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História My sweet - Nas Mãos do Palhaço


Escrita por: RiasGremory_

Notas do Autor


Boa Leitura ^^

Espero vocês nos comentários...

Capítulo 16 - Nas Mãos do Palhaço


Fanfic / Fanfiction My sweet - Nas Mãos do Palhaço

-Me solta, seu filho da puta!

Eu gritava, tentando lutar, enquanto ele me arrastava, pelos cabelos, escada acima, enquanto meu ombro sangrava.

-Olha a boca suja, querida! – Disse ele, sem nem me olhar. – Ou terei que costura-la! – Ele virou o rosto para mim, sorrindo.

-Faça seu melhor, pa-pai! – Sorri em desafio para ele.

-Ora, você não muda mesmo, sua peste!

Ele puxou meu cabelo, com mais força, e me jogou, dentro de uma sala, que eu conhecia bem. Tinham vários objetos cortantes, que davam choque, uma maca de ferro, e aquele cheiro de sangue e vomito, que parecia, ter se impregnado, nas paredes e no chão. A sala de tortura, onde eu passara  a maior parte dos meus dias.

Eu morria de medo, daquele lugar, passei o inferno ali, diria até, que nem o próprio diabo, seria capaz, de tanta crueldade, que aquele homem, praticava, não só comigo, naquela sala, porém, eu não podia demonstrar-lhe isso.

-Vai voltar aos velhos tempos? – Gargalhei, jogada no chão. – Sabe que não vai funcionar ne?

Ele pouco se importou, com meu comentário, estava de costas, pegando algumas coisas no balcão. Me ergui, apoiada na maca, sentindo muita dor no ombro, e me sentei sobre ela. Fugir, não era uma opção, não depois daquele tiro.

Ele, finalmente, virou-se em minha direção. Ele tinha em mãos, uma bandeja, impressionantemente, com objetos, não de tortura, mas, de remoção de bala. Ergui as sobrancelhas, sem nada entender.

-Eu disse, que precisava conversar! – Ele parou, bem sério, em minha frente e colocou a bandeja sobre a maca, ao meu lado. – Preciso da sua ajuda!

-Pra que? – Revirei os olhos. – Meus tempos como gangster acabaram, nem me peça para matar ninguém. – Cruzei os braços, mas logo descruzei, ao sentir a forte dor da bala.

Ele embebeu, um algodão, com álcool e pegou a pinça.

-Estou, pouco me fodendo, se você é gangster ou não! – Ele aproximou a pinça, do buraco, para tirar a bala e eu arqueei as costas, com a dor, mas não gritei. – Eu quero salvar sua mãe!

Ele, finalmente, havia achado a bala, e a tirou com cuidado me entregando o algodão, para estancar o sangue. Eu então o olhei, fixamente nos olhos, ele tinha olheiras, de quem não dormia há meses, o cheiro de cachaça, que emanava dele, era nojento, ele estava... destruído. Sorri um pouco, ao pensar naquilo, mas, logo percebi, que ele estava assim, por causa dela. Mas, ele não ficara assim da primeira vez, o que havia mudado?

- O que houve com você? Amoleceu?

Eu peguei a agulha, onde já havia linha e com dificuldade, comecei a costurar-me. Aquilo, já havia se tornado normal, para mim.

-Ela é o meu equilíbrio, sem ela, eu estou ficando mais louco do que sou! – Ele começou a passar a mão, nos cabelos verdes, bagunçando-os. – Eu a amo!

-Você a tortura, bate nela, deixa-a quase morrer, na mão dos inimigos, realmente isso é amor! – Disse sarcástica. Fiz o último ponto e cortei a linha, pegando logo o curativo, para por em cima.

-Eu amo de um jeito diferente. – Ele se explicou. – Se eu não amasse ela, já teria a matado, pelas mentiras dela. A maior dela, está aqui na minha frente. – Disse apontando pra mim. – E eu também te amo sua idiota.

-Nossa, que comovente, vou até chorar! – Sequei as lágrimas imaginárias. – Me poupe Coringa, você não ama ninguém. – Me levantei. – Aliais, você ama sim, ama o Batman, afinal, vive correndo atrás dele. – Comecei a gargalhar, da cara de ódio dele. – Agora diga, pra que me quer? Já entendi que quer a minha mãe de volta. – Disse me apoiando na bancada.

-Eu sei, que você já a encontrou, e sei que está tentando tira-la de lá. – Ele sorriu, com minha cara de surpresa. – Não posso ameaça-la, estou em suas mãos. – Ele fez uma reverencia. – Quero oferecer-lhe minha ajuda!

-Como acha, que pode me ajudar? – Aquele definitivamente, não era o meu pai.

- Como achar que posso. – Ele abriu a porta da sala. – Quando precisar, me ligue! – Ele puxou do bolso, um celular, com o emblema de um coringa, típico dele. – Agora vá, ou vai se atrasar!

Eu estava desconfiada, mas se ele estava me deixando ir, eu não ia pensar duas vezes. Andei rápido e sai daquela sala, desci até o salão, destruído e Rocco me entregou a chave da vã, e eu sumi dali.

*Coringa

Eu a observava, sair com a vã, em disparada. Eu ainda, mexia com ela, mesmo ela tentando ser forte, eu sentia o cheiro de seu medo. Rocco, chegou ao meu lado, e ficou observando-a.

-Senhor, acha que ela ligará?

-Paciência Rocco, corre o sangue dela, nas veias da menina, e ela sempre volta para mim! – Sorri, ao pensar, em minha doce Harley. – Ela facilitará meu trabalho, e quando voltarem, elas nunca mais fugirão. – Comecei a gargalhar, com aquele plano brilhante. Pobre criança, ela agora estava em minhas mãos, sem mesmo saber.

*Cinara

Já era manhã, quando sai da mansão, tinha pouco tempo, para chegar ao emprego, precisava corre.

Eu não demoraria, até chegar em casa, mas não levaria a vã até lá, seria muito suspeito. Dirigi ela, até um terreno baldio, a duas quadras de casa e lá pus fogo nela. Andei até em casa e chegando tomei um banho, para tirar aquele cheiro podre daquela casa, troquei o curativo do ferimento e peguei uma peruca loira, reserva no armário e joguei, aquela empoeirada fora. Arrumada, peguei uma lata de energético, pois tinha passado a noite em claro e corri para o carro e fui trabalhar.

Enquanto dirigia e bebia, vi que haviam, duas mensagens de voz no celular, e várias ligações. Apertei o botão, para ouvir a primeira mensagem.

-Cin, aqui é a Pércia! Te liguei várias vezes, como não atendeu, estou deixando recado, imaginei que estivesse dormindo. Estou indo em uma missão com o Flag, não sei quando volto. Parece, que vamos recrutar, uma tal de Katana. Tem um novo chefe, em meu lugar, espero que se deem bem.

Eu fiquei um pouco preocupada, com o fato de ela estar longe, mas tudo daria certo. Coloquei, o próximo recado para tocar, e aquela voz grave, fazia meu pelos da nuca, se arrepiarem.

-Cin, sou eu Ben! Fui a seu apartamento e você não estava, estou preocupado. Precisamos conversar, me liguei quando puder.

As outras ligações, eram banais, como de Bruce e de tia Ivy, mas depois eu ligaria para eles.

Havia chegado a Belle Reve. Os guardas, pediram que eu não entrasse na cela da Harley por hora, que desse uma volta, pois o novo chefe, estava fazendo algumas mudanças. Não entendi nada, mas resolvi acatar as ordens, não queria problemas, com o novo chefe.

Eu tinha passe livre, por toda a prisão, então resolvi visitar, alguns dos outros presos.

Passei pelo pátio, e vi um grande container. Me aproximei e pude ver, que ele estava cheio de água e gelo, e surtei a ver que havia um homem, quase se afogando ali. Não tinha ninguém ali perto, nenhum guarda, o que era super estranho, mas eu precisava salva-lo. Vi que perto da porta, haviam duas portinholas, por onde a água estava entrando, por uma mangueira e outra, por onde provavelmente a água saia. Puxei a pistola da cintura, dei dois tiros na mangueira e abri a portinhola. A água saiu, molhando todo o pátio. Corri, até a pequena janelinha, para ver como ele estava.

Ele era estranho, mas bem bonito. Tinha tatuagens, por todo corpo, me lembrava muito um mexicano. Ele não conseguiria me ouvir de dentro, e como não sabia, qual eram seus poderes, não me arriscaria em abrir o container. Em vez disso, perguntei em linguagem de sinais:

“VOCÊ ESTÁ BEM?”

Ele respondeu, com letras grandes, feitas com fogo, por suas mãos. “SIM, OBRIGADA”

“QUEM FEZ ISSO, COM VOCÊ?” –Perguntei.

“NÃO IMPORTA, APENAS NÃO CONFIE EM NINGUÉM. SAIA DAQUI” – Ele incendiou, todo o container, fazendo a agua restante, evaporar e se sentou, de costas para mim.

O que estava acontecendo, naquele lugar?

Entrei como um furacão e comecei a ir nas outras celas. Em cada uma delas, os presos eram tratados, de forma cruel. Eles eram pessoas ruins, mas será que haviam merecido aquilo? Comecei a escutar gritos, vindos de todos os lugares e comecei a me desesperar. Passei na frente da cela do Pistoleiro, e o vi ser espancado. Logo, eu só pensava nela. Foda-se as regras, precisava saber se ela estava bem.

Corri até sua cela, batendo em cada guarda, que tentava me impedir, mas ao chegar lá, ela estava vazia. Onde aquela maluca estava? Descobri logo, ao ouvir os gritos, vindos de uma salinha, e entrei em disparada.

Eu senti nojo, ao ver aquela cena. Eu não podia estar passando por aquilo de novo. Ela estava amarrada a uma cadeira, toda molhada, com mãos e pés atados, e haviam cateteres, por suas narinas, onde passavam alguma coisa gelatinosa. Os guardas, estavam a sua volta, rindo, enquanto um, com uniforme diferente, falava com ela.

-Meu trabalho, é te manter viva! Olha, hoje vou deixar a sua escolha, para sobremesa, tem chocolate, morango e baunilha.

Ele começou a gargalhar, enquanto o liquido passava pelos cateteres. Eles a estavam a alimentando por tubos, mas ela estava se alimentando bem, não precisava daquilo. Olhei cheia de ódio para aquilo, mas toda minha calma, só acabou, quando eu vi seu corpo todo machucado, e ele pegando uma máquina, para tirar foto dela, que chorava.

-O show acabou! –Gritei.

Os guardas, agora percebendo minha presença, começaram a ficar preocupados. Sabiam, que se eu imobilizei Arlequina, acabar com eles seria fácil, porém o homem, de uniforme diferente, ainda me olhava de cima a baixo, quando eu me aproximei, e comecei a tirar os cateteres e a solta-la.

-Quem é você, vadia?

 Ele agarrou meu pulso, tentando me impedir. Eu dei-lhe uma rasteira, fazendo-o cair no chão e cai por cima dele, com a pistola em sua testa.

-Me chame de vadia de novo, e eu estouro sua cabeça, filha da puta! – Disse com ódio.

-Uau a gatinha, tem garras afiadas! – Disse ele zombando.

Eu pensei em puxar o gatilho, quando um dos guardas falou.

-Doutora, esse é o chefe da guarda, chefe essa é a doutora Cinara, terapeuta da Arlequina. – Ele se aproximou devagar. – Senhora, sei que não são, os métodos que usávamos, mas ela ficou agressiva, do nada ao ver o chefe. Não quis comer, ou tomar banho, sem ao menos matar 5 homens desde ontem, só tivemos essa solução.

Prestei atenção, no que ele me falava, respirei e me levantei.

-Obrigada soldado! – Agradeci a ele. – Mas, enquanto eu estiver aqui, eu cuido, da alimentação e banho dela.

Eu andei até ela, e fiz com que se apoia-se em mim, seu corpo estava mole e gelado, mas ela ainda respirava, só havia chegado a exaustão. Estava chegando até a porta, carregando-a, quando aquele cara idiota gritou.

- Você não vai estar aqui o tempo todo, doutora, e quando não estiver, eu irei tortura-la, cada dia de um jeito pior. – Ele começou a rir.

-Você gosta de torturas? – Sussurrei, sem olhar pra ele. – Vou te dar torturas então.

Levei-a até sua cela e vi que seus panos, estavam rasgados, provavelmente haviam sido eles, teria que comprar outros. Coloquei-a em sua cama e troquei suas roupas molhadas, ela estava desacordada ainda, nada eu poderia fazer mais, por ela. E eu sabia, que quando eu não viesse, no dia seguinte, ela sofreria mais, eu precisava, dar um jeito.

Sai da cela, fechei o portão e ao ir embora, eu escutava as risadas e os gritos, vindos de todos os cantos. Aquilo, ia parar. Entrei no carro, e fiz, o que eu prometi não fazer, mas eu precisava, por ela. Peguei o celular, e disquei o único número. Ele tocou uma vez, até que atenderam.

-Pai, sabe aquela ajuda? Preciso dela, agora. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ^^

Bom galera por hoje é só,Kissus de Pudim ^^


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