você acha que eu estou aqui? - ela pisca pra mim e fala com a pessoa do outro lado da linha. 

 

Ainda com sono e com a vista doendo um pouco pela claridade da janela, faço um check list do meu dia mentalmente. Meu pai virá, e a psicóloga, e a polícia… Hoje será um dia agitado e eu devo me preparar. Porque sem perceber, eu não poderia imaginar que ainda teria mais para descobrir. 

 

Ia dar dez da manhã quando já tomada banho e alimentada, a doutora, ou melhor, Carla, minha médica, aparece. Com o cabelo preso num rabo de cavalo, ela se aproxima sorridente. 

 

- Olá, está melhor? - pergunta, chegando a máquina. 

- Sim. Eu estou bem melhor hoje, só o meu ombro que dói muito, eu não consigo nem mexer o braço sem que ele doa - digo, tentando e sentindo o incômodo. 

- Faz muito pouco tempo desde a cirurgia, e seu ombro ainda está em processo de cicatrização. Daqui a umas semanas, ele irá está bom e você poderá fazer sua fisioterapia e voltar a ter controle do braço e do ombro completamente. 

- Certo. - digo 

 

A doutora Carla diz que eu não preciso mais do soro, que agora que acordei, posso repor as energias me alimentando, caminhando quando puder e tendo uma boa noite de sono. Sendo assim, meu braço direito estava livre da cordinha, enquanto do esquerdo estava ainda em recuperação. 

 

- Kimberly, a psicóloga está com tempo livre agora, você gostaria de falar com ela?

 

Eu sinceramente não queria falar com ninguém, não era disso que eu precisava naquele momento. Mas ainda contrariada, eu sabia que negar uma ajuda mental naquele momento não era nada inteligente. Meu físico estava em recuperação, mas o mental eu não cuido há muito tempo. Nem lembrava a última vez que fiz uma sessão de terapia. 

 

- Pode chamá-la. - confirmo a consulta. 

 

Nancy, que estava ouvindo tudo, se levantou e me deu uma piscadinha, dizendo que iria dar uma voltinha no hospital. Doutora Carla saiu e no que pareceu segundos, entrou acompanhada de uma médica morena, mais baixa e com um sorriso simpático. 

 

- KImberly, essa é a doutora Kristen. Ela é uma das psicólogas do hospital e especializada em traumas e situações de conflito maior - ou seja… garotas doidas e feridas mais emocionalmente do que fisicamente - Tome o tempo necessário para falar com ela. 

- Prazer, Kimberly. Pode me chamar de Kristen - ela sorri e estende a mão para mim, seu braço esquerdo. E sem jeito, apertei sua mão com o meu braço direito, o único possível para cumprimentar. 

- Desculpa, meu outro braço está chateado comigo nesse momento - brinco. 

- Nossa, desculpa. - ri - Acredito que está em reconstrução devido aos últimos acontecimentos. 

 

Sorri, concordando. A Doutora Carla nos deixa a sós, e a Kristen logo se senta na cadeira próxima a minha cama. 

 

- Kimberly, eu não vou esconder. Li muito sobre você nas últimas semanas e sinceramente, todos estão curiosos para saber o que aconteceu nos últimos anos que você esteve na Austrália. Todos tem uma versão, uma teoria, mas você é a única que sabe o que aconteceu de verdade, foi a única que sentiu tudo. O que eu mais quero saber é; como você está se sentindo agora? 

 

Eu não sabia o que responder, nunca havia me feito essa pergunta. Acredito que normalmente eu pensaria o que viesse na cabeça “com fome” ou aquela cliché “estou bem”. Mas naquele momento era a hora de dizer como eu me sentia, ela sabia que essas respostas corriqueiras não eram verdadeiras, não eram a respostas de dentro, era superficial. Por isso, tentei colocar em palavras o máximo que aquilo me representa: 

 

- Eu me sinto como uma criança.- respondo e ela em silêncio, aguarda que eu continue, sabendo que tinha mais - Me sinto incompreendida, me sinto boba, e muito pequena. E mais do que isso, é como se eu tivesse caído, aqueles tombos feios, machucado no joelho. E ao levantar, fui socorrida, passaram remédio no meu machucado, e mesmo assim, mesmo sabendo que tem remédio, que vai curar, que só vai ficar a marca, que é só mais um machucado… ainda dói. Dói quando eu dobro o joelho, quando eu vou dormir e a lençol passa por cima, dói quando coloco uma calça, quando tomo banho, quando corro e nem percebo, mas sinto sinto dor. É assim que eu me sinto. 

 

Ela sorri, e eu consigo perceber que talvez pra ela não seja novidade. 

 

- E você tem marcas dos seus machucados? - pergunta

- Sim. Algumas… elas carregam boas lembranças, outras não. 

- E você acha que essa será diferente? 

- Não sei… eu nunca estive numa situação como essa. Nunca estive tão presa em algo tão sufocante que a única opção seria deixar meus pais e amigos. 

- E você está aqui, está ciente que neste momento está que passando, está cuidando da ferida? Nenhuma delas durou até agora, todas cicatrizaram, as marcas ficaram, e você sobreviveu, por mais diferentes que sejam. Por que a hesitação? 

- Acho que posso conseguir, mas não sei se…. se um dia vou me acostumar a ter uma vida tranquila, a ser tudo normal como antes. 

 

Kristen suspira, e sorri. 

 

- Sua pele ficou como antes das feridas? - pergunta

- Não. Elas nunca mais foram as mesmas. 

- Então essa também não será. Cabe a você saber como lidará com essa situação, o que fazer, como guiar esse fim e o recomeço.

- Sim… Eu tenho o controle da minha vida agora. - sorrio. 

 

A conversa durou duas horas. As horas mais rápidas de todas. Agora eu me senti mais leve, depois dos conselhos da Kristen. Ela disse que voltaria semana que vem, e eu comemorei mentalmente. Gostei da terapia, achei essencial. Eu me sentia mais confiante  pro futuro que me aguardava e as palavras que ela disse, as perguntas, me fizeram observar que agora eu não estava mais em frente de um bicho de sete cabeças, ele havia ido embora, estava tudo bem agora. O que viria seria as medidas cabíveis para o afastamento daquele monstro, e eu poderia imaginá-lo com ‘o fim da história’ e sinceramente, vendo por esse lado, essa é a parte mais aguardada, e eu sou a escritora dessa história. 

 

À tarde, como o combinado, papai veio me ver. Ele vestia uma blusa social azul e sua expressão estava mais tranquila do que no dia anterior. Combinei com a Nancy que ela poderia voltar ã noite, assim ela descansava na casa da mãe dela ou visitava a cidade. Enquanto isso, eu passaria o dia com meu pai, e quando ele chegou, não percebi que eu fiquei muito feliz. 

 

- Eai, novidades? - pergunto, enquanto ele senta na cadeira ao meu lado, depois de me dar um beijo do rosto.

- A audiência do Justin foi marcada. Será daqui a três meses. Vi o advogado dele, e pelo o que soube, estão fazendo sua defesa, buscando provas. Então eu fiz o mesmo, e entrei  em contato com o pai dele ou melhor dizendo, pai de criação, Jeremy Bieber. 

 

Nossa, eu não ouvia esse nome há muito tempo. Não imaginava que o Jeremy ainda estivesse por perto. Ele sempre aparentou uma seriedade e uma decepção com o Justin. Grande parte da fama que o Justin tinha nas ruas, no mundo político e na mídia era pelo Jeremy, foi assim que fiquei sabendo mais sobre o Justin, na época que eu trabalhava na editora. Muita coisa aconteceu até lá,  e fiquei curiosa para saber que coisas eram essas. 

 

- Entrou em contato com ele?! Como ele está? Me lembro dele, ainda está em Los Angeles? - pergunto, bastante curiosa e impaciente. 

- Kimberly, ele se mudou para Calabasas, um baixo de classe alta. Ele e Justin não tem contato há anos, e ao que parece, depois de largar o Jeremy com os negócios sem substituto, Justin também roubou e chantageou o Jeremy com alguns esquemas corruptos e casos polêmicos com famosos. 

- Meu Deus… Eu lembro que o Jeremy pressionava muito o Justin para ele assumir a empresa. Foi assim que eu conheci o Justin, ele trabalhava com o pai. 

- A relação deles não era tão boa assim. Muitas das influências que o Justin teve, pessoas poderosas que o protegiam, a maioria era contato do Jeremy. Justin sempre repudiou o pai, e esperou o momento certo para cair fora, levando dinheiro e patrocinadores. Jeremy quebrou, teve um crise na empresa, e ele a vendeu. Hoje, apesar de ainda ser bem rico, prefere manter a distância do que levou ele a chegar onde estar. Agora, com essa repercussão toda, ele concordou em participar, em depor contra o Justin e dar detalhes, tanto da vida dele, como da Pattie. Eles tiveram uma relação e bom, também será interessante e talvez o ponto principal para o Justin ser declarado culpado. 

 

Que reviravolta, quem diria. Justin pisou em tanta gente, mas não teve a inteligência de encobrir seus rastros, não tinha noção que esse dia chegaria, em que o próprio pai de criação se tornasse seu inimigo.

 

- Que bom que deu tudo certo, pai. Jeremy parece estar querendo justiça também pelo o que aconteceu, e isso será perfeito. Tem tanta gente que você pode conversar, Matt por exemplo - indico. 

- Sim, já entrei em contato. Vou conversar com ele semana que vem. Ele está muito doente e eu acredito que devo colher o relato dele o quanto antes - diz. 

Penso no quanto isso pode ser importante e me preocupo de certa forma com o Matt. Ele é um cara que tentou fazer o certo fazendo o errado. E acredito que a vida se encarregou de fazer o seu papel e lhe dar um castigo.

- Tem também alguns homens que eu gostaria de conversar, capangas do Justin, homens que faziam toda essa sujeira para ele. Pelo o que eu soube, são homens com fichas criminais, com casos pequenos, como roubo, assédio, assalto. - Carlos pega sua pasta e tira de lá um papel, me entregando - Esses homens tiveram a fiança paga, mas olhando bem, você consegue ver que houve uma manipulação para que isso acontecesse, e aqui tem o nome de um advogado que eu conheço muito bem. Ele é famoso por trabalhar com pessoas sujas, que pagam alto. Enfim, esse advogado, trabalhou com o Justin e a mando dele, tirava esses homens da prisão para trabalhar para o Justin e como uma dívida, eles trabalhavam para o para quitá-la, fazendo todo tipo de serviço que o Justin ordenava. 

- Meu Deus… O Justin é um monstro - digo, indignada. 

- Ele se aproveitava de todas as situações, e nunca saia perdendo. Nunca. - ele guarda o papel  - Daqui a pouco a Interpol vem falar com você, eles já sabem disso, mas precisam de um depoimento seu. 

- O que eles querem? - pergunto

- Eles querem fazer umas perguntas. Eles também vão depor. - diz. 

Estava tudo correndo muito bem. O Justin estava com a corda no pescoço, e se continuasse assim, seria literalmente. Havia muitas coisas que eu não sabia, e a cada coisa, era uma surpresa e choque novo. O Justin era capaz de tudo, tudo para seu bem próprio. E pensar que eu esperava um filho dele, um filho que ele não pensou duas vezes em se beneficiar. 

Em meia hora, a enfermeira veio avisar que a Interpol estava a minha espera. Eu não iria a lugar nenhum, continuaria nessa cama, sem mover o ombro. Parecia que tudo doía, e a doutora Carla disse que era natural, que eu ficaria assim por um tempo. Que ainda não era hora de sair dali. Então eu só arrumei meu cabelo, e aguardei que entrassem. 

- Fica tranquila, não há nada do que se preocupar. - papai diz, segurando a minha mão. 

Eu não estava nervosa, mas assim que entraram, aquele quarto pareceu muito pequeno e eu imaginei que teria uma crise. O Steve entrou pela porta, uniformizado e sozinho. Olha para Carlos, sem me direcionar o olhar. Olho para todos os cantos, me recusando a olhar para ele, sem antes notar o uniforme, claro e nítido, tão nítido e cômico que eu não percebi por todo esse tempo seu real papel ao meu lado. Papai o cumprou, se levantando. 

- Agente Steve Walter - ouço Steve se apresenta, apertando a mão do meu pai e minha garganta aberta.

Como um filme, vejo aquela cena em câmera lenta. Steve, agente da Interpol? Ele se vira para mim, e me olhando, engole seco. Meio sem graça, ele faz menção de se aproximar, mas eu o interrompe, completamente incomodada. 

- Fique onde está… Agente Walter - digo. 

Sinto papai olhar para mim, surpreso com o meu comportamento. 

- Pai, será que o senhor poderia nos dar licença? Depois juro que te explico tudo.  - digo, suavizando minha voz para ele. 

- Claro, filha - ele se levanta e ainda me nos olhando com desconfiança, e em português, diz - Qualquer coisa, grita. 

Sorri, tentando o tranquilar. 

- Senta-se, Agente Walter. Vamos conversar - digo para o Steve. O olhando com toda minha decepção.


Notas Finais


Falta menos de cinco capítulos pro fim da fanfic e eu gostaria muito da participação de vocês e da intereção. É muito importante pra mim saber o que vocês estão achando. Lembrando que eu não faria nada disso se não fosse por vocês, se não fosse a insistência e paciência de leitoras que não desistiram da fic e não me deixaram desistir. Conto com vocês para juntos, finalizarmos essa histórias de anos.

Agora que eu já militei, posso dizer q o próximo cap sai dia sexta-feira 03/04

Bjs 💖💖💖


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