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História My Sun, Il Mia Luna. - Our First Kiss


Escrita por: MarriedToHoran

Capítulo 2 - Our First Kiss


Não penso duas vezes antes de passar meus braços pelo seu pescoço, o puxando para mais perto.  

O gosto da minha vodka se mistura com o whisky dele, me fazendo gemer em seus lábios, suas mãos passeiam por minha cintura, me apertando contra ele. 

Gustoso. 

Nos separamos ofegantes, mantenho minhas mãos em seu pescoço e ele mantém as dele em minha cintura, me segurando de perto. 

— Felice anno nuovo – digo, minha voz sai falha. 

— Feliz ano novo – ele responde. 

As borboletas em meu estômago fazem festa, como se eu estivesse esperando por esse beijo a muito tempo, Mon Dio, só posso estar ficando pazzo (louco). 

— Você quer sair daqui? - ele pergunta. 

Quatro palavras com um só significado. 

— Un invito molto allettante (um convite muito atraente) – minhas mãos involuntariamente acariciam seu pescoço – o que sugere?. 

Liam sorri, derrepente parece tímido, mas suas mãos continuam firmes em minha cintura. 

— Qualquer coisa com você me parece bom. 

Mon Dio, un galante. 

Em Verona, na noite de ano novo, com um homem tão bello na minha frente me chamando para sair, quanto sono fortunato? 

— Andiamo – o puxo de volta para o balcão, para pagar a conta. 

O garçom nos olha com os olhos apertados, como se desconfiasse de alguma coisa.  

— Non può essere vero – ele diz, e então olha para Liam – arrivato qui imbronciato e guarda cosa hai (chegou aqui emburrado e olha o que conseguiu). 

Liam dá de ombros, sorrindo. 

— Stiamo partendo, il conto per favore. 

Liam me segura pela cintura, fazendo com que eu me vire para ele. 

— Não consigo manter minhas mãos longe de você – ele sorri – sabe o que quer fazer? 

— Te desenhar – respondo sem pensar. 

— Oh, você desenha? – ele pergunta, mas o garçom está de volta com as nossas contas. 

Deixo 20€ no balcão e Liam tira da carteira seu cartão.  

Liam sorri ao digitar a senha do cartão, e então me olha: 

— Que tipo de desenho? - ele pergunta.  

Sorrio. Eu desenharia ele de qualquer jeito. 

— Il tipo che desideri. – meu sotaque sai forte. 

Liam estremece. 

Ele guarda o cartão de volta na carteira e agradece, então segura a minha mão e vamos pra saída do bar. 

Estranhamente, segurar sua mão me parece certo, Mio Dio, parecemos dois innamorato (apaixonados). 

— Como o Jack desenhou a Rose? – ele pergunta, já do lado de fora, o frio da noite nos abraça. 

Me encosto na parede do bar, em baixo de um poste de luz, agora, podendo ver Liam claramente, è davvero bellissimo. 

— Posso fazer isso – o respondo – tenho certeza que é uma obra de arte. 

Liam sorri, quantas vezes ele já sorriu essa noite e eu me perdi? Ele me puxa pela cintura, também se encostando na parede. 

— Eu não sei o que mexe mais comigo, seu sotaque quando fala em italiano ou quando fala em inglês – ele aperta minha cintura – você pode me desenhar do jeito que quiser, mas... 

Oh no, non va bene. 

— Mas? 

— Estou com fome – ele responde, coçando a cabeça, tímido. 

Mon Dio... 

— Vamos – eu o puxo pela mão – conheço um lugar. 

— Você está sempre me puxando... – ele reclama baixinho, e eu sorrio. 

Xx 

Zayn me trouxe para um restaurante típico, um dos poucos abertos nessa noite, com uma varanda no andar superior, o restaurante possui uma das mais belas vistas da Itália. 

Com a lua de protagonista, e as luzes brilhantes de Verona, eu não consigo parar de sorrir pro moreno na minha frente. 

O caminho todo até aqui foi feito a pé, nossos carros continuam estacionados na rua ao lado bar, nenhum de nós quis se arriscar dirigir depois de beber. 

Na entrada do restaurante, Zayn apenas mostrou seu cartão de crédito para a recepcionista, e ela nos concedeu uma das melhores mesas do lugar. 

— Você vem muito aqui? – pergunto depois do garçom entregar nossos cardápios – por que isso é, wow. 

Zayn ri.  

— Não, mas meu pai é sócio, não é o único da Itália – ele dá de ombros – o que quer comer? 

— Hum... Eu não venho a Itália há algum tempo – meus olhos passeiam pelo cardápio – acho que vou querer risoto e um bom vinho e você? 

— Gnocchi con besciamella e vinho tinto – ele responde, sem ao menos olhar no cardápio. 

O garçom se aproxima e repetimos nossos pedidos.  

— Tazza o bottiglia? – o garçom pergunta sobre o vinho. 

Zayn me olha, questionador, deixando a decisão em minhas mãos. 

E o que eu posso dizer? Estou curioso para saber como essa noite vai terminar. 

— Bottiglia – escolho a garrafa.  

O garçom agradece e se afasta. 

— O que faz em Londres, se tem família italiana? – Zayn pergunta. 

— Estou na Universidade de Londres, estudo Economia e administração – respondo, só de pensar nos trabalhos que deixei para trás – não tenho muito tempo livre por conta dos trabalhos, então decidi visitar minha família de última hora. 

— Un uomo intelligente – Zayn fala, o garçom reaparece, com nossa garrafa de vinho nas mãos. 

— Un liscio di 86 (um suave de 86) – ele mostra a garrafa e nos serve, se afastando outra vez. 

— Talvez não tão inteligente por estar seguindo os passos do meu pai, mas esperto o suficiente por fazer isso longe dele – explico – e você, o que faz? 

— Trabalho para meu pai – Zayn abaixa a cabeça – não gosto, mas como o único filho homem, tenho que seguir com os negócios. 

Ele me parece triste. Não combina com ele. 

— O que gostaria de fazer? 

— Desenhar, estudar arte – ele suspira – Mon Dio, eu daria tudo para estudar arte. 

— E é bom no que faz? – pergunto sugestivo, tomando um gole da minha taça. 

— Bom o suficiente. 

— Já pensou em como gostaria de me desenhar?  

— Oh, si – ele sorri malicioso – já tenho uma bela imagem em minha cabeça. 

— Espero não o decepcionar – respondo. 

Eu sei que não vou. 

— Não acho que isso seja possível – ele dá de ombros – mas aguardo a surpresa. 

O garçom volta com nossos pratos, e completa nossas taças com o vinho. 

— Buon appetito. 

— Hum... – solto um gemido involuntário – tinha me esquecido do quão bom é uma autêntica comida italiana. Não encontramos isso em Londres. 

— Sente falta da família? – ele pergunta, eu largo o garfo no prato. 

— Apesar dos negócios, somos uma família muito amorosa, e em Londres eu sinto falta disso, de amor e carinho. 

Zayn levanta a sombrancelha para mim, sugestivo. 

— Da minha família! – eu rio. 

— Eu amo as minhas irmãs, mas... 

Ele suspira. 

— Mas? – seguro em sua mão, o incentivando. 

Xx 

— Meus pais, eles não se importam com o que eu quero, o que quero ser, ou fazer – meu sotaque em inglês sai mais carregado do que eu espero – só se importam com as obrigações, as aparências, e em todos terem que estar sempre juntos, para causar inveja na concorrência, como se fôssemos a porra de um prêmio. 

Fico sem ar. Respiro fundo. Liam aperta firme minha mão. Sono così stufo di questo (só estou tão cansado de tudo). 

— Eu entendo – ele diz – ter uma família de influência é uma merda, eu dei sorte por fugir, mas você ainda pode. 

Queria que fosse assim tão fácil. A dire il vero, mio ​​padre non mi avrebbe mai lasciato andare (meu pai nunca me deixaria partir). 

— Está me convidando para ir a Londres? – tento deixar o clima mais suave, tentando voltar a minha eccitazione. 

— Só se você aceitar – ele responde, voltando a comer seu risoto, fazendo uma cara engraçada enquanto saboreava. 

Eu não poderia dizer que já estive apaixonado antes, nunca fui de me legare (me amarrar) com ninguém, mas a satisfação que eu estou sentindo, só de ver esse bello homem de olhos castanhos se deleitando com um risoto, quase uma hora da madrugada, me dizia que talvez eu estivesse conhecendo o amor a prima vista. 

E eu estava bene com isso. 

— Como conseguiu fugir do seu pai? - pergunto, meu gnocchi não me agradando mais, todo o assunto sobre mio padre me deixou enojado.  

Liam para de comer, usando o guardanapo para limpar sua boca. 

 — Eu nunca quis fugir dos negócios da família, eu apenas não queria a influência dele em cima de mim – ele tomou um gole de seu vinho – eu apenas aproveitei o fato de eu ser britânico e fui para lá, tendo uma nova identidade. 

Aveva senso, talvez seu pai não ficasse tanto em cima dele por saber que ele assumiria os negócios da família, nunca quis os negócios de mio padre, não entrei na universidade, por isso ele não saía do meu pé. 

— Você pode seguir seu próprio caminho Zayn, apenas precisa encontra-lo.  

Recupero meu apetite, tentando parecer tão deleitado com a comida como Liam, ele parece feliz com uma simples refeição italiana.  

— Eu deveria me preocupar com a quantidade de comida que estou comendo? - ele pergunta, como se lesse meus pensamentos - não quero ficar gordo no desenho. 

— Oh, não se preocupe – sorrio - você não vai. 

De qualquer maneira, eu não planejava desenha-lo no caderno, ou em uma tela. 

O clima leve e relaxado voltando, o vinho fazendo nossa pele se aquecer, e as luzes de Verona fazendo o mesmo com nossos corações. 

Terminamos nossos pratos, bebendo o vinho silenciosamente, com uma troca de olhares intensa, que fazia meu corpo se aquecer ainda mais. 

— Seu olhar é muito sugestivo, senhor Payne – carrego meu sotaque – está me deixando com ideias. 

— Só estou devolvendo o que estou recebendo – ele ri, nos servindo mais vinho. 

Mon Dio, quando sairemos daqui? Não é como se eu estivesse me poupando de qualquer coisa, eu queria isso, queria nós, queria essa noite.  

 Xx 

Zayn precisava relaxar, ele parecia chateado e até com um pouco de raiva sobre toda a história sobre sua família. Eu o conheci há apenas duas horas atrás, mas poderia o ler perfeitamente. Essa era para ser uma noite casual, um encontro em um bar, um jantar e alguém terminar na cama de alguém.  

Só que eu não estava muito certo sobre isso, meus sentimentos não diziam que era só isso, meu corpo queria mais, meu coração queria mais, eu queria mais.  

 poderia me perder por dias com o moreno, apenas nós dois, sem nossos pais, sem nossas preocupações, curtindo Verona, como um casal apaixonado. Eu quase podia visualizar isso. 

Estava vivendo a porra de um clichê e não me importava nem um pouco. 

— Você está pronto para ir? - eu nem tenho um lugar para passar a noite. 

Zayn se apoia no braço da cadeira, coça sua barba e me olha sugestivamente. Eu não precisava mais de palavras. 

Ele fez sinal para o garçom e pediu nossa conta, não demorando muito para ele voltar com a nota em suas mãos.  

— Por minha conta – Zayn disse, ele entrega seu cartão de crédito e se vira para mim – pode me pagar mais tarde. 

Eu não duvidava disso. 

Eu me levanto e estendo a mão para ele, que a segura sem pensar duas vezes. 

Parece loucura, são quase uma da manhã e estou saindo de mãos dadas com um lindo moreno de um dos restaurantes mais conceituados da Itália, só poderia estar sonhando.  

— O que sabe sobre Romeu e Julieta? - Zayn me perguntou, andávamos sem rumo pelas ruas, passando por todos os lugares históricos e frequentados pelo casal. 

O céu estava escuro, exceto por algumas estrelas e a lua, que brilhava tanto que podia iluminar a rua, deixando o semblante de Zayn ainda mais lindo. Eu estava me apaixonando ou estava ficando louco, e a lua era a testemunha.  

— Acho que o que todos sabem – respondo – se apaixonaram em um baile, amor à primeira vista, tentaram ficar juntos, mas suas famílias eram contra, pois eram rivais, Julieta finge sua morte, Romeu acredita e se mata, quando Julieta acorda e vê que Romeu se matou, por não querer viver sem ela, se mata também. 

Uma verdadeira tragédia, mas Romeu e Julieta fazia parte do currículo escolar de todas as escolas da Itália. 

— Você fez parte da peça quando estava na escola? - ele me pergunta divertido. 

— Sim – respondo tímido – mas como Teobaldo, e você? 

— Ah não - ele ri – eu era legal demais para isso.  

Já eu? Eu era popular, mas era considerado o inteligente, talvez o queridinho da escola. Exceto que eu não me importava com nada disso.  

— Um badboy? - pergunto, mas não surpreso. Pelo seu modo de se vestir, Zayn ainda poderia ser considerado um badboy.  

Ele dá de ombros. 

— Provavelmente estava fumando atrás da quadra – ele ri – chega de história trágica, vamos para o meu hotel. 

Ele volta a me puxar, dessa vez com uma direção certa. 

E eu? Bom, me deixo ser conduzido. 

Xx 

Non sono nervoso, sono ansioso. La mia pelle è calda, i miei sensi sono confusi. (Não estou nervoso, estou ansioso. Minha pele está quente, e meus sentidos bagunçados.) 

Vergonhosamente excitado demais para o fim da madrugada, mas Liam não parecia se importar enquanto entrávamos no elevador. 

A caixa de metal, por mais que tivesse com o ar condicionado ligado, me fazia suar. 12º andar nunca esteve tão longe. 

Liam me abraça por trás, suas mãos firmes em minha cintura, e sua boca em meu pescoço, fazendo eu me arrepiar. 

Ele deixa um beijo molhado em minha clavícula, outro em meu ombro, outro em meu pescoço, me acendendo em chamas.  

Sono in fiamme (estou em chamas). 

— Então... – ele respira próximo ao meu rosto, fazendo minha pele se arrepiar – esse desenho, vai demorar muito? 

Eu rio. Ele está tão preocupado com isso. 

— Não... – eu junto mais nossos quadris, podendo sentir sua excitação – posso ver que temos assuntos mais urgentes. 

Ele deixa outro beijo molhado em meu pescoço, me fazendo arfar. 

As portas do elevador se abrem e eu o puxo pela mão. 

— Isso é algum tipo de mania? – ele pergunta – não que eu me importe. 

A gente ri, e eu abro a porta da minha suíte. 

— Wow – ele entra, olhando para os lados – isso é quase uma casa. 

— Sì - Eu tranco a porta – posso chiuderti qui. 

Ele se vira para mim. 

— Está me provocando com seu sotaque? – talvez – ficar trancado aqui não me parece uma ideia ruim... 

— Non lo è – Respondo, o puxando para mim. 

Algo quente e urgente toma conta de mim, Liam me prende na porta, colando nossos corpos, nos deixando ainda mais unidos. 

O gosto de vinho em nossas línguas, seu corpo quente contra o meu, me deixa insano. Liam segura em minha cintura enquanto eu o seguro pelo rosto., alisando a barba rala.  

Come può essere così bello? (Como isso pode ser tão bom?) 

Seus beijos descem pelo meu pescoço, me fazendo soltar pequenos ofegos. 

— Você não ia me desenhar? - Liam pergunta ofegante - não temos pressa nisso aqui. 

—  Io ho (eu tenho) - respondo e o puxo para outro beijo. 

— Não... - ele se afasta, a pele levemente suada, a calça marcada por sua ereção. Simplesmente delizioso. 

— Tutto bene, vieni – Dessa vez eu não o puxo, indo até o centro do quarto onde tem a enorme cama de casal e minha mochila – vamos ser produtivos. 

Liam tira seu sobretudo e se senta na cama, eu faço o mesmo e me sento ao seu lado, tiro da minha mochila meu caderno de desenho e meus marcadores coloridos. 

— Você também colore? - ele pergunta e eu concordo, o mostrando meu caderno.  

Liam passa as páginas com todo cuidado do mundo, como se tivesse segurando uma obra de arte, o que me faz admira-lo ainda mais.  

— Você tem talento – ele diz, ainda olhando para os desenhos – deveria mesmo insistir em uma escola de arte. 

— Não sou muito velho para isso? - pergunto brincando - só teria recém formados na classe. 

Liam me olha sério, ele se vira de frente para mim, sua mão acariciando minha barba. 

— Non è mai troppo tardi per imparare. (Nunca é tarde demais para aprender) - ele diz, me surpreendendo com sua pronúncia perfeita. 

— Você tem um bom italiano? - pergunto surpreso. 

Ele ri. 

— Quando eu quero – ele se aproxima – mas quando quero impressionar morenos gostosos no bar... 

— Maledetto. 

Nós voltamos a nos atacar, ou melhor, eu volto a atacar sua boca. Mon Dio, è vicinante. 

Xx 

 



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